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Fórum Estadual de Febre Aftosa marca cinco anos da retirada da vacina no Rio Grande do Sul

Evento foi realizado de forma híbrida durante a programação da Fenasul Expoleite.

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Foto: Divulgação/Seapi

Com o objetivo de debater o cenário internacional, as estratégias e ações de prevenção e resposta em nível nacional e estadual, além de destacar caminhos para a competitividade da pecuária gaúcha e reforçar a importância da responsabilidade compartilhada, foi realizado o 5º Fórum Estadual de Febre Aftosa. O evento ocorreu na quinta-feira (15), de forma híbrida, durante a programação da Fenasul Expoleite, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

A edição também marcou os 60 anos do início da vacinação em massa contra a febre aftosa e os cinco anos da retirada da vacina no estado. Além disso, celebrou os quatro anos desde que o Rio Grande do Sul foi reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, com certificação internacional concedida em maio de 2021 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O Fórum é uma iniciativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e o Grupo Gestor Estadual do Plano Estratégico do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, destacou que o Estado vive um momento histórico ao manter o status sanitário sem vacinação. “Estamos colhendo os resultados com as exportações do agro, então precisamos seguir vigilantes sempre. De modo geral, trata-se de um processo histórico de amadurecimento do setor de proteína”, afirmou.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, lembrou dos desafios enfrentados nas campanhas de vacinação, que exigiam esforço conjunto de órgãos públicos e produtores. “A vacinação dependia de uma produção bastante robusta de gelo para conservação dos insumos. Tive o privilégio de participar dessas ações e construções, pois trabalhei numa indústria frigorífica na fronteira Noroeste”, contou.

Kerber ressaltou ainda que, diante das dificuldades dos produtores e da falta de recursos para aquisição das vacinas, surgiram parcerias com a indústria. “Criou-se o adiantamento de valores por parte das empresas para o pagamento das vacinas. Foi uma solução conjunta.”

Já o superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, José Cleber Dias de Souza, ressaltou o trabalho conjunto do Ministério da Agricultura com os diversos agentes da cadeia produtiva bovina para mitigar os riscos da doença. Segundo ele, o status sanitário conquistado permite a ampliação do mercado para produtos de origem animal, diversificando a cadeia e agregando valor à produção de proteína. Souza também lembrou que o Brasil deve ser reconhecido como país livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal ainda em julho.

Discussões técnicas aprofundam desafios e estratégias sanitárias

Durante o Fórum, diversos especialistas participaram de painéis técnicos com foco na febre aftosa e na competitividade da pecuária gaúcha. No painel “Panorama Global da Febre Aftosa”, o médico-veterinário Diego Viali dos Santos, representante do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa), apresentou dados sobre o controle e a erradicação da doença no mundo. Ele destacou a importância dos bancos de vacinas como ferramenta essencial para proteger os rebanhos das diferentes cepas do vírus. “A prevenção e a preparação para resposta são fundamentais diante dos mais de 82 mil focos de aftosa existentes em países endêmicos”, afirmou. Santos também lembrou que cerca de 80% do rebanho do continente americano está em países considerados zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Já o painel “Brasil Livre de Febre Aftosa: Estratégias e Desafios”, conduzido por Geraldo Marques de Moraes, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), destacou os quatro principais eixos que sustentam o programa nacional de erradicação. “No início, os fundos compensatórios eram voltados ao fortalecimento dos serviços veterinários oficiais. Hoje, atuam de forma estratégica, prevenindo a doença”, explicou. Moraes ressaltou que o fortalecimento e a modernização do sistema de vigilância dependem da participação ativa do setor produtivo, educação sanitária contínua e investimentos em um banco de antígenos, essencial para respostas rápidas em emergências sanitárias.

O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Fernando Groff, participou do painel “Ações Estaduais para Enfermidades Vesiculares: Prevenção e Resposta”. Ele enfatizou que a vacinação massiva contra a febre aftosa teve início há 60 anos, justamente no Rio Grande do Sul. “Há cinco anos, o Estado retirou a vacina, e isso representa um marco importante. A política pública iniciada na década de 1960 segue ativa. Mesmo sem a vacina, continuamos trabalhando para manter o campo seguro e preservar o status de zona livre de aftosa sem vacinação. Monitorar e controlar são ações essenciais para evitar a reintrodução da doença”, destacou.

No painel “Pecuária Gaúcha: Caminhos para a Competitividade Global”, a advogada e pecuarista Antônia Scalzilli, do Instituto Desenvolve Pecuária, abordou a importância da gestão dentro e fora da porteira. Segundo ela, a competitividade da carne gaúcha passa por desenvolvimento, produtividade e constância na produção. “Precisamos de melhorias no manejo e na gestão da propriedade para garantir volume e qualidade, fatores essenciais para acessar mercados exigentes”, pontuou.

Encerrando as discussões, o painel “Responsabilidade Compartilhada”, com o produtor rural e presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) e da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, reforçou a necessidade de união entre os elos da cadeia produtiva. “Como produtor e representante dos produtores, afirmo que precisamos de conscientização contínua, regras claras e comunicação efetiva. Isso beneficia o Estado, as propriedades, o país e o mundo. Precisamos atuar com educação e cultura sanitária. A fiscalização é importante, e quando necessário, a punição, mas o foco deve estar na formação de uma cultura de sanidade para garantir uma produção eficaz e eficiente”, evidenciou.

Fonte: O Presente Rural com informações da Seapi

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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