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Fenagra 2025 bate recorde de público e gera cerca de R$ 900 milhões em negócios

Isso representa um crescimento de 10% em relação à edição de 2024. Durante os três dias do evento, cerca de 10 mil pessoas participaram da feira e dos congressos técnicos.

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Durante os dias 13, 14 e 15 de maio, aconteceu a Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento (Fenagra  2025), no Distrito Anhembi, em São Paulo. Superando todas as expectativas, a feira, que é o maior encontro da agroindústria Feed & Food na América Latina, movimentou cerca de R$ 900 milhões em negócios, um crescimento de 10% em relação à edição passada. Também bateu recorde de público, atraindo aproximadamente 10 mil visitantes.

Diretor da Fenagra 2025, Daniel Geraldes: “Mais uma edição que os resultados surpreenderam e bateram recordes, o que reforça a importância do evento para a geração de negócios, atualização e expansão de networking” – Fotos: Divulgação/Fenagra

A 18ª edição da Fenagra foi um grande showroom para os lançamentos de produtos, inovações e tecnologia, além de palco para as rodadas de negócios e networking internacional, promovendo a integração entre indústria, fornecedores, distribuidores e especialistas do setor.

A feira contou com a participação de 230 expositores, de 17 países, contemplando os setores de biodiesel, frigoríficos e graxarias, nutrição animal (pet food, aqua feed, animal feed – aves, suínos e bovinos), óleos e gorduras vegetais, grãos e derivados. “Mais uma edição que os resultados surpreenderam e bateram recordes, o que reforça a importância do evento para a geração de negócios, atualização e expansão de networking”, comemora o diretor do evento, Daniel Geraldes, adiantando que a edição 2026 já está 80% vendida e acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de maio, no Distrito Anhembi. “A feira aumentará de tamanho, com 50% de expositores a mais em relação à edição 2025”, expõe.

Congressos técnicos

Como já é tradicional, em paralelo à Fenagra, aconteceram os congressos técnicos que foram promovidos pelas próprias Associações dos setores que representam. Ao todo, foram nove congressos e cerca de 200 palestrantes vindos também do exterior.

O Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) abriu espaço para que pesquisadores, acadêmicos e profissionais da indústria apresentassem trabalhos científicos. A programação contou com a 35ª Reunião Anual CBNA que trouxe a temática “Nutrição animal aplicada no contexto das mudanças climáticas: estratégias e soluções”, com palestras focadas nos setores de aves, suínos e bovinos, que abordaram tópicos como estresse térmico, comunicação entre ambientalistas e produtores, qualidade da carne, nutrição eficiente e regulamentações ambientais.

A entidade também promoveu o 5º Workshop CBNA sobre Nutrição em Aquacultura, que destacou os desafios e as ações práticas relacionadas à sustentabilidade na nutrição de espécies aquáticas; o 8º Workshop CBNA sobre Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos, em parceria com a Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos (SBNutriPet), que apresentou abordagens práticas sobre dietas, obesidade, vitaminas e fibras e o 24º Congresso CBNA PET, que debateu questões sobre sustentabilidade na formulação de pet food, uso consciente de ingredientes e avanços na extrusão de alimentos.

Outro importante evento foi o 2º Fórum Biodiesel e Bioquerosene Tecnologia e Inovação, promovido pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrario), que reuniu líderes e especialistas para debater os avanços tecnológicos e os desafios da produção de combustíveis sustentáveis no país. A programação contou com temas, como: a viabilidade técnica do biodiesel; a Lei do Combustível do Futuro; a rastreabilidade e qualidade dos combustíveis; a Nova Indústria Brasil; a produção de alimentos; as novas tecnologias no ciclo diesel; o reflexo de fraudes; e os novos biocombustíveis, como HVO, SAF e marítimo.

Já o 8º Congresso de Óleos e Gorduras, realizado pela Sociedade Brasileira de Óleos e Gordura (SBOG), contou com a participação de acadêmicos, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas instituições públicas e privadas, trazendo para a discussão os principais avanços da ciência e da tecnologia na área de óleos e gorduras A novidade, neste ano, foi a parceria inédita com a ExpoAzeite. Patricia Galasini, presidente da Câmara Setorial de Olivicultura do Estado de São Paulo, conduziu a palestra “Azeite de Oliva Sabor e Saúde até a Última Gota!”, enquanto que José Carlos de Faria Cardoso Júnior, coordenador das Câmaras Setoriais do Estado de São Paulo, foi responsável pelo tema “Azeite de Oliva, Territórios e Qualidade”, abordando os desafios e avanços da olivicultura, além de regulamentações e práticas que envolvem a produção de azeites de alta qualidade.

Aconteceu também a 10ª edição do Diálogo Técnico – Setor de Reciclagem Animal -, promovido pela ABRA – Associação Brasileira de Reciclagem Animal. O destaque foi o novo Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), com a participação do Departamento de Saúde Animal (DSA/Mapa). O painel abordou a estratégia de retirada da obrigatoriedade da esterilização de farinhas de ruminantes, tema de grande impacto para o setor. Na ocasião, a ABRA lançou uma campanha de mobilização “Fim da Esterilização Já – O risco acabou, a regra ficou e o setor parou”. Outro evento da Associação foi o Seminário Habilita Chile, exclusivo para associados, que contou com a presença de representantes do Servicio Agrícola y Ganadero do Chile (SAG).

Por fim, a Associação Brasileira de Produtos de Higiene & Limpeza e Afins (Abisa) realizou o Congresso Abisa Sudeste 2025 – Saneantes, Cosméticos e Afins, que reuniu produtores de matérias-primas, fabricantes, vendedores, revendedores, representantes comerciais, consumidores, entre outros. O evento debateu temáticas, como: “O Poder de Compra do Consumidor 50+”; “Neurotecnologia e Inteligência de Dados – Redução de Custos e Riscos para Novos Produtos”; “Matérias-primas (Sebo, Plásticos, Láuricos)” e “Tecnologias para Sabão em Pó”.

Fonte: Assessoria Fenagra

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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