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Governança e gestão elevam valuation de empresas do agro em 2025

Setor registra alta de 40% nas operações de fusões e aquisições. Grupos regionais ganham espaço ao adotar práticas de gestão corporativa.

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Foto: Shutterstock

O movimento de consolidação no agronegócio brasileiro está ganhando novos protagonistas. Grupos regionais, antes restritos ao mercado local, vêm adotando estruturas de governança e gestão profissional para escalar suas operações e atrair investidores.

Levantamento da PwC Brasil mostra que o número de fusões e aquisições no setor chegou a 49 entre janeiro e setembro de 2025, 40% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, o maior avanço desde 2020.

Economista José Loschi: “Quando um grupo regional combina domínio local com disciplina de gestão, ele muda de perfil”

O dado reflete a nova dinâmica do setor: quem se organiza internamente, ganha valor antes mesmo de uma venda. “Quando um grupo regional combina domínio local com disciplina de gestão, ele muda de perfil. Deixa de ser só mais um produtor e passa a ser ativo estratégico dentro de uma operação de M&A”, afirma o economista José Loschi.

A profissionalização passou a ser um divisor de águas entre empresas que crescem de forma sustentável e aquelas que permanecem dependentes de ciclos de safra. Conselhos consultivos, auditorias independentes, relatórios de desempenho e planos de sucessão estão se tornando rotina entre empresas que querem disputar espaço no mercado de capitais ou negociar com grandes fundos.

Quem ainda opera de forma familiar, sem controles e previsibilidade, tende a perder relevância nas negociações, mesmo com boas margens ou produtividade alta.

Além de aumentar o valuation, a estruturação interna amplia o horizonte estratégico desses grupos. Muitos passaram a explorar verticais de negócios, como processamento de grãos, biotecnologia e energia renovável, para diversificar receita e reduzir riscos. Esse movimento fortalece o caixa e cria ativos complementares, valorizados em operações de M&A. “O problema não é o valuation do agro, é a falta de métricas que provem onde o valor está sendo criado ou destruído”, expõe Loschi.

Na prática, isso tem levado mais grupos a incorporarem indicadores de valor econômico ao dia a dia da gestão. Métricas como o Economic Value Added (EVA), comuns no mercado financeiro global, estão ganhando espaço no agro ao revelar se o negócio realmente remunera o capital investido, orientando melhor as decisões no campo.

Com esse tipo de avaliação na mesa, grupos regionais conseguem negociar com mais segurança, separar crescimento rentável de expansão ineficiente e demonstrar, de forma objetiva, onde está o capital.

Fonte: Assessoria SRX Holdings
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Projeto que autoriza porte rural de arma reacende debate sobre segurança no campo

Relatório aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados prevê critérios para concessão da licença e aponta que medida reforça proteção a produtores e trabalhadores rurais em áreas de difícil acesso à segurança pública.

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Foto: José Fernando Ogura/AEN

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (03), o relatório da deputada Coronel Fernanda (PL-MT), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ao Projeto de Lei 6.717/2016, de autoria do deputado Afonso Hamm (PP-RS), que também integra a bancada. A proposta regulamenta o porte rural de arma de fogo para proprietários e trabalhadores rurais.

O projeto estabelece que proprietários e trabalhadores rurais maiores de 25 anos possam solicitar licença para portar arma de fogo no ambiente rural, mediante apresentação de documentação pessoal, comprovação de residência e atestado de bons antecedentes. A medida busca garantir meios legais de defesa para famílias que vivem em regiões onde o acesso à segurança pública é limitado.

Deputada Coronel Fernanda: O produtor rural está entre os segmentos que mais sofrem com o avanço da criminalidade” – Foto: Divulgação/FPA

Ao defender seu relatório, Coronel Fernanda destacou que a violência no campo exige respostas firmes e proporcionais às dificuldades enfrentadas por quem vive da produção agropecuária. “O produtor rural está entre os segmentos que mais sofrem com o avanço da criminalidade. Nosso papel é oferecer instrumentos legais para que ele possa proteger a si, à sua família e ao seu patrimônio, especialmente onde o Estado não consegue chegar com rapidez. Este projeto é uma resposta concreta às necessidades do campo”, afirmou.

Ela também reforçou que a proposta não incentiva o armamento indiscriminado, mas define critérios claros e responsáveis. “A legislação atual trata o campo como se tivesse as mesmas condições de segurança das áreas urbanas, o que não corresponde à realidade. O texto estabelece regras rigorosas e garante que apenas cidadãos habilitados tenham direito ao porte. É uma medida de justiça para quem produz, gera emprego e sustenta o Brasil”, completou.

A relatora acrescentou ainda que o projeto atende a uma demanda histórica de quem convive diariamente com invasões, furtos e episódios de violência em áreas remotas. “O porte rural é uma ferramenta de proteção para quem trabalha e produz com coragem. Continuarei acompanhando a tramitação da proposta, sempre na defesa da segurança das famílias rurais e do direito à propriedade privada”, ressaltou.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo suspende temporariamente elaboração da lista nacional de espécies exóticas invasoras

Decisão busca ampliar diálogo com setores produtivos antes de definir medidas de controle e prevenção ambiental.

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Foto: Shutterstock

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) suspendeu temporariamente o processo de elaboração da Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras Presentes no Brasil. A decisão foi comunicada pela Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio), que preside a Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio).

Segundo o órgão, a interrupção tem como objetivo ampliar as consultas com setores econômicos que utilizam espécies exóticas, como agricultura, pecuária, pesca e indústria. A intenção é aprofundar o diálogo e reunir subsídios que permitam definir medidas de prevenção e controle de forma tecnicamente consistente e compatível com as diferentes cadeias produtivas.

A elaboração da lista será retomada após a consolidação das contribuições enviadas por todos os segmentos envolvidos. Esse material será submetido à Conabio, que reúne representantes de 12 ministérios, além de autarquias federais, órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, universidades, institutos de pesquisa, setores produtivos, agricultores familiares, pescadores artesanais, povos indígenas e comunidades tradicionais.

O MMA destaca que a lista tem caráter técnico e preventivo, baseada em informações científicas, e não implica banimento ou proibição automática de uso ou cultivo das espécies classificadas como exóticas invasoras. O reconhecimento formal dessas espécies funciona como instrumento de gestão, permitindo detecção precoce, resposta rápida e ações de mitigação em casos de invasões biológicas que possam afetar a biodiversidade nativa.

A pasta reforça que o processo continuará sendo construído de forma participativa, com foco na proteção ambiental sem prejuízo às atividades produtivas.

Fonte: O Presente Rural com informações MMA
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Acordo histórico destrava futuro da Ferroeste após duas décadas de litígio

Indenização e posse definitiva de material rodante eliminam risco de paralisação e fortalecem a infraestrutura logística que leva grãos ao Porto de Paranaguá.

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Foto: Claudio Neves

O Governo do Paraná resolveu nesta semana uma questão judicial de duas décadas envolvendo a Ferroeste, empresa que administra o ramal ferroviário entre Cascavel e Guarapuava e é fundamental para o escoamento do agronegócio e do setor industrial. Um acordo no Sistema de Conciliação da Justiça Federal da 4ª Região (SISTCON) colocou fim a um impasse que se arrasta desde 2007, quando a empresa passou a usar o chamado material rodante (locomotivas e vagões) de outras empresas.

Fotos: Divulgação/PGE

Tudo começou quando a Ferroeste, que tem a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para operar o trecho, fez uma subconcessão para a Ferropar no final do século passado. No entanto, com o passar dos anos a empresa deixou de honrar seus compromissos com o Estado e decretou falência em 2006. Para não interromper a operação, a gestão estadual da época optou por usar o material rodante de duas empresas, a Transferro e a Ferrovia Tereza Cristina. Logo em seguida essa requisição foi judicializada e a questão se arrasta desde então.

O acordo foi encerrado com o compromisso do Estado em indenizar as empresas. O material rodante requisitado na época (15 locomotivas e 62 vagões) ficará com a Ferroeste de maneira definitiva. A empresa hoje opera com cerca de 250 vagões.

A acordo foi intermediado pela Procuradoria-Geral do Estado do Paraná. A conciliação é fruto de extensas negociações e análises técnicas ao longo das últimas décadas e soluciona o litígio de forma definitiva. O acordo também afasta o cenário de insegurança jurídica quanto à eventual devolução do material rodante, o que prejudicaria as exportações e importações do Estado. “É um resultado que alia a proteção do erário com a eficiência na solução de litígios e a segurança jurídica essencial para o desenvolvimento do Estado, seguindo nessa linha de acordos que beneficiam ambos os lados, e, sobretudo, desembaraçam um passivo judicial de quase 20 anos que ameaçava a própria viabilidade do futuro da infraestrutura ferroviária”, afirmou o procurador-geral do Estado, Luciano Borges.

Cláudio Moreira Philomeno, procurador-chefe de Execuções, Precatórios e Cálculos, disse que o trabalho extenso contou com um grupo de

trabalho dedicado na PGE. “Foram muitos procuradores e contadores que dedicaram seu tempo e expertise a esta negociação, a concretização deste acordo simboliza a atuação da advocacia pública moderna. Em uma única solução consensual, foi possível garantir a posse definitiva de bens estratégicos para o Estado do Paraná e assim afastar o risco de paralisação de um serviço vital para o escoamento de safras”, disse.

Além de proteger a operação atual, o acordo é uma peça-chave para o futuro da infraestrutura ferroviária porque remove um entrave da futura desestatização da Ferroeste. Os estudos sobre esse processo estão em andamento. “O Governo do Paraná, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e as empresas assinaram um acordo colocando um final a todo um passivo que herdamos de administrações anteriores. Há muitos anos a Ferroeste carregava isso e agora podemos dar um novo encaminhamento para a empresa poder avançar no modal ferroviário. Quem ganhou com isso foram os paranaenses”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

“A manutenção definitiva do material rodante é vital para a economia do Estado, uma vez que a Ferroeste desempenha papel central no

escoamento de grãos como soja, milho e trigo em direção ao Porto de Paranaguá, e também abastece o interior com insumos agrícolas, adubos, cimento e combustíveis. Estamos crescendo nos últimos anos, somos uma empresa sólida e agora resolvemos esse passivo histórico. O Estado quer atender o setor produtivo de maneira estratégica nesse modal e agora teremos mais possibilidades”, afirmou o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.

O acordo foi homologado perante o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) da Justiça Federal do Paraná, com a participação do desembargador Federal Coordenador do SISTCON, Altair Antônio Gregório, e dos juízes federais Anne Karina Stipp Amador Costa e Friedmann Wendpap. Pelo Estado também participaram os procuradores Julio da Costa Rostirola Aveiro e Roberto Altheim.

Fonte: AEN-PR
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