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Suínos / Peixes Mercado

Frimesa adequa frigorífico para exportar suínos à China

Já a unidade de Assis Chateaubriand vai receber novo planejamento de obras após a crise de Covid-19 passar

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Divulgação/Frimesa

Embora ainda seja difícil estimar a magnitude do choque da pandemia de Covid-19 na economia, afinal, ninguém sabe por quanto tempo ela perdurará e quantas pessoas serão afetadas, é certo que quanto mais tempo durar a crise, maior será o dano econômico e social.

 Para o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, os efeitos serão grandiosos no mundo inteiro. “É evidente que a pandemia vai trazer efeitos muito grandes na economia do mundo todo. Isso não se discute. Mas existe uma diferença entre as categorias. Vejo que na produção de alimentos, que é o nosso caso, até agora tivemos menos problemas”, declarou ao O Presente.

Em entrevista à reportagem, Vanzella faz uma análise do atual panorama econômico regional, estadual e nacional e comenta sobre a atuação das unidades fabris e dos investimentos em Assis Chateaubriand e Marechal Cândido Rondon, no Paraná, onde a Frimesa opera com uma indústria láctea e com um frigorífico de suínos.

Medidas

Conforme o diretor-presidente, a Frimesa adotou medidas no sentido de preservar o colaborador. “Aquelas medidas convencionais e consensuais que todas as empresas fizeram. Quando o colaborador chega na porta de entrada da empresa ele já tem sua temperatura medida e só vai trabalhar se tiver tudo em dia e lá no trabalho existe distância de um para o outro. Há cuidados com pessoas do grupo de risco, com mais de 60 anos, e com alguma doença, como diabetes, hipertensão e outras que se enquadram nisso. Estas formam um grupo bastante grande de pessoas e estas não estão trabalhando. Mas com essas atitudes conseguimos manter a indústria operando”, ressalta, acrescentando que de 4% a 5% dos funcionários estão de férias ou de licença.

Produção segue normal

Segundo Vanzella, até o momento não houve redução de produção nas indústrias da Frimesa. “O produtor não está sendo prejudicado porque tem sua matéria-prima, tanto leite quanto suíno, sendo recolhida e industrializada na sua normalidade. Os caminhoneiros também estão trabalhando, fazendo a sua parte. Na área comercial, no caso da alimentação, existe um jeito relacionado a determinados tipos de clientes. As pizzarias, lanchonetes e bares fecharam e houve uma redução de significativa de vendas. No entanto, como a Frimesa não possui expressão no atendimento a esse tipo de consumidor, não é algo tão representativo. Não tivemos efeito como, por exemplo, algumas queijarias por fornecerem só para lanchonetes e pizzarias que diminuíram sua venda pela metade”, aponta.

De acordo com o líder cooperativista, um trabalho realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), atendendo o Conseleite, constatou que a venda de queijo reduziu mais de 70% em algumas empresas, enquanto em outras foi observado aumento, caso da Frimesa. “Isso porque atendemos mais supermercados, especialmente com produtos fracionados, como queijo fatiado. As pessoas que antes consumiam lanche em empresas passaram a comprar e fazer este lanche em casa. Elas vão ao mercado e querem uma porção pequena e de fácil manipulação, então o fatiado toma conta, tanto que não tem que chega”, frisa.

Todavia, ele comenta que nos últimos dias foi percebido que alguns clientes passaram a ter dificuldades financeiras e solicitaram prorrogação de prazos. “Determinados produtos até subiram de preço devido à corrida ao supermercado para comprar, como o leite longa vida, porém o valor da maioria foi mantido e outros agora começam a cair. No caso específico da carne, o que nos ajudou foi a exportação. Já fazia parte da expectativa da Frimesa e nós aumentamos bastante as exportações, o que nos auxilia a desovar a produção”, destaca.

Versatilidade

Vanzella atribui dificuldades menores à Frimesa colocar produtos lácteos e de carne no mercado em virtude da grande versatilidade na linha industrial. “Por exemplo, se a venda despencar nos refrigerados de leite, nós temos opção de produzir leite condensado, longa vida e assim por diante. Mas isso não se aplica a todas as empresas. Tem indústria sofrendo por estar presa a um produto, principalmente as queijarias, que estão com muitas dificuldades. Agora nos preocupamos com o que vem pela frente, pois no momento houve pouca dificuldade. Estamos operando e o produtor foi atendido em tudo. Nenhum produtor deixou de ter seu leite ou suíno recolhido. Lógico que existem oscilações de preço, mas no nosso caso ainda está dentro da normalidade”, assegura.

Ele menciona que houve queda nos refrigerados, como iogurte, manteiga e requeijão, mas houve aumento na venda de leite longa vida, de modo que, garante, uma coisa compensou a outra. “Enquanto para alguns a venda de muçarela caiu, para nós aumentou devido ao prato fatiado, mas em bloco diminuiu sim”, salienta.

Investimentos em Marechal Cândido Rondon e Assis Chateaubriand

O diretor-presidente ressalta que o frigorífico de suínos de Marechal Cândido Rondon segue com sua produção normal e a direção da Frimesa aguarda aprovação do Ministério da Agricultura para poder exportar à China. “Estamos fazendo adequações no frigorífico em Marechal Cândido Rondon. Também estamos trabalhando em Assis Chateaubriand, no entanto, por ser um projeto muito grande, vamos aguardar para ver o que vai acontecer com a economia. Se houver um encolhimento muito grande na economia mundial e impactar em tudo, provavelmente vamos pensar diferente na velocidade da obra, mas por enquanto não temos decisão de mudar nada. Esta é uma situação problemática, contudo a área de produção de alimentos tem sido a menos prejudicada. Agora estamos com os nervos à flor da pele, porque temos problemas de tudo o que é natureza e às vezes entramos em uma tensão muito grande, mas estamos conseguindo produzir e vender”, revela.

Segundo ele, o cenário pós-Covid-19 vai definir o novo planejamento das obras em Assis Chateaubriand. “O pós-crise vai merecer uma análise por parte da cooperativa e suas filiadas, envolvendo desde produtor, cooperativas, central, pois o que importa é o mercado, aí sim vamos saber. Vamos reanalisar assim que o coronavírus passar”, afirma, emendando: “Nosso principal compromisso é atender o produtor de matéria-prima. Não existe plano de reduzir produção ou funcionários”.

Panorama pós-Covid

Na visão de Vanzella, muitos transtornos econômicos serão observados depois da crise devido à paralisação de muitas atividades. “Haverá readequação em todas as atividades após a crise. Por conseguirmos trabalhar nesta época, temos sentido consequências menores. Em março e abril nós vendemos normalmente, bem diferente de quem fechou as portas. A oscilação de preços e a redução de produtos menos essenciais provocam mudanças e nesse caso cada empresa deverá conhecer sua possibilidade de se adaptar às mudanças”, frisa. “Precisamos acreditar em Deus e esperar, até porque todo mundo está convivendo com uma crise econômica, política e de saúde. É muita confusão do próprio governo, porque a gente realmente fica ansioso sobre o que vai acontecer depois. Não podemos ligar a televisão porque existem notícias negativas e muitas notícias políticas que não são ideais para o país. Existe ansiedade e espero que principalmente os que lideram o país deem continuidade depois com o menor estrago possível. Essa não é a primeira epidemia do mundo e não vai ser a última. Nós precisamos batalhar para sobreviver o mais rápido possível”, conclui.

Fonte: O Presente

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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