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Gasto médio com fertilizantes para produção de grãos dobra em um ano

Levantamento do Cepea mostra que o fertilizante cloreto de potássio foi negociado no Brasil à média de R$ 6.171,50/tonelada em março, forte alta de 24,9% em relação à de fevereiro e 153,6% acima da de março de 2021. A cotação média do MAP (fosfato monoamônico) foi de R$ 7.032,10/t em março, 40,6% superior à do mês anterior e avanço de 63,6% em relação à de março do ano passado. Quanto à ureia, a tonelada foi negociada à média de R$ 5.844,70/t no Brasil em março, valorização mensal de 36,8% e anual de 97,3%.

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Arquivo/OP Rural

As altas sucessivas nos preços dos fertilizantes ao longo de 2021 já vinham deixando produtores brasileiros em alerta quanto à temporada 2022/2023. No primeiro trimestre de 2022, no entanto, o movimento de avanço nos valores desse insumo foi intensificado, diante do conflito no leste europeu, que resultou em sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros sobre a Rússia. Esse contexto tem dificultado as transações de fertilizantes e também de trigo e de outros produtos do país russo. Embora em março o dólar tenha se desvalorizado frente ao Real, a queda na taxa de câmbio não foi suficiente para impedir novas elevações nos preços dos fertilizantes no Brasil.

Levantamento do Cepea mostra que o fertilizante cloreto de potássio foi negociado no Brasil à média de R$ 6.171,50/tonelada em março, forte alta de 24,9% em relação à de fevereiro e 153,6% acima da de março de 2021. A cotação média do MAP (fosfato monoamônico) foi de R$ 7.032,10/t em março, 40,6% superior à do mês anterior e avanço de 63,6% em relação à de março do ano passado. Quanto à ureia, a tonelada foi negociada à média de R$ 5.844,70/t no Brasil em março, valorização mensal de 36,8% e anual de 97,3%.

Esses novos reajustes, por sua vez, já são repassados, em partes, aos gastos envolvendo a nova safra 2022/23. Simulação realizada pelo Cepea mostra que o gasto médio orçado com fertilizantes para a produção de soja na safra 2022/23 aumentou 29,6% em março frente ao mês anterior e expressivos 103,4% em relação a março de 2021.Em março, o sojicultor precisou de 13,3 sacas de soja por hectare para custear o gasto com fertilizante, contra 7,9 sacas/ha em março do ano passado.

Para o milho da safra verão e de segunda safra de 2022/23, o gasto com fertilizantes orçado em março cresceu 30,6% e 31%, respectivamente, em relação ao mês de fevereiro de 2022. Na comparação anual, os aumentos são de respectivos 91,5% e 119,1%. Em março de 2022, foram necessárias 56,2 sacas e 23,3 sacas de milho para cobrir o gasto orçado com fertilizante por hectare para o milho verão e segunda safra, respectivamente, contra 21,9 sacas e 10,7 sacas do cereal em março de 2021.

Nos casos do feijão, do arroz irrigado e do trigo, os aumentos nos gastos com fertilizantes foram, respectivamente, 32,6%, 23,2% e 31,2% em março frente a fevereiro. Entre março/21 e março/22, os aumentos são de 83,2%, 91,1% e 94%, na mesma ordem. Quanto à relação de troca, para cobrir o custo com fertilizante por hectare eram necessárias 5,3 sacas de feijão em março de 2021, contra 8,3 sacas em março de 2022; para o arroz irrigado, foram necessárias 19,1 sacas de arroz (50 kg) em março de 2021, subindo para 41,1 sacas em março deste ano; e para o trigo foram 15,7 e 24,6 sacas do cereal para o mesmo período.

O conflito no leste europeu também impulsionou o valor do barril do petróleo WTI (West Texas Intermediate), que passou para média de US$ 108,5 em março, alta de 18,4% sobre a de fevereiro. No Brasil, o preço do diesel subiu 12,1% no mesmo período, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O valor médio do litro do diesel passou de R$ 5,68 em fevereiro para R$ 6,37 em março. Com isso, o efeito da alta do diesel sobre o custo da operação mecânica subiu, em média, 6,5% de fevereiro para março para as cinco culturas avaliadas. Em um ano, a elevação foi calculada em 22,8%.

Quanto ao custo de produção operacional efetivo médio (COE) estimado em março de 2022 para a soja aumentou, em média, 12,7% frente ao orçado em fevereiro. Para o milho da safra verão, a alta média foi de 16,1%; para o milho segunda safra, de 13,1%; para o feijão, de 7,5%; para o arroz irrigado, de 7,5%; e para o trigo, de 15,9%. De março/21 para março/22, o COE estimado para a soja subiu 51,5%; para o milho verão, 53,9%, para o milho segunda safra, 48,7%; para o feijão, 42,5%; para o arroz irrigado, 28,9%; e para o trigo, 49,7%.

Em março de 2022, a produtividade de nivelamento para saldar o COE foi de 33,1 sacas de soja por hectare; de 113,2 sacas de milho para a safra verão; de 55,3 sacas de milho para a segunda safra; de 20,4 sacas de feijão; de 152,1 sacas de arroz; e de 53 sacas de trigo. Em março de 2021, as quantidades para saldar o COE eram bem menores, de 26,5 sacas no caso da soja; de 86 sacas para o milho verão e de 42,9 sacas para a segunda safra; de 16,5 sacas para o feijão; de 104,5 sacas para o arroz irrigado; e de 53 sacas no caso do trigo.

Embora os preços dos produtos agrícolas tenham subido entre março/21 e março/22, o aumento nos itens que estruturam o custo de produção foi maior. Mesmo assim, a produtividade de nivelamento para a oleaginosa ainda apresenta margem para saldar a depreciação e juros sobre capital investido na maior parte das regiões. Em algumas regiões, o restante dessa margem é insuficiente para cobrir o valor do arrendamento.

Os casos que chamam mais atenção são para a produção de milho, arroz irrigado, trigo e, sobretudo, o arroz irrigado. Neste último caso, o preço do arroz irrigado caiu 11,4% entre março/21 e março/22, enquanto a estimativa do COE subiu 28,9%, comprometendo a maior quantidade da produção para saldar o COE. A produtividade de nivelamento do arroz irrigado para cobrir o COE está muito próximo da produtividade média de 150 sacas de 50 kg, diminuindo significativamente a rentabilidade do produto.

Fonte: Por Mauro Osaki, pesquisador da área de Custos Agrícolas do Cepea.

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Estratégias de controle de Salmonella serão destaque no Simpósio Matrizes

Guilherme Lando Bernardo, da Aurora Coop, abordará a importância do controle de Salmonella nas reprodutoras para garantir a segurança do processo produtivo.

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O controle da Salmonella é um dos principais desafios enfrentados pela avicultura moderna, especialmente no cenário de crescente demanda por alimentos seguros e de qualidade. Durante o Simpósio Matrizes, da Facta, que será realizado nos dias 15 e 16 de outubro de 2024, em Chapecó, Santa Catarina, o médico-veterinário e assessor técnico da Aurora Coop, Guilherme Lando Bernardo, irá apresentar a palestra “Estratégias de controle de Salmonella”, abordando as melhores práticas e os principais controles que podem ser aplicados na gestão sanitária das reprodutoras.

Segundo Guilherme, o controle eficaz nas reprodutoras é fundamental para manter o processo produtivo livre de contaminação. “Dentre os principais controles, podemos ressaltar a qualidade microbiológica do alimento e água, programas de biosseguridade, como controle de acesso de pessoas e materiais, controle de pragas e o destino correto de carcaças e resíduos”. Ele também destacará a importância da transferência adequada das aves, do transporte de ovos em condições seguras e da implementação de autocontrole microbiológico com coletas periódicas. “Manter a progênie livre é o maior passo para garantir que o processo produtivo permaneça negativo para Salmonella”, completa.

Simpósio Matrizes

O Simpósio Matrizes, promovido pela Facta, encerra o ciclo de eventos da organização em 2024 e nele os profissionais discutirão  os principais desafios relacionados à sanidade, ambiência e qualidade intestinal das aves.

O evento reforça a importância das matrizes reprodutoras na produção sustentável de pintos de um dia e como elas impactam as estratégias de alojamento, tendo em vista os novos mercados internacionais abertos para o Brasil.

A programação completa você pode conferir aqui. E para se inscrever acesse a página do evento.

Fonte: Assessoria Facta
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Ex-ministro Francisco Turra discute futuro da pecuária em painel promovido pela Atitus

Evento foi realizado em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil e o Instituto Aliança Empresarial

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Fotos: Divulgação/Atitus

O Instituto Aliança Empresarial, em Passo Fundo, foi palco de uma importante discussão sobre o cenário atual e o futuro da pecuária brasileira, na última quarta-feira (2). A Atitus Educação, por meio da Escola do Agronegócio, trouxe para o debate o ex-ministro da Agricultura e conselheiro consultivo da Escola, Francisco Turra. O evento foi promovido em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil, centro de formação executiva da Atitus, e o Instituto Aliança.

Para enriquecer a discussão, o painel contou com a participação do diretor da Escola do Agronegócio, Deniz Anziliero, do gerente comercial da Resolpec, Lucas De Carli Meneghello, e teve como mediador  o CEO do CNEX, Douglas Souza.

Em sua fala, Turra ressaltou que o Brasil é o maior exportador do mundo de carne de aves e o segundo maior produtor. Também ocupa a quarta posição em produção e exportação de carne suína. “Temos um papel de destaque nessa cadeia, principalmente em qualidade e sanidade dos produtos, mas temos muito o que investir em informação, tecnologia e capacitação”, ressaltou o ex-ministro que também é presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), além de ser vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA), presidente do conselho da associação dos produtores de biodiesel (APROBIO) conselheiro de Agronegócio da FIESP e da Escola do Agronegócio da Atitus.

Ele defendeu que o país deveria explorar mais os produtos em vez de exportá-los: “Poderíamos transformá-los, agregar valor e gerarmos mais emprego, mais conhecimento e rentabilidade. Estamos deixando os outros países faturarem mais”. Turra também mencionou que há muitas oportunidades na área de proteína animal no Brasil, como a carne de avestruz, o peru e os peixes, como tilápia e salmão, que possuem muita demanda no exterior e são pouco explorados aqui.

Deniz Anziliero comentou sobre os avanços na cadeia de suínos e aves em comparação à pecuária bovina, citando a incorporação de tecnologia e a participação de startups. “A pecuária ainda é desorganizada e fragmentada, com muitas soluções em escala reduzida. As grandes empresas e cooperativas estão liderando essa transformação, integrando tecnologia nas propriedades e gerindo informações. No entanto, muitos produtores ainda não têm afinidade, assistência técnica para viabilizar a implementação das tecnologias”, destacou.

Ele também ressaltou que a Escola do Agronegócio está preparando os jovens para o mercado, ensinando-os a utilizar tecnologias como aliadas para melhorar os resultados no campo, sem deixar de lado as práticas agropecuárias tradicionais. “Integramos os jovens com instituições de pesquisa e empresas que estão implementando tecnologias”, concluiu.

Lucas De Carli Meneghello compartilhou a percepção da Resolpec, distribuidora de produtos veterinários, em relação ao mercado da pecuária, suas demandas e oportunidades. “Há 20 anos no mercado, estamos sempre em busca de levar mais diagnóstico para o produtor e exponenciar o crescimento das fazendas de maneira mais assertiva”, comentou. Neste sentido, apresentou o Software Gerir (Gestão Estratégica de Resultados e Índices de Rebanho), que auxilia na gestão estratégica da fazenda, armazenando os dados e auxiliando na tomada de decisão em relação à qualidade de leite e a criação de bezerras.

Fonte: Assessoria Atitus
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Mercoagro 2025 será lançada em Chapecó no dia 10 de outubro

O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.

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Foto: UQ Eventos

A maior exposição-feira do setor industrial da proteína animal da América Latina – a Mercoagro 2025 (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne) –  será lançada na próxima quinta-feira (dia 10), às 19 horas, no Shopping Pátio Chapecó, reunindo expositores, patrocinadores, autoridades e imprensa.

A Mercoagro é realizada, promovida e organizada pela Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) desde 1996 e está programada para o período de 9 a 12 de setembro de 2025, no Parque de Exposições Dr. Valmor Ernesto Lunardi, em Chapecó (SC).

O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.

A Mercoagro 2025 terá 250 expositores representando mais de 700 marcas. De acordo com seu desempenho histórico, deve atrair 25 mil visitantes/compradores e oportunizar 250 milhões de dólares em negócios.

A feira é um retrato planetário do estágio em que se encontra um dos mais estratégicos setores da indústria de alimentos. A indústria da proteína animal é uma área de intensivo emprego de ciência e tecnologia. Por essa razão, desde as primeiras edições, a Mercoagro cumpre importante papel de difusão tecnológica e atualização científica do principal evento paralelo que promove para seu público-alvo formado por operadores de agroindústrias e por fabricantes e fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos para as longas e complexas cadeias produtivas.

As vendas estão praticamente concluídas e 96% dos expositores da edição anterior (2024) renovaram contrato para participar da edição de 2025. “Nosso compromisso é aperfeiçoar a feira a cada edição para intensificar a experiência dos visitantes e ampliar os negócios dos expositores”, enfatiza o presidente da ACIC Helon Antonio Rebelatto.

A Mercoagro 2025 tem parceria da Prefeitura de Chapecó e patrocínio da Aurora Coop, do BRDE e do Sicoob. A feira tem apoio institucional do Nucleovet, do Chapecó Convention & Visitors Bureau, do Sistema Fiesc/Senai/Sesi, da Unochapecó e do Pollen Parque.

Fonte: Assessoria
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