Empresas
Gestão é fundamental para ter eficiência na criação intensiva de bovinos
Controle preciso de todos os processos da fazenda é essencial para a pecuária moderna e de resultados
Dizer que é o olho do dono que engorda o gado é coisa do passado. Na pecuária moderna, o que engorda a boiada e principalmente o bolso do produtor é a gestão e o gerenciamento da propriedade que consistem num controle cirúrgico em todas as variáveis que englobam a criação.
A produção nos dias de hoje, exige alto nível de profissionalismo em todos os elos do negócio. No caso da pecuária intensiva essa regra é ainda mais importante, pois o sucesso ou fracasso do criador vai depender da atenção com os pequenos detalhes da atividade.
O termo gestão é bem amplo e contempla todos os processos, vai desde a parte administrativa e financeira que coordena a compra de insumos e venda do animal para o abate, até o gerenciamento de manejo e mão de obra de uma fazenda. Assim como é feito em qualquer grande empresa, é preciso aplicar as mesmas ferramentas na pecuária.
Existem atualmente diversas formas de profissionalizar o “negócio”, mas o caminho principal passa pelo investimento em novas tecnologias. Centenas de ferramentas podem ajudar o produtor a ter um controle efetivo da fazenda na palma da mão, seja em seu computador ou em um simples Smartphone ou tablet. Essa tecnologia gera relatórios e informações mais rápidas e precisas, o que vai fazer que se tenha mais agilidade e segurança em qualquer tomada de decisão.
Para o produtor de criação intensiva, algumas informações são fundamentais, como por exemplo: monitoramento e controle diário da nutrição do rebanho, escolha dos insumos para a formulação das dietas visando o melhor resultado e controle preciso das pesagens de cada lote de ração produzido.
Em um rebanho de centenas de cabeças é impossível ter esse controle e informações precisas de forma manual. Por isso foram desenvolvidas e já estão à disposição no mercado algumas soluções que podem auxiliar o produtor a ter um domínio sobre os números de sua propriedade para assim poder gerenciar seus custos e despesas e ter uma gestão financeira eficiente e saudável.
Uma dessas ferramentas que está no mercado e que o criador tem fácil acesso, é o software Gestão Exacta, voltado a gestão completa do confinamento. Desenvolvida pela Exacta Balanças de Rancharia, no interior paulista, abrange grande parte dos processos, como: registro dos manejos, dos ingredientes e seus nutrientes, pesos dos animais, ocorrências sanitárias, bem como plano nutricional integrado a programação diária dos tratos do rebanho. Com integração nativa à EX3001L (Balança de Trato Bovino), permite agilidade na programação e coleta de resultados diários via pendrive. Um diferencial do software é que ele funciona em um servidor, podendo ser acessado remotamente via web por qualquer navegador e até mesmo tablets ou smartphones. Permite também ser acessado por mais de um usuário simultaneamente, o que faz da solução uma chave para a produtividade.
O Gestão Exacta também é integrado à EX3000L (Balança de Curral) através da porta de rede da balança. Com um só clique na tela, é disparada a pesagem do animal na balança e ao fim de dois segundos, a ferramenta recebe de volta o peso, o tag do brinco (RFID) para controle interno e também o código SISBOV para rastreamento. O gerenciamento dos dados de cada animal pesado é feito no Gestão Exacta junto com os dados de manejo registrados na mesma ferramenta.
Dicas infalíveis
Não existe uma fórmula mágica e padrão aplicável a todas as propriedades rurais, o que vai diferenciar, no final das contas, uma fazenda da outra é o grau de profissionalização e nível de detalhamento da gestão. Independentemente do tamanho ou nível tecnológico da propriedade, algumas boas práticas podem ajudar o produtor a ter uma gestão eficiente e uma fazenda de resultados.
1 – Domínio financeiro e administrativo – Controles de estoque, entrada de caixas, contas a pagar e acompanhamento da contabilidade;
2 – Institua hábitos e delegue tarefas: Um plano de trabalho no qual cada colaborador saiba o que precisa fazer é fundamental para eficiência dos processos e agilidade nas tarefas. Também é importante fornecer treinamento e manter os funcionários motivados;
3 – Metas – Todas as pessoas precisam saber o que vão fazer e qual resultado precisam alcançar, independente do departamento em que atuam;
4 – Comunicação – Uma boa comunicação entre todos os elos da propriedade é muito importante para que todos saibam os andamentos dos processos e comuniquem rapidamente qualquer tido de problema ou imprevisto;
5 – Coleta de dados: Quanto mais informações sobre o seu negócio o produtor tiver, mais segurança terá na tomada de decisões o que aumentará a chance de eficácia e sucesso.
Por: Rodrigo Aznar
*Gerente de Desenvolvimento da Exacta Balanças.
Fonte: Ass. Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

