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Governador do Paraná destaca força das cooperativas e anuncia programas de R$ 750 milhões para o setor
Ratinho Junior participou do Fórum dos Presidentes, evento realizado pelo Sistema Ocepar em Foz do Iguaçu e que discute a possibilidade de parcerias entre cooperativas do Brasil e da Europa, além de práticas ESG e infraestrutura para o setor. Novos anúncios focam em silos e plantas industriais.
O fortalecimento da economia e os bons resultados alcançados pelo Paraná nos últimos anos passam pelo cooperativismo. A afirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na quinta-feira (15), durante a abertura do Fórum dos Presidentes 2023 – Conectando Cooperativas Através dos Continentes: Fortalecendo Parcerias entre Brasil e Europa, realizado em Foz do Iguaçu, no Oeste. A programação segue até esta sexta-feira (16).
O governador também anunciou dois novos programas voltados para as cooperativas: o primeiro é de armazenagem de grãos, uma vez que o Estado tem batido recordes na produção; e o segundo será destinado a investimento em novas plantas industriais.
Serão R$ 250 milhões, através do Siscred (Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados), da Secretaria estadual da Fazenda, dirigidos a cooperativas que tenham crédito tributário de exportação para a construção de silos. Nessa mesma linha, até R$ 500 milhões serão liberados para novas plantas industriais em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São parecidos com o modelo adotado em 2022 para implementação de usinas de biomassa e fotovoltaicas. “As cooperativas já anunciaram cerca de R$ 30 bilhões de investimentos nos próximos anos, e queremos colocar mais incentivos, gerando emprego e renda para a população”, afirmou Ratinho Junior.
“O cooperativismo paranaense é o mais forte do País. Essa é uma tradição do Estado. E as cooperativas estão ganhando força e industrializando a produção primária. Queremos ser o supermercado do mundo, trabalhando cada vez mais os alimentos, ampliando as nossas práticas de plantio, sempre com o olhar da sustentabilidade”, reforçou o governador.
Ratinho Junior ainda destacou o bom ambiente econômico paranaense, se tornando a 4ª economia do Brasil e com a maior participação da sua história no PIB Nacional; o reconhecimento da OCDE como exemplo de sustentabilidade para o mundo; e a política de incentivos para instalação de empresas, que proporcionaram ao Estado investimentos de R$ 9 bilhões no setor de proteína animal.
Esses investimentos, disse o governador, são frutos, sobretudo, de uma conquista histórica para o Paraná: os certificados internacionais de estado livre de febre aftosa sem vacinação e de área livre de peste suína clássica de forma independente, concedidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e que completaram dois anos em maio de 2023. “Foram mais de 60 anos de trabalho conjunto entre governo e iniciativa privada para o reconhecimento da sanidade animal do Paraná”, afirmou.
Com a chancela internacional, o Estado pode ampliar o mercado de exportação da carne paranaense e já tem trabalhado nisso, com uma série de missões internacionais realizadas em 2023 para países com potencial de compra, como Japão e Coreia do Sul, principalmente de carne bovina e suína, mostrando, inclusive, o trabalho das cooperativas do Paraná.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que também participou do evento, ressaltou o trabalho conjunto entre o poder público e privado para a ampliação de mercados. “Nosso modelo é vencedor. Há presença forte do cooperativismo em diversas áreas da economia, movimentando R$ 187 bilhões apenas em 2022. Nosso papel, além de reconhecer o esforço, é definir as políticas que possam apoiar essa expansão”, disse.
Cooperativismo
Segundo os dados mais recentes do Sistema OCB (de 2021), o Brasil conta com 4.880 cooperativas ativas, sendo que 52% (2.535) com mais de 20 anos de atuação. Já dados do Sistema Ocepar mostram que no ano passado o Paraná possuía 223 cooperativas, com mais de 3,1 milhões de cooperados e 135 mil empregados.
O faturamento total foi de R$ 187 bilhões, com uma participação no Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário do Estado de 64%. Ao todo, são sete ramos de atuação das cooperativas: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.
Para incentivar o cooperativismo, o Governo do Estado conta com uma série de iniciativas voltadas ao setor, como o Coopera Paraná (Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar), que tem como objetivo fortalecer as pequenas cooperativas, melhorar a competitividade e a renda dos associados. Por meio de editais, as cooperativas podem contar com acompanhamento técnico-gerencial; capacitação de técnicos e dirigentes; comercialização e acesso a mercados; e instrumentos e políticas de apoio.
Pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) são oferecidas extensão rural, criação de cultivares e sistemas para controle de pragas. O programa Paraná Mais Orgânico, que orienta produtores interessados na produção orgânica e que contará com um aporte financeiro de R$ 7,9 milhões para continuidade e ampliação da rede de núcleos de certificação; a melhoria em estradas rurais para o escoamento da produção; além do Banco do Agricultor Paranaense, com taxas de juros mais atrativas para investimentos; e o programa RenovaPR, de incentivo ao uso de energia renovável, são algumas das iniciativas do governo estadual que ajudam a fomentar o cooperativismo.
Fórum
Promovido pelo Sistema Ocepar, neste ano o Fórum dos Presidentes reúne 200 participantes e visa aproximar os mercados brasileiro e europeu, apresentando diversas oportunidades de negócios e possíveis alianças entre a América do Sul e a Europa. Com foco em práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), estão reunidos presidentes das principais cooperativas do Brasil, entre elas Castrolanda/Unium, Coamo, Cocamar, Frimesa, Unimed Paraná, entre outras.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, anunciou o Plano Paraná Cooperativo (PRC200), aprovado simbolicamente pelos presidentes das cooperativas. Na prática, o novo plano pretende aumentar o faturamento para R$ 200 bilhões, com sobras líquidas de R$ 10 bilhões, investimento anual de, no mínimo, R$ 5 bilhões, e chegar a quatro milhões de cooperados com 200 mil empregados diretos. “Estamos lançando um novo plano de desenvolvimento do cooperativismo, com toda uma metodologia para calcular isso, determinando os novos investimentos. A demanda internacional por alimentos é muito alta. O objetivo é nos organizarmos para isso, devendo investir cerca de R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos, com foco na agroindústria”, salientou.
Ele também destacou a importância da adoção das práticas ESG no cooperativismo. “Não podemos temer essas práticas, mas sim abraçá-las, pois já fazemos isso, já é o nosso presente. Vamos ter a ESG-Coop, melhorando e investindo ainda mais em nossas práticas”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar.
Para o segundo dia do evento estão previstos quatro painéis: “Alianças estratégicas entre cooperativas”, “Oportunidades de negócios”, “Melhores práticas em ESG” e “Infraestrutura e logística”, este último com a participação de representantes da empresa pública Portos do Paraná.
Presenças
Estiveram presentes no evento o vice-governador do Paraná, Darci Piana; os secretários estaduais de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia; os deputados federais Luiz Nishimori, Pedro Lupion, Stephanes Junior e Sérgio Souza; o deputado estadual Marcel Micheletto, representando a Assembleia Legislativa do Paraná; o diretor paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Francisco Sampaio; e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri. Pelo cooperativismo, estiveram presentes o diretor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Remy Gorga, representando o presidente da entidade, Marcio Lopes de Freitas; o presidente da Confederação das Cooperativas Agroalimentares da União Europeia (Cogeca), Ramon Armengol; além de presidentes e lideranças de cooperativas.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.