Avicultura
Fomento à produção é foco dos debates do segundo dia do Avisulat 2014
O foco do segundo dia do Avisulat 2014 IV Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios foi o painel Fomento à Produção, que teve Tiago Luiz Cabral Peroba, gerente do departamento de Suporte aos Programas Agropecuários (DESAG) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como palestrante principal. Peroba falou sobre o papel do BNDES, sua forma de atuação no crédito rural e como os produtores rurais e suas cooperativas de produção podem acessar as linhas de financiamento e os programas agropecuários. Não vão faltar recursos, garantiu.
Os programas apresentados pelo gerente do BNDES foram o ABC Agricultura de Baixo Carbono, o Moderinfra, de apoio à irrigação; o Procap Agro, voltado às cooperativas de produção; o PCA, de incentivo à ampliação da capacidade de armazenagem; o Moderagro, que visa à recuperação de solo, defesa animal e produção agropecuária; o Inovagro, para a capacitação tecnológica das propriedades rurais; o Prodecoop, de incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas brasileiras; o Pronamp, para projetos de investimento ou custeio dos médios produtores rurais; o Pronaf, de apoio a projetos de investimento ou custeio no âmbito da agricultura familiar; e o Moderfrota, de apoio à aquisição de máquinas e equipamentos novos e usados.
Participou também do painel André Francisco Nunes de Nunes, economista-chefe da Fiergs, que fez suas considerações e falou sobre as perspectivas para o crédito à indústria. Segundo ele, a atual participação do setor na economia é a menor já observada desde meados da década de 40, sendo que a perda de participação se acentuou ainda mais na última década. É um momento de estagnação da indústria brasileira, pontuou.
De acordo com o economista, as dificuldades da indústria brasileira nesse período se devem ao aumento da concorrência com os produtos importados e dos custos industriais, que tornaram o Brasil um país caro para produzir e o fizeram perder competitividade externa e internamente. Por outro lado, o crescimento do mercado de crédito, principalmente o direcionado, foi um dos destaques positivos nesse cenário adverso. O crédito do BNDES se tornou mais barato nos últimos dois anos, exemplificou. Entretanto, o acesso ao crédito tem ficado cada vez mais difícil, e tende a se tornar ainda mais.
Para finalizar a abordagem sobre o tema, Gelson Mello de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da Expodireto Cotrijal, trouxe algumas questões sobre os desafios relacionados aos programas governamentais de incentivos ao desenvolvimento do agronegócio, como a infraestrutura (hidrovias, rodovias, armazenagem e ferrovias), o seguro agrícola, a tecnologia, a geração do conhecimento, o meio ambiente e o comprometimento com Marcos Legais. Como mostrar o agronegócio? São questões que não se resolvem em curto prazo, mas precisamos começar, enfatizou.
Programação da manhã
A programação de palestras e painéis iniciou logo cedo, às 8h, com a realização do Seminário Avicultura de Corte, paralelamente ao Seminário Segurança do Trabalho (SESMT) e ao Simpósio de Sanidade Avícola.
No Seminário Avicultura de Corte, Jonas Irineu dos Santos Filho, da Embrapa Aves & Suínos, falou sobre Custo de Produção na Avicultura de Corte na Atualidade. Logo depois, o painel Abastecimento de Energia Elétrica: Situação do Abastecimento de Energia Elétrica no Agronegócio Dificuldades e Tendências contou com Elton Weber, da FETAG/RS, e Nestor Freiberger, da ASGAV / SIPARGS, como debatedores.
Na sequência, Ricardo Marozzin, gerente comercial da GSI Brasil, tratou sobre Avicultura Expectativas, Tendências e Novas Tecnologias. Dentre os assuntos abordados em sua apresentação, Marozzin falou sobre a evolução das dimensões e dos sistemas construtivos brasileiros, com destaque para o aumento gradativo dos galpões, a qualidade e o tempo de implantação dos projetos, a confiabilidade dos contratos, a carência de mão de obra e os novos materiais e conceitos utilizados. Tudo isso é oportunidade, afirmou. Os sistemas construtivos tendem a ser mais rápidos, modulares e inteligentes. O Brasil vai passar por essa transformação.
Em suas considerações finais, Marozzin destacou que é preciso saber as exigências atuais e futuras dos animais e dos clientes, transformar barreiras em oportunidades, melhorar as condições de bem-estar animal e a infraestrutura dos galpões, acreditar na evolução da atividade e no uso de novas tecnologias, gerenciar as informações e, principalmente, capacitar e facilitar a mão de obra na avicultura para suprir a sua falta.
Ainda dentro da programação do Seminário Avicultura de Corte, o painel Automação e Inovação na Indústria Avícola teve palestra de Antoine Van Bree, vice-presidente da Meyn, seguido de debate com William Barbosa, da JBS Frangosul, e Francisco Turra, presidente executivo da ABPA. Para finalizar, Sérgio Rangel, da UFRGS, abordou o tema O Seguro de Vida como Agente de Estabilização Econômica e Continuidade do Patrimônio.
O Avisulat 2014 termina nesta quinta-feira, dia 06 de novembro, no Centro de Exposições FIERGS, em Porto Alegre (RS).
Fonte: Ass. Imp. da Avisulat
Avicultura Em Porto Alegre
Asgav promove evento sobre prevenção de incêndios nas indústrias
Encontro contou com especialistas do Corpo de Bombeiros.
Na última terça-feira (19), a Asgav realizou um importante evento via web, onde participaram integrantes das indústrias de aves e suínos de diversos estados do Brasil, com mais de 150 participantes inscritos.
O evento abordou o tema “Prevenção de Incêndios: Regras e Práticas de Prevenção na Indústria” e contou com uma palestra especial do Tenente Coronel Éderson Fioravante Lunardi do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
A inciativa da Asgav também contou com apoio da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, propiciando a participação de indústrias e cooperativas de aves e suínos de diversos estados do Brasil.
“Nos últimos anos, temos registrado diversos incêndios em indústrias do setor e buscar informações atualizadas com especialistas, discutir leis e procedimentos e a troca de informações entre diversas indústrias do setor também é uma forma de intensificar a prevenção”, comentou José Eduardo dos Santos – Presidente Executivo da O.A.RS (Asgav/Sipargs).
Na apresentação do representante do corpo e bombeiros foram abordados alguns registros de incêndios em outros países e no Brasil, as causas, falhas e fatores que propiciaram os sinistros.
As regras e leis dos programas de prevenção contra incêndios também foram amplamente abordadas e dialogadas com os participantes.
Segundo o representante da Asgav, o tema também será objeto de encontros presenciais e troca de informações entre estados, principalmente na área de Segurança e Saúde do Trabalho, contado com a participação dos especialistas do corpo de bombeiros.
Avicultura
Conbrasfran 2024 começa nesta segunda-feira (25), com governador em exercício do Rio Grande do Sul Gabriel Souza e outras autoridades
Na palestra de abertura, Souza vai discutir os desafios deste ano, medidas de enfrentamento e a superação.
A cidade de Gramado, na serra gaúcha, vai sediar a Conbrasfran 2024, a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango, evento promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). O encontro, que acontece a partir de segunda-feira, dia 25, vai reunir líderes políticos, empresariais e investidores de destaque de todo o país para debater oportunidades e desafios da cadeia produtiva e suas perspectivas para 2025 e além.
A Asgav propõe que durante três dias Gramado seja a sede da avicultura brasileira, afirma o presidente Executivo da Asgav e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “Porque todas as atenções estarão voltadas para a Conbrasfran 2024, evento de expressão que vai acontecer no Hotel Master. Lá vamos reunir empresas do setor, agroindústrias, órgãos oficiais e líderes de diversos segmentos da cadeia produtiva”, disse Santos.
Entre os nomes confirmados, estão o governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que vai abrir a programação, a partir das 18h30, com um debate sobre os desafios enfrentados pelo estado neste ano e a superação durante a palestra O desafio que a natureza nos trouxe: Como estamos superando, como evoluímos e os caminhos para o fortalecimento. Após a palestra de abertura, haverá um coquetel de boas-vindas aos participantes.
A programação da Conbrasfran segue nos dias 26 e 27 com programações técnicas no período da manhã, tratando temas como a reforma tributária e seus impactos na avicultura, estratégias para uma produção mais sustentável, nutrição e saúde animal, os desafios de logística e seus impactos na atividade e estratégias comerciais para a carne de frango, entre outros temas. No período da tarde, debates conjunturais tomarão conta da programação com análises exclusivas e discussões sobre o ambiente de negócios no Brasil e no exterior.
Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento, acesse clicando aqui.
Avicultura
Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas
Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.
O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.
Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.
Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.
Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.
O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.
Destaques
A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.
O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.
De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.
“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.
Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.
“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.
Metodologia
A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.
Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.
Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.
Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.
Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.