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Suínos Nutrição

Formas de melhorar o desempenho e aproveitar a elevação dos preços dos suínos

Adição do plasma spray dried nas dietas das várias etapas da criação de suínos deve ser revista quando se busca um melhor desempenho

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Luís Rangel, DVM, MSc, Javier Polo, PhD, Joe Crenshaw, PhD, Gustavo Lima, PhD e Gustavo Gattas, PhD

Depois de vários anos de crise, o setor de suínos finalmente vivencia uma recuperação de preços. Essa se deve principalmente a uma crise sanitária dramática provocada pela Peste Suína Africana (PSA), que assola países Asiáticos e do Leste Europeu. A doença já atingiu o Vietnã, outra grande potência produtora de suínos naquele mesmo continente, além da Bélgica na Europa. Algumas fontes comentam que as perdas de suínos na China atingiram níveis que superam a habilidade mundial de atender essa demanda. Essa redução de oferta deve aumentar também a procura global por outras fontes proteicas, como as oriundas da bovinocultura, avicultura e aquacultura.

Diante dessa mudança do cenário de preços, fica ainda mais interessante o uso de tecnologias que alavanquem a produção. Os suínos podem experimentar vários tipos de estresse em todos os estágios da vida, incluindo desmame, transporte, mudanças na dieta, mudanças térmicas, ambientais, sociais, comportamentais e os causados por agentes patogênicos. Todos esses fatores de estresse podem ativar respostas do sistema imunológico. O plasma spray dried (SDP) é um ingrediente consagrado que, em dietas de leitões, porcas em lactação e até em animais de terminação promove melhoras significativas de desempenho dos animais e maior lucratividade para os produtores. O SDP é composto por uma mistura complexa de proteínas funcionais e outros componentes com atividade biológica, independente do seu valor nutricional. Pesquisas demonstram que os componentes bioativos do SDP reduzem os efeitos negativos da inflamação, apoiam e contribuem com a manutenção de uma resposta eficiente do sistema imunológico (Pérez-Bosque et al., 2016). Essas características inerentes ao SDP ainda proporcionam uma importante ferramenta no quesito saúde animal, permitindo aos técnicos do setor suinícola traçar distintas estratégias de manejo sanitário através do uso do SDP e respectivas reduções/substituições de antibióticos como promotores de crescimento. Tal possibilidade, associada às melhorias no desempenho animal, permitem otimizar a lucratividade do setor, ora pela diminuição nos custos, tanto pela redução no uso de antibióticos como da conversão alimentar, ora aumentando a receita em função da melhoria no peso do suíno comercializado.

Inclusões de SDP em dietas de creche

É comum que em épocas de crise os nutricionistas reduzam as inclusões de ingredientes de maior valor agregado. Por outro lado, nas épocas de maior preço dos suínos é recomendável a revisão na inclusão de ingredientes que sabidamente apresentam resultados. Quanto maior a inclusão do plasma, maior é o resultado em ganho de peso.

Além disso, constatou-se que, na primeira ração da creche, é necessário usar pelo menos 5% de plasma. Os suínos com 5% de plasma na primeira ração da creche apresentaram menos diarreia, menos inflamação no tecido intestinal e redução do dano na função de barreira do intestino, provocados pelo desmame, comparados com animais que receberam 2,5% ou nada de plasma. Recomenda-se pelo menos 5% SDP, por no mínimo duas semanas após a saída da creche, a fim de aliviar o estresse do desmame e promover a saúde intestinal.

Além disso, é indicada a retirada gradativa do plasma nas dietas seguintes da creche, conforme observado em avaliação epidemiológica de fatores de risco associados à Circovirose. Em rebanhos onde se fornecia pouco plasma para os leitões jovens, a mortalidade era de 4,4% e a refugagem de 3,7%. Por outro lado, os animais que consumiram mais plasma por um período mais longo da vida apresentaram mortalidade de 2,1% e refugagem de 1,6% (P<0,10).

Esses dados foram confirmados por estudiosos, em experimento que foi conduzido na região norte do Rio Grande do Sul. Os autores observaram menor ocorrência de mortalidade e sintomas de circovirose em leitões alimentados com plasma. Além disso, o peso foi maior, cerca de 1,92 kg, na saída de creche (27,2 vs. 25,28) P<0,05, quando os animais receberam 6, 3, e 1,5% de plasma nas três fases alimentares, após o desmame, em comparação com dietas que continham farinha de peixe.

Inclusão do SDP em dietas de animais de terminação

Além disso, nesse mesmo trabalho, quando os animais receberam 1% de plasma nos primeiros 14 dias de alojamento no crescimento (de 67 até 80 dias de idade), essa diferença foi aumentada para 2,280 kg (P=0,001) aos 94 dias de idade.

No mesmo ano também foram publicados resultados de outro experimento avaliando a suplementação de plasma em dietas de animais de terminação no Canadá. No referido trabalho foram utilizados suínos provenientes de 4 diferentes unidades produtoras de leitões (UPLs) com histórico de PCVAD, vírus da síndrome reprodutiva e respiratória de suínos (PRRSV), vírus da influenza suína (SIV) e Mycoplasma, os quais foram alojados com aproximadamente 10 semanas de idade em um terminador. No alojamento, 99% dos animais estavam clinicamente saudáveis, mas lotes anteriores de suínos alojados naquela unidade de terminação apresentaram mortalidade de 4 a 12%, com a maior parte das mortes ocorrendo entre 3 e 8 semanas após o alojamento. Neste estudo, os suínos receberam dietas com 1% de SDP ou sem plasma, por 4 semanas após o alojamento. Na 4ª semana após o alojamento, todos os animais apresentavam sintomas respiratórios agudos, portanto, durante a 5ª e 6ª semanas após o alojamento, o grupo com SDP recebeu 2,5% de SDP balanceado na dieta. No final da semana 6, a mortalidade no grupo controle foi 8% contra 2,2% para o grupo SDP. Após a semana 6, todos os animais foram alimentados com dietas idênticas e a mortalidade final foi de 11,8% para o grupo controle e 6% para o grupo SDP. Além disso, o custo da medicação, foi 5 vezes maior para o grupo controle em relação ao grupo SDP.

Resultados similares de mortalidade reduzida (aproximadamente 40%) e suínos mais pesados ​​no final da fase de creche foram relatados em leitões com PRRSV, quando alimentados com SDP nas primeiras 3 semanas após o desmame (Crenshaw et al., 2017).

Recentemente, estudiosos avaliaram o uso do plasma na ração de suínos de crescimento-terminação para reduzir a dependência em antimicrobianos promotores de crescimento em trabalho conduzido em granja comercial no Sudeste do Brasil. Foram utilizados 1500 animais alojados aos 65 dias de idade e acompanhados até o abate em condições comerciais de criação. Observou-se que os animais que receberam plasma, em substituição aos promotores, apresentaram melhor conversão alimentar (P=0,03). Também foi observado que o tratamento com três pulsos de plasma (1,2% – alojamento; 0,90% – crescimento II; 0,5% – terminação II) e sem qualquer promotor ou medicação profilática apresentou resultados similares aos grupos tratados com as referidas moléculas. Além disso, o tratamento mencionado, com três pulsos de plasma e um outro tratamento com um pulso de 2% de plasma no alojamento na terminação, associado à medicação profilática, apresentaram cerca R$ 4,80 a mais de receita por cabeça quando comparados ao tratamento tradicional com pulsos e promotores, após descontados todos os outros custos, ao final do experimento.

Foi concluído que o uso estratégico do plasma spray dried como ferramenta para redução da dependência de antimicrobianos melhoradores de desempenho em animais de crescimento e terminação pode contribuir para a produção econômica, com manutenção do status sanitário da granja.

Conclusões

Conclui-se que a adição do plasma spray dried nas dietas das várias etapas da criação de suínos deve ser revista quando se busca um melhor desempenho e a realidade comercial é de preços favoráveis e de mercado aquecido.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Suinocultura teve ano de recuperação, mas cenário é de cautela

Conjuntura foi apresentada ao longo de reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da Faep. Encontro também abordou segurança do trabalho em granjas de suínos.

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Foto: Divulgação/Sistema Faep

Depois de dois anos difíceis, a suinocultura paranaense iniciou um período de recuperação em 2024. As perspectivas para o fim deste ano são positivas, mas os primeiros meses de 2025 vão exigir cautela dos produtores rurais, que devem ficar de olho em alguns pontos críticos. O cenário foi apresentado em reunião da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura do Sistema Faep, realizada na última terça-feira (19). Os apontamentos foram feitos em palestra proferida por Rafael Ribeiro de Lima Filho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A mesma conjuntura consta do levantamento de custos de produção do Sistema Faep, que será publicado nos próximos dias.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O setor começou a se recuperar já em janeiro deste ano, com a retomada dos preços. Até novembro, o preço do suíno vivo no Paraná acumulou aumento de 54,4%, com a valorização se acentuando a partir de março. No atacado, o preço da carcaça especial também seguiu esse movimento. A recomposição ajudou o produtor a se refazer de um período em que a atividade trabalhou no vermelho.

Por outro lado, a valorização da carne suína também serve de alerta. Com o aumento de preços, os produtos da suinocultura perdem competitividade, principalmente em relação à carne de frango, que teve alta bem menor ao longo ano: o preço subiu 7,7%, entre janeiro e novembro. Com isso, a tendência é que o frango possa ganhar a preferência do consumidor, em razão dos preços mais vantajosos.

“Temos que nos atentar com a competitividade da carne suína em relação a outras proteínas. Com seus preços subindo bem menos, o frango se tornou mais competitividade. Isso é um ponto de atenção para a suinocultura, neste cenário”, assinalou Lima Filho.

Exportações

Foto: Claudio Neves

Com 381,6 mil matrizes, o Paraná mantém 18% do rebanho brasileiro de suínos. A produção nacional está em estabilidade nos últimos três anos, mas houve uma mudança no portifólio de exportações paranaenses. Com a recomposição de seus rebanhos, a China reduziu as importações de suínos. O país asiático – que chegou a ser o destino de 40% das vendas externas paranaenses em 2019 – vai fechar 2024 com a aquisição de 17% das exportações de suínos do Paraná.

Em contrapartida, os embarques para as Filipinas aumentaram e já respondem por 18% das vendas externas de carne suína do Estado. Entre os destinos crescentes, também aparece o Chile, como destino de 9% das exportações de produtos da suinocultura paranaense. Nesse cenário, o Paraná deve fechar o ano com um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2023, atingindo 978 mil toneladas. Os preços, em compensação, estão 2,3% menores. “Apesar disso, as margens de preço começaram a melhorar no segundo semestre”, observou Lima Filho.

Perspectivas

Diante deste cenário, as perspectivas são positivas para este final de ano. O assessor técnico da CNA destaca fatores positivos, como o recebimento do 13º salário pelos trabalhadores, o período de férias e as festas de final de ano. Segundo Lima Filho, tudo isso provoca o aquecimento da economia e tende a aumentar o consumo de carne suína. “A demanda interna aquecida e as exportações em bons volumes devem manter os preços do suíno vivo e da carne sustentados no final deste ano, mantendo um momento positivo para o produtor”, observou o palestrante.

Para 2025, se espera um tímido crescimento de 1,2% no rebanho de suínos, com produção aumentando em 1,6%. As exportações devem crescer 3%, segundo as projeções. Apesar disso, por questões sazonais, os produtores podem esperar uma redução de consumo nos dois primeiros meses de 2025. “É um período em que as pessoas tendem a ter mais contas para pagar, como alguns impostos. Além disso, a maior concorrência da carne de frango pode impactar a demanda doméstica”, disse Lima Filho.

Além disso, o aumento nos preços registrados neste ano pode estimular o alojamento de suínos em 2025. Com isso, pode haver uma futura pressão nos preços nas granjas e nas indústrias. Ou seja, o produtor deve ficar de olho no possível aumento dos custos de produção, puxado principalmente pelo preço do milho, da mão de obra e da energia elétrica. “O cenário continua positivo para a exportação, mas o cenário para o ano que vem é de cautela. O produtor deve se planejar e traçar suas estratégias para essa conjuntura”, apontou o assessor da CNA.

Segurança do trabalho

Além disso, a reunião da CT de Suinocultura da FAEP também contou com uma palestra sobre segurança do trabalho em granjas de suínos. O engenheiro e segurança do trabalho e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandro Andrioli Bittencourt, abordou as Normas Regulamentadoras (NRs) que visam prevenir acidentes de trabalho e garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores.

Entre as normativas detalhadas na apresentação estão a NR-31 (que estabelece as regras de segurança do trabalho no setor agropecuário), a NR-33 (que diz respeito aos espaços confinados, como silos, túneis e moegas) e a NR-35 (que versa sobre trabalho em altura). Em seu catálogo de cursos, o Sistema Faep dispõe de capacitações para cada uma dessas regulamentações.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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Suínos

Cooperado da Coopavel vence Prêmio Orgulho da Terra na categoria suínos

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

O cooperado Adriano Trenkel, da Coopavel, foi o grande vencedor na categoria Suinocultura do Prêmio Orgulho da Terra promovido pelo programa RIC Rural, da RIC TV no Paraná. A cerimônia de anúncio e entrega das premiações ocorreu no último dia 12 de novembro, durante uma prestigiada celebração do setor pecuário em Curitiba. A Coopavel foi destaque também na categoria Avicultura, com a vitória do cooperado Jacenir da Silva, de Três Barras do Paraná.

Cooperado da Coopavel, Adriano Trenkel

Adriano e a esposa, Claudiane, administram um sítio de cinco hectares em Toledo. Na propriedade, duas granjas abrigam 1.620 cabeças de suínos. A produção, realizada com foco na qualidade e bem-estar animal, inclui cuidados rigorosos com alimentação, sanidade, manejo, ventilação e ambiência. Adriano destaca que gostar do que faz e seguir as orientações dos técnicos da Coopavel são diferenciais para alcançar os resultados desejados. “Estamos muito felizes e orgulhosos com esse título”, afirma Adriano.

Willian Stein é o técnico da Coopavel que atende a propriedade dos Trenkel e enaltece o empenho do casal: “São produtores rurais exemplares, sempre presentes nos treinamentos oferecidos pela cooperativa e atentos às recomendações passadas. Essa dedicação reflete diretamente na qualidade dos suínos entregues no frigorífico e nos resultados do trabalho do casal”, afirma Willian.

Empenho coletivo

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, parabeniza Adriano, Claudiane, suinocultores e técnicos da cooperativa pelos resultados no Orgulho da Terra. “A organização e o cuidado nas propriedades rurais refletem diretamente nos excelentes resultados obtidos, fortalecendo um movimento de grande sucesso em todo o mundo. A suinocultura da Coopavel é referência em eficiência e qualidade e estamos todos muito satisfeitos com isso”, declara Dilvo.
A pequena propriedade dos Trenkel vai além da suinocultura. O casal é adepto da diversificação de culturas, prática sustentável capaz de melhorar significativamente a renda gerada na atividade rural. Adriano investiu em uma usina de energia solar, adota práticas sustentáveis, como o uso de dejetos no pasto, eliminando quase totalmente a utilização de químicos, melhorando assim a alimentação do seu plantel de bovinos. A produção de feno também contribui para fortalecer a renda familiar.

VBP

A produção agropecuária e a cadeia do agronegócio fazem de Toledo o município com maior Valor Bruto de Produção do Paraná e um dos raros no País a contar com mais de 400 quilômetros de estradas rurais pavimentadas, facilitando assim o escoamento das riquezas do campo. O VBP de Toledo é de aproximadamente R$ 4,6 bilhões, consolidando o município como o maior produtor agropecuário do Estado. Toledo lidera especialmente na suinocultura, com um VBP de R$ 1,8 bilhão, e na avicultura, com cerca de R$ 1 bilhão.

Fonte: Assessoria Coopavel
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Suínos

Práticas sustentáveis e eficiência energética guiam produção de suínos da Coopavel

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Com desafios crescentes relacionados à eficiência no uso de recursos, à redução de emissões de gases de efeito estufa e ao manejo adequado de resíduos, a cadeia suinícola brasileira tem dado exemplo ao implementar práticas sustentáveis que, além de preservar o ambiente também melhora a imagem do produtor e atende às exigências de consumidores e mercados cada vez mais preocupados com a origem e o impacto dos alimentos que consomem.

Entre as maiores cooperativas agroindustriais do Brasil e uma das poucas que dominam todas as etapas da produção de suínos, a Coopavel é um belo exemplo de como a sustentabilidade na suinocultura é possível e rentável ao investir em soluções ao longo da cadeia produtiva que conciliam crescimento econômico e respeito ao meio ambiente.

Uma das principais iniciativas adotadas nas unidades de produção de suínos é o uso de sistemas de biodigestores para o tratamento dos dejetos. Esse processo resulta na geração de biogás, que é capturado e convertido em energia elétrica. “Essa energia oriunda do processo de tratamento dos dejetos é considerada limpa e renovável, o que contribui para reduzirmos de maneira significativa as emissões de GEE na atmosfera”, aponta o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Além da produção de energia, o sistema de biodigestores gera biofertilizantes, que são utilizados na fertilização do solo e na adubação de florestas de eucalipto, reaproveitamento que beneficia tanto a agricultura quanto o meio ambiente.

A Coopavel também foca na melhoria contínua da dieta dos suínos, o que contribui para reduzir a liberação de gases como amônia. “A eficiência alimentar diminui as concentrações de gases nocivos nos dejetos, colaborando para a mitigação dos impactos ambientais da atividade suinícola”, salienta Grolli, enfatizando que essa abordagem faz parte de um plano mais amplo da cooperativa, que inclui o uso de tecnologias avançadas nas unidades industriais para o tratamento de resíduos e efluentes, alinhando a produção com a missão de produzir alimentos sustentáveis.

Uso eficiente de energia

O uso eficiente de energia é outro pilar das ações sustentáveis da Coopavel. Nas unidades de produção e processamento de suínos, a geração de energia renovável e o reuso de água fazem parte da rotina. “Investimos na reutilização de parte do efluente tratado em algumas atividades específicas dentro da granja, como limpeza de pisos e canaletas, desta forma conseguimos reduzir a extração de água subterrânea”, afirma Grolli.

Práticas sustentáveis na UPL

Foto: Shutterstock

Para garantir a melhoria contínua, a Coopavel realiza o monitoramento regular das emissões de GEE em sua Unidade de Produção de Leitões (UPL), utilizando os dados para nortear ações de melhorias no processo produtivo. Somado a isso, está em andamento um projeto de expansão do sistema de tratamento de dejetos na UPL, que inclui a ampliação da capacidade de produção de biogás. “Nosso objetivo é sempre melhorar a qualidade do efluente final e ampliar a capacidade da usina para produção de biogás”, expõe o presidente.

Integração de boas práticas ambientais

Além de cumprir todas as exigências ambientais impostas pelos órgãos reguladores e atender aos mercados nacional e internacionais, a cooperativa busca continuamente aprimorar seus processos, trazendo práticas ainda mais sustentáveis. “O objetivo não é apenas garantir a conservação dos recursos naturais, mas também promover a geração de renda e riqueza para toda a cadeia produtiva”, salienta.

Grolli frisa que a Coopavel reconhece a necessidade crescente de aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento populacional global. No entanto, ressalta que esse aumento deve ser realizado de forma sustentável, uma vez que o planeta possui limites em sua capacidade de suporte e exploração de recursos naturais. Por essa razão, a adoção de práticas cada vez mais eficientes e sustentáveis precisa acompanhar, e até mesmo antecipar, o aumento da produção. “Esse equilíbrio é essencial para garantir que as demandas alimentares da população mundial sejam atendidas, ao mesmo tempo em que se preserva a qualidade de vida na Terra”, evidencia.

O acesso é gratuito e a edição Suínos pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Tenha uma boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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