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FecoAgro/RS confirma bom desempenho das cooperativas agropecuárias gaúchas

Para a entidade, com a melhora nos preços no segundo semestre, houve melhora na relação de troca para o produtor e cria expectativa positiva para 2020

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Cotricampo/Divulgação

As cooperativas agropecuárias gaúchas devem fechar 2019 com um faturamento próximo a R$ 25 bilhões, dando continuidade ao crescimento registrado entre 2016 e 2018. Apesar do momento tímido que a economia brasileira vive, o setor cooperativo continuou avançando em patamares superiores a outros segmentos do país e do Estado, e a expectativa é de que esse crescimento continue. O plano safra tem contribuído na estratégia de investimentos com juros e condições mais atrativas. As sucessivas safras boas desde 2013/2014, assim como preços favoráveis de alguns produtos, também têm ajudado a melhorar os níveis de faturamento do cooperativismo a cada ano.

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) aponta para este final de ano um cenário de estabilidade para o setor agrícola. A perspectiva é de uma safra normal com sustentabilidade de preços, mas ainda com a preocupação das constantes elevações dos custos de produção que o setor produtivo vem enfrentando nos últimos anos. Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, enquanto o PIB não der sinais de crescimento mais robusto, o setor cooperativo e seus associados buscam o aumento médio da produtividade no campo e nos empreendimentos que possam dar melhores respostas em resultados no final do exercício ou safra.

No Brasil, o crescimento da economia está sinalizando fechar 2019 com PIB de 1%, pouco acima do estimado de 0,9%. As projeções para 2020, por sua vez, indicam um crescimento de 2,24% no PIB. De acordo com Pires, o ideal para a retomada dos investimentos é um crescimento da ordem de 3% ao ano. Para o Rio Grande do Sul, deve se confirmar um aumento superior ao PIB nacional, podendo ficar acima de 2%. “O que se percebe é que o Estado ainda enfrenta problemas com as suas finanças e continua buscando saídas para a crise financeira. De outra parte, os setores econômicos estão realizando investimentos, como é o caso das cooperativas agropecuárias, aproveitando as oportunidades que se apresentam no mercado”, afirma.

Para 2020, a FecoAgro/RS acredita que a  produção agrícola será maior, caso as condições climáticas sejam favoráveis como nas últimas sete safras. Na opinião de Pires, o principal desafio para o setor cooperativo e para o agronegócio gaúcho e brasileiro, será  acompanhar as inovações no campo, principalmente no meio digital. “O momento é de expectativa por dias melhores para o ano que vem com a retomada econômica, aumento na busca por investimentos e maior demanda no mercado internacional por alimentos, principalmente a proteína animal”, observa.

As cooperativas agropecuárias acreditam na continuidade das reformas e sua implementação por serem importantes para a retomada do crescimento econômico do país e enfrentamento das deficiências em infraestrutura como estradas, portos, ferrovias, energia, logística, pesquisa, entre outras.  A solução para estas questões melhora a competitividade. Segundo o dirigente, o setor cooperativo agropecuário trabalha com diversidade de produtos, o que exige grande demanda por financiamento, devido à baixa rentabilidade e o elevado risco enfrentado. “Na média, o setor trabalha com margens estreitas que ficam entre 2% e 4% sobre o movimento econômico. Isso exige gestão eficiente para atender mais de 50% da produção agropecuária que passa pelas cooperativas gaúchas”.

O crescimento da atual safra de verão, comparando o volume de produção, foi de 2,4%, segundo dados do IBGE. A área plantada avançou em 1,81%, refletindo em maior ganho de produtividade. Por outro lado, o Valor Bruto de Produção (VBP) das principais culturas de verão foi de R$ 31,3 bilhões, significando um avanço de 4,1% em relação ao ciclo anterior. Já pelo lado das culturas de inverno, houve uma evolução na área plantada em 5,21%, em relação ao ano anterior, Os números de safra apontam para um volume de produção de 3,1 milhões de toneladas ante às 2,5 milhões de toneladas na temporada passada, o que representou um crescimento de 26% no volume de produção e de 31,9% no VBP.

Os custos da formação das lavouras, por sua vez, foram superiores a 5% em relação à  safra passada. Alguns produtos com preços menores têm pressionado os resultados de  culturas como o arroz e o trigo. Na pecuária, ao contrário, são observados crescimento para todos os segmentos de proteínas, dada a forte demanda da China por proteína animal, o que vem gerando um movimento de alta nos preços nos últimos meses. As cooperativas com plantas frigoríficas estão aproveitando esta oportunidade.

Fonte: Assessoria

Notícias

Brasil explora inovação agrícola na Coreia do Sul

Delegação visita LG e CJ Bio para conhecer tecnologias de bioinsumos e soluções sustentáveis que podem transformar o futuro do agro brasileiro.

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Foto; Divulgação/Mapa

Em missão oficial à Coreia do Sul, a delegação brasileira liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, realizou, na segunda-feira (24), visitas técnicas a fábricas e centros de pesquisa das empresas LG e CJ Bio.

A agenda teve como objetivo aprofundar a cooperação entre os dois países nas áreas de inovação em agrotóxicos, bioinsumos e tecnologias voltadas à agricultura sustentável, com foco no desenvolvimento de produtos mais modernos, seguros e eficientes.

Para o secretário Goulart, as visitas reforçam o interesse mútuo do Brasil e da República da Coreia em ampliar a parceria técnica e comercial no setor agropecuário. “A agricultura brasileira é baseada em inovação. Somos a potência que somos por conta da inovação. Por isso, estreitar relações entre os países é essencial para manter a competitividade do agro”, afirmou.

Compõem a delegação pelo Mapa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, e a coordenadora de Registro, Tatiane Nascimento. Pela Anvisa, participam a gerente-geral de Toxicologia, Cassia Fernandes, a gerente de Avaliação de Segurança Toxicológica, Marina Aguiar, o gerente de Produtos Equivalentes, Juliano Malty e a assessora da Terceira Diretoria, Letícia Filier.

Visita ao parque de inovações da LG

Na LG, a delegação conheceu a estrutura global do grupo, que atua em setores como eletrônicos, telecomunicações, química e soluções para agricultura. A empresa apresentou sua visão de gestão baseada em inovação, sustentabilidade e governança, além dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

A LG também destacou o papel da LG Chem e da FarmHannong, divisão agrícola líder na Coreia em proteção de cultivos, sementes e fertilizantes. A companhia reforçou o interesse em ampliar sua atuação no Brasil e dar continuidade às parcerias com o Mapa e a Anvisa.

CJ Bio apresenta avanços em biotecnologia e soluções sustentáveis

A delegação visitou ainda a CJ Bio, referência mundial em biotecnologia aplicada à agricultura, nutrição e biomateriais. A empresa apresentou seus laboratórios e plataformas de desenvolvimento de microrganismos, fermentação, purificação e produção de bioinsumos.

Foram demonstradas tecnologias voltadas à produção de inoculantes, pesticidas e bioestimulantes, com foco em soluções de baixo impacto ambiental, redução de emissões e recuperação de solos. A CJ Bio também reforçou o interesse em desenvolver produtos biológicos para soja, milho e outras culturas estratégicas para o Brasil.

Fonte: Assessoria Mapa
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Colunistas

Saiba por que fungos e nematoides seguem tirando bilhões do agro

Organismos invisíveis avançam silenciosamente sobre as raízes, derrubam a produtividade e já geram prejuízos acima de R$ 35 bilhões por ano, enquanto a biotecnologia ganha espaço no manejo.

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Foto: Shutterstock

No agronegócio brasileiro, algumas das maiores ameaças à produtividade estão escondidas sob os nossos pés. Fungos e nematoides do solo são organismos microscópicos que, muitas vezes, sem darem sinais aparentes, comprometem as raízes, reduzem a absorção de água e nutrientes e minam o vigor das plantas. Quando os sintomas se tornam visíveis, os prejuízos já estão instalados.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), doenças fúngicas radiculares, como as causadas por RhizoctoniaFusarium e Sclerotium, podem permanecer no solo por longos períodos graças às suas estruturas de resistência, dificultando o controle e impactando culturas como soja, milho, feijão e hortaliças.

Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.

Entre os inimigos invisíveis do solo, os nematoides ocupam lugar de destaque. Esses vermes microscópicos parasitam as raízes, formando galhas ou causando lesões que reduzem a eficiência do sistema radicular. Os reflexos são diretos: menor absorção de nutrientes, estresse hídrico precoce e queda na produtividade.

Pesquisas da Embrapa apontam que áreas infestadas por Pratylenchus brachyurus (nematoide das lesões radiculares) podem ter perdas médias de 21% na soja, o equivalente a 12 sacas por hectare. Além das evidências experimentais, estimativas da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que os prejuízos anuais no agro superam R$ 35 bilhões, sendo cerca de R$ 16,2 bilhões apenas na soja.

O desafio do manejo

O controle de nematoides e doenças fúngicas é particularmente complexo porque não existe uma solução única. A própria Embrapa recomenda o manejo integrado, combinando práticas, como rotação de culturas com espécies não hospedeiras, para reduzir a população de patógenos no solo; o uso de cultivares resistentes, quando disponíveis; adubação equilibrada e correção do solo, que fortalecem as defesas naturais da planta; e o controle biológico, por meio de microrganismos benéficos (bactérias e fungos), que competem com fungos patogênicos e estimulam o crescimento vegetal. Essas práticas, quando aplicadas em conjunto, aumentam a resiliência do sistema produtivo e reduzem a dependência exclusiva de defensivos químicos.

Biotecnologia como aliada

Foto: SAA SP

A biotecnologia vem se consolidando como parceira estratégica do produtor. O uso de bioinsumos, seja via aplicação direta ou tecnologia On Farm, permite ampliar populações de microrganismos benéficos e fortalecer a saúde do solo.

Já desde 2023, dados da Spark Inteligência Estratégica citados pela Embrapa, indicam que o uso de bionematicidas no Brasil ultrapassou o de nematicidas químicos em importantes culturas. Na soja, os produtos biológicos já representavam cerca de 94% do mercado de nematicidas, enquanto no milho esse índice chegava a 100%, consolidando a liderança dos biológicos no controle de nematoides.

Esse movimento continua se ampliando em outras cadeias produtivas. Levantamento da Kynetec mostra que, em 2024, mesmo com a retração de 18% no mercado de defensivos para cana-de-açúcar, os produtos de matriz biológica já respondiam por 7% do total financeiro do setor, com bionematicidas e bioinseticidas representando 75% desse segmento. Esses números confirmam que a biotecnologia deixou de ser apenas uma alternativa e passou a ocupar papel central nas estratégias de manejo do solo e de controle de nematoides no agronegócio brasileiro.

Quando adotamos práticas integradas e combinamos biotecnologia com as recomendações científicas, damos passos importantes para preservar a produtividade e a sustentabilidade do agro. Em um cenário de custos crescentes de insumos, pressão por sustentabilidade e exigência de maior eficiência, deixar de lado esses inimigos invisíveis também significa renunciar margens que fazem diferença no resultado da safra.

A boa notícia é que hoje temos conhecimento científico e tecnologias biológicas robustas para transformar esse desafio em oportunidade. O futuro do agronegócio passa pela capacidade de unir ciência, inovação e sustentabilidade. Não se trata apenas de controlar patógenos, mas de preservar o potencial produtivo de cada hectare, garantindo alimento de qualidade e competitividade para o Brasil no cenário global.

Fonte: Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.
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Notícias 02, 03 e 04 de dezembro

Dia de Campo da C.Vale estreia formato antecipado em dezembro

Mudança busca evitar conflito com a colheita de soja e reforça a participação dos produtores.

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Fotos: Divulgação/C.Vale

Para evitar a coincidência com o início da colheita de soja no Oeste do Paraná, a C.Vale decidiu antecipar seu principal evento técnico. A primeira edição do Dia de Campo no novo formato será realizada nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, no Campo Experimental da cooperativa, em Palotina (PR).

A programação inclui lançamentos de máquinas e implementos com condições diferenciadas de compra, além da apresentação de novilhas leiteiras, gado de corte, caprinos e ovinos. O evento também mostrará resultados de trabalhos técnicos conduzidos no local. Entre as novidades estão concurso de receitas, maior interação com o público, ações ampliadas das empresas parceiras e mais áreas de sombra para quem aguarda o deslocamento nos ônibus internos.

A edição realizada em janeiro de 2025 reuniu 12 mil visitantes nas proximidades do complexo agroindustrial da C.Vale.

Antecipação estratégica

A decisão de mudar o calendário para dezembro ocorreu porque o plantio mais cedo das lavouras vinha aproximando o início da colheita da soja do período tradicional do evento, em meados de janeiro. A sobreposição afetava a participação dos produtores, levando a cooperativa a estabelecer, a partir de 2025, a realização do Dia de Campo sempre no último mês do ano.

Raio X – Dia de Campo 2025/26

147 empresas participantes

45 cultivares de soja

58 híbridos de milho

16 cultivares de mandioca

65 parcelas de agroquímicos

17 parcelas de produtos biológicos

63 parcelas de programas nutricionais

17 parcelas com tratamento de sementes

14 parcelas de tecnologia de aplicação

16 espécies forrageiras

9 parcelas de plantas de cobertura de solo

4 instituições de pesquisa

1 instituição de ensino

4 instituições financeiras

Fonte: Assessoria C.Vale
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