Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Gestão da informação como aliada da produtividade norteia palestras no 14º SBSS

Eficiência e lucratividade na suinocultura passam por um processo eficiente de gestão através da informação. Por isso, o controle e análise de dados devem ocupar papel central na tomada de decisões.

Publicado em

em

Daniel Linhares abordou a tomada de decisão baseada em dados na suinocultura

A eficiência e lucratividade na suinocultura passam por um processo eficiente de gestão através da informação. Por isso, o controle e análise de dados devem ocupar papel central na tomada de decisões. O assunto integrou a programação do segundo dia do 14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), nesta quarta-feira (17). O evento acontece em formato híbrido, tanto virtual, como presencial, no Parque Tancredo de Almeida Neves, em Chapecó (SC).

Iuri Pinheiro Machado falou sobre gestão em tempos de crise – Fotos: Divulgação/Nucleovet

De acordo com o médico-veterinário Iuri Pinheiro Machado a suinocultura passou por uma das crises mais prolongadas e profundas, mas que trouxe aprendizados em relação à gestão. Em sua palestra, ele divulgou dados estatísticos da crise no setor e falou sobre o que é possível fazer nas granjas em termos de otimização de custos, manutenção e produtividade. Apresentou aos congressistas como trabalhar esses índices em diferentes cenários, trazendo simulações, principalmente na questão da alimentação dos animais, que hoje representa em torno de 80% dos custos.

Ele alertou para o uso inteligente dos insumos e os riscos da redução de custos com nutrição na creche, destacando que os prejuízos podem ser maiores se decisões erradas forem tomadas. “Excetuando-se situações onde há desperdício de recursos e insumos, dificilmente se corta custos sem comprometer os índices zootécnicos. É preciso ter muita atenção ao mexer arbitrariamente para reduzir custos na reprodução ou na creche, por exemplo, pois qualquer redução ali pode comprometer índices de desempenho e saúde no rebanho”.

Na palestra que integrou o Painel Gestão da Informação, Iuri destacou que é preciso fazer um controle rigoroso de custos e simular cenários

Iuri ainda destacou os processos que levam a uma maior produtividade na granja e que são importantíssimos para reduzir os prejuízos num momento de crise. “As crises na suinocultura são cíclicas e inevitáveis, mas é possível mitigar seu impacto. Gestão é a palavra-chave. Antes da crise temos que reservar parte das sobras, ser assertivos na compra de insumos e buscar maior eficiência sempre. Durante a crise, é preciso fazer um controle rigoroso de custos, simular cenários, considerar a possibilidade de reduzir peso e combater o desperdício”.

Para concluir, afirmou que é necessário conhecer bem os índices zootécnicos, fazendo simulações sobre o cenário presente e futuro. As decisões têm que ser tomadas de forma multidisciplinar, envolvendo todo mundo, desde o produtor ao nutricionista. “São questões essenciais para que num momento de crise, e até para prevenir outras crises, o produtor possa trabalhar com uma gestão estratégica, especialmente na compra de insumos, mantendo a produtividade e a excelência nos processos”.

Na segunda palestra do painel gestão de informação, o médico-veterinário Daniel Linhares destacou a tomada de decisão baseada em dados, abordando experiências norte-americanas na análise de informações em banco de dados de diagnósticos na suinocultura.

Daniel Linhares apresentou dois projetos de coleta de dados realizados nos Estados Unidos, que agora são reportados para que a cadeia de suinocultura use essas informações com inteligência

“Trouxemos o panorama geral de dois projetos realizados nos Estados Unidos que, basicamente, coletam informações disponíveis em laboratórios de diagnósticos e em empresas de produção veterinária que têm várias informações já coletadas e disponíveis, mas raramente fazem uso desses dados. E o objetivo é usar essas informações para detectar como as enfermidades chegam aos animais e se espalham.”

A metodologia apresentada por Daniel consiste em agregar dados de diagnósticos de diferentes laboratórios, para revelar aspectos da macro epidemiologia da atividade de patógenos que permitirão identificar com precisão as doenças ao longo do tempo, regiões acometidas e fases de produção.

A intenção é descobrir o que está fora de padrão e quanto mais dados forem obtidos, mais cedo será possível detectar e responder aos desafios de sanidade. “A gente não somente captura essas informações, mas sentamos com conselheiros, todos especialistas no setor, para dar contexto a esses dados, e reportamos isso de volta para que a suinocultura use essas informações com inteligência na busca por soluções para as doenças já existentes e adote medidas de prevenção”, finalizou.

Fonte: Ascom Nucleovet

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

Publicado em

em

Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.