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Fernandópolis consegue primeiro Sisbi para abatedouro no Estado de São Paulo
Frigorífico iniciou nesta semana as contratações para dobrar número de funcionários; produção de charque seguirá para o Nordeste.
Fernandópolis, localizado no noroeste do estado de São Paulo, é o primeiro município paulista a conseguir a adesão de um abatedouro de bovinos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, (Sisbi-POA). Na prática, isso significa que esse frigorífico agora poderá vender sua produção para todo o país, ampliando mercado, contratando funcionários, gerando renda e movimentando a economia local.
A inspeção de produtos cárneos envolvendo o abate de animais precisa ser permanente, como ocorre com o SIF (Serviço de Inspeção Federal). Ou seja, veterinários do serviço público precisam estar presentes na indústria durante o horário de operação. Isso é necessário porque há maior risco à saúde pública, inclusive de ocorrência de zoonoses. É diferente da inspeção periódica de outros produtos de origem animal, como mel, ovos, lácteos, pescado, produtos cárneos (sem contar o abate) e todos os seus derivados. Neste caso, não há necessidade que um veterinário permaneça em tempo integral na planta da empresa.
Como a inspeção de abate precisa ser feita pelo poder público, nem sempre os Serviços de Inspeção Municipal (SIMs) conseguem contratar os profissionais para atuarem em período integral, diariamente, nos abatedouros. Mas Fernandópolis decidiu investir e já contratou mais dois veterinários para o SIM. Eles vão supervisionar o trabalho dos fiscais de saúde pública que a prefeitura está selecionando. “Inicialmente vamos contratar quatro fiscais com formação de nível médio no concurso de dezembro”, explicou Mileno Castro Tonissi, médico veterinário responsável pelo SIM de Fernandópolis.
Atualmente, o frigorífico Lira está realizando abate-teste com a inspeção feita pelos próprios funcionários da empresa com a supervisão do SIM. “A adesão ao Sisbi tem sido muito boa para o município. Muitas empresas interessadas nesse diferencial estão vindo para cá. O próprio frigorífico vai ampliar muito a contratação e gerar empregos”, afirmou Mileno. Além do abatedouro, a cidade tem outros dois entrepostos que manipulam carnes e já utilizam o selo Sisbi.
Luiz Carlos Kamarowski, administrador do frigorífico, confirma que a ideia inicial é ampliar o quadro de funcionários dos atuais 48 para 109 num prazo curto. “As contratações foram iniciadas nesta segunda-feira (21)”, afirmou. Segundo ele, não está fácil conseguir mão de obra e o processo de produção não é automatizado.
O principal produto do frigorífico é o charque. O abatedouro faz parte de um grupo que produz charque em Mogi das Cruzes, com SIF, possui outra unidade em Uberlândia, já com Sisbi, e centros de distribuição em Recife e Maceió. Em janeiro deve ser inaugurado outro centro de distribuição em Feira de Santana, na Bahia. A intenção do grupo é destinar a produção de charque para esses centros que abastecem o nordeste.
Para conseguir a adesão, a empresa fez uma reforma na planta no ano passado, contratou sete funcionários para a inspeção em fevereiro deste ano e realizou todas as adequações exigidas para a adesão ao Sisbi. Em março foi protocolado o pedido. “Estamos muito contentes porque queríamos obter esse reconhecimento ainda neste ano”, afirmou o administrador.
O abate em Fernandópolis é considerado de pequeno porte e terá capacidade máxima de 210 cabeças por dia, volume que a região comporta bem, segundo Luiz Carlos. A ideia é rapidamente utilizar 100% da capacidade instalada.
De acordo com a auditora fiscal federal agropecuária Amélia Cristina da Silva Teixeira, da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP), no caso de estabelecimentos já aderidos, quando é solicitada a ampliação de escopo a avaliação é feita pelo próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25
São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).
Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.
Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.
Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):
O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.
No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.
A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal
Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.
A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.
“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.
“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.
Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.
“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.
Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.
A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.
Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.
Indicação geográfica
Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná
Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.
De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.
A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!
A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.
Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.
Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!