Conectado com

Notícias

FS investe R$ 115 milhões em vagões e aumenta seu volume transportado por ferrovia

Com a aquisição de 80 vagões, a FS inicia modelo inédito de negócio e deve gerar uma redução de, aproximadamente, 50% nas emissões de CO₂, alcançando 15 mil viagens de caminhões evitadas por ano nas estradas

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Rumo

A FS, uma das maiores produtoras de etanol, nutrição animal e bioenergia do Brasil, amplia o uso do modal ferroviário para o transporte de sua carga. A empresa adquiriu 80 vagões que serão operacionalizados pela Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, em um negócio de R$ 115 milhões.

Nas últimas décadas, o Brasil privilegiou o transporte rodoviário, apesar de o modal ser mais oneroso em vários aspectos para a sociedade e para o meio ambiente. Em um modelo de negócio inédito para as duas empresas, a FS adquiriu os vagões para aportar capacidade no sistema e a Rumo vai fazer o transporte.

O etanol que sai das unidades no Mato Grosso seguirá em rota rodoviária até Rondonópolis (MT) e de lá para Paulínia (SP), em linha férrea, passando pelo estado do Mato Grosso do Sul e atravessando o estado de São Paulo até chegar ao principal mercado consumidor de combustíveis do país, percorrendo aproximadamente 1.200 km, que deixarão de ser percorridos pelas rodovias. “A ampliação da nossa capacidade de transporte ferroviário está alinhada com a estratégia da FS de buscar atender os mercados com a máxima eficiência logística e menor pegada ambiental”, afirma o CEO da companhia, Rafael Abud.

A parceria com a Rumo representa uma oportunidade para a viabilização da infraestrutura logística e a redução de custo de transporte da companhia. Com a ampliação da parceria a FS vai atingir 45% do seu volume total produzido sendo transportado pela ferrovia, além de gerar uma economia de, aproximadamente, 50% nas emissões de CO₂, substituindo 15 mil viagens de caminhões por ano nas estradas.

O vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma, conta que os vagões de combustíveis da empresa rodam praticamente cheios o tempo todo, com capacidade disponibilizada. “Os fluxos são casados, representando a melhor eficiência logística. O vagão investido pela FS vai no sentido Mato Grosso – Paulínia e retorna com derivados de petróleo para serem distribuídos por todo estado. A Rumo já transporta aproximadamente 45% do volume de diesel do estado do Mato Grosso e esperamos crescer ainda mais”, comenta.

Como a vida útil dos vagões é estimada em 40 anos, a Rumo deverá ter um ativo para uso por longo prazo. A manutenção dos vagões é de responsabilidade da operadora. “O modelo de negócio é inédito para a FS e para a Rumo e traz vantagens para os dois lados, proporcionando cadência e previsibilidade no suprimento de etanol da FS para o Sudeste, e estabilidade e ganhos de produtividade para a ferrovia, por isso acreditamos no seu sucesso”, acrescenta Abud.

Pedro Palma lembra que a parceria entre a Rumo e a FS teve início em 2020 e desde então foi construída uma relação muito forte, pautada em resultados expressivos para as partes e impactos positivos em diferentes frentes, desde competitividade através de eficiência logística até a agenda ESG de ambas as empresas. “Assim, entendemos que a FS é um ótimo parceiro para a agenda de crescimento Rumo, que está conectada diretamente com a nossa visão de longo prazo”.

Essa parceria é mais um passo na estratégia de crescimento da Rumo no importante corredor logístico do Mato Grosso. “A área de combustíveis é muito relevante na Rumo e agora estamos crescendo cada vez mais nos biocombustíveis, principalmente etanol de milho. Neste ano de 2022, estamos crescendo mais de 20% no transporte de biocombustíveis, depois de ter crescido já 30% em 2021 e com essa parceria, os planos são ainda maiores para 2023”, afirma Palma.

A operação deve ser iniciada entre janeiro e abril de 2023. “Fomos a primeira indústria a movimentar etanol, via ferrovia, a partir de Rondonópolis. Hoje, a FS obtém, com essa nova operação, uma redução de aproximadamente 25% em seu custo logístico na rota Lucas do Rio Verde – Sorriso, municípios onde estão localizadas suas fábricas, até a região sudeste. Dos 1,5 bilhão de litros de etanol produzidos anualmente pela FS, cerca de 50% têm como destino essas regiões”, destaca o diretor comercial de Etanol e Energia da FS, Paulo Trucco.

Fonte: Ascom FS

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.