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Frio em todo o Brasil liga alerta para doenças de inverno

Todos os anos a estação que costuma ser a mais seca em boa parte do país traz alguns problemas de saúde para o rebanho bovino. As enfermidades mais comuns nas épocas mais geladas do ano afetam a produtividade, em especial na pecuária de leite, e já são conhecidas pelos criadores e profissionais da área, mas mesmo assim são dignas de atenção.

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Foto: Sandro Mesquita/OP Rural

Neste ano, regiões que geralmente são mais quentes, como os Estados do Norte e Nordeste, receberam grandes massas de ar polar, despencando as temperaturas. Em meados de maio, cidades do Tocantins, na região Norte do Brasil, registraram temperaturas de 9º C, mostrando que a preocupação com o rebanho contra doenças mais comuns no inverno precisam de atenção em todo território nacional.

O Brasil é um país com dimensões continentais, onde o inverno se mostra de maneira distinta entre as diferentes regiões. Entretanto, todos os anos a estação que costuma ser a mais seca em boa parte do país traz alguns problemas de saúde para o rebanho bovino. As enfermidades mais comuns nas épocas mais geladas do ano afetam a produtividade, em especial na pecuária de leite, e já são conhecidas pelos criadores e profissionais da área, mas mesmo assim são dignas de atenção.

A ocorrência das doenças no período de inverno é diferente conforme a região onde os rebanhos se encontram. O Sul do Brasil apresenta maior probabilidade de ocorrência devido, é claro, por apresentar temperaturas mais baixas, entretanto, em outras regiões o frio também é observado.

Doenças respiratórias

Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Guilherme Nunes de Souza: “Os sintomas das doenças respiratórias são febre, perda de apetite e secreções nasais” – Foto: Divulgação

Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Guilherme Nunes de Souza, os problemas sanitários mais comuns neste período estão associados ao sistema respiratório dos animais. “No caso de doenças do trato respiratório, podemos citar a bronquite e pneumonia, esta última com atenção especial para as bezerras”, ressalta.

As doenças respiratórias do bovinos (DRB) atingem o rebanho tanto no sistema de confinamento, em menor intensidade, como na pastagem, onde a baixa umidade e o frio influenciam de maneira negativa no desenvolvimento do pasto. Consequentemente, há menos nutrientes para os rebanhos mantidos em sistema de pastejo. “Isso pode significar redução na alimentação e consequentemente perda de peso e baixa de resposta imunológica aos diferentes desafios”, aponta o pesquisador.

Outras doenças, porém não menos importantes, como ceratoconjuntivite, disenteria de inverno e a tristeza parasitária transmitida por carrapatos precisam ser observadas com a mesma atenção, alerta Guilherme Nunes de Souza. Do ponto de vista nutricional pode ainda haver casos de intoxicação alimentar.

Ceratoconjuntivite

O tempo seco aumenta a quantidade de poeira no ar pode e leva a casos de ceratoconjuntivite. De acordo com Souza, é preciso se ater aos sinais clínicos da doença, especialmente em animais jovens. “A doença pode provocar vermelhidão dos olhos, lacrimejamento e em estágio avançado pode causar úlceras na córnea e levar o animal a cegueira”, destaca.

O pesquisador afirma que a doença é autolimitante, podendo regredir naturalmente à medida que o tempo vai mudando com o período das chuvas e aumento de umidade. “Em casos clínicos graves é necessário o tratamento dos animais com uso de antimicrobianos”, completa.

Disenteria de inverno

A disenteria de inverno é uma doença clínica e aguda com um quadro de diarreia profusa com disseminação entre os animais. A patologia é causada por um coronavírus e acomete tanto animais jovens como adultos, sendo mais prevalente em vacas de primeira cria no pós-parto.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, a doença aparece também em períodos de frio e seca, época do ano em que a pastagem não oferece condições nutricionais ideais. “A má alimentação dos animais mantidos a pasto provoca pouca resistência aos carrapatos, e as infestações no inverno são muito prejudiciais”, ressalta.

Essas condições adversas podem aumentar a transmissão dos agentes causadores da tristeza parasitária (babesia e anaplasma), podendo causar anemias severas e óbito dos animais, alerta o pesquisador.

Intoxicação

Conforme Souza, a escassez de pastagens para suprir as necessidades nutricionais faz com que os animais procurem alimentos em outros lugares. Isso pode levar o animal ao consumo de plantas tóxicas, como a samambaia. “A planta é responsável pela hematúria enzoótica dos bovinos, onde se observa a urina dos animais com presença de sangue”, informa.

As intoxicações alimentares podem causar diversos sintomas clínicos nos animais, como neurológicos, musculares e abortos, podendo também levar os animais a óbito. De acordo com Guilherme, no período frio do ano é recomendado manter o rebanho bem nutrido para fortalecer o sistema imunológico dos animais. “Assim é possível ter uma boa resposta contra os diferentes desafios sanitários que podem ocorrer neste período”, pontua.

Prevenção

A prevenção contra as doenças de inverno passa necessariamente por um planejamento alimentar baseado no crescimento do rebanho de forma que não falte alimento para os animais em períodos considerados estratégicos. Conforme Souza, uma alternativa é também a implementação de um calendário sanitário na fazenda. “Deve ser acompanhado por uma assistência técnica e a definição dos períodos de vacinação e o controle estratégico de endo e ecto parasitas”, sustenta.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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