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Ferramenta genômica proporciona potencial de retorno financeiro à cadeia produtiva do tambaqui

Retorno de até mais de R$195 por cada R$1 investido

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Ronaldo Rosa

Retorno de até mais de R$195 por cada R$1 investido. É o potencial impacto do Tambaplus Parentesco na cadeia produtiva do tambaqui (Colossoma macropomum). Os produtores de alevinos dessa espécie, a nativa mais produzida no Brasil, bem como técnicos e demais interessados nas tecnologias para melhoria da aquicultura brasileira contam com mais um reforço nas informações. Pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) acabam de lançar a publicação Tambaqui – Benefícios Econômicos com a Adoção do Tambaplus Parentesco.

No formato on-line, essa publicação não só apresenta resultados das pesquisas para o desenvolvimento do Tambaplus – uma das ferramentas genômicas mais importantes para os produtores de peixes nativos evitarem perdas na alevinagem e na engorda, especialmente no caso do tambaqui,como apresenta um amplo retrato das tendências econômicas da aquicultura no país. O documento coloca em perspectiva dados que vão desde a tendência de crescimento do setor, que em 2018 produziu 579 mil toneladas de pescado (um aumento de 5,8% em comparação com 2017, conforme dados levantados no IBGE) até levantamentos da produção por espécie e região.

Conforme o pesquisador Alexandre Caetano, responsável pelo desenvolvimento do Tambaplus e um dos autores da publicação, o leitor encontrará informações em linguagem simples o suficiente para compreender o quanto a ferramenta pode colaborar com os diferentes elos da cadeia produtiva, principalmente no aumento da produtividade das alevinagens e pisciculturas de engorda.

“As simulações realizadas mostram que a adoção do Tambaplus Parentesco permite evitar perdas decorrentes dos efeitos da endogamia nas fases de alevinagem e engorda, e, potencialmente, pode gerar um retorno para a cadeia produtiva em todo o Brasil de R$ 65,30, R$ 130,65 ou R$ 195,78 para cada R$ 1 investido, dependendo da fração de alevinos que o produtor vem gerando a partir de reproduções entre matrizes com alto grau de parentesco”, observa o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) Manoel Xavier Pedroza Filho, primeiro autor da publicação, explica que “o segmento de produção de formas jovens (pós-larvas, alevinos e juvenis) é um dos mais importantes dentro da cadeia produtiva da aquicultura, pois a qualidade deste insumo tem impacto direto sobre o desempenho zootécnico e econômico dos cultivos”. Ele segue, agora falando do produto lançado pela Embrapa: “neste sentido, os ganhos gerados com a utilização do Tambaplus em termos de redução de custos e aumento de produtividade – na alevinagem e na engorda – terão reflexos em todo o setor, uma vez que essas melhorias poderão resultar em um produto de menor preço para as indústrias de processamento e para o consumidor final”.

Até o final de 2020 mais de 1.600 reprodutores e matrizes de 16 produtores de tambaqui já haviam sido analisados por meio do teste Tambaplus. De acordo com o produtor amazonense Alexandre Ronczaryk o teste para verificar a qualidade genética dos peixes é uma garantia para aqueles que vivem da produção e engorda de alevinos. Ele tem criatórios nos municípios de Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, ambos localizados a cerca de 130 quilômetros de Manaus, e teve todo seu plantel de reprodutores analisado por meio dos serviços prestados pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O pesquisador Manoel Pedroza Filho da Embrapa Pesca e Aquicultura, aposta na evolução da cadeia produtiva do tambaqui. “O controle genético dos plantéis é um processo fundamental para o desenvolvimento de qualquer cadeia aquícola, sendo amplamente difundido na produção de espécies mais consolidadas como o salmão e a tilápia. Assim, o desenvolvimento da cadeia do tambaqui – e também de outras espécies nativas do Brasil – passará necessariamente pela implementação deste tipo de melhoria tecnológica”, assegura Pedroza Filho.

O teste Tambaplus foi desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com equipes da Embrapa Pesca e Aquicultura e Embrapa Informática Agropecuária, sob a liderança do pesquisador Alexandre Caetano juntamente com a pesquisadora Patrícia Ianella. Além de Caetano, Ianella e Manoel Xavier Pedroza Filho também assinam a publicação os pesquisadores Roberto Manolio Valladão Flores, Leonardo Castilho-Barros e Éder José de Oliveira.

Quanto custa o teste

O serviço de análise de parentesco e consanguinidade é ofertado com valores reduzidos, ao custo atual de R$80 por amostra. A contratação se dá por tipo de serviço: uma para detectar a pureza específica (R $80) e outro contrato destinado ao serviço para identificar as relações de parentesco (pedigree) das matrizes (R $80).

O desenvolvimento do Tambapus Parentesco ocorreu dentro do Projeto BRSAQUA, a partir de dados gerados por outros projetos da Embrapa já finalizados. O trabalho científico conta com financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria da Aquicultura e da Pesca (SAP), ligada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e da própria Embrapa.

Fonte: Embrapa Pesca

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Preços do suíno vivo sobem na segunda quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

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Foto: Julio Cavalheiro

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal.

Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína.

Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco.

No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Fonte: Assessoria Cepea
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Fraca demanda pressiona cotações do frango em março

Queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

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Foto: Jonathan Campos

Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro.

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês.

Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Fonte: Assessoria Cepea
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Em reunião com diretorias da Aiba e Abapa, presidente da Coelba anuncia intenções para solucionar déficit de energia elétrica no Oeste baiano

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções.

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Em atendimento às solicitações apresentadas por agricultores em reunião prévia ocorrida em (06) de fevereiro, quando esteve no Oeste da Bahia e ouviu as demandas de energia elétrica, o diretor presidente da Coelba Neoenergia, Thiago Freire Guth, retornou à região, e na última terça-feira (26), reuniu-se com as diretorias da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na sede da Coelba em Barreiras.

Como ficou acordado, ainda no final de fevereiro, uma comitiva de consultores da Coelba realizou visitas técnicas a propriedades rurais do Oeste baiano para diagnosticar as principais carências energéticas da região, a partir do qual foram realizados estudos de viabilidade com emissão de parecer técnico.

Fotos: Divulgação/Aiba

Durante a reunião, o diretor presidente da Coelba, juntamente com os superintendentes, de Área Técnica, Tiago Martins, e de Expansão de Obras, Anapaula Nobre, fizeram a apresentação do novo plano de investimentos da Coelba para o Oeste da Bahia nos próximos quatro anos. “Temos demandas que não foram atendidas no decorrer dos anos, mas a atual gestão da Coelba vem sendo mais participativa aqui na região. Um momento importante para debater e atualizar os próximos passos da companhia, em termos de investimento, aqui no oeste baiano, e tenho certeza, que daqui para frente, com mais transparência e participação da Coelba. O que ouvimos hoje é que as coisas realmente vão começar a sair do papel para prática, e que as demandas da região e do agronegócio serão atendidas”, avalia o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

O déficit de energia elétrica é um problema constante e uma realidade que contribui para travar o progresso na região, e a união dos produtores e associações de classe, mostra o empenho do setor em se mobilizar e buscar soluções. “É a segunda vez que o presidente da Coelba vem ao oeste, trazendo respostas e anunciando esses investimentos, e nós esperamos que isso venha atender ao produtor, tanto na quantidade necessária, e também na qualidade, que é fundamental”, complementa o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.

O diretor presidente, Thiago Freire agradeceu a oportunidade e anunciou as intenções da companhia. “É uma região pujante, e do ponto de vista de desenvolvimento do agronegócio, existe uma necessidade energética urgente. A empresa está alocando os recursos necessários para, nos próximos quatro anos, aumentar cerca de 70% da capacidade de energia elétrica da região”, pontuou Guth que ainda falou de parcerias. “É um desafio também em fazer um trabalho conjunto e trazer novas linhas de transmissão e subestações da rede básica, fora do escopo da energia Coelba, uma questão mais de infraestrutura de alta tensão. Propomos fazer esse trabalho em parceria com associações locais, e ouvirmos a necessidade dos clientes e trabalhar juntos, para resolver os problemas que são comuns, tanto para associações e para o desenvolvimento da região, quanto para a própria energia”, complementou o diretor presidente, que ainda confirmou a divulgação de um cronograma da Coelba, sugerido pelos produtores rurais, para acompanhamento das ações e investimentos da companhia na região.

O segundo vice-presidente da Aiba, Seiji Mizote, os diretores, financeiro, Helio Hopp, executivo, Alan Malinski, o gerente de Infraestrutura, Luiz Stahlke participaram do momento, que também foi prestigiado pelos ex-presidentes e conselheiros, João Carlos Jacobsen, Júlio Busato, Celestino Zanela, os produtores rurais Luiz Pradella, Ildo Rambo, Elisa Zanela, e a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto. Representando a Coelba Neoenergia ainda estiveram presentes superintendentes, supervisores e engenheiros.

Fonte: Assessofria Aiba
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Imeve Suínos março

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