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Fórum celebra um ano do RS como zona livre de febre aftosa sem vacinação

O evento foi organizado pelo Fundesa, com apoio da Seapdr e do Grupo Gestor Estadual do PNEFA.

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Foto: Fernando Dias / Divulgação

O 3º Fórum Estadual da Febre Aftosa ocorreu na tarde desta quarta-feira (18/5) em formato híbrido, presencial e on-line, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante o primeiro dia da Fenasul Expoleite. O evento teve como tema “a biosseguridade como chave do avanço”.

O diretor do Departamento de Sanidade Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Moraes, fez a saudação inicial. Ele destacou a conquista da certificação de zona livre de aftosa sem vacinação e a história de trabalho e esforço para que se chegasse a este resultado. “Entre as ações realizadas, um dos destaques é o programa Sentinela, que foi importante para esta certificação e que está sendo replicado em outros estados do Brasil, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, destacou Moraes. O desafio agora para o governo federal é garantir este status em todo o país, que hoje tem 20% do rebanho bovino com esta certificação.

O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapdr, Fernando Groff, mostrou as principais ações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) para garantir a certificação de zona livre e a manutenção deste status. Entre elas, questões estruturais e de pessoal, o Sistema Informatizado de Defesa Animal (SDA), as capacitações em todas as regionais, a avaliação permanente das análises de risco e de mitigação de risco, entre outras. “A vigilância precisa ser permanente, por meio da inspeção dos rebanhos, em eventos, nos abatedouros, em movimentação de suscetíveis”, destaca Groff. “E os produtores podem ajudar revisando o seu rebanho, comunicando o caso de animais suspeitos e colaborando nas ações de vigilância das inspetorias”, ressalta.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre o papel do fundo neste processo e a importância desta parceria entre os setores público e privado. Mencionou investimentos feitos na informatização, na capacitação e treinamento de técnicos da Secretaria, na reestruturação dos postos fixos de defesa e na produção de materiais de apoio e divulgação. “O produtor rural é um elo muito importante para a manutenção do status. Ele está na ponta, é quem dá o primeiro sinal de alerta, e precisamos desta parceria entre a iniciativa privada e o Sistema Veterinário Oficial para que estas ações sejam efetivas”, avalia Kerber.

A questão da biosseguridade

A médica veterinária Débora Bernardes apresentou o conceito da biosseguridade, que parte de cinco pilares básicos: ambiente livre de germes, água de bebida limpa, galpão sem pragas, manejo otimizado e superfícies impermeáveis.

“Os desafios para a implantação da biosseguridade são a conscientização dos produtores, não apenas dos processos e dos produtos, mas das pessoas. Uma mudança de mentalidade, que deve ir sendo conquistada aos poucos, um passo de cada vez”, destaca Débora. Entre as ações simples que podem ser adotadas, segundo Débora, estão a manutenção de ambientes secos, EPI para visitantes, higiene das pistas de alimentação, entre outros.

A celebração de zona livre sem vacinação

O Fórum teve um momento final de celebração pelo aniversário de um ano da certificação internacional do Rio Grande do Sul, pela OIE, como zona livre de aftosa sem vacinação. Participaram do ato o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes; o diretor do SDA/Mapa, Geraldo Moraes; a superintendente do Mapa, Helena Rugeri; o deputado Ernani Polo, representando o presidente da Assembleia Legislativa; o deputado Elton Weber, da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha; o presidente do Fundesa, Rogério Kerber e a subsecretária do Parque Assis Brasil e representante do Grupo Gestor do PNEFA, Elizabeth Cirne-Lima.

O secretário da Agricultura destacou a importância da conquista do novo status sanitário. Segundo Lopes, “celebrar um ano de zona livre é um dia de comemoração e de responsabilidade. A secretaria está muito atenta, os servidores da área de Defesa Animal estão preparados e vigilantes e a parceria com a iniciativa privada está construindo as soluções para que este status se mantenha”.

O titular da Seapdr anunciou ainda que um estudo será feito em parceria pela secretaria da Agricultura, secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, Mapa e o meio acadêmico para definir uma metodologia que medirá o balanço de carbono nos sistemas agrossilvipastoris do rio Grande do Sul. “Teremos dados oficiais e medidos e devemos apresentar uma prévia deste estudo na Expointer deste ano e na COP 27, que será realizada no Egito”. Segundo Lopes, “o Rio Grande do Sul será um modelo a ser seguido, com esta metodologia do balanço do carbono”.

Ao final do evento, foi lida a “Carta do Fórum”, escrita pelo Grupo Gestor Estadual do Plano Estratégico do PNEFA do Rio Grande do Sul, onde as entidades reafirmam o compromisso de manter o status de zona livre de aftosa sem vacinação.

Fonte: Ascom Seapdr

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Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,2 trilhão em agosto

Os principais produtos que puxaram o resultado do VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos e frango.

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Foto: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em agosto deste ano alcançou R$ 1,2 trilhão, segundo dados da da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária (32,6%) e R$ 809,1 bilhões à produção das lavouras (67,4%).

Entre os principais produtos agrícolas, destacam-se a soja (23,5%), o milho (10,1%), a cana-de-açúcar (9,9%) e o café (5,9%). No setor pecuário, os bovinos (12%), frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%) tiveram maior destaque.

O valor registrado em agosto presenta estabilidade em relação ao ano anterior, com uma leve variação positiva de 0,1%. No recorte específico, o VBP das lavouras apresentou uma queda de 3,2%, puxada pela redução no VBP do milho (-16,6%) e da soja (-17,4%), ambos impactados por quebras de safra e queda nos preços. Em contrapartida, o VBP da pecuária cresceu 7,7% em relação a 2023, impulsionado principalmente pelo aumento de 68,9% no setor de suínos.

A região Centro-Oeste ocupa a primeira posição em participação no VBP, com 28,6%, seguida pela região Sudeste, com 28,4%. Entre os estados, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, lidera com 13,9%, seguido por São Paulo (13,3%), com participação significativa da cana-de-açúcar, Minas Gerais (11,4%), destaque na produção de café, e Paraná (11,3%), o segundo maior produtor de grãos do Brasil.

O estudo traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Valor Bruto da Produção detalha o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e leva em consideração os volumes de produção agrícola e pecuária e, a média dos preços recebidos pelos produtores.

Acesse os dados completos do Valor Bruto da Produção (VBP).

Fonte: Assessoria Mapa
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Óleo de soja mostra recuperação em setembro enquanto farelo continua em queda

Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis (MT).

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O óleo de soja iniciou setembro com leve reação em Chicago, após ter caído fortemente em agosto. Já o farelo, segue em trajetória de baixa desde junho. O preço interno do óleo de soja fechou agosto com valorização e segue em alta no início de setembro, mês que pode marcar a sexta alta seguida para o derivado.

No Brasil, as exportações de óleo de soja atingiram 114 mil toneladas em agosto, volume 43,6% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com pequena valorização observada para o preço da soja, a alta do óleo favoreceu a elevação do spread de esmagamento.

Preços do farelo na CBOT e em Rondonópolis. Fonte: CBOT, IMEA.

O óleo de soja subiu 0,5% na parcial dos dez primeiros dias de setembro, para USDc/lb 41,50, enquanto o farelo apresentou desvalorização de 1,8% no mesmo período, para US$ 317/t. O esmagamento americano de soja segue aquecido, registrando em julho 5,3 milhões de toneladas, 4,3% acima que no mesmo mês do ano passado, como resposta à produção de biocombustíveis do país e ao aumento da capacidade de produção de diesel renovável.

Nos primeiros 10 dias de setembro, a valorização é de 3% no Mato Grosso, para R$ 5,3 mil/t. A demanda interna de óleo para a produção de biodiesel continua aquecida, dando sustentação para os preços.

No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de óleo de soja alcançaram 965,3 mil toneladas, 49% abaixo do registrado nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte do óleo ficando no mercado interno para abastecer o aumento de 2 p.p. na mistura obrigatória do biodiesel.

Em agosto, o spread de esmagamento (calculado utilizando os preços da soja, farelo e óleo em Rondonópolis), apresentou alta, diante da ligeira queda no preço da soja e alta do óleo. Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis.

Esmagamento mensal acumulado, EUA. Fonte: NOPA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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Cotações do milho iniciam setembro em alta

Reação dos preços é impulsionada pela demanda externa e recompra de fundos, enquanto a colheita avança nos EUA e a oferta interna no Brasil segue restrita.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após registrar três meses seguidos de queda, as cotações do milho iniciaram o mês de setembro em alta na bolsa de Chicago. No Brasil, os preços seguem em trajetória de alta em setembro, após terem subido 4% em agosto na praça de Campinas (SP).

A colheita do milho iniciou nos EUA, com bom ritmo registrado na primeira semana. A demanda externa pelo milho brasileiro se aqueceu no último mês, porém segue abaixo do ritmo registrado no ano passado.

Balanço global de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA.

A safra americana seguiu se desenvolvendo bem, mas nesse início de setembro, um movimento de recompra dos fundos (que ainda seguem bem vendidos) e uma boa demanda pelo grão dos EUA ajudou a valorizar o cereal. Apesar disso, a expectativa de grande safra americana deve moderar o movimento de alta da CBOT.

A valorização externa somada à depreciação do real resulta em elevação da paridade de exportação, que acaba levando de carona os preços internos. Além disso, os produtores seguem comercializando o milho em ritmo mais lento e limitando a oferta disponível, acompanhando o desenvolvimento do clima nas regiões produtoras de milho 1ª safra. Nos primeiros dez dias de setembro, o cereal em Campinas (SP) apresentou valorização de 4%, para R$ 62/saca.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os americanos já colheram 5% dos campos com o cereal, contra 4% do ano passado e 3% da média das últimas cinco safras. O estado mais adiantado é o Texas, onde o plantio começa mais cedo e 75% da colheita já foi concluída. Em Illinois, 2% dos campos foram colhidos enquanto em Indiana, 1%.

De acordo coma Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques em agosto somaram 6 MM t, quase o dobro das 3,6 MM t exportadas em julho. Contudo, na soma do ano comercial fev-ago, a exportação de milho está 31% abaixo de 2023. A menor oferta interna, ausência da China no mercado internacional e maior competitividade do milho americano ajudam a explicar o movimento.

 

Balanço interno de milho, em milhões de toneladas. Fonte: USDA, Secex, Itaú BBA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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