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Fenagra reúne, em um só lugar, grandes players da agroindústria Feed & Food e congressos técnicos

Serão mais de 260 empresas na área de exposição e 11 congressos técnicos para a troca de informação, conhecimento, inovação, tecnologia e investimento

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Foto e texto: Assessoria

Grandes players do setor de pet food, nutrição e reciclagem animal, graxaria, biodiesel, óleos e gorduras participarão da Fenagra – principal Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento na América Latina, nos dias 05 e 06 de junho, das 10h às 19h, no Centro de Convenções do novo Distrito Anhembi, em São Paulo.

“A Fenagra é o maior encontro da agroindústria Feed & Food na América Latina com excelentes oportunidades de negócios e investimentos e é uma satisfação muito grande também receber, no mesmo local, importantes congressos técnicos que permitem compartilhar conhecimento e ampliar a rede de interações para o desenvolvimento de diferentes setores da economia”, declara Daniel Geraldes, Diretor da Editora Stilo e idealizador e responsável pela realização da Fenagra.

Serão mais de 260 expositores, de 17 países, que ocuparão uma área de 11 mil metros quadrados, abrangendo os setores de Biodiesel, Frigoríficos e Graxarias, Nutrição Animal (Pet Food, Aqua Feed, Animal Feed – Aves, Suínos e Bovinos), Óleos e Gorduras Vegetais, Grãos e Derivados. A expectativa é receber mais de 7 mil pessoas, entre visitantes e congressistas, e estima-se cerca de R$ 500 milhões em volume de negócios gerados durante o evento.

Paralelamente à feira, acontecerão os Congressos Técnicos, que serão promovidos pelas próprias Associações dos setores que representam. Neste ano, serão 11 Congressos e 156 palestrantes, vindos também do exterior.

Um dos destaques será o I Fórum Biodiesel e Bioquerosene – Tecnologia e Inovação, realizado pela Ubrabio – União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene. O evento terá a participação de dirigentes, tomadores de decisões e técnicos das principais empresas da cadeia produtiva do Biodiesel e do Bioquerosene, além de especialistas e pesquisadores dos biocombustíveis e da indústria de insumos, equipamentos, veículos, maquinários e agentes financeiros que debaterão sobre tecnologias, inovações, rotas, precificação, qualidade, investimentos, financiamentos e conteúdos relacionados ao aproveitamento e eficiência energética.

A grade de programação inclui temas, como novas oportunidades tecnológicas na produção de biocombustíveis; controle de qualidade e boas práticas no setor de combustíveis; potencial energético das fontes residuais na geração de frio e calor; uso do B100 em veículos e equipamentos; inovação em matérias-primas na produção dos biocombustíveis; soluções enzimáticas para produção de biodiesel e tratamento de matérias-primas para SAF-HVO; inovação tecnológica no atendimento ao selo biocombustível social; tecnologia na produção de bioquerosene; precificação dos investimentos, biocombustíveis e coprodutos; uso de biodiesel no transporte marítimo e navegação interior; fomento à inovação no setor de biocombustíveis, entre outros.

Para Donizete Tokarski, diretor superintendente da Ubrabio, é uma honra realizar o I Fórum Biodiesel e Bioquerosene na Fenagra que é um importante evento que agrega diversos setores da cadeia da agroindústria tanto nacional como internacional e a expectativa é que o fórum se torne permanente.

O executivo explica que o fórum nasceu da carência do setor de produção de biocombustíveis, em especial biodiesel e bioquerosene, em ter um ambiente para discussão mais técnica, envolvendo diversos segmentos, e com um olhar para a indústria, conhecimento, intercâmbio, integração, eficiência e transição energética. “Haverá diversas mesas de debates para que os participantes possam se apropriar das inovações tecnológicas e oportunidades no Brasil e no mundo, voltadas à produção de biocombustíveis, valorizando, cada vez mais, a indústria nacional”, completa Donizete.

Outro importante evento será o VII Congresso de Óleos e Gorduras, promovido pela SBOG – Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras que reunirá acadêmicos, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas instituições públicas e privadas para a apresentação de temas e divulgação de pesquisas científicas relacionadas à área de óleos e gorduras, incluindo novas tecnologias, processos, equipamentos, insumos, aditivos, nutrição e saúde.

Dentre os assuntos que serão abordados nas palestras destacam-se: fracionamento e interesterificação; consumo de gorduras saturadas e interesterificadas e sua relação com a saúde; óleo de soja alto oleico; contaminantes em óleos e gorduras; biocombustíveis; esmagamento e produção de oleaginosas no Mercosul. O evento contará ainda com uma mesa redonda sobre economia circular e química verde aplicada na cadeia do biodiesel e na produção de óleos e gorduras. Serão apresentados também trabalhos científicos na forma de pôster com temáticas importantes e atuais, como oxidação; estabilidade; composição; qualidade; matérias-primas alternativas e métodos de obtenção de óleos, gorduras e concentrados proteicos, a partir destas fontes e seus potenciais usos.

Para Jane Block, presidente da SBOG e coordenadora geral do evento, a expectativa é que, por mais um ano, a difusão do conhecimento e a discussão antecipada de tendências e desafios para a indústria de óleos e gorduras possam ser cumpridos com sucesso. “É uma oportunidade ímpar para a troca de informações e conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento de uma área estratégica para o Brasil, que se destaca pela produção de oleaginosos (palma, soja e canola) e a produção de biodiesel, a partir de matérias-primas oleaginosas”, completa Jane.

Haverá ainda o XXI Congresso Brasil Rendering, promovido pelo SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal, que contará com a participação de empresários nacionais e internacionais de graxarias, grandes frigoríficos, especialistas em reciclagem de proteína animal para a discussão de temas ligados à evolução da cadeia produtiva, como a importância da farinha de carne e ossos na fabricação de ração animal; o aumento da mistura do biodiesel na composição do combustível fóssil; a segurança da transição e a elucidação de mitos; a jornada de transformação digital e inventário de emissão de carbono e o cenário político atual e os desafios de desenvolvimento da agroindústria no país.

Para Nelson Antônio Braido, presidente do SINCOBESP, o congresso tem singular importância, pois busca promover aos convidados, associados e público em geral, a apresentação de temas importantes para o setor de reciclagem de proteína animal, mostrando o papel valioso que a atividade econômica exerce na preservação e na sustentabilidade do meio ambiente, junto à cadeia industrial brasileira de carne. “Esse ano, contaremos com a apresentação dos serviços tecnológicos de ponta oferecidos gratuitamente pelo SENAI-SP aos convidados do nosso Congresso e aos filiados do sindicato. Os eventos promovidos pelo SINCOBESP e a sua representatividade nacional são de singular importância para o setor de beneficiamento e reciclagem de proteína animal”, completa Nelson Braido.

Será realizado também o 8° Diálogo Técnico – Setor de Reciclagem Animal, promovido pela ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal. O evento contará com a participação de membros do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para uma abordagem sobre o novo programa de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), apresentando as implicações e medidas em vigor, bem como o impacto para o setor. Após a apresentação, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do MAPA fornecerá uma análise detalhada da situação atual do mercado, destacando o posicionamento do setor de reciclagem animal em escala global. O evento culminará com uma sessão de perguntas, quando os participantes terão a oportunidade de esclarecer dúvidas e aprofundar discussões sobre os tópicos abordados.

Para Pedro Bittar, presidente do Conselho Diretivo da ABRA, participar da Fenagra é sempre um momento de muita importância para o setor. “É um local de encontro, inovações, negócios, troca de experiências, debate técnico, em especial, com o nosso 8º Diálogo Técnico. Será um grande evento”, destaca.

O Congresso ABISA Sudeste, realizado pela Abisa – Associação Brasileira de Produtos de Higiene & Limpeza e Afins, pioneiro e maior evento de insumos para a indústria de saneantes, cosméticos e afins, também integrará a programação. Com o propósito de inovar e atingir um público interessado em se reciclar profissionalmente, o congresso contará com palestras técnicas, fornecedores, matérias-primas, maquinários, tecnologia da informação, equipamentos de laboratórios, entre outros. Dentre os temas, estarão: tendências da IA; cheiros & neurociências e um debate sobre o sebo que é a principal matéria-prima do setor.

“A expectativa, por ser a primeira vez no Distrito Anhembi, é que o evento atraia uma boa audiência e que as pessoas participem ativamente das discussões e atividades propostas. É uma grande oportunidade de intensificar o networking, fechar negócios e formalizar parcerias, pois reunirá, no mesmo espaço, produtores de matérias-primas, fabricantes, vendedores, revendedores, representantes comerciais, consumidores, entre outros”, declara Zoé Morés, executiva da Abisa.

Por fim, a Fenagra receberá, pela primeira vez, o X CLANA – Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal, evento promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e pela Associação Mexicana de Especialistas em Nutrição Animal (AMENA). O CBNA realizará ainda outros três congressos durante a feira: o VI Congresso CBNA sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais, o VII Workshop sobre Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos, e o XXIII Congresso CBNA Pet. Mais informações clique aqui.

 

Confira a agenda dos Congressos Técnicos:

 

I Fórum Biodiesel e Bioquerosene – Tecnologia e Inovação, da UBRABIO

https://ubrabio.com.br/forum-biodiesel-e-bioquerosene/

 

VII Congresso de Óleos e Gorduras, da SBOG

https://www.oleosegorduras.org.br/vii-congresso-de-oleos-e-gorduras

 

XXI Congresso Brasil Rendering, do SINCOBESP

https://sincobesp.org.br/congresso-brasil-rendering/

8° Diálogo Técnico – Setor de Reciclagem Animal, da ABRA

https://abra.ind.br/eventos/#junho

 

Congresso ABISA Sudeste, da ABISA

https://abisa.com.br/sudeste-2024

 

VI Congresso CBNA sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais

www.tecnologia.cbna.com.br

 

VII Workshop sobre Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos

www.nutrologiapet.cbna.com.br

 

X CLANA – Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal de Aves, Suínos e Bovinos

www.clana.cbna.com.br

 

XXIII Congresso CBNA Pet

www.pet.cbna.com.br

Fonte: Assessoria Fenagra

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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