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Suínos / Peixes

Frigorífico da Frimesa será o mais moderno da América Latina

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Um dos maiores projetos agroindustriais já realizados na região Oeste do Paraná foi lançado na noite de quarta-feira (23), em Assis Chateaubriand, onde será construída a nova unidade industrial da Central Cooperativa Frimesa, que tem como afiliadas a C.Vale (Palotina), Copagril (Marechal Cândido Rondon). Copacol (Cafelândia), Lar (Medianeira) e Primato (Toledo). 
Participaram da solenidade o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o prefeito de Assis, Marcel Micheletto; o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, os presidentes das cooperativas filiadas – Alfredo Lang (C.Vale), Ricardo Chapla (Copagril), Irineo Rodrigues (Lar), Valter Pitol (Copacol) e IlmoWelter (Primato), o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydeck; o diretor de Operações do BRDE, Wilson Quinteiro, além de associados da cooperativa e moradores de Assis Chateaubriand.
Na oportunidade, Vanzella apresentou detalhes do projeto. O primeiro fato esclarecido por ele é que a definição do local foi técnica. Segundo ele, o município foi escolhido porque atende às necessidades para o empreendimento. “Possui água em abundância para abastecer a indústria e também local para destinar a água depois de tratada. Também abrange a maior parte da área de atuação das cooperativas associadas da Frimesa, tem mão de obra disponível e logística para escoamento de produção e produtos finais”, informou.
Conforme o cooperativista, a nova planta será o maiorfrigorífico do Brasil e o mais moderno da América Latina.Quando estiver em sua capacidade total, em 2020, aindústria vai abater até 15 mil suínos/dia, tornando-se responsável por 12% do abate de suínos no Brasil. Atualmente a Frimesa já é a principal indústria do setor noParaná e a 4ª do Brasil. Na unidade industrial de Medianeira são abatidos 6,2 mil suínos/dia.
Valter Vanzella e Elias Zydeck anunciaram que o investimento total na obra será de R$ 800 milhões.Contudo, há ainda R$ 1 bilhão de investimentos em novas Unidades Produtoras de Leitões (UPL’s), R$ 500 milhões em granjas de terminadores e mais cerca de R$ 200 milhões para ampliações nas fábricas de rações, totalizando em torno de R$ 2,5 bilhões. 
Ainda que seja dotada do que há de mais moderno em tecnologia, a princípio serão gerados dois mil empregos diretos. No augeda produção são previstos 5,5 mil postos de trabalho, alémde outros 8,5 mil indiretos em toda a cadeia produtiva.

Estrutura
A nova estrutura terá 140 mil metros quadrados. De acordo com os dirigentes, há grande concentração de produtoresno entorno da região do novo frigorífico e, por isso, o local facilitará a logística, diminuindo as distâncias e custos notransporte dos animais, somada à disponibilidade de mão de obra.
O prefeito lembrou que o PIB das cooperativas da região são mais de R$ 15 bilhões anuais e o investimento vai fomentar o desenvolvimento do município e da região. Ele acredita que o empreendimento vai fomentar a economia local e Assis Chateaubriand, que hoje tem cerca de 34 mil habitantes, poderá chegar à casa dos 50 mil em cerca de dez anos. 
O município é o sexto maior do Oeste do Paraná e ainda não tinha um grande empreendimento industrial. “Será um dos maiores investimentos da região e o maior já feito em toda a história de Assis Chateaubriand, que vai deixar de ser uma cidade coadjuvante para ser uma referência”, avalia Micheletto.
Segundo Vanzella, a participação das cooperativas vai continuar sendo dentro dos mesmos parâmetros atuais, mas ele informou que já houve caso das singulares manifestarem intenção de aumentar sua participação. Atualmente a Copagril é a maior fornecedora de suínos da Frimesa. No último Seminário de Suinocultores, o diretor-presidente Ricardo Chapla projetou a necessidade do crescimento de 138% para atender a futura demanda.

Desenvolvimento
A certeza é que o novo frigorífico deve fomentar ainda mais os negócios das afiliadas e da Frimesa. As cinco cooperativas filiadas mais a Frimesa, em 2014, tiveram um faturamento de mais de R$ 14 bilhões. Juntas têm cerca de 40 mil produtores associados. 
A Frimesa tem, através das filiadas, 5.691 produtores. Na suinocultura são 906 produtores envolvidos. A Central tem, ainda, cinco unidades industriais. Mas a frigorífico de carnes é o principal e atua no abate de suínos e também industrializa subprodutos de frango e bovinos. 
O novo frigorífico também vislumbra a exportação no futuro, tendo em vista que o Paraná trabalha para conseguir status sanitário de livre de Peste Suína Clássica (PSC) e de febre aftosa. A produção também vai ser de carne in natura, mas também embutidos.
Vanzella garante que a atual crise não vai impactar o projeto porque é um empreendimento bem planejado e com vistas ao longo prazo. Até iniciar a produção (em 2018), a expectativa é de que a economia do Brasil e do mundo já esteja recuperada.
O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, garantiu que os órgãos do Estado vão trabalhar no que lhe cabe para viabilizar o frigorífico, seja em questões ambientais quanto em obras de infraestrutura necessária. 
Ele reconheceu que a nova indústria das cooperativas da região vai alçar o Oeste do Paraná a um patamar ainda mais elevado que o atual. “É uma iniciativa corajosa que o Estado fará todo o possível para honrar sua participação”, concluiu.

Fonte: O Presente

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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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