Conectado com

Notícias

Filipinas abre mercado para exportação de produtos suínos

Com o anúncio, o agronegócio brasileiro totaliza 283 aberturas em 62 países desde o início de 2023.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

O governo brasileiro recebeu o anúncio da aprovação sanitária para que o Brasil exporte mesentério e papada congelados de suíno – insumos para a produção de embutidos e alimentos processados – ao mercado filipino, com base no Certificado Sanitário Internacional vigente.

As Filipinas tornaram-se neste ano o maior mercado para a carne suína brasileira. A recente abertura agrega produtos especialmente valorizados em mercados asiáticos ao comércio entre os países, fortalecendo a confiança mútua e contribuindo para o incremento dos volumes exportados pelo Brasil.

Além dessa nova autorização, outros três mercados foram abertos nas Filipinas neste ano: alevinos de tilápia, produtos de reciclagem animal e peixes ornamentais.

Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a marca de 205 novos mercados abertos em 2024, totalizando 283 aberturas em 62 países desde o início de 2023.

Esse resultado é fruto da ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em esforço conjunto para expandir as fronteiras comerciais do agro brasileiro.

Fonte: Assessoria Mapa

Notícias

Com outubro mais seco, Paraná registra piora da estiagem em várias regiões

Monitor da Agência Nacional de Águas mostra avanço das secas fraca e grave em áreas do Leste, Campos Gerais e Norte Pioneiro, com risco para agricultura e abastecimento.

Publicado em

em

Uma área maior das regiões Leste, Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná registrou seca em outubro, segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), publicado na última sexta-feira (14). O estudo é realizado em parceria com vários institutos, entre eles o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O mapa de agosto apontava que a seca evoluiu da categoria moderada para grave no Norte do Estado, em algumas cidades que fazem divisa com São Paulo. Já na Região Metropolitana de Curitiba, passou da categoria fraca para moderada, chegando até a parte norte do Litoral. Em setembro, devido às chuvas ainda abaixo da normalidade, houve o avanço das secas fraca, moderada e grave no Norte do Estado. Por outro lado, devido às chuvas acima da média no Sudoeste, houve recuo da seca fraca.

Como a média de chuva para outubro é muito alta, entre as 43 estações meteorológicas do Simepar que possuem mais de cinco anos de operação, 25 registraram volume de chuvas abaixo da média histórica, e 18 acima da média para o mês. O destaque fica para Jaguariaíva, onde o acumulado de chuva médio para outubro é de 168,3 mm e choveu apenas 42,8 mm; e para Altônia, que registrou 118 mm de chuva acima da média histórica para outubro.

Foto: Divulgação

Por conta do baixo volume de chuvas, o mapa de outubro registrou avanço da área de seca fraca no Leste e da seca grave nos Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná. Os impactos são de curto e longo prazo no Norte e Noroeste do Paraná, ou seja, podem prejudicar a agricultura e o abastecimento de água; e de curto prazo nas demais áreas, ou seja, impactando apenas a agricultura.

Brasil

O mapa da ANA aponta ainda, na Região Sul, o avanço da seca fraca também no Centro de Santa Catarina, e o recuo total dos registros de seca no Rio Grande do Sul. O estado, no momento, não tem seca relativa.

No Nordeste, houve avanço da seca grave no Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e no Norte do Piauí. A seca extrema avançou no Oeste de Pernambuco e no Centro-Sul da Bahia, e a seca fraca recuou no Sul da Bahia.

Na Região Sudeste, houve aumento da área com seca grave em Minas Gerais e São Paulo. A seca moderada avançou no Leste mineiro, Oeste de São Paulo, Vale do Paraíba e faixa oeste do Rio de Janeiro, que também registrou avanço da seca fraca no Centro-Norte. Houve recuo da seca fraca no litoral norte do Espírito Santo.

Na Região Norte, a seca foi de moderada a grave no Nordeste de Goiás e Leste de Tocantins. Amapá, Pará e Rondônia registraram leve

Fotos: Gilson Abreu/AEN

aumento da área com seca fraca, enquanto o Amazonas teve aumento da área com seca moderada no Oeste e Sul. Por outro lado, o Acre deixou de registrar seca grave.

Na Região Centro-Oeste, foi registrado avanço das secas fraca e moderada em Goiás e Mato Grosso do Sul. Além disso, Mato Grosso teve aumento da área com seca fraca no Oeste e Leste.

Monitor de Secas

O Monitor de Secas iniciou em 2014 focado no semiárido, que sofria desde 2012 com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017, a ANA articula o projeto entre as instituições envolvidas e coordena o processo de elaboração dos mapas.

O Simepar, todos os meses, faz a análise das regiões Sul e Sudeste, utilizando dados como precipitação, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados de evapotranspiração (a relação entre a temperatura e a evaporação da água). A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

Notícias

Paraná avança em plano para universalizar saneamento rural

Missão técnica avalia diagnóstico inédito, consolida metas do Projeto de Segurança Hídrica e prepara contrato de US$ 263 milhões para ampliar abastecimento e esgoto no Estado.

Publicado em

em

Fotos: Victor Guandalini/SEPL

Equipes do Governo do Estado e do Banco Mundial iniciaram nesta segunda-feira (17) a agenda da Missão de Avaliação do Projeto de Segurança Hídrica (PSH), que tem financiamento da instituição financeira internacional. A Secretaria de Estado das Cidades (Secid), por meio do Paranacidade e da Secretaria-Geral das Microrregiões de Água e Esgotamento Sanitário (Mraes), e a Secretaria do Planejamento participam da agenda, que segue até 25 de novembro e discute temas estratégicos relacionados à expansão e ao fortalecimento do saneamento rural no Paraná.

Entre os itens tratados estão o Questionário Diagnóstico, que reúne o mapeamento mais abrangente já realizado sobre a situação do saneamento rural nos municípios paranaenses; o Termo de Cooperação Técnica, conduzido em conjunto com a Secretaria de Planejamento (SEPL) e o Grupo Técnico de Saneamento Rural; e a estruturação do futuro Plano Estadual de Saneamento Rural, que orientará investimentos, priorizações e modelos de atendimento em todo o território paranaense.

O Programa de Segurança Hídrica (PSH) prevê investimento de US$ 263 milhões, dos quais US$ 186 milhões serão financiados pelo Banco Mundial e US$ 77 milhões são contrapartida do Estado.

Segundo assessora da Secretaria de Planejamento e coordenadora do PSH, Jaqueline Dornelles, nessa missão o Banco e o Estado vão terminar de fechar o escopo do projeto, estabelecer as metas e o quanto será gasto em cada ação, o cronograma e os desembolsos previstos. “Depois disso o banco finaliza o documento que norteia o contrato. Esperamos que até o final da missão a gente tenha essa primeira versão do projeto para ser revisada pelo Estado, para que no início de dezembro consigamos abrir as negociações oficialmente”, disse Jaqueline. “Essa é uma missão onde se verifica o nosso nível de prontidão para a execução das ações.”

Na reunião, foi destacada pelo Banco Mundial a integração entre os órgãos estaduais neste projeto, incluindo, além das secretarias das Cidades e a do Planejamento, também a Sanepar, o Instituto Água e Terra (IAT), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Paranacidade, como um dos pilares para a maturidade institucional necessária à implementação do projeto em escala estadual.

A gerente do projeto pelo Banco Mundial, Marie-Laure Lajaunie, especialista principal em gestão de recursos hídricos, ressaltou a evolução dos trabalhos realizados pela Secretaria das Cidades, Mraes e Paranacidade. “Avançou bastante em relação a missões anteriores. Apresentamos o diagnóstico da situação do saneamento rural com dados muito interessantes e que vão ajudar bastante para o desenho das próximas etapas”, disse.

Marcia de Oliveira de Amorim, secretária-geral do Mraes, lembrou que a instituição é responsável por coordenar e modelar os serviços de água e esgoto, visando atender às exigências do Marco Legal do Saneamento. “A Microrregiões é o instrumento que integra municípios, órgãos reguladores e prestadoras de serviço. Por isso, a participação da Secretaria das Cidades é fundamental. Somos os gestores estaduais do saneamento, em parceria com os municípios e com o Banco Mundial”, afirmou.

A importância do planejamento estruturado, que foi encampado pelo Paraná, foi ressaltada pelo consultor em saneamento Wilson Rocha, contratado pelo Banco Mundial para avaliar as ações do Estado no projeto. “O Estado tem essa preocupação com seus municípios, isso está na nossa legislação, devemos cumprir a meta de universalização do saneamento, incluindo as comunidades rurais, e podemos dizer que temos um planejamento, um horizonte bem definido a partir do que está sendo formulado pela Secid, junto com a preparação do Projeto de Segurança Hídrica”, disse.

Segundo ele, o Estado avança para um modelo de “água segura”, que garante abastecimento com regularidade, operação adequada e apoio técnico às comunidades rurais. “O cidadão rural tem o mesmo direito à água tratada que o urbano, e o Paraná encara isso de forma muito responsável”, destacou.

Geraldo Luiz Farias, analista de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, falou sobre o suporte técnico dado pela instituição. “Esse apoio técnico, além da implantação dos planos regionais de saneamento básico e na discussão do Projeto de Segurança Hídrica, elaboramos, em função da nossa expertise, a minuta inicial do termo de referência para a contratação do Plano Estadual do Saneamento Rural”, disse.

Pioneirismo

A missão também reforçou o pioneirismo do Paraná no planejamento do saneamento rural. O Estado possui um dos modelos mais completos do país em governança regionalizada e vem consolidando práticas inovadoras que servem como referência nacional. O Diagnóstico apresentado ao Banco Mundial reúne informações inéditas e padronizadas, fundamentais para orientar políticas públicas e investimentos futuros.

A expectativa é que, ao final da missão, se obtenha medidas e soluções alinhadas aos princípios do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), como universalização e equidade, soluções adequadas de baixo custo, gestão comunitária, sustentabilidade ambiental e integração com políticas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento rural.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

Notícias

Recuo agressivo das exportações chinesas redistribui disputa por fertilizantes no mercado global

Queda de 23% nos embarques chineses de fosfatados altera fluxos globais, intensifica a disputa por cargas e pressiona importadores, inclusive o Brasil.

Publicado em

em

Entre janeiro e setembro de 2025, a China embarcou 3,7 milhões de toneladas de fertilizantes MAP e DAP, volume 23% inferior ao registrado no mesmo período de 2024 - Foto: Divulgação

As exportações chinesas dos fertilizantes MAP (fosfato monoamônico) e DAP (fosfato diamônico) recuaram aos patamares mais baixos dos últimos anos, segundo a StoneX, empresa global de serviços financeiros. Entre janeiro e setembro de 2025, a China embarcou 3,7 milhões de toneladas desses fosfatados, volume 23% inferior ao registrado no mesmo período de 2024. A queda ocorre em um momento de maior rigor no controle das vendas externas pelo governo chinês, prática comum antes da alta temporada doméstica, mas que neste ciclo se mostra mais restritiva.

Segundo o analista de Inteligência de Mercado, Tomás Pernías, os dados confirmam que o país asiático está reduzindo de forma mais agressiva sua oferta ao exterior. “A China já costuma limitar exportações para proteger o abastecimento interno, mas em 2025 a intensidade das restrições supera a de anos anteriores, o que tem aumentado a preocupação dos compradores internacionais”, afirma.

Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX: “Quando os volumes chineses desaparecem do mercado, compradores de diferentes regiões passam a buscar os mesmos fornecedores”

A relevância do país para o comércio global reforça o alerta. Estimativas indicam que, em 2024, cerca de 16% das exportações mundiais de MAP, fertilizante que também é amplamente utilizado no Brasil, tiveram origem chinesa. Ao lado de Marrocos, Rússia e Arábia Saudita, o país figura entre os principais fornecedores internacionais. A redução de sua participação cria tensões adicionais aos importadores, especialmente aos mais dependentes desses fluxos.

No caso brasileiro, o impacto é indireto, já que apenas 4% do MAP importado pelo Brasil em 2024 teve origem da China, sendo a maior parte proveniente da Rússia, Arábia Saudita e do Marrocos.

Ainda assim, quando a China restringe as vendas externas, a demanda global se redireciona para outros fornecedores, aumentando a disputa por cargas e elevando a competitividade entre mercados. “Quando os volumes chineses desaparecem do mercado, compradores de diferentes regiões passam a buscar os mesmos fornecedores. Essa mudança repentina pressiona preços e reduz a previsibilidade das negociações”, observa Pernías.

O Brasil também atravessa um período de menor importação de MAP em 2025, reflexo dos preços elevados da matéria-prima e das relações de troca pouco favoráveis nos últimos meses. Nesse cenário, produtores brasileiros aumentaram as compras de SSP (superfosfato simples), fertilizante menos concentrado que, em vários momentos, ofereceu melhor relação de custo-benefício.

Fonte: Assessoria StoneX
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.