Notícias
Fórum Catarinense de Dirigentes Cooperativistas 2023 integra saberes e impulsiona a intercooperação
Neste ano, a programação contou com palestras de governança e ética, economia e inovação e ESG, também foi apresentado o case Unimed.

Promovido pelo Sistema Ocesc, o Fórum Catarinense de Dirigentes Cooperativistas 2023 foi realizado nos dias 16 e 17 de novembro. O evento reuniu presidentes e diretores de 88 cooperativas para abordar e discutir relevantes questões para o contínuo desenvolvimento cooperativista.
Neste ano, o Fórum contou com palestras de governança e ética, economia e inovação e ESG, também foi apresentado o case Unimed. Além das palestras, o Fórum é um tradicional espaço de integração entre os dirigentes dos sete ramos do cooperativismo, promovendo a troca de experiencias e fomentando ainda mais as ações de intercooperação.
“Fechamos com chave de ouro mais um Fórum dos Dirigentes. Santa Catarina, em sua trajetória, tem um cooperativismo forte e isso é possível porque temos dirigentes com capacidade, preparados e o fórum tem a missão de complementar isso. O nosso grande objetivo é a integração cada vez maior do cooperativismo de Santa Catarina”, destaca o presidente do Sistema Ocesc, Luiz Vicente Suzin.

Notícias COP 28
Como a saúde animal pode contribuir para as metas de descarbonização do Brasil?
País deve apresentar uma proposta agressiva de até 53% nas emissões até 2030. Ainda pouco reconhecido, o setor de saúde animal poderá ter protagonismo neste processo.

O setor agropecuário deverá ter um papel de destaque na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), evento realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro a 13 de dezembro. No total, serão nada menos do que 22 painéis focados nos temas relacionados à agricultura, pecuária, alimentação e água.
O Brasil, tido como celeiro do mundo, estará no centros das atenções. Os representantes brasileiros já anunciaram uma meta agressiva de redução de até 53% em suas emissões até 2030, um objetivo que deverá ser alcançado com a colaboração do setor agropecuário, por meio da adoção de tecnologias e do aumento da produtividade em campo.
Ainda pouco reconhecido como solução de sustentabilidade, o setor de saúde animal terá um papel decisivo neste processo de transformação, seja por meio da prevenção de doenças ou no tratamento de eventuais enfermidades, não somente no Brasil como nos demais países produtores de carnes, ovos e leite.
De acordo com estudos internacionais, as doenças nos rebanhos levam a um aumento nas emissões de Gases de Efeito Estufa de até 113% na pecuária de corte e 24% na produção de leite. “Uma maior adoção de boas práticas em saúde e criação animal possibilitará uma expansão considerável da produção de proteínas sem aumentar – ou ate reduzindo – os níveis de emissão de gases de efeito estufa”, afirma Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan.
Estima-se que, no Brasil, o incremento de 1% na vacinação de bovinos de corte corresponde a um aumento de 0,7% na produção. “A vacinação e tratamento dos animais também são importantes em um conceito de saúde única. Patógenos podem transmitir doenças para populações vulneráveis e animais domésticos, como vimos com a Covid-19. Existe uma clara ligação entre pessoas, animais e o meio ambiente. Por isso, precisamos aumentar nossos esforços para melhorar a saúde animal”, completa o executivo do Sindan.
Buscando um maior protagonismo tanto na COP28 como em ações futuras ligadas à mitigação dos impactos das mudanças climáticas, o setor de saúde animal, representado pelo Sindan e o Health for Animals, entidade global que representa as indústrias fabricantes de medicamentos veterinários, está em contato direto com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária em busca de soluções para um futuro mais sustentável.
Notícias
China avalia frigoríficos paranaenses para ampliar importações de carne
Comitiva de técnicos do governo chinês visitam o Paraná na próxima semana. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira, absorvendo cerca de dois terços das exportações.

Uma comitiva de técnicos do governo chinês visitam, na próxima semana, o Paraná para avaliar novos frigoríficos apontados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como aptos a venderem carnes de frango e de bovinos para a China. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira – entre produtos derivados de suínos, bovinos e aves de corte – e absorve cerca de dois terços da exportação do produto brasileiro.
A visita acontecerá entre os dias 04 e 08 de dezembro. Os frigoríficos paranaenses que constam na nova lista do governo federal para habilitação às exportações com a China são Dip Frangos S/A, de Capanema, o Jaguafrangos Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., de Jaguapitã, e Gonçalves & Tortola S/A, que fica em Maringá.
Em 2022, a exportação de carne bovina do Brasil movimentou US$ 10,27 bilhões. De janeiro a outubro deste ano, já passava da marca de US$ 7,68, apesar dos reflexos dos embargos da crise sanitária e de ruídos diplomáticos provocados pelo governo anterior, que afetaram as negociações. Em carnes de aves e derivados, até outubro de 2023, o Brasil já havia aumentado as exportações em 2%, que saltaram de US$ 7,46 em 2022 para os atuais US$ 7,59. A carne suína foi a que mais gerou crescimento (13%): US$ 1.95 em 2022 para US$ 2,21 este ano.
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Curso da Embrapa premiado discute uso da Inteligência Artificial na pós-colheita
Divulgação presencial das tecnologias pós-colheita de frutas e hortaliças tem ocorrido em várias cidades em 2023, como foi o caso de Sorocaba.

Criado em 2011, com 20 participantes de maneira presencial na 1ª edição, o Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, organizado pela Embrapa Instrumentação, passou por várias transformações que possibilitaram levar o conhecimento para mais pessoas em todo o Brasil e até no exterior. A 7ª edição, cujo lançamento acabou de completar dois anos no dia 18 de novembro, marcou a inclusão no modelo de Educação à Distância (EAD) na plataforma e-Campo da Embrapa – totalmente gratuito – e já atingiu 7570 inscrições em todos os Estados e mais 11 países da África, Europa, América Central e América do Sul.
Prêmio Automação
O trabalho foi reconhecido no mês de novembro com a conquista da 25ª edição do Prêmio Automação da GS1 Brasil, na categoria Educação, em função da utilização dos padrões da GS1 no módulo Rastreabilidade. A premiação – que contou com 211 inscrições em seis categorias – foi a primeira de um curso EAD de toda a Embrapa.
Já em sua 8ª edição, o curso trouxe novidades em 2023, com a realização do Encontro Regional de Tecnologias Embrapa (ERTE) em São Roque, Araçoiaba da Serra e Ibiúna, e do Workshop sobre Tecnologias Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, em Sorocaba, todos os eventos no interior de São Paulo, com demonstrações práticas para os produtores rurais.
Painel Inteligência Artificial
Agora, como parte da programação, será realizado nesta quinta-feira (23), a partir das 8 horas, na Embrapa Instrumentação, um painel sobre Inteligência Artificial (IA) na pós-colheita de frutas e hortaliças. A inscrição gratuita para quem for ao auditório pode ser feita pelo link https://forms.gle/J4ZMvqx6umGSPe849; também haverá transmissão pelo canal da Embrapa no YouTube.
“O painel pretende discutir como a Inteligência Artificial pode impactar a pós-colheita de frutas e hortaliças e contribuir para a diminuição das perdas e desperdício de alimentos, com a participação de especialistas da USP, do CPQD e da própria Embrapa”, explica o coordenador do Curso, Marcos David Ferreira.
“No curso on-line temos módulos sobre Rastreabilidade, Colheita, Beneficiamento, Nanotecnologia na pós-colheita, Análise não destrutiva da qualidade e Produtos Minimamente Processados (PMPs) e, em 2024, lançaremos o módulo sobre Água e Sustentabilidade, sempre com o intuito de trazer os temas que já afetam ou que poderão impactar as cadeias produtivas, os produtores rurais e os consumidores, daí a realização do painel sobre IA”, acrescenta o pesquisador.
Números e repercussão
O curso contou com a participação de 45 conteudistas e instrutores da Embrapa e de instituições públicas e privadas, que ajudaram a produzir seis apostilas, num total de 395 páginas, vídeos, podcasts; infográficos; animações gráficas, além de 46 videoaulas – os recursos financeiros foram de uma emenda parlamentar do Deputado Federal Vitor Lippi (PSDB – SP).
O conteúdo tem despertado a atenção do público feminino, que responde por 53.29% das inscrições; o curso é mais procurado nos estados de São Paulo – 13,4% das inscrições, Bahia – 11,7% e Minas Gerais- 10,3%. No perfil de inscrições destacam-se profissionais de engenharia agronômica e estudantes; o módulo mais procurado é o de rastreabilidade.
Plataforma atualizada
Outra novidade é a atualização da plataforma e-Campo, que possui 130 capacitações ativas, das quais 103 são gratuitas. “Os ajustes que foram feitos vão aprimorar a experiência de quem faz os cursos da Embrapa, com um filtro de busca aprimorado, uma página mais moderna e que também será o primeiro serviço da Embrapa a permitir a inscrição pelo aplicativo gov.br”, comenta Aline Branquinho Silva, da Gerência Geral de Negócios da Embrapa (Brasília – DF).
“O interessado pode se inscrever a qualquer momento. Como essas capacitações são autoinstrucionais, o participante pode realizar seus estudos no seu ritmo, de qualquer lugar e a qualquer hora. No caso do Curso de Tecnologia Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, os números e o prêmio conquistado refletem o sucesso dessa iniciativa”, finaliza Aline Branquinho.