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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Ganha-se de um lado, perde-se de outro

Para o médico veterinário e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Felipe Caron, qualidade do ambiente da granja é peça-chave para o produtor alcançar equilíbrio

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Já é lugar comum dizer que o intestino é o segundo cérebro do suíno, capaz de fazer com que obtenha imunidade e resistência a doenças e se apropriar de nutrientes que fazem o suíno de hoje ter alto desempenho. No intestino, estão concentradas 90% das células imunes e 65% das que produzem anticorpos, o que torna o órgão o maior influenciador na saúde do animal. Com um sistema imune ativado, porém, o suíno usa energias para se defender de agentes patógenos ao invés de converter em carne. “Toda vez que a genética seleciona alto desempenho, perde-se na resposta imune. Não tem como ganhar nas duas pontas”, garante um dos exímios estudiosos do assunto, o médico veterinário e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Felipe Caron, que abordou o assunto durante a PorkExpo 2016, em outubro, na cidade de Foz do Iguaçu, PR, reunindo profissionais do setor suinícola do Brasil e outros 40 países.

A pergunta que fica é: prefiro animais mais resistentes, porém de menor desempenho, ou de alto desempenho, mesmo abrindo mão de um sistema imune mais apurado? Para o estudioso, é possível aliar desempenho e imunidade, mas esse ponto de equilíbrio é alcançado minimizando os desafios para o animal ao ampliar a sanidade do ambiente.

“A cadeia suinícola sempre vai ter desafios. Podemos usar várias ferramentas para ter o equilíbrio entre o desempenho e o sistema imune do animal. Há vitaminas e minerais para todas as funções, mas as pessoas esquecem que o ar faz milagres, a água faz milagres, o sabão faz milagres”, destacou, frisando a importância da mão de obra para manter os protocolos de produção. “A origem de tudo é a mão de obra. E muitas vezes é exatamente o ser humano que é o grande problema, porque não faz o que tem que fazer”, disse Caron.

Segundo ele, o produtor não precisa abrir mão de uma nutrição rica em aditivos, muito menos da vacinação dos animais, mas precisa entender que tudo faz parte de uma construção de ambiente. “A nutrição tem probióticos, prebióticos, muitos aditivos, que geram melhora. Mas quando há o estresse oxidativo, que é quando o sistema imune não começa a funcionar bem, quem paga é o ambiente, o que aumenta o desafio”, citou. Ainda segundo Caron, a vacinação deve ser encarada de outra forma que não a atual. “Não vacinamos animais, vacinamos ambientes”, cravou o professor da UFPR. “É necessário criar uma barreira (contra patógenos) eficiente”, emendou.

Conforme o professor, quando menos ativado o sistema imune, maior será o desempenho do suíno, pois a energia estará concentrada em ganho de peso, em conversão alimentar. Para isso, o produtor precisa estar atento a detalhes como densidade, temperatura de ambiente e da água e até nas sombras, que são elementos capazes de reduzir o estresse oxidativo, reduzindo as chances de o animal ter que ativar seu sistema imune adaptativo respondendo àquele estímulo e perder em desempenho. Além disso, citou o vazio sanitário como essencial para promover a ambiência. “Se não fizer, quem paga é o próximo lote”.

Ainda segundo Caron, “o animal é orientado a crescimento e desempenho, mas naturalmente perde em resposta imune”. “Nesse caso, melhor é investir em ambiência”, defendeu. “Temos que preparar suínos para os desafios da granja, sejam bactérias, protozoários, toxinas, o que for. Vai funcionar melhor (a relação desempenho x imunidade) se o animal estiver preparado”, ratificou. Por outro lado, animais desafiados, segundo o professor, pioram as condições do ambiente.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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