Notícias
Gerente da Divisão de Pecuária da Lar recebe Prêmio Carne Forte
A premiação é considerada a de maior relevância da indústria frigorífica, ao valorizar e reconhecer as personalidades que se destacaram na cadeia produtiva em nível nacional.

Em reconhecimento à excelência profissional e sua importante contribuição à avicultura, o médico-veterinário e gerente da Divisão de Pecuária da Lar, Daniel Dalla Costa, foi homenageado com a entrega do Prêmio Carne Forte. A premiação é considerada a de maior relevância da indústria frigorífica, ao valorizar e reconhecer as personalidades que se destacaram na cadeia produtiva em nível nacional.
Ao receber o Prêmio Carne Forte, Daniel Dalla Costa expressou sua gratidão pela homenagem. “Esta premiação tem destacado pessoas de alta relevância no setor agropecuário e fazer parte desse time de homenageados me deixa profundamente feliz e honrado. Agradeço a Diretoria Executiva da Lar pela oportunidade e confiança. Receber este prêmio é a consolidação de um trabalho bem feito por um grande time que joga junto para o crescimento sustentável.”
A entrega do prêmio foi realizada no dia 24 de setembro, durante a Expomeat 2024 – V Feira Internacional para a Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, em São Paulo (SP). Através de voto popular entre a comunidade especializada do setor, Daniel Dalla Costa foi a personalidade destaque da categoria avicultura.
Este é o terceiro ano consecutivo em que um profissional da Lar Cooperativa conquista o Prêmio Carne Forte. Em 2022, a premiação foi entregue para a gerente industrial de avicultura da Lar, Lérida Fantin, que na ocasião, se tornou a primeira mulher a receber o reconhecimento como destaque nacional na avicultura. No ano seguinte, o superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer também foi premiado na mesma categoria, consolidando a avicultura da Lar referência no mercado.
Daniel Dalla Costa: trajetória e visão profissional
Daniel Dalla Costa iniciou sua jornada na Lar Cooperativa em 2014 na extensão rural em aves de corte, atividade que permitiu conhecer o campo, os produtores e as realidades dos diferentes municípios de atuação da integração da Lar. Após quatro anos nesta função, iniciou um projeto de evolução do trabalho de sanidade animal, onde se destacou e mais tarde, teve a oportunidade de assumir a coordenação do frango de corte.
Diante dos resultados positivos na coordenação do frango de corte, somado ao seu perfil profissional estratégico, novas oportunidades apareceram, e no início de 2022, Daniel Dalla Costa foi convidado a assumir um novo desafio: a gerência da Divisão de Pecuária da Lar. Desde então, ele é o responsável por liderar e desenvolver as cadeias produtivas de aves, suínos e leite da Cooperativa.
“Eu procuro sempre me manter atualizado sobre inovações, tendências e caminhos que o mercado deve seguir. É uma característica da Lar Cooperativa estar na vanguarda de processos inovadores. Além desses fatores, estar próximo do time é um ponto importantíssimo para manter todos alinhados às expectativas e ao propósito da Lar. É um grande desafio, mas fundamental para o sucesso de uma cadeia produtiva tão complexa”, acrescentou Daniel sobre sua forma de trabalhar e conceito de liderança.
Nesta área, Daniel Dalla Costa é responsável por liderar mais de 1.300 funcionários que estão ligados diretamente às produções internas de pintainhos, frangos e suínos, o que engloba todo o ciclo produtivo, desde a recria até a entrega do animal vivo para a indústria. “Nós passamos por um grande crescimento nos últimos seis anos, mantendo indicadores de destaque. O foco é manter esses resultados de excelência, modernizar e aprimorar processos, além de garantir a
viabilidade de todas as etapas do processo produtivo, atendendo as necessidades dos mais de 1.400 produtores que estão na pecuária da Lar”, finalizou Daniel Dalla Costa.

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
Notícias
Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
Notícias
Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



