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Notícias Mais de 180 toneladas

Fundo de impacto catalítico viabiliza produção de soja responsável, livre de desmatamento e conversão

RCF promove a proteção da vegetação nativa do Cerrado, fomenta o mercado de commodities agrícolas responsáveis e abre as porteiras para modelos de investimentos em CRA Verde no país.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em um ano marcado por eventos climáticos extremos, como o El Niño, que impactaram a agricultura global e reduziram a produtividade de soja no Brasil em até 40%, o Programa Cerrado do Responsible Commodities Facility (RCF) trouxe uma resposta urgente e eficaz. Ao viabilizar a produção de soja livre de desmatamento e conversão, o RCF promove a proteção da vegetação nativa do Cerrado, fomenta o mercado de commodities agrícolas responsáveis e abre as porteiras para modelos de investimentos em CRA Verde no país.

O impacto ambiental do segundo ano do RCF foi calculado, verificado de forma independente e divulgado no Relatório Anual 2023/2024. O programa teve uma expansão de mais de quatro vezes em comparação ao primeiro ano, tendo recebido um investimento de mais de US$47 milhões, por meio de uma estrutura inovadora de blended finance. Os novos investidores, os bancos Santander Brasil, Rabobank e o fundo de impacto AGRI3, se juntaram aos supermercados britânicos Tesco, Sainsbury’s e Waitrose para investir em 122 fazendas aptas e comprometidas a cumprirem os critérios ambientais do programa – um aumento de 281,25% em relação ao número de fazendas participantes no primeiro ano (32).

Como resultado, o RCF inseriu na cadeia de abastecimento 180.221 toneladas de soja responsável, verificadas como livre de desmatamento e conversão, provenientes das fazendas participantes localizadas no Cerrado.

Isto representa um impacto ambiental significativo. O programa protegeu, nesta última safra, 43.324 hectares de vegetação nativa, dos quais 11.346 hectares excedentes de reserva legal – cerca de 10% da área total, o dobro da meta inicial. Esta área total conserva um estoque de 18,2 milhões de toneladas de carbono na vegetação nativa protegida, aproximadamente 4% das emissões totais no Cerrado em 2022 (SEEG).

Os proprietários das terras participantes se comprometeram a abrir mão do direito de converter legalmente a vegetação remanescente em suas propriedades e seguir outros requisitos socioambientais, conforme os Critérios de Elegibilidade do RCF, para participarem do programa. As fazendas beneficiadas recebem empréstimos a juros baixos, distribuídos pelo fundo. Esta iniciativa é financiada por meio de uma abordagem inédita: títulos verdes (CRAs – Certificados de Recebíveis do Agronegócio) emitidos em dólares, registrados nas bolsas de Viena e B3 no Brasil.

Foto: Danilo Estevão

No início deste ano, os CRAs verdes emitidos para capitalizar o RCF receberam uma Opinião de Segunda Parte (SPO) da consultoria ambiental ERM-NINT, que concluiu que o Programa Cerrado do RCF está alinhado tanto com os Princípios de Títulos Verdes (GBP) da Associação Internacional de Mercados de Capitais (ICMA), quanto com os Princípios de Empréstimos Verdes (GLP).

Esta safra foi um período particularmente difícil para a agricultura em todo o mundo, especialmente no Brasil. As mudanças climáticas, agravadas pelo El Niño, resultaram em calor mais intenso e menor precipitação do que o normal na região do Cerrado. A chuva reduzida e atrasada, junto com as condições de calor extremo, obrigaram alguns agricultores a plantar tardiamente ou replantar suas culturas, o que reduziu os rendimentos da soja de alguns produtores brasileiros em até 40% em relação aos anos anteriores. Apesar desses desafios, o RCF conseguiu minimizar os impactos financeiros negativos, ao mesmo tempo em que gerou impactos ambientais significativos.

Para garantir transparência e aumentar as obrigações e os impactos ambientais, o RCF é dirigido por uma equipe internacional especializada, da Sustainable Investment Management (SIM) e da BVRio, e verificado de forma independente pela ERM-NINT. As metodologias utilizadas para a quantificação do impacto e os relatórios de monitoramento são revisadas por um Conselho Consultivo Ambiental, composto por Greg Fishbein (The Nature Conservancy), Ivo Mulder/Martin Hallé (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Lilian Vendrametto (Conservation International), Fabrício de Campos (especialista em finanças sustentáveis), Isabella Freire Vitali/Jane Lino (Proforest), André Guimarães (IPAM) e Beto Mesquita (BVRio – Secretária). “O RCF gera impactos climáticos e de biodiversidade tangíveis, ao oferecer aos agricultores que podem legalmente desmatar suas florestas um incentivo financeiro claro para não fazê-lo. Este é exatamente o tipo de mecanismo que imaginamos quando criamos a IFACC – uma iniciativa para alavancar financiamento comercial a agricultores em transição para modelos de produção mais sustentáveis”, destacou o membro do Conselho Consultivo Ambiental da RCF, Greg Fishbein.

“O programa está se ampliando rapidamente, tendo disponibilizado mais de quatro vezes o valor de financiamento em relação ao primeiro ano. O RCF oferece uma solução para a proteção imediata da vegetação do Cerrado, ao mesmo tempo em que coloca soja responsável, livre de desmatamento, no mercado das cadeias de abastecimento”, acrescentou.

Fonte: Assessoria BVRio

Notícias Em Pontes e Lacerda

Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado

Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.

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Fotos: Rafaela Sanchez de Lima

O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.

Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.

Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.

Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.

A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.

Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.

“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.

As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.

“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.

“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.

Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.

Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.

Fonte: Assessoria Secretaria do Estado de Agricultura Familiar do Mato Grosso
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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