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Fundesa completa 20 anos com foco em defesa sanitária
Fundo foi decisivo no controle da gripe aviária, na recuperação após as enchentes e avança em estrutura, prevenção e rastreabilidade no Rio Grande do Sul.

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa-RS) chega ao fim de 2025 completando 20 anos de atuação com um balanço marcado por resposta a crises sanitárias, modernização da estrutura e reforço do apoio ao Serviço Veterinário Oficial. Ao longo desse período, o fundo deixou de atuar apenas como reserva financeira e passou a ter papel central na sustentação do sistema de defesa sanitária animal do estado.
O ano de 2025 colocou essa estrutura à prova. Em maio, o Rio Grande do Sul registrou um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em uma granja comercial no município de Montenegro. Apesar do impacto para o setor avícola, o foco foi controlado e erradicado em poucos dias. Segundo o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber, o episódio evidenciou a capacidade de resposta do sistema sanitário estadual. A condução do caso recebeu reconhecimento de órgãos nacionais e internacionais, com destaque para o suporte financeiro e logístico garantido pelo Fundesa às equipes que atuaram no entorno do foco.
Ainda no ano em que completa duas décadas, o fundo passou a contar com sede própria no Parque de Exposições Assis Brasil. Inaugurada às vésperas da Expointer 2025, a Casa da Sanidade Animal tornou-se ponto permanente de apoio a reuniões, eventos técnicos e ações do Serviço Veterinário Oficial e das cadeias produtivas de proteína animal. Outra entrega relevante foi a inauguração da Supervisão Regional de Santa Rosa, imóvel histórico que passou por reforma custeada integralmente pelo Fundesa, com investimento de aproximadamente R$ 600 mil.
Responsabilidade compartilhada
Ao longo dos últimos 20 anos, uma das principais frentes do Fundesa foi a disseminação do conceito de responsabilidade compartilhada na defesa sanitária. A existência de um fundo voltado à indenização de produtores em casos de doenças estimula a notificação precoce de suspeitas, fator considerado estratégico para o controle sanitário.
Levantamento realizado em 2025 aponta que, apenas na pecuária leiteira, mais de R$ 54 milhões foram destinados a indenizações ao longo dos últimos 16 anos. O apoio tem sido fundamental no enfrentamento de enfermidades como tuberculose e brucelose. Atualmente, a prevalência da brucelose no rebanho gaúcho está em 0,49%, índice que tende a recuar com a continuidade das ações conjuntas entre o setor produtivo e o Serviço Veterinário Oficial.
Resposta a crises recentes
Os últimos anos também testaram a capacidade operacional do fundo em situações extremas. As enchentes de maio de 2024 exigiram aportes emergenciais para recompor a estrutura do Serviço Veterinário Oficial. Nesse contexto, a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA-RS), desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Maria em parceria com o Fundesa, foi utilizada para mapear áreas isoladas e orientar ações de resgate e assistência.
O Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) também recebeu recursos emergenciais para recuperação de equipamentos e recalibração de laboratórios após os danos causados pelas cheias.
Além dos eventos climáticos, o Fundesa ampliou sua atuação preventiva diante de riscos sanitários globais. Com a Influenza Aviária avançando em países vizinhos, a Peste Suína Africana afetando rebanhos na Europa e na Ásia e o reaparecimento da febre aftosa em países como Alemanha e Hungria, o fundo passou a investir em estratégias digitais de prevenção, comunicação com produtores e educação sanitária. Parte dessas ações envolve parcerias com a Universidade da Carolina do Norte e a ampliação da PDSA-RS em conjunto com a UFSM.
Próximos passos
Para os próximos anos, o foco passa a ser o fortalecimento financeiro do fundo. Em 2025, o setor produtivo articulou a revisão das contribuições ao Fundesa por meio do Projeto de Lei 515/2025, aprovado por unanimidade na última sessão do ano da Assembleia Legislativa. A nova tabela entra em vigor em abril de 2026.
Outro tema estratégico para 2026 é a continuidade da implantação do sistema de rastreabilidade bovina no Rio Grande do Sul. Embora o prazo nacional se estenda até 2033, o estado iniciou o processo com um projeto piloto lançado durante a Expointer, na Casa do Fundesa.

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Show Rural antecipa montagem dos estandes para reforçar segurança
Organização libera trabalhos já em dezembro para reduzir pressão de prazos e garantir estruturas maiores e mais seguras na edição de 2026.

Para evitar atropelos e dar ainda mais atenção à segurança dos trabalhadores, a direção do Show Rural Coopavel decidiu antecipar a autorização de início da montagem dos estandes da 38ª edição. Em vez de no começo de janeiro, como em anos anteriores, elas puderam optar por aproveitar o mês de dezembro.
“Conversamos sobre essa medida e entendemos que essa mudança seria bem-vinda, porque permite às empresas trabalhar sem tanta pressão de prazo, dando ainda mais atenção aos detalhes e à segurança”, diz o coordenador-geral Rogério Rizzardi. Algumas empresas, principalmente as que têm por responsabilidade a montagem de estandes maiores, estão aproveitando essa janela, comenta Rizzardi.
A montagem, em dezembro, seguirá até a próxima terça-feira, 23. O retorno será no dia 2 de janeiro. Todos os estandes deverão estar prontos até as 19h do dia 4 de fevereiro. Inúmeras reuniões foram realizadas com os representantes das 97 montadoras credenciadas para trabalhar no parque, e um dos pedidos mais importantes é o da utilização, por todos os colaboradores, de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Estandes maiores
O Show Rural acontece, desde 1989, em uma área rural de 72 hectares, a dez quilômetros do centro de Cascavel. Para atender a solicitação de alguns dos mais tradicionais de seus expositores, a direção do evento fez mudanças, como a troca de local do estacionamento de expositores e imprensa. Assim, a área desse antigo estacionamento foi toda gramada e, com ganho de metragem no parque, algumas empresas terão a chance de mostrar as suas novidades em estandes maiores.
Alguns terão, para 2026, área na casa dos 3,5 mil metros quadrados, os maiores da história do Show Rural – terão cerca de até mil metros a mais em comparação com os maiores das edições anteriores. É o caso da Jacto e da John Deere. “Nosso objetivo não é aumentar o número de expositores, e sim melhorar ainda mais o que já temos. Com isso, investimos no conforto e comodidade dos visitantes, que então terão a oportunidade de potencializar o resultado de sua jornada pelo parque”, enfatiza Rogério Rizzardi. A 38ª edição será realizada de 9 a 13 de fevereiro de 2026. O tema será A força que vem de dentro.
Notícias
Copel e C.Vale compartilham planejamento com foco no cliente
Alinhada às demandas crescentes por energia, a cooperativa pretende informar com antecedência os investimentos à Copel

Reunidos na sede da C.Vale, em Palotina, os presidentes da Copel, Daniel Slaviero, e da cooperativa agroindustrial, Alfredo Lang, alinharam o planejamento conjunto das empresas para o fornecimento de energia de qualidade, com foco no cliente e no suporte ao crescimento da região. O encontro foi na terça-feira,16.
Para Slaviero, é positiva a aproximação entre duas empresas paranaenses empenhadas no desenvolvimento. “O trabalho da C.Vale é um orgulho para o nosso Estado. É uma empresa de crescimento constante, que gera riqueza não somente para a região Oeste, mas para todo o Paraná”, afirma.
“Viemos tomar conhecimento o plano de investimentos da cooperativa para os próximos dez anos. Cabe à Copel dar o suporte necessário, seja em razão dos eventos climáticos, seja pelo crescimento que essa região tem. É muito acima da média do Paraná, que já é acima do restante do Brasil”, reforçou o presidente da Copel.
O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, ressaltou a importância do fornecimento de energia de qualidade para o desenvolvimento regional. “Vemos que a Copel quer o desenvolvimento, assim como nós. E sem energia, isso não existe”, afirma.
Para Lang, os investimentos que a Copel tem realizado e a transparência das informações da companhia dão segurança à expansão dos projetos de industrialização. “Assim, temos um norte, sabemos o quanto podemos avançar”, destaca.
No encontro com o presidente e diretores da empresa, as lideranças da Copel detalharam os investimentos da companhia na região e conheceram o plano decenal de energia da C.Vale, que prevê reforços estruturais para atender às demandas futuras dos associados na área de atuação da cooperativa.
Em 2025, a Copel investiu R$ 523 milhões no Oeste do Paraná, incluindo redes de média tensão, subestações, linhas de distribuição de alta tensão e recursos destinados aos medidores inteligentes. Os investimentos beneficiam tanto as áreas urbanas quanto as rurais, buscando oferecer energia elétrica de qualidade às demandas da agroindústria e de novos empreendimentos que estão se instalando na região.
O diretor-geral da Copel Distribuidora, Marco Antônio Villela de Abreu, destacou que o foco da C.Vale no cooperado é convergente aos valores Copel. “Para a Copel, cada cliente importa”, ressaltou.
Compartilhamento de informações
O plano energético da C. Vale para os próximos dez anos destaca o crescimento acelerado da Oeste do Paraná nas últimas décadas. Uma expansão que se deve, principalmente, à agroindustrialização, à mecanização do campo, entre outros fatores.
“A parceria estratégica entre C.Vale e Copel é fundamental para transformar as projeções de crescimento em realidade operacional, garantindo que a infraestrutura elétrica acompanhe o desenvolvimento industrial da região”, destaca o plano.
Alinhada às demandas crescentes, a cooperativa pretende informar com antecedência os investimentos à Copel. O compartilhamento prévio das projeções de crescimento, segundo a C.Vale, permite à companhia de energia planejar reforços estruturais com tempo adequado, evitando problemas e garantindo continuidade do fornecimento.
Conforme o planejamento energético definido pela C.Vale, os investimentos em infraestrutura elétrica são planejados com prazos de três a cinco anos, entre concepção e energização. A antecipação de demandas é essencial para evitar gargalos que possam comprometer a expansão industrial.
Dentro deste contexto, a parceria com a Copel prevê estudos técnicos conjuntos como análises de fluxo de potência, verificação de contingências e dimensionamento de infraestrutura para atender o crescimento de longo prazo com confiabilidade.
A cooperativa prevê, ainda, a coordenação com órgãos reguladores e o planejamento integrado aos ciclos tarifários para viabilizar investimentos necessários dentro do marco regulatório do setor elétrico.
Visita
Na C. Vale, em Palotina, os representantes da Copel visitaram os abatedouros de aves e de peixes e a esmagadora de soja. Durante o percurso, o presidente e diretores da companhia puderam conhecer detalhes sobre o controle de qualidade, o compromisso com a sustentabilidade, a tecnologia empregada e o padrão de excelência das operações.
Eles foram acompanhados dos diretores Industrial da C.Vale, Reni Eduardo Girardi; Financeiro, Marcelo Afonso Riedi; de Comercialização, Alexandre Tormen; e dos gerentes Departamento Contábil, Nelson Beltrame; do Abatedouro de Aves, Neivaldo Francisco Burin; do Abatedouro de Peixes, Jair Ederson de Sordi; e da Esmagadora de Soja, Samuel Rubert.
C.Vale
Criada em Palotina, em 1963, a C.Vale é uma das maiores cooperativas da América Latina, com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo e Paraguai. Possui 201 unidades de negócios, mais de 28 mil associados e mais de 15 mil funcionários. Teve um faturamento de quase R$ 22 bilhões em 2024.
A cooperativa destaca-se na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos, e atua na prestação de serviços, com mais de 500 profissionais que dão assistência agronômica, veterinária, comercial e operacional aos associados. A C.Vale também financia a produção, garantindo crédito aos cooperados.
A empresa comercializa insumos, peças, acessórios e revende máquinas agrícolas, assegurando preços mais competitivos aos associados. Além disso, mantém uma rede de supermercados, com dez lojas nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Comitiva
Em visita à sede da C.Vale, em Palotina, o presidente da Copel foi acompanhado do diretor-geral da Distribuidora, Marco Antônio Villela de Abreu; o diretor Comercial da companhia, Julio Omori; o diretor de Comunicação, David Campos; o gerente de Projetos Executivos, Eloir Joakinson Junior e o Gerente-executivo de Operação de Campo Oeste, Carlos Eduardo Galina.
De parte da cooperativa, acompanharam a equipe da Copel o diretor executivo Édio José Schreiner; o vice-presidente, Ademar Luiz Pedron; o secretário, Walter Andrei Dal Boit; o diretor de Produção, Luciano Trombetta; o gerente de Engenharia e Projetos, Allan Correia Benedicto; e o supervisor de Gestão e Comercialização de Energia, Felipe Ferreira.
Notícias
Lar Cooperativa recebe Prêmio Mérito Agropecuário por sua trajetória de inovação e desenvolvimento
Reconhecimento nacional destaca o modelo de verticalização, a força da família associada e o papel da Lar como referência em organização produtiva e impacto regional.

O diretor-presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, recebeu na quarta-feira (10), em Brasília, o Prêmio Mérito Agropecuário Deputado Homero Pereira, uma das mais relevantes homenagens concedidas pela Câmara dos Deputados a lideranças e instituições que se destacam pelo trabalho em favor do agronegócio brasileiro.
A honraria é concedida anualmente desde 2014 pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e reconhece iniciativas que contribuem para o desenvolvimento, a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento das cadeias produtivas do campo. Em 2025, a indicação do nome de Irineo Rodrigues foi apresentada pelo deputado federal Dilceu Sperafico e aprovada por unanimidade pelos membros da Comissão.
O reconhecimento está diretamente ligado ao projeto de verticalização da produção desenvolvido pela Lar Cooperativa ao longo de sua trajetória. Um modelo que integra, de forma organizada e eficiente, todas as etapas da cadeia produtiva, do campo à indústria, ampliando a geração de valor, fortalecendo os associados, criando oportunidades de emprego, promovendo desenvolvimento regional e garantindo alimentos de qualidade para o mercado interno e externo.
Durante a solenidade, o deputado Dilceu Sperafico destacou a importância da Lar como referência nacional em organização produtiva, governança e visão estratégica, ressaltando que o cooperativismo praticado pela Lar é exemplo de como é possível crescer com solidez, responsabilidade e impacto positivo nas comunidades onde atua.

O deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, também enfatizou que o prêmio carrega o legado do deputado Homero Pereira, uma das principais vozes do agronegócio no Congresso Nacional, e que a homenagem simboliza o reconhecimento a lideranças que transformam o setor na prática, com resultados concretos, consistência institucional e compromisso com o desenvolvimento do país.
Ao receber a honraria, Irineo da Costa Rodrigues destacou que o prêmio representa o reconhecimento de uma história construída coletivamente. Ressaltou a trajetória sólida da Lar Cooperativa ao longo de seus 61 anos, marcada por crescimento, organização e credibilidade, e afirmou que a cooperativa é observada nacionalmente justamente pela sua postura ética, pela consistência de suas decisões e pela imagem positiva construída ao longo do tempo.
Irineo também fez questão de reforçar que a homenagem é recebida em nome da Lar Cooperativa como um todo, especialmente da família associada e do quadro de funcionários, que juntos constroem, diariamente, os resultados que tornam a cooperativa referência no agronegócio brasileiro.
O Prêmio Mérito Agropecuário Deputado Homero Pereira leva o nome de um dos mais importantes defensores do setor no Parlamento e simboliza o reconhecimento a quem contribui de forma efetiva para o fortalecimento da produção de alimentos, da economia rural e do desenvolvimento sustentável do Brasil.



