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Frango e milho caem, mas soja, leite e suínos crescem e ajudam a formar VBP histórico do Paraná
Impulso desse desempenho pode ser atribuído, em grande parte, à produção de soja, que teve um incremento substancial no VBP, saltando de R$ 33,6 bilhões em 2022 para robustos R$ 50,3 bilhões em 2023.
O estado do Paraná celebra um marco histórico em sua trajetória agropecuária, alcançando o mais alto nível de seu Valor Bruto da Produção (VBP) em 2023, atingindo a marca de R$ 142 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 8,4% em relação aos R$ 131 bilhões registrados em 2022, consolidando o Paraná como uma força significativa no panorama agropecuário brasileiro e contribuindo com expressivos 12,33% do VBP total do país. A expectativa com os números foi divulgada em novembro pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O impulso desse desempenho pode ser atribuído, em grande parte, à produção de soja, que teve um incremento substancial no VBP, saltando de R$ 33,6 bilhões em 2022 para robustos R$ 50,3 bilhões em 2023. A soja reafirma sua posição como a principal protagonista na formação do VBP paranaense.
No entanto, nem todos os setores registraram crescimento. A avicultura de corte, representada pelo frango, enfrentou uma redução no VBP, passando de R$ 31,3 bilhões em 2022 para R$ 30 bilhões em 2023. Da mesma forma, a produção de milho também teve uma diminuição, faturando R$ 16,4 bilhões em 2023, contra R$ 20,8 bilhões em 2022.
Destacando o dinamismo da pecuária paranaense, duas atividades apresentaram aumento no VBP. A produção de leite atingiu R$ 9 bilhões no ano passado, comparado aos R$ 8,3 bilhões de 2022, enquanto a suinocultura registrou um faturamento de R$ 7,1 bilhões em 2023, contra R$ 6,5 bilhões no ano anterior.
A composição do VBP estadual apresentou mudança com a ascensão da cana-de-açúcar, que subiu duas posições, passando de oitavo para sexto lugar. A cana faturou R$ 5,4 bilhões em 2023, superando a bovinocultura de corte, que teve VBP de R$ 5,4 bilhões em 2023, contra R$ 6,3 bilhões em 2022, e a produção de trigo, que registrou um faturamento de R$ 5,3 bilhões em 2023, comparado aos R$ 6 bilhões de 2022.
Para conferir o desempenho das principais atividades agropecuárias de 2023 e as expectativas para 2024 acesse a versão digital do Anuário do Agronegócio Brasileiro clicando aqui. Boa leitura e um excelente 2024!
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.