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Gasto com aquecimento reforça cenário desfavorável na avicultura paranaense

Levantamento realizado pelo Sistema Faep/Senar-PR mostrou pequenas variações, mas preços da lenha e pellets usados nas granjas continuam pesando no bolso dos produtores

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Foto: Divulgação/Arquivo/OPR

O aquecimento das granjas – gasto com lenha e pellets de madeira – é o item que mais subiu de preço, conforme o levantamento de custos da avicultura paranaense, realizado em outubro pelo Sistema Faep/Senar-PR. Outros itens que pesaram nas contas dos produtores são mão de obra e energia elétrica. Com exceção de três modais de produção analisados em Cianorte, a receita obtida pelos avicultores não foi suficiente para cobrir os custos totais de produção nas demais regiões do Paraná.

Na maioria dos locais, a receita cobre apenas os custos variáveis, ou seja, as despesas ligadas diretamente à produção do lote, não incluindo a depreciação das instalações, dos equipamentos e a remuneração sobre o capital investido. Os números levantados apontam que a atividade continua com as contas no vermelho.

Na região de Toledo, por exemplo, o aumento de custos com aquecimento registrado no modal composto por quatro barracões de 150x16m, entre maio e outubro desse ano, foi de 275%. Nesse caso, a participação da lenha e/ou pellets nos custos de produção, que era de 26,8% em maio, passou para 41,7% em outubro.

“A pouca oferta elevou o preço do pellet e da lenha. O pellet passou a ser exportado para o mercado europeu, resultando na falta do produto no mercado interno e ocasionando o aumento de custo. Sem o pellet, a procura por lenha cresceu, pagando em torno de 40% a mais”, observa o avicultor Edenilson Copini, de Toledo.

Além disso, segundo o produtor, as características de manejo e os grandes volumes de produção dos aviários tornam inviável o uso de lenha sem a contratação de mais mão de obra. “Um casal consegue cuidar de 135 mil aves com pellet. Mas se trocar para lenha, eles vão precisar de mais dois funcionários”, avalia Copini.

A produtora Juliana Jackoski aponta que houve aumento considerável no preço da lenha: “Em um ano passou de R$ 65 para R$ 110 [o metro cúbico], o que resultou em uma interferência grande” – Fotos: Divulgação/Faep/Senar-PR

Na região de Chopinzinho, a realidade é semelhante. “O ano de 2022 foi de reflexo bastante negativo da pandemia, pelo fato de custos bastante alterados, aumentando. Em outubro tivemos queda nos valores de alguns itens da planilha, mas nada que dê um alívio. Continuamos trabalhando no vermelho”, reflete a produtora Juliana Jackoski, que identificou aumento considerável no valor da lenha. “Em um ano passou de R$ 65 para R$ 110 [o metro cúbico], o que resultou em uma interferência grande”, relata.

Outros itens que pesaram na planilha da avicultora são energia elétrica e mão de obra. “A questão da mão de obra é problemática. Precisamos desenvolver mais pessoas qualificadas e competentes para trabalhar nos aviários”, afirma Juliana.

Quando se fala em avicultura, o Paraná é uma potência. Trata-se do maior produtor e maior exportador do país, responsável por 35,54% dos abates e 40,38% das exportações em 2021. A atividade atingiu o Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 33,1 bilhões, correspondente a 18% do VBP Agropecuário Estadual.

Para balizar essa produção e subsidiar a classe produtora, há mais de uma década o Sistema Faep/Senar-PR promove a realização do levantamento de custos de produção da avicultura. Duas vezes por ano, os técnicos da entidade visitam as principais regiões produtoras do Estado para levantar os custos de produção e traçar um panorama da atividade. Esses números ajudam os avicultores a gerir melhor os negócios dentro da porteira e a negociar junto às indústrias integradoras, por meio das Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs).

Nos levantamentos deste ano foram acompanhados 29 diferentes modais, referentes ao número dos aviários, dimensões dos galpões, empresa integradora e tipo de frango alojado (griller ou pesado). Esses modelos são os que mais se repetem e correspondem ao perfil das propriedades no Paraná.

A pesquisa aconteceu com produtores rurais, representantes da agroindústria, revendedores de insumos e demais agentes do setor nas principais regiões produtoras de frango de corte: Campos Gerais, Cambará, Paranavaí, Cianorte, Cascavel, Toledo e Chopinzinho. Nos encontros, os participantes levam suas contas de luz, notas de compra de insumos, holerite e outros dados para subsidiar o levantamento.

Diluindo custos

Uma das questões observadas no levantamento de outubro é os ganhos de escala possíveis na atividade. Em Cambará, por exemplo, nos aviários de 150 metros x 16 metros e 165 metros x 18 metros, a receita cobriu apenas os custos variáveis. Já nos aviários menores, de 125 metros x 12 metros e 140 metros x 14 metros, a receita foi insuficiente para cobrir os desembolsos para produzir o lote.

Situação semelhante ocorreu nos aviários dos Campos Gerais. Na região, o custo para se produzir um frango em um modal com apenas um aviário de 100 metros x 12 metros foi de R$ 1,296. Na propriedade com dois aviários de 150 metros x 16 metros, esse custo foi de R$ 0,935. Para o produtor com quatro aviários nas mesmas medidas, o valor caiu para R$ 0,843. “Com esses resultados fica evidenciado que quanto menor o aviário, maior o prejuízo, já que alguns gastos se diluem com o maior alojamento de aves na propriedade, obtendo ganhos em escala”, observa Fábio Mezzadri, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR e responsável por acompanhar a avicultura.

Negociação

Além de conhecer melhor os números do próprio negócio, facilitando as tomadas de decisão, o levantamento de custos realizado pelo Sistema Faep/Senar-PR também favorece as negociações dos avicultores realizadas junto às agroindústrias integradoras. Ao chegar nas mesas de reunião com os números em mãos, os produtores demostram que conhecem a atividade e conseguem negociar melhores condições de produção.

Desde 2016, quando foi sancionada a Lei da Integração (13.288/2016), as negociações entre avicultores e agroindústrias acontecem nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs), espaços paritários para discussão dos contratos com equilíbrio e respeito, instituídos junto a cada unidade integradora. Atualmente, o Paraná possui 27 Cadecs consolidadas, sendo 21 na avicultura e seis na suinocultura.

“Aqui no Oeste sempre usamos o levantamento realizado pelo Sistema Faep/Senar-PR nas negociações nas Cadecs. A metodologia da Embrapa, que embasa esse levantamento de custos, é reconhecida pelas agroindústrias”, afirma Copini, avicultor de Toledo.

Fonte: Ascom Sistema Faep/Senar-PR

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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