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Futuro da agropecuária gaúcha é foco de debate na Expointer

Com representantes do mercado, da academia, das soluções tecnológicas e dos órgãos de fomento, o painel explorou alternativas em transição energética, agregação de valor, redução dos efeitos climáticos e eficiência produtiva, que são temas considerados relevantes para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

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O debate tratou de assuntos pertinentes à retomada econômica do Estado, com foco no agronegócio

O Diálogos pelo Agro, iniciativa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) na 47ª Expointer, debateu o futuro da agropecuária no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (28). Com representantes do mercado, da academia, das soluções tecnológicas e dos órgãos de fomento, o painel explorou alternativas em transição energética, agregação de valor, redução dos efeitos climáticos e eficiência produtiva, que são temas considerados relevantes para a reconstrução do Estado. O evento ocorreu no espaço RS Innovation Agro + Smart Cities.

O segundo painel discutiu sobre rastreabilidade de alimentos para garantir a procedência e a qualidade – Fotos: Jéssica Moraes/Ascom Sict

O outro tópico do dia foi a rastreabilidade de alimentos gaúchos como ferramenta de procedência de origem e qualidade. O projeto da Sict tem como parceiros a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), a Rede de Inovação do Agronegócio do RS (Riagro) e a Universidade Feevale.

Futuro da agropecuária no RS

Com mediação do assessor técnico da Sict, Rogério Assis Brasil, o painel tratou de assuntos pertinentes à retomada econômica do Estado, com foco no agronegócio. Também foi destacada a importância de um engajamento coletivo envolvendo governo, academia, iniciativa privada e sociedade civil organizada, que compõem a quádrupla hélice da inovação.

O professor da Unisinos e coordenador do Itt Nutrifor, Valmor Ziegler, abordou o trabalho desenvolvido no instituto tecnológico. “Desenvolvemos soluções para a cadeia produtiva de alimentos, com inovações focadas, também, no enfrentamento das mudanças climáticas. Transição energética e redução da emissão de carbono são alguns dos temas dos nossos projetos”.

O gerente de Inovação do Sebrae RS, Carlos Eduardo Aranha, explicou como a entidade vem atuando desde os desastres meteorológicos que afetaram o Estado. “Criamos um fundo para ajudar micro e pequenas empresas a reestruturarem seus negócios afetados pelas enchentes. Agora, queremos concentrar nossos esforços nas vocações de cada região.”

O painel também teve um momento dedicado a soluções tecnológicas voltadas ao agro. Adriana Tarouco, pesquisadora da Seapi, falou sobre um aplicativo gratuito para a bovinocultura leiteira. “As mudanças climáticas geram queda na produção de leite. Com o aplicativo, pode-se calcular se o animal está com estresse térmico, a partir de valores de temperatura e umidade, e qual será a perda diária de leite. O app também traz estratégias de manejo para evitar a perda de produtividade.”

Outras tecnologias apresentadas foram o AbigeApp, aplicativo da Be220 usado por órgãos de Segurança e Fiscalização para combater o crime de abigeato, e os tubos de polietileno de alta densidade (Pead) da Geplast, que podem ser utilizados para irrigação e drenagem.

Rastreabilidade de alimentos

No segundo painel, a discussão foi voltada para processos de rastreabilidade de alimentos como forma de garantir a procedência e a qualidade. Conforme essa prática, cada etapa da cadeia alimentícia deve ser registrada de forma transparente para proteger a saúde do consumidor.

A mediação foi de Denize Fraga, coordenadora da Suport D Leite e docente na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). Participaram o professor da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), Valmor Ziegler, e a produtora da Vinícola Estância Paraizo, Victoria Mércio. “A questão da rastreabilidade dos alimentos sempre existiu, mas ganhou este nome mais recentemente. Ela é uma solução de qualidade e confiança do produto e pode ser um diferencial para agregação de valor, como no caso do vinho”, afirmou Victoria.

As soluções apresentadas incluíram uma plataforma de blockchain da Agricon Business e uma tecnologia de tratamento de resíduos orgânicos da Igapó. “Tanto na cadeia de produção quanto de pós-produção, incluindo os resíduos, precisamos estar atentos à rastreabilidade para aumentar a confiança nos nossos produtos”, pontuou Artur Ferrari, da Igapó.

Banrisul, Badesul e Embrapii também participaram dos painéis, apresentando programas de fomento e linhas de crédito para inovação.

Fonte: Assessoria Expointer

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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Notícias Com R$ 44,6 milhões do Fundo Clima

BNDES financia produção sustentável da Cooperativa Agrária no Paraná

Cooperativa vai substituir caldeira a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e expandir a estocagem de resíduos de cereais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 44,6 milhões, por meio do Fundo Clima, à Cooperativa Agrária Agroindustrial para substituição da caldeira da indústria de óleo em Guarapuava (PR) a lenha por uma mais moderna e sustentável, a cavaco e resíduo agroindustrial, e para a expansão da estocagem de resíduos de cereais.

A unidade fornece matéria-prima para refinarias de óleo de soja, indústrias de margarinas, biodiesel, entre outros produtos que abastecem empresas do mercado interno e de exportação. A fábrica também produz farelo de soja para as indústrias de nutrição animal, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com 30 anos de uso, a atual caldeira da fábrica não foi projetada para consumir resíduos de cereais. A substituição por uma mais moderna reduzirá o custo de frete, além de reduzir o preço da tonelada de vapor com o consumo de recurso disponível na própria unidade. O objetivo é queimar todo resíduo cereal produzido em Guarapuava, o que corresponde a cerca de 5 mil toneladas por ano.

Também serão instalados silos para armazenamento de 500 toneladas de resíduos finos de cereais, além da implantação de sistema de recepção, moagem e armazenagem.

“Com a modernização para maior eficiência energética e redução de custos operacionais, a cooperativa deixará de emitir 582 toneladas de CO2 por ano. Esse é o objetivo do Fundo Clima no governo do presidente Lula: um importante instrumento de investimento em projetos de sustentáveis e que visem a descarbonização no país”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O projeto atende às diretrizes da nova política industrial, que visa o desenvolvimento da bioeconomia, a descarbonização e a transição energética”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Fundo Clima ‒ O financiamento na modalidade Transições Energéticas se alinha aos objetivos de apoiar a aquisição de máquinas e tecnologia para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Em abril deste ano, o BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciaram a transferência de R$ 10,4 bilhões ao Fundo, que agora é o principal instrumento do Governo Federal no combate às mudanças climáticas. Até 2023, o orçamento era de R$ 2,9 bilhões.

Cooperativa Agrária Agroindustrial ‒ Hoje, a cooperativa tem 728 cooperados e cerca de 1.900 colaboradores, que atuam no recebimento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. As principais culturas do grupo são a soja, o milho, o trigo e a cevada, com matriz energética predominantemente formada por fontes renováveis. Em 2023, a produção total de grãos pelos cooperados foi de 932 mil toneladas.

Fonte: Assessoria BNDES
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Competitividade da carne suína sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Preços médios destas carnes vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

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Foto: Shutterstock

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina.

Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola.

Fonte: Assessoria Cepea
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