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Notícias Em Bento Gonçalves (RS)

Fórum de Biogás e Biometano reúne participantes de 16 países e se consolida como vitrine global de negócios

Com representantes de diversas regiões do Brasil e do exterior, o evento vem ganhando destaque no cenário internacional, reforçando seu papel como ponto de encontro estratégico para geração de negócios e troca de experiências.

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Fotos: Divulgação/FSBBB

Com o auditório principal lotado e a presença de mais de 700 inscritos, o 7º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) teve a abertura oficial, na última terça-feira (08), marcando o começo de uma programação que discutiu resiliência climática, potenciais do biogás e oportunidades de negócios.

As boas-vindas ao público, formado por pesquisadores, especialistas, empresários do setor, produtores de biogás, representantes dos setores público e privado e de instituições de cooperação internacional, incluíram música e danças típicas gaúchas, pelo grupo de artes nativistas Rastros do Tempo. Representantes das instituições realizadoras e convidados destacaram a importância da cadeia do biogás, como energia limpa, como solução ambiental para melhor destinação de resíduos e como fonte geradora de desenvolvimento.

Reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Gelson Rech

Participaram da abertura o reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Gelson Rech, instituição anfitriã desta edição do Fórum; o presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Rafael González; a chefe adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Suínos e Aves, Catia Klein; o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, e a secretária de Meio Ambiente do RS, Marjorie Kauffmann.

O reitor Gelson Rech destacou o papel da UCS como produtora de pesquisas neste setor: “Temos em nossa instituição uma trajetória de pesquisa relacionada ao biogás em nosso Laboratório Molecular desde 2012”, disse. Ele citou que a intenção é instalar uma usina modelo na UCS, que, de acordo com o reitor, é a nona colocada em pesquisas entre universidades comunitárias no País e segunda em inovação entre as instituições de ensino superior no RS.

Presidente do CIBiogás, Rafael González: “O Fórum tem uma tradição nos três estados do Sul, mas sempre trazendo a realidade local”

Por sua vez, o presidente do CIBiogás, Rafael González, agradeceu pela hospitalidade da região de Bento Gonçalves à realização do FSBBB. “O Fórum tem uma tradição nos três estados do Sul, mas sempre trazendo a realidade local”, disse.

Ele mencionou, por outro lado, que o Fórum agregou muitas regiões do País e se tornado um atrativo de negócios para o mundo todo. Nesta edição, o evento conta com participantes de 16 países.

A representante da Embrapa,Catia Klein, lembrou que o evento vem se consolidando como um ambiente que possibilita o compartilhamento e a troca de experiências: “De apresentações de inovações e de conexões entre parceiros que buscam o desenvolvimento dessa cadeia produtiva”. Catia citou que há 30 anos a Embrapa se dedica a pesquisas e tecnologias, em grande parte voltadas ao setor.

Representante da Embrapa, Catia Klein

Para a secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, as universidades gaúchas impulsionam a inovação, especialmente no biogás e biometano. Observou   que o governo do  Estado está desenvolvendo políticas para o biogás, criando incentivos e proporcionando  segurança aos negócios.

O prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Segabinazzi Siqueira, falou sobre a importância do empreendedorismo e do investimento em inovação e tecnologia no Rio Grande do Sul, que se recupera da enchente histórica de 2024.

Secretária de Meio Ambiente do RS, Marjorie Kauffmann

No  primeiro dia, o 7º FSBBB prosseguiu com painéis temáticos, movimentação no Espaço de Negócios e Momento Startups de Biogás. A programação se estendeu até quinta-feira (10), sendo o último dia destinado a visitas técnicas, em roteiros a plantas de biogás para  conhecer propriedades rurais e indústrias gaúchas que transformam resíduos da produção animal, resíduos urbanos e industriais em biogás, gerando energia elétrica, biometano e fertilizantes.

Realização

Prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira

 

O Fórum tem como instituições realizadoras a Universidade de Caxias do Sul (UCS), de Caxias do Sul (RS), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC) e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), de Foz do Iguaçu (PR). A organização é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindústria (SBERA).

Fonte: Assessoria FSBBB

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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