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Feijão permite cultivo de entressafra, rotação e mais renda no campo

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O projeto de incentivo ao cultivo de feijão em Marechal Cândido Rondon e microrregião está avançando a cada ano, segundo informa o representante da Associação de Produtores de Feijão, Pedro Hoppen. Conforme ele, nesta semana foi iniciada a colheita de feijão em propriedade localizada na linha Curvado, visando oferecer resultados que serão apresentados durante o Dia de Campo do Feijão, que acontecerá na próxima quarta-feira (19), em Novo Três Passos. O evento ocorrerá a partir das 14 horas, na propriedade de Darci Bach, e será voltado a agricultores, técnicos e engenheiros agrônomos. A promoção é uma parceria da associação de produtores com a Unioeste, Iapar, Emater e Prefeitura de Marechal Cândido Rondon.
Durante o evento, os participantes terão à disposição uma avaliação de produtividade, bem como explanações sobre custo de produção, qualidade de produto e mercado de feijão.
De acordo com Hoppen, o início da colheita apontou para uma produtividade de cerca de 70 sacas por alqueire. “Até o final esperamos superar a quantidade, que é considerada média para um ano de muita chuva”, comenta.
Atualmente, são produzidas em torno de duas mil sacas de feijão por safra em Marechal Rondon. “Já para viabilizarmos o projeto que temos para o município a meta é passar a produzir em torno de 20 mil sacas”, declara.
O volume de produção é considerado importante para viabilizar a manutenção de uma estrutura de recebimento e beneficiamento, que está sendo implantada em Novo Três Passos. O espaço já conta com uma máquina de separação de impurezas, conseguida com recursos obtidos a partir de emenda parlamentar. Segundo o produtor, a estrutura de secagem de grãos existente no condomínio da Linha Ajuricaba também se faz relevante por permitir a redução da umidade do grão quando a colheita ocorre em épocas de chuva. “Estamos animados com o projeto, pois percebemos que há muitas pessoas interessadas em plantar feijão no município na próxima safra, principalmente diante do custo de produção de outras culturas”, salienta Hoppen.

Rentabilidade
O produtor rondonense Darci Bach está entusiasmado com a lavoura localizada na Linha Bandeirantes. Ele cultivou feijão em aproximadamente 1,3 alqueire e tem expectativa de colher uma média de 80 sacas por alqueire. Ele espera vender cada saca por R$ 150 a R$ 180, comercialização considerada extremamente positiva, já que renderia um valor bruto mínimo de R$ 12 mil por alqueire.
Em comparação com o cultivo de milho safrinha, cuja lavoura ocupa 15 alqueires, Bach tem expectativa de colher em torno de 250 sacas por alqueire. Calculando que deve vender a cerca de R$ 20 a unidade, terá o valor bruto de cerca de R$ 5 mil por alqueire.
Diante da análise, o produtor pretende não só continuar plantando, mas já decidiu que vai ampliar a área destinada ao feijão. “No dia 20 de julho vou plantar mais feijão e estou programando para colhê-lo em outubro para poder plantar soja em seguida”, programa Bach.
A possibilidade de fazer três safras por área é outro ponto atrativo da cultura, cujo ciclo gira em torno de 90 dias. Também é apontada como uma alternativa para rotação de cultura. “Posso alternar feijão com mandioca e com trigo”, acrescenta o produtor.
Na visão dele, o Dia de Campo será um momento oportuno para que outros produtores da região conheçam o manejo, as variedades e tirem dúvidas sobre o cultivo de feijão.

Beneficiamento garante incremento de 30% no valor do produto

Como forma de estimular o cultivo de feijão, enfatizando a necessidade de qualidade de produto para comercialização, também está sendo montada nesta semana, na unidade de beneficiamento de Novo Três Passos, uma máquina de separação de grãos por cor.
O equipamento automatizado é de propriedade do empresário Mauro Zambiasi, que tem empresa do ramo de feijão no Rio Grande do Sul, a qual atua como intermediária na comercialização do produto. Ele está em Marechal Rondon para fazer a instalação e demonstração da máquina, que dá continuidade ao processo de pré-limpeza feito pelo equipamento que já estava instalado no local. “Enquanto a primeira separa grãos miúdos, quebrados e impurezas, a segunda máquina separa grãos de feijão preto e carioca”, explica.
Segundo ele, a implantação completa da unidade de beneficiamento é um passo importante para viabilizar o cultivo e escoamento da produção de feijão a um grupo maior de produtores, bem como para agregar valor à produção. “Para vender bem o produto é preciso tê-lo livre de impurezas para colocá-lo no mercado. Calculo que o produto beneficiado tenha um incremento de cerca de 30% no valor de venda”, justifica Zambiasi.

Capacidade
Por enquanto, a nova máquina está instalada no interior rondonense a título de demonstração. O investimento em um novo equipamento é estimado em aproximadamente R$ 115 mil, pois é necessário um modelo maior que o existente. “A capacidade de processamento da unidade de beneficiamento será de aproximadamente 150 sacas por hora. Assim, acredito que futuramente será possível beneficiar em torno de 800 ou até mil sacas por dia na unidade de Novo Três Passos”, projeta o empresário.
Ele lembra que o produto beneficiado também permite armazenagem, diferente da produção contendo impurezas e com alta umidade. “Além disso, os produtores podem guardar o produto para comercializar na hora mais oportuna”, indica Zambiasi.

Potencial
Por enquanto, a associação rondonense ainda não tem os recursos necessários para concluir a instalação da unidade de beneficiamento, mas há esforços para conquistá-los em nível federal de governo. Além disso, o empresário lembra que serão necessários investimentos privados. “Acreditamos que vai levar cerca de três anos para que a unidade esteja concluída, pois requer ainda um investimento aproximado de R$ 250 mil”, supõe.
O empresário está apostando em Marechal Rondon por acreditar no potencial produtivo local. “O produtor que investir em irrigação vai produzir ainda muito mais e melhor”, aponta.
Em relação a mercado, o gaúcho garante que existe grande demanda por feijão em todas as regiões do país. Quanto ao valor pago ao produtor, ele afirma que varia conforme as cotações de mercado, girando em torno de R$ 150 a R$ 230.

Fonte: O Presente

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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