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Fitossanidade é fator preponderante para exportação de milho e soja brasileiros

Ervas daninhas, resíduos de pesticidas e os organismos geneticamente modificados podem comprometer a aceitação de grãos nos mercados externos, especialmente na China.

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Pedro Alberto Nunes de Matos, da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais

A exportação de soja e milho do Brasil enfrenta vários desafios, entre eles os fatores de fitossanidade dos grãos, que devem atender aos padrões internacionais de qualidade e segurança. As ervas daninhas, os resíduos de pesticidas e os organismos geneticamente modificados (OGM) podem comprometer a aceitação dos produtos nos mercados externos, especialmente na China, que é o principal destino das exportações brasileiras.

O assunto foi tema da palestra proferida por Pedro Alberto Nunes de Matos, da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec)/Superinspect, durante a 8ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita e 5º Simpósio Goiano de Pós-Colheita de Grãos, que prosseguem até amanhã no Centro Tecnológico Comigo, em Rio Verde (GO).

Pedro Alberto Nunes de Matos, da Anec/Superinspect: “Temos um problema de limpeza e pré-limpeza nas origens, que não é feita de forma adequada lá nos armazéns de origens por não terem um tratamento adequado” – Fotos: Divulgação/Anec

Segundo ele, a China tem uma lista de mais de 400 pragas quarentenárias que podem impedir a entrada dos grãos no país asiático. Entre elas, estão insetos, vírus que podem ser detectados nas cargas dos navios. “Temos um problema de limpeza e pré-limpeza nas origens, que não é feita de forma adequada lá nos armazéns de origens por não terem um tratamento adequado. Não tendo tratamento isso é exportado com o grão”, afirma Matos.

Ele alerta que a China está cada vez mais rigorosa com as exigências sanitárias e que o Brasil precisa se adequar para evitar prejuízos. “A China trouxe essa questão, que hoje traz uma certa preocupação ao segmento, pois o país asiático tem reclamado, mas ainda descarrega os navios. A preocupação é quando a China decidir puxar a corda e rejeitar nosso produto, como fez em 2004, por ocasião do evento das sementes tratadas, em que tivemos 23 navios rejeitados”, pondera Matos.

O painel foi complementado com a palestra sobre a “Influência da produção no campo na armazenagem dos grãos”, ministrada pelo presidente da Abrapos, José Ronaldo Quirino, que é gerente de classificação e armazenagem da Caramuru Alimentos. Estudos mostram que a qualidade dos grãos armazenados depende muito da forma como foram produzidos e colhidos no campo.

Alguns dos fatores que podem comprometer a qualidade são: a presença de vagens de soja na carga, que não foram separadas pela máquina; a umidade excessiva dos grãos, que pode favorecer o desenvolvimento de fungos e micotoxinas; o risco de incêndio durante a secagem; o ataque de pragas como lagartas e percevejos; e o empalhamento do milho, que dificulta a colheita, entre outros.

“Esses problemas podem ser evitados ou minimizados com um manejo adequado no campo, como a regulagem das máquinas, a limpeza dos grãos, o controle de pragas e doenças, e a colheita no ponto ideal de maturação”, disse Quirino. Segundo ele, a  qualidade dos grãos armazenados também afeta a qualidade do produto final na indústria, como o óleo de soja, que pode apresentar alterações de cor, sabor se os grãos estiverem mofados, ardidos, verdes ou com clorofila.

“Portanto, é importante que os grãos estejam limpos e saudáveis, e não apenas em grande quantidade”, enfatiza.

Os eventos se encerram nesta quinta-feira no Centro Tecnológico Comigo. São promovidos pela Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos) e realização e colaboração da Caramuru Alimentos, Cooperativa Comigo, Instituto Federal Goiano e Sindicato de Armazéns Gerais de Goiás.

Fonte: Assessoria Abrapos

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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