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Avicultura

Frigoríficos enfrentam desafios para adaptar processamento de aves mais pesadas

Os abatedouros devem cumprir a legislação exigida por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Agricultura e Pecuária e também do Codex Alimentarius.

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Parte essencial da cadeia de abastecimento de alimentos, os frigoríficos foram responsáveis por abater 29,3 milhões de cabeças de bovinos, 13,5 milhões de suínos e 6,6 bilhões de aves no Brasil em 2022, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Para assegurar os mais elevados padrões de segurança alimentar, plantas industriais precisam seguir rigorosamente as normas estabelecidas de inspeção sanitária dos animais antes do abate, controle da temperatura e da umidade durante o processamento, uso de procedimentos de limpeza e desinfecção, além de testagem de produtos para detectar contaminantes, garantindo, assim, a qualidade e a inocuidade dos alimentos que chegam às mesas dos consumidores.

De acordo com o médico-veterinário e consultor global para Abatedouros da Ceva, José Maurício França, os abatedouros devem aderir aos requisitos globais estabelecidos nos acordos internacionais. No entanto, é importante ressaltar que diferentes países e culturas possuem suas particularidades, que incluem questões étnicas e religiosas, por exemplo, o que muitas vezes pode influenciar e colocar em conflito os requisitos de segurança alimentar. “À medida que o mercado global se expandiu, a economia se tornou mais liberalizada e o acesso aos alimentos mais acessível, desencadeou uma preocupação crescente do setor em relação à intensificação da produção animal. Quanto maior a produção de animais, maior a probabilidade de riscos à segurança alimentar, incluindo a transmissão de doenças relacionadas aos alimentos. Muitos desses riscos, do ponto de vista epidemiológico, têm origem animal, o que aumenta ainda mais a responsabilidade de quem produz e abate os animais, uma vez que isso exige a necessidade de um controle mais abrangente a fim de garantir a manutenção da segurança alimentar”, ressalta França.

Médico-veterinário e consultor global para Abatedouros da Ceva, José Maurício França – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Os abatedouros devem cumprir a legislação exigida por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Agricultura e Pecuária e também do Codex Alimentarius. “A sinergia desses requisitos é essencial para garantir que tanto os padrões de legalidade quanto as questões culturais, religiosas e outras variáveis sejam consideradas, de modo a preservar a inocuidade dos alimentos. A prioridade é garantir que o consumo de alimentos de origem animal não represente nenhum risco à saúde dos consumidores”, salienta o especialista.

Avicultura de corte

Em relação a avicultura de corte, França destaca que a rápida evolução das características genéticas, da nutrição e da ambiência em que as aves são criadas tem superado as estruturas das unidades de produção, que não acompanharam na mesma velocidade esse ritmo de mudança. Com isso, os animais chegam ao frigorífico cada vez mais pesados, porém dentro das mesmas gaiolas e caminhões. “Hoje os frangos são criados para atingir pesos cada vez maiores, e esses animais são transportados em caminhões e gaiolas que não foram projetados para acomodações de animais tão pesados”, menciona, enfatizando: “Embora a mecanização e a automação tenham sido fornecidas para acelerar o processo de produção, também apresentam desafios, uma vez que os frangos, devido ao seu tamanho e peso, tornaram-se mais frágeis, com ossos menos resistentes, e, muitas vezes, ainda são manipulados de maneira semelhante a quando eram menores. Além disso, as máquinas de processamento estão ajustadas para atender aos requisitos de uniformidade que nem sempre se alcança dentro das instalações de criação”.

O desafio atual é integrar a tecnologia e o conhecimento usados na genética e na nutrição das aves com o processo industrial de abate. “O setor industrial enfrenta dificuldades em lidar com a crescente tecnologia, produtividade e desempenho zootécnico que se ganhou com as aves, porque lidar com aves muito pesadas e desuniformes potencializa o risco de condenações, contaminações e problemas de saúde, principalmente associadas aos sistemas locomotor e respiratório”, salienta o especialista.

Somado a isso, França ressalta que por muito tempo a ‘mão pesada’ dos serviços de inspeção sanitária foi apontada como um problema. “As condenações de aves no frigorífico não são responsabilidade exclusiva dos serviços veterinários de inspeção federais, porque muitas vezes o diagnóstico preciso das condições das aves não é feito no campo, o que resulta em problemas complexos quando as aves chegam ao frigorífico. Esta falta de diagnóstico no campo torna o processo de abate de frangos ainda mais desafiador e destaca a necessidade de melhorar a comunicação e o monitoramento em todas as etapas da produção e abate de aves”, reforça.

Adequação ao frango mais pesado

O peso médio dos frangos abatidos no Brasil é de 2,2 quilos, um aumento de 20% em relação a 10 anos atrás. Esse aumento é resultado de uma série de fatores, como a seleção genética e a melhoria das condições de manejo.

O aumento do peso do frango traz inúmeros desafios para os abatedouros, incluindo a necessidade de adequar as plantas industriais, investir em novos equipamentos e melhorar o planejamento. As aves mais pesadas são mais difíceis de manusear e podem causar danos às instalações, por isso o abate e a desossa exigem máquinas mais potentes. “Para se adequar ao frango mais pesado, os abatedouros precisam realizar uma série de investimentos. Entre as medidas necessárias estão modernização das instalações, treinamento dos funcionários, revisão dos procedimentos operacionais para garantir a segurança e a eficiência do processo. Além dos investimentos técnicos, os abatedouros também precisam promover uma maior integração entre as diferentes etapas da cadeia produtiva. Isso é essencial para garantir que o frango seja abatido no momento certo, de acordo com as necessidades do mercado”, elenca França.

Integração da cadeia produtiva

A integração da cadeia produtiva é essencial para garantir que o frango seja produzido e comercializado de forma eficiente e sustentável. Quando as diferentes etapas da cadeia trabalham de forma coordenada, é possível reduzir custos, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do produto final. “No caso do frango mais pesado, a integração da cadeia é ainda mais importante. Isso porque o aumento do peso das aves exige ajustes em todos os elos da cadeia, desde a criação até o abate e a comercialização”, frisa França.

Para garantir a integração da cadeia produtiva, segundo França, é necessário que os diferentes agentes envolvidos trabalhem juntos. Isso pode ser feito por meio de parcerias, acordos comerciais e outras iniciativas que promovam a colaboração entre os diferentes setores da cadeia.

Bem-estar animal durante o abate

O bem-estar animal é um requisito essencial na criação e abate de animais. Por meio de práticas sustentáveis, as empresas do setor alimentício devem atender a uma série de fatores, incluindo ética, qualidade do produto e respeito ao meio ambiente.

O consumidor final está cada vez mais exigente. Para se alinhar às expectativas dos clientes, as empresas precisam ir além da certificação em bem-estar animal. É preciso comunicar essa informação de forma clara e transparente a todas as esferas do mercado. “O que as pessoas prezam muito é a necessidade de se respeitar o animal, que de alguma forma está servindo a sociedade como alimento. Então nós, enquanto médicos-veterinários, temos que dar certeza que existe respeito na produção e no abate. É importante destacar que esses processos sempre existiram, ou seja, sempre houve o abate do frango, a pendura, o transporte. O que acontece é que hoje isso é mais visado”, descreve França.

No Brasil, segundo o especialista, algumas empresas já oferecem produtos certificados com bem-estar animal e é esperado que essa tendência continue a crescer nos próximos anos. “O que precisa acontecer é que esses indicadores de bem-estar animal norteiem a tomada de decisão e os investimentos das empresas, que haja um processo de maturidade, até o ponto de certificar todos produtos e o rótulo mostrar isso, que é o que já acontece em outros lugares do mundo como a Europa, que trabalha fortemente com produtos certificados, incluindo carne de frango, bovina e suína”, ressalta.

Resíduos e subprodutos do frango

Os abatedouros de frango produzem uma grande quantidade de resíduos e subprodutos, como penas, vísceras, ossos, sangue e gordura. Esses resíduos podem representar um problema ambiental, uma vez que podem contaminar o solo, a água e o ar.

No entanto, os frigoríficos de frango estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade e estão buscando maneiras de aproveitar esses resíduos de forma sustentável. “Os resíduos têm ganhado um valor cada vez maior porque, na verdade, são matérias-primas, fontes de proteína, que não são aproveitadas para consumo humano, mas que cada vez mais ganham espaço na alimentação animal, principalmente para os animais de companhia. Existem hoje negócios em que o próprio fígado de frango e a moela, que são fontes proteicas para consumo humano, acabam sendo destinadas para a produção de produtos pet devido seu valor nutricional”, destaca o médico-veterinário.

A reciclagem é uma das tendências mais promissoras para o aproveitamento dos resíduos e subprodutos dos abatedouros de frango, quando transformados em novos produtos, como farinhas e óleos, podem ser usados como ingredientes em rações para animais e em uma variedade de aplicações. “Na nutrição essas farinhas e óleos derivados têm outras aplicabilidades que remetem a sustentabilidade. Com isso, o produto deixa o status de graxaria, para agora ganhar status de produto com apelo de pegada de carbono, de aplicabilidade, de resultado, então o que se vê é o setor aprendendo a dar valor ao subproduto”, afirma o profissional.

A eficiência no aproveitamento de resíduos tornou-se uma prioridade nos frigoríficos, impulsionando o desenvolvimento e implementação de tecnologias inovadoras para maximizar a utilização de recursos e reduzir o desperdício. Uma gestão eficaz dos resíduos não apenas promove a sustentabilidade, mas também impacta diretamente a lucratividade da operação.

Um indicador crítico nesse contexto é a porcentagem de resíduos gerados. Uma taxa de resíduos elevada, superior a 5-6%, é considerada indesejável, pois indica ineficiência no processo do frigorífico. “Um dos principais desafios no processamento de resíduos é garantir a inocuidade dos produtos resultantes. Isso envolve a eliminação de possíveis patógenos, o que é realizado por meio de processos de pasteurização e tratamento térmico”, ressalta França.

Apesar de serem resíduos, são produtos de alto valor biológico. Eles contêm proteínas de alta qualidade e aminoácidos essenciais, que são importantes na alimentação animal. “Os resíduos de frigoríficos são suscetíveis à oxidação devido à exposição ao oxigênio, o que resulta em uma alta taxa de perecibilidade. Para mitigar esse problema, são usados antioxidantes e conservantes para prolongar a vida útil dos produtos, garantindo que eles mantenham sua qualidade por mais tempo. Fazer o tratamento adequado desses resíduos é fundamental para preservar seu valor nutricional e garantir que possam ser incorporados de forma eficaz na dieta dos animais de estimação”, expõe.

Um passo à frente

Em relação às tecnologias e processos empregados nos frigoríficos no Brasil, quando comparado com o resto do mundo, França diz que se observa uma diferença significativa, destacando que existem antagonismos e condições que são típicas de cada país. “Depois de muito me perguntar porque não era tudo igual ao Brasil, onde tudo é muito exigido e cobrado, descobri que a resposta está na vocação exportadora incomparável do Brasil. O que acontece é que criamos uma resiliência e um grau de maturidade para atender a uma ampla variedade de critérios internacionais, passando o país a ser considerado como se fosse um filtro para o restante do mundo”, explica o especialista.

França diz que os países adotam abordagens distintas dentro da cadeia produtiva. Ele menciona que na América Central há um cuidado mais rigoroso na criação dos animais, resultando em índices zootécnicos que, às vezes, superam os do Brasil. No entanto, o Brasil também possui frigoríficos de alta qualidade que superam os padrões europeus e de outros lugares. “Além disso, a localização geográfica desempenha um papel fundamental na qualidade do produto final. Por exemplo, no Oriente Médio, a qualidade da carcaça pode ser influenciada pelas condições da região”, menciona.

Tecnologia a favor do setor

A digitalização dos dados desempenha um papel fundamental na melhoria da eficiência e qualidade da carne de frango, desde a identificação de problemas até a proposição de soluções inovadoras que beneficiam toda a cadeia de produção, do campo ao consumidor final.

França relembra que originalmente os equipamentos e sistemas eram projetados para a identificação de um problema, como defeitos nas carcaças, mas agora há um impulso em direção a uma abordagem mais holística da análise de dados na indústria de processamento de carne de frango. “Isso é essencial para entender como lidar com a contaminação e o material que não foi plenamente aproveitado, permitindo que a indústria avance na direção de uma produção mais eficiente e de maior qualidade. A verdadeira mudança reside em transformar a análise de dados em uma ferramenta que forneça não apenas diagnósticos, mas também aponte respostas para resolvê-los de maneira eficaz”, enfatiza o especialista.

O médico-veterinário evidência que o uso da inteligência artificial (IA) na indústria de processamento de carne está ganhando cada vez mais espaço, embora muitas vezes seja ainda mantido em sigilo. “Isso ocorre em grande parte devido à natureza experimental e aos investimentos associados a esses projetos pilotos. À medida que a tecnologia evoluir e demonstrar seu valor, mais empresas tendem a explorar essa inovação, mas ainda sem divulgar seu uso abertamente”, menciona, enfatizando que os frigoríficos que já implementaram sistemas de inteligência artificial o fizeram com um foco claro em atender as demandas do mercado.

França destaca que para garantir que os benefícios da IA sejam totalmente aproveitados é fundamental que as melhorias comecem no campo, a fim de garantir que a carne de frango atenda não apenas aos requisitos do mercado, mas também aos mais altos padrões de qualidade desde sua origem. “Isso envolve uma compreensão mais profunda dos processos de criação de aves, alimentação, cuidados de saúde e logística, para que o produto de origem seja o melhor possível. O uso da inteligência artificial deve ser uma extensão das melhorias já realizadas na produção primária”, relata.

Perdas por condenação

No Brasil, estima-se que as perdas por condenação representem cerca de 5% do total de carne produzida. Para reduzir as condenações, o profissional destaca que é fundamental mensurar as perdas e ganhos em diferentes áreas da produção avícola. “É um fato inegável que, em alguns lugares, as perdas diminuíram, e isso é algo tangível, mensurável, bem como é possível olhar para essas situações e compreender o que foi feito para alcançar essa redução. Por outro lado, há locais onde as perdas aumentaram, e também é possível entender as razões por trás desse cenário”, cita.

A condenação da carcaça de frango pode ocorrer por doenças, contaminação e lesões, podendo em alguns casos ser parcial e em outros completa. “Até alguns anos atrás havia uma perda muito grande por condenação, mas não sabíamos porquê. Essa informação também não chegava até o produtor no campo e quando compartilhada não era bem compreendida. Isso começa a mudar com a modernização do Sistema de Inspeção Veterinária, em que as informações são compartilhadas de forma mais eficiente para que possam ser aproveitadas no campo, possibilitando que os produtores identifiquem as causas das perdas em suas granjas e adotem medidas corretivas e estratégicas para sanar o problema”, assinala França.

Segundo o profissional, hoje as condenações passaram a ser utilizadas como métrica de ação no campo, tornando-se uma parte intrínseca do cotidiano das empresas. “Mas para alcançar melhorias neste processo é necessário entender como que o frango, com seu peso e sua uniformidade, pode trazer melhores resultados. Algumas vacinas desempenham um papel crucial na promoção da uniformidade, o que, por sua vez, permite trabalhar com uma velocidade maior de abate e esse aumento na eficiência operacional se traduz em ganhos financeiros para a empresa”, salienta o especialista.

Entre algumas medidas que podem ser adotadas para reduzir as perdas por condenação, França cita que estão a melhoria dos sistemas de manejo e transporte de animais, que incluem redução do estresse dos animais, a minimização de ferimentos e a prevenção de doenças; o uso de tecnologias inovadoras, como sensores e inteligência artificial, que podem ajudar a identificar e prevenir as perdas por condenação; e a educação dos produtores sobre as causas que podem acarretar perdas por condenação é essencial para que eles possam adotar medidas corretivas.

Melhorias do setor

Para buscar melhorias no setor, França evidencia a necessidade de compreender o negócio como um encadeamento. Isso envolve olhar para a produção avícola não apenas como a criação de frangos em um espaço, a entrega para o frigorífico como se fosse um negócio distinto e a negociação da carne como se pertencesse a outra empresa. “A relação entre o cliente e o fornecedor, dentro da mesma organização, deve ser caracterizada por sinergia, não antagonismo ou competição. O que ocorre frequentemente é que as pessoas tendem a interpretar a competitividade nos negócios como um processo linear, onde a responsabilidade termina assim que o frango é entregue à plataforma ou colocado na câmara fria, quando, na verdade, a responsabilidade é diluída entre todos os elos da cadeia de produção”, reforça o médico-veterinário.

França ressalta que falta uma comunicação eficaz entre as diferentes etapas do processo, que envolve o campo até o departamento comercial das empresas. “O produtor muitas vezes desconhece como é realizada a venda do frango, enquanto a equipe comercial não tem conhecimento sobre as condições de criação dos animais. É essencial estabelecer uma comunicação mais eficaz, reunindo profissionais do incubatório, da engorda e de outros setores, para planejar a melhor maneira de entregar o frango ao frigorífico. A integração é a chave. O abatedouro não tem como transformar o processo de criação. E muitas vezes essa dissonância entre um pedido de venda da carne com o frango que está chegando para o abate está criando desafios significativos e desperdiçando oportunidades valiosas”, avalia o profissional.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na Nutrição e Saúde Animal clique aqui. Boa leitura!

 

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Resultados uniformes e consistentes para uma maior eficiência econômica em granjas avícolas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

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A grande pressão nos preços tem forçado todas as organizações a melhorarem sua eficiência econômica de uma maneira profunda. O mundo da produção animal não está imune a essa limitação, muito pelo contrário. Tanto para a produção de carne de frango, ovos ou carne suína, os custos com a alimentação representam mais de 50% dos custos de produção no campo. Este é o motivo pelo qual é essencial focar na eficiência alimentar.

Porém, na cadeia alimentar, o campo não é a única parte envolvida. Empresas de produção e abatedouros têm suas próprias dificuldades. Ainda que, atualmente, o foco principal seja em custos com energia e mão de obra, estas empresas também têm que gerenciar as oscilações na produção. Na verdade, o número e o peso dos animais no frigorífico nunca alcançam o que foi planejado na logística. Por outro lado, a mortalidade e as variações de manejo na performance de crescimento são fontes de divergências que penalizam os frigoríficos e toda a cadeia de produção.

Hoje, é possível melhorar a situação através de ações em ambas:

A resiliência da economia das propriedades através da eficiência alimentar.
A eficiência econômica através da uniformidade na produção.
A eficiência alimentar para a sustentabilidade econômica das granjas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

Algumas soluções técnicas com o objetivo de baixar o custo de alimentação rapidamente se mostram limitadas. A performance, ou pelo menos a taxa de consumo de ração, devem ser mantidas para continuar tirando o máximo de proveito dos altos preços da venda dos produtos. Portanto, cada vez que um novo ingrediente é adicionado ou as margens de segurança para exigências nutricionais são reduzidas, uma medida para proteger os resultados deve ser implementada. Aditivos nutricionais à base de óleos essenciais e formulados para performance têm seu papel nessa estratégia, e com baixo investimento.

Uma outra abordagem é a melhoria na produtividade da carne e ovos. Nessa situação, o alvo é reduzir a taxa de conversão alimentar para baixar os custos com a alimentação e/ou produzir mais pelo mesmo preço. Novamente, aditivos formulados com óleos essenciais são relevantes pelo seu investimento acessível e retorno elevado (Figura 1). Este exemplo de resultado consistente foi demonstrado por uma pesquisa através de uma meta-análise baseada em 25 experimentos conduzidos em granjas comerciais de sete países diferentes.

Figura 1 – Aumento na taxa de crescimento e eficiência alimentar de frangos de corte consumindo um blend de extrato de plantas. Blend de extrato de plantas = Dieta Controle + 100 ppm de extrato de plantas.

 

Por fim, o sucesso da operação atualmente reside na uniformidade dos resultados obtidos apesar da diferença entre as granjas. A combinação certa de ativos na dosagem correta se torna uma solução que proporciona resultados uniformes e consistentes em uma variedade de ambientes. Quanto mais completa e sinérgica é a composição, mais efetivo é o produto (Figura 2). Isto foi muito bem descrito em uma meta-análise baseada em artigos publicados sobre a resposta do carvacrol na performance de frangos de corte.

Figura 2 – Associação sinérgica de carvacrol e especiarias potencializam os benefícios e o uso em frangos de corte.

Uniformidade para simplificar o planejamento da produção e melhorar a eficiência econômica

Na dinâmica de organização da produção, a chave para alcançar eficiência econômica reside em um planejamento estruturado: é essencial alinhar o envio de animais para abate que correspondam em número e qualidade às demandas diárias dos frigoríficos. No entanto, a criação de frangos representa um desafio considerável para a exatidão de um planejamento matemático.

O produto capaz de fazer animais de diferentes propriedades atingirem o mesmo peso no mesmo dia ainda não está disponível. Entretanto, aves alimentadas com um blend de extratos sinérgico apresentam um ganho de peso maior e mais uniforme. As divergências de performance observadas entre um lote e outro são de fato menores, assim como as diferenças de planejamento. Simplesmente, reduzindo os atrasos em diferentes propriedades fica fácil ganhar um dia efetivo de produção que, dependendo da situação, pode ser aproveitado para um vazio sanitário mais seguro ou um aumento na produção geral: ganhar um dia de produção por ciclo equivale a um acréscimo de 2% na produção anual.

Esta é a razão pela qual uma linha de agentes naturais à base de extratos de plantas e especiarias é utilizada para aprimorar a eficiência alimentar e reforçar a uniformidade na produção, contribuindo assim para melhorias contínuas na produtividade geral:

  • Lotes mais lucrativos para os produtores: redução de conversão alimentar.
  • Lotes mais homogêneos no frigorífico: diminuição de penalizações aos produtores, melhor performance ao abate.
  • Resultados mais consistentes entre um lote e outro: otimizando o planejamento de produção.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Jean-François Gabarrou, gerente Científico Animal Care da Phodé
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Avicultura

Nutrição responde por 60% das emissões de CO₂eq da avicultura

É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais.

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A busca por uma produção animal mais sustentável é uma prioridade global, impulsionada pela necessidade incessante de aumentar a eficiência produtiva ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental. Nesse cenário desafiador, o Brasil, reconhecido mundialmente pela sua potência agropecuária, enfrenta uma competição acirrada por inovações e soluções que possam elevar seus padrões de produção animal.

Para discutir esses desafios e as oportunidades que se avizinham, o presidente da Associação Latino-Americana de Nutrição Animal (Feedlatina), Roberto Ignacio Betancourt, autoridade reconhecida internacionalmente no campo da nutrição animal e da agricultura sustentável, participou do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), trazendo à tona questões como a pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a necessidade de minimizar o desperdício de recursos naturais e o fomento à promoção de práticas agrícolas mais éticas e socialmente responsáveis. “É muito importante estarmos cientes que para crescermos temos que olhar o mercado global de proteína animal, pois o nosso consumo local já é elevado e a população brasileira cresce pouco. É preciso entender que o mercado global está mudando e agora não adianta apenas ter preço e qualidade. Estamos entrando numa nova era, na qual a sustentabilidade e as emissões de carbono podem fechar ou abrir mercados, ou mesmo até impor penalidades”, expõe Betancourt, que também atua como diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e representa o Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais.

Presidente da Feedlatina, diretor da Fiesp e representante do Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais, Roberto Ignacio Betancourt: “Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica” – Divulgação/Feedlatina

Conforme o especialista, a recuperação de pastagens aliada às tecnologias e ganhos de eficiência trazidas pela nutrição animal deverão dar importantes contribuições para uma transformação na produção pecuária no Brasil nos próximos anos, com ganhos em termos de precocidade, lotação e qualidade da carne produzida no país. “O setor já experimenta uma mudança acelerada, impulsionado pelos avanços na geração de energia limpa, melhoramento genético, nutrição de precisão, conhecimento e manipulação da microbiota gastrointestinal, mas é preciso que a tecnologia chegue a todos, inclusive nos pequenos produtores, para que tenhamos um cenário que possa ser considerado de mudança estrutural nos indicadores de produção e produtividade. Os benefícios ambientais serão imensos e teremos o desafio de quantificá-los, incorporando o carbono sequestrado pelas boas práticas de produção na análise de ciclo de vida da carne”, anseia.

De acordo com o palestrante, entre os principais desafios que o Brasil enfrenta na busca por uma produção animal mais sustentável, em comparação com outros países, está a urgência de desvincular o desmatamento ilegal na Amazônia da produção animal. “Somos muito fiscalizados por termos a maior e mais preservada floresta tropical do planeta, o que nos torna alvos de muitas organizações ambientalistas, principalmente das ONGs que atuam na Amazônia, o que acaba influenciando a opinião pública global”, menciona.

À medida que o mundo avalia a sustentabilidade em métricas ligadas à análise do ciclo de vida, Betancourt observa que os números brasileiros são excelentes. No entanto, quando acrescidos das emissões resultantes da mudança no uso da terra ou desmatamento, o país acaba se tornando menos sustentável pela métrica de emissões de CO2 equivalente (CO₂eq). “Combater o desmatamento ilegal é de total interesse do setor produtivo, bem como dissociá-lo da produção formal de carne”, ressalta.

Pressão ambiental x bem-estar animal

Em relação a como a pressão ambiental e as preocupações com o bem-estar animal estão influenciando as práticas de produção da avicultura de corte no Brasil, o presidente da Feedlatina ressalta que o país faz um excelente trabalho na área de bem-estar animal, com o apoio de diversas entidades, institutos de pesquisa, empresas, cooperativas, produtores, governo e academia. “Esse esforço coletivo se reflete em um excelente desempenho na produtividade e sanidade dos animais, o que tem conquistado a confiança da opinião pública e dos consumidores, além de diminuir atritos”, salienta. Contudo, o profissional ressalta que é um trabalho contínuo, que demanda constante atenção e aprimoramento. “É preciso ter clareza de que essa é uma ação permanente, que envolve diálogo com o governo, parlamentares, mas também a necessidade de esclarecimentos junto à opinião pública em geral e aos consumidores em especial. Isso tudo à luz dos melhores indicadores que a academia e os institutos vêm produzindo nesta área. O desafio é grande, mas estamos provavelmente mais preparados para essa agenda do que os nossos concorrentes internacionais”, salienta.

Atualmente, a mesma pressão nacional e global que influencia o bem-estar animal está alcançando as questões ambientais. Enquanto o bem-estar animal está mais restrito a ações dentro das granjas, transporte e frigoríficos, a questão ambiental abrange toda a cadeia de produção, desde o produtor de grãos e matérias-primas para a produção de ração, passando pelo transporte, armazenagem, fontes de energia, impactos climáticos, condições das granjas, tratamento de dejetos, transporte, embalagens, entre outros aspectos. Ou seja, do campo à mesa, toda a cadeia produtiva está envolvida. “Talvez seja por isso que o desafio ambiental é ainda mais complexo, exigindo uma abordagem integrada e holística para lidar com as questões de sustentabilidade em toda a cadeia de produção”, argumenta, enfatizando: “A busca por práticas mais sustentáveis na avicultura de corte no Brasil demanda um esforço conjunto de todos os elos da cadeia, desde os produtores rurais até os consumidores finais, visando promover um sistema de produção mais equilibrado e responsável com o meio ambiente”.

60% das emissões

Betancourt evidencia que o setor mais crítico na avicultura de corte para as emissões de CO₂eq é a nutrição animal, que contribui com aproximadamente 60% das emissões. “Por isso dependemos da sustentabilidade de nossa agricultura para mitigar esses impactos. O frango recebe as emissões das rações no conceito de ciclo de vida.  É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais”, pontua.

Legislação

Apesar do Brasil possuir uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, com instrumentos como o CAR, Código Florestal e regulamento de resíduos, além de uma matriz energética extremamente limpa, Betancourt aponta que o impacto na avicultura brasileira ainda não é totalmente positivo devido à dificuldade em transformar essas regulamentações em métricas ambientais favoráveis ao setor. “Isso se deve, principalmente, à ineficiência e a baixa participação do Brasil nas esferas globais responsáveis por estabelecer as regras desse jogo. O mundo não vai valorizar as nossas reservas florestais espontaneamente, vamos ter que brigar para colocar todo o nosso trabalho ambiental nos números globalmente aceitos”, afirma o diretor da Fiesp.

Obstáculos

O especialista reforça que a sustentabilidade caminha lado a lado com a eficiência e se traduz em ganhos de produtividade e rentabilidade, gerando benefícios para a sociedade em geral. No entanto, o principal

desafio reside na falta de conhecimento e, portanto, de valorização deste trabalho por parte do consumidor. “A regulação internacional é feita de forma a atender aos interesses locais dos grandes reguladores. O caso mais clássico é o da União Europeia, que se propõe ao papel de ‘reguladores do mundo’, mas com o discurso de elevar o patamar da sustentabilidade, impõem regras que, em grande parte dos casos, somente as tecnologias de dentro do bloco podem atender, traduzindo-se em barreiras ao comércio internacional”, frisa.

Enfático, Betancourt afirma que o principal desafio socioeconômico enfrentado pela indústria avícola do Brasil, em relação à sustentabilidade, é financeiro. “Enquanto países mais ricos, como os Estados Unidos e a Europa, podem contar com financiamento público para promover a transição ambiental, com subsídios e linhas de crédito acessíveis, o Brasil não tem situação fiscal favorável para fomentar, via financiamento público, todas as ações necessárias de transição ambiental para reduzir as emissões, uma vez que também há competição por recursos com áreas estratégicas, como saúde e educação”, analisa o especialista, acrescentando.
“O nosso desafio é estruturar mecanismos mais sofisticados de financiamento, mas, em grande parte, devem ser utilizados recursos próprios de empresas e produtores, o que pode limitar a amplitude das ações. É por isso que em conferências climáticas, países em desenvolvimento demandam a efetivação dos compromissos dos países mais ricos para fomentar a transição. O financiamento prometido pelas nações mais ricas para auxiliar nessa transição. Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica”, garante.

Gestão de resíduos

Quanto às práticas de gestão de resíduos na produção avícola brasileira, Betancourt destaca que o setor vem evoluindo de forma significativa, com o apoio da Embrapa e outras instituições. De acordo com ele, há um histórico de sucesso na utilização de subprodutos, biodigestores, produção de biogás, biofertilizantes e na redução de resíduos. “As empresas integradoras e cooperativas agropecuárias têm desempenhado um papel fundamental na replicação dessas soluções em larga escala. Há muitos exemplos de utilização de cama de frango como substrato para a produção de biogás”, exalta, emendando: “Esses modelos de sucesso demonstram que é possível implementar práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis na produção avícola brasileira, contribuindo não apenas para a redução do impacto ambiental, mas também para a eficiência operacional e econômica do setor”.

Sistemas de produção “mais sustentáveis”

Betancourt afirma que o principal obstáculo para a adoção de sistemas de produção mais sustentáveis, como a produção orgânica ou de aves criadas ao ar livre, na avicultura de corte brasileira é o mercado. “À medida que os custos de produção aumentam, é necessário encontrar quem esteja disposto a pagar mais para que a produção seja viável”, sintetiza.

O especialista reforça que é importante não confundir essas alternativas de criação com sustentabilidade, já que muitas vezes podem resultar em um aumento das emissões de CO2 por kg de carne produzida. “O Brasil tem a capacidade de atender a todos os anseios dos consumidores”, afirma.

Outro fator a ser considerado, observado na Europa, foi o aumento do risco de transmissão de doenças, como a Influenza aviária, para aves criadas ao ar livre. “A sanidade do plantel é um aspecto de extrema importância para a sustentabilidade do setor como um todo. Enfrentar esse desafio exige uma abordagem equilibrada, considerando não apenas os aspectos ambientais, mas também os econômicos e de saúde pública”, elenca.

União do setor

Nesta nova era de sustentabilidade, o especialista ressalta a importância da união de todos os elos da cadeia. “Ninguém será capaz de resolver todos os desafios sozinho. Para continuar crescendo no exterior, a avicultura brasileira precisa estar alinhada com a agricultura, nutrição e saúde animal, governo, logística, fontes de energia, indústria de equipamentos, educação das pessoas, centros de pesquisa, organizações trabalhistas e entidades locais e internacionais”, ressalta. “O setor que tem entidades fortes, competentes e atuantes como a ABPA, Sindirações, Sindan, leva muita vantagem. A recente presidência do Ricardo Santin no Conselho Internacional de Aves é motivo de orgulho para todos nós e mostra que estamos no caminho certo”, complementa.

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Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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