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Notícias Modelo de propriedade rural

Fazenda Capão Redondo “acolhe” pesquisas científicas no Paraná

Por meio da cooperação com instituições de ensino, propriedade Capão Redondo tem áreas reservadas para experimentos de sistemas agrícolas sustentáveis.

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A Fazenda Capão Redondo, na região de Guarapuava (PR), é um modelo de propriedade rural com práticas sustentáveis na agricultura e na pecuária, entregando excelentes resultados em produtividade. Desde os anos 1990, a fazenda do produtor Rodolpho Werneck Botelho, também presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, disponibiliza áreas para o desenvolvimento de estudos e pesquisas em sistemas agropecuários mais sustentáveis. A empreitada começou com melhoramento de campo nativo, introdução de espécies e dessecação para melhoramento de pastagens e implantação do sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP).

“Na parceria público-privada, nós aplicamos o conhecimento na fazenda tentando mudar a situação padrão, sempre nos pilares da sustentabilidade: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. Quando o produtor começa a observar que está tendo vantagens, ele quer melhorar ainda mais”, conta Sebastião Brasil Lustosa, agrônomo e professor do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro).

“A nossa classe precisa ter essa determinação de ajudar a capacitar outros produtores. Levar tecnologia e informação é um dos pilares deste trabalho. Assistência técnica e consultoria são cada vez mais fundamentais”, complementa Botelho.

Sistemas integrados

Hoje, cerca de 300 hectares da Fazenda Capão Redondo são cedidos para pesquisas acadêmicas e experimentos. A maior área – 250 hectares – contempla um espaço para implementação de consórcio de milho com forrageiras. O trabalho começou em 2018, por demanda dos gerentes da propriedade, com teste inicial em 13 hectares. “Observamos respostas no sistema radicular, controle de plantas daninhas, produtividade. Nesse primeiro ano, o total da produção de matéria seca foi na ordem de 20 toneladas”, exemplifica Lustosa.

O presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, e o produtor Rodolpho Botelho – Fotos: Divulgação/Faep/Senar-PR

O capim aruana é utilizado para pastagem de verão, cultivado quase que simultaneamente com o milho. Os animais – com destaque para as raças Angus e Brangus – entram no pasto 20 dias após a colheita e permanecem até o início das geadas. Nesta safra de inverno, uma parte foi semeada com aveia (para pastejo) e outra, com trigo.

Esse, no entanto, é apenas um dos planejamentos da propriedade. A área é dividida em vários talhões, que passam por diferentes estratégias de consórcio. “Quanto maior a diversidade das espécies, melhor a sanidade das plantas”, afirma Botelho. Em alguns talhões, por exemplo, o capim aruana foi deixado como pastagem perene, apesar de a maior parte ser anual – a aveia é semeada sobre o capim aruana sem dessecação e, na sequência, entra a safra de verão. Ainda, no lugar do capim aruana, são feitas rotações com mix de cobertura (ervilhaca, nabo, aveia branca, aveia preta e centeio), feijão e trigo mourisco.

Entre os benefícios identificados, estão a redução do aparecimento de plantas daninhas, maior crescimento radicular das plantas, maior taxa de infiltração da água no solo e menor perda de solo por erosão. “A área onde teve pastejo produziu 40% a mais de raízes. Costumo dizer que o pastejo do gado é melhor que uma poda, tanto na produção de matéria seca quanto de raízes”, aponta Botelho.

Além das vantagens em termos de conservação de solo, a produtividade dos grãos de verão manteve-se praticamente a mesma que no plantio solitário – e até foi maior em alguns casos. O sistema também deixa os animais bem-preparados em uma época que costuma ser mais crítica, segundo Lustosa. “Há o adiantamento do ciclo de produção dos bovinos, que não têm restrição alimentar. Eles vão consumindo a biomassa do solo e transformando em carne”, diz.

Com esse sistema, o potencial de ganho médio de peso vivo do gado de corte na Capão Redondo é de até 1,4 mil quilos por hectare – apenas com rodízio de pastagens e sem uso de suplementos –, dez vezes mais que a média do Paraná. “Isso mostra que é possível fazer uma pecuária sustentável, mais intensiva e que gera recursos para o meio ambiente a partir da translocação de nutrientes”, garante o professor da Unicentro.

Além dos sistemas integrados, Botelho faz uso de fertilizantes orgânicos e pó de rocha para adubação, Manejo Integrado de Pragas (MIP) para controle biológico e correção de solo. Recentemente, a propriedade também passou a contar com produção on-farm de bioinsumos e introdução de eucaliptos em algumas áreas para Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

“Existe um futuro interessante para pó de rocha e fertilizantes orgânicos, ainda mais com os preços extremamente altos dos NPK. Mas essas técnicas não vão funcionar se o solo não for bem conservado. É preciso muito estudo e muito trabalho”, adverte Botelho. “São alternativas para uma agricultura mais sustentável e, principalmente, diminuir custos”, argumenta.

Pesquisas científicas

Em 2021, Botelho cedeu uma área de 25 hectares para o Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que faz parte da Aliança Sipa, que busca alternativas para a produção com a sustentabilidade ambiental. A iniciativa promove a cooperação entre os setores público-privado para pesquisas em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (Sipa), mais conhecido popularmente como Integração Lavoura Pecuária.

Lustosa é responsável pela coordenação da unidade Nita Guarapuava, que contempla a área da Fazenda Capão Redondo. Além de Unicentro e da UFPR, o trabalho conta com parcerias de outras instituições, como a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e Embrapa.

Este projeto do Nita foi concebido com quatro tratamentos: agricultura de verão e inverno; agricultura de verão/pastagem de inverno; agricultura de verão (milho + aruana)/pastagem de inverno/agricultura de verão (soja); e agricultura de verão (milho + aruana)/pastagem de inverno/pastagem de verão (aruana). Em todas as áreas, são avaliadas características como o crescimento das plantas, descompactação do solo, macro e microporosidade do solo, microbiologia do solo, dinâmica de carbono no solo, entre outros.

Além disso, dentro da área do Nita, são desenvolvidos projetos de mestrado e doutorado de acadêmicos das universidades envolvidas. “Estamos multiplicando conhecimento e criando uma base de dados para outros projetos de pesquisa e para os próprios produtores que se dispuserem a adotar as técnicas. Temos praticamente uma fundação de pesquisa em uma propriedade privada”, destaca Lustosa.

Segundo Botelho, a propriedade, que está na família há mais de dois séculos, está sempre de porteiras abertas para receber visitantes, acadêmicos, pesquisadores, técnicos ou produtores rurais. “O objetivo é aproximar o setor produtivo e a academia. Fazer com que o produtor se sinta confortável em trocar informações e que a universidade venha ao campo para entender as principais demandas”, avalia. “Tivemos acertos e erros, mas o que é importante é essa troca de conhecimento e essa capacitação de equipe, muitas vezes multidisciplinar”, conclui Botelho.

No restante da área da propriedade destinada à pesquisa, são realizados experimentos com adubação, espécies de plantas de cobertura, entre outras técnicas de manejo sustentável. Ainda, Botelho disponibiliza dois talhões da propriedade para um projeto da multinacional Bayer que mede sequestro de carbono. Os resultados dos experimentos realizados na Capão Redondo são divulgados em Dias de Campo e eventos técnicos, com apoio do Sistema Faep/Senar-PR, e nas próprias universidades

Fonte: Ascom Faep/Senar-PR

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Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba realiza primeira reunião

Objetivo foi a apresentação dos membros do Comitê Gestor e dos três Grupos de Trabalho.

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O Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba (CGPDA-Matopiba) realizou a 1ª reunião no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta semana. A reunião teve por objetivo a instalação do Comitê Gestor (CGPDA Matopiba) e foi conduzida pelo presidente e coordenador de Apoio às Superintendências, Oziel Oliveira, pelo vice-presidente e secretário-adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Pedro Neto, e pelo secretário-adjunto da Secretaria Executiva, Cleber Soares.

O PDA-Matopiba foi criado por meio do Decreto Nº 11.767 publicado em novembro de 2023. O Plano visa promover e coordenar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico, ambiental e social sustentável, fundado nas atividades agrícolas, pecuárias e agroindustriais que resultem na melhoria da qualidade de vida da população.

Presidente do Comitê, Oziel Oliveira: “A partir de agora, nós vamos ter uma responsabilidade de juntos com o Governo Federal, governos estaduais, municipais, entidades privadas e educacionais de desenvolver políticas públicas de logística, infraestrutura, educação e sustentabilidade para o Matopiba” – Fotos: Divulgação/Mapa 

O presidente do Comitê, Oziel Oliveira, destacou que esta região tem uma grande capacidade de produção e é uma das maiores áreas de extensão agrícola do país e que por meio do Plano os estados terão mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento do agronegócio. “A partir de agora, nós vamos ter uma responsabilidade de juntos com o Governo Federal, governos estaduais, municipais, entidades privadas e educacionais de desenvolver políticas públicas de logística, infraestrutura, educação e sustentabilidade para o Matopiba”, afirmou Oliveira.

O Comitê Gestor é formado pela Casa Civil da Presidência da República, pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por representantes dos estados e municípios da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí e por representantes do setor educacional, empresarial e entidades.

Na ocasião, foram apresentados os três Grupos de Trabalho (GT’s) para a criação do Plano Estratégico do PDA-Matopiba. O primeiro GT será de Ordenamento e Gestão Territorial que será coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); GT de Desenvolvimento Agropecuário que será coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia (Sema); e GT de Desenvolvimento Agroindustrial que será coordenado pela SDI/Mapa.

De acordo com a Portaria Mapa nº 33/2024, após a designação dos membros do CGPDA Matopiba, o Comitê tem 180 dias para a elaboração do desenvolvimento do Plano de Desenvolvimento Agropecuário e Agroindustrial do Matopiba.

Ainda durante o evento, e em homenagem ao mês das mulheres, o presidente do Comitê evidenciou o trabalho importante e a representação feminina no agronegócio. Estiveram presentes as produtoras rurais Ani Sanders e Rossana Aboud do estado do Piauí; Érika Santos, do estado do Maranhão; Katerine Rios do estado da Bahia; e a senadora pelo estado do Piauí, Jussara Lima.

Além disso, Oliveira destacou o papel delas na região do Matopiba e citou a produtora rural Lídia Souza que foi a primeira mulher a plantar soja no oeste da Bahia, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, em 1977. Durante a reunião, Lídia foi eleita presidente de honra do CGPDA Matopiba.

A próxima reunião ordinária do CGPDA irá acontecer no dia 24 de abril.

Região do Matopiba

A região do Matopiba abrange microrregiões geográficas localizadas nas áreas majoritariamente de cerrado na fronteira dos estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia. As primeiras sílabas de cada estado formam a palavra conhecida como Matopiba.

A região é formada pelo Norte e Nordeste dos estados de Maranhão (33%), Tocantins (38%), Piauí (11%) e Bahia (18%). É o 4º maior produtor de grãos do Brasil, com 5,9 milhões de habitantes.

Os quatro estados devem atingir uma produção de grãos de 48 milhões de toneladas nos próximos dez anos, alta de 37%, em uma área plantada de 11 milhões de hectares, em 2032/33. O crescimento da região deve ocorrer baseado na produtividade.

Nos últimos dez anos, a produção de grãos no Matopiba aumentou 92%, passando de 18 milhões de toneladas (safra 2013/14) para as atuais 35 milhões de toneladas.

Com 337 municípios, o Matopiba tem como principais produtores de grãos Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério, na Bahia; Balsas e Tasso Fragoso, no Maranhão; Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena e Uruçuí, no Piauí; e Campos Lindos, no Tocantins.

Fonte: Assessoria Mapa
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Deral divulga estimativa da safra de inverno no Paraná

Há previsão de retração na área das culturas de inverno no Estado. Informações estão na Previsão Subjetiva da Safra, relatório produzido pelo Departamento de Economia Rural da Seab.

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Foto: Gisele Barão/EPR

A área da segunda safra de feijão no Paraná no ciclo 2023/2024 atingiu um novo recorde para a época. A estimativa foi revisada em março para 391,4 mil hectares, 12% superior à projetada em fevereiro, de 348 mil hectares, e 33% maior do que a área semeada no ciclo 2022/2023, de 295 mil. As informações estão na Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada na última quarta-feira (27). O relatório é produzido pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O aumento na área consolida a preferência do plantio no verão em detrimento do plantio na primavera, quando agronomicamente a planta teria condições de responder melhor, mas acaba substituída pela soja. “Caso as condições climáticas continuem ajudando, a produção de feijão na segunda safra do Paraná pode chegar a 777 mil toneladas, ainda que existam riscos até a confirmação desta produção”, explica o agrônomo Carlos Hugo Godinho.

Outro destaque do relatório deste mês é a primeira estimativa para as culturas de inverno na safra 2023/24, e o Deral projeta uma retração na intenção de plantio. O aumento da área dedicada à segunda safra de grãos limitou a possibilidade de plantio a partir de abril, pois muitas áreas estarão ocupadas pelo feijão e pelo milho no período de semeadura do trigo.

Foto: Jaelson Lucas/AEN

A área está estimada em 1,17 milhão de hectares de trigo, 17% inferior aos 1,41 semeados em 2023. Canola, centeio, cevada e triticale também devem ocupar uma área menor. Além do avanço da segunda safra, também explicam essa redução a menor rentabilidade esperada pelos produtores comparativamente aos anos anteriores e a desmotivação ocasionada pela safra de 2023.

Com a entrada da safra de inverno, é possível estimar uma produção total de grãos de 41 milhões de toneladas no Paraná. “Esse volume já é 10% inferior ao colhido em 2022/23”, completa o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

Soja

O relatório mensal do Deral relativo a março de 2024 também revisou a área de soja. Espera-se que, ao final da safra, o Paraná colha 18,3 milhões de toneladas em 5,77 milhões de hectares. Este volume é 3,5 milhões de toneladas menor que a expectativa inicial para a safra, que era de 21,8 milhões de toneladas. A perda percentual no campo chega a 16%.

“Nesta semana a colheita chegou a 87% da área e as condições climáticas, no geral, estão favoráveis para avançar nos próximos dias”, diz o analista Edmar Gervásio. De acordo com ele, os preços se mantêm estáveis nos últimos três meses, com a saca de 60kg sendo comercializada entre R$ 103,00 e R$ 110,00.

Milho

A colheita da primeira safra de milho 23/24 chegou a 91% dos 297 mil hectares plantados nesta safra. A produção esperada é de 2,5 milhões de toneladas, com uma perda estimada no campo de 418 mil toneladas ou 14% a menos do que a expectativa inicial de produção.

Já o plantio da segunda safra do grão atingiu 99% dos 2,4 milhões de hectares esperados. A expectativa de produção para a safra é de 14,2 milhões de toneladas. “A produção foi

Foto: Fagner Almeida

revisada para baixo, pois os fatores climáticos como calor intenso e chuvas irregulares afetaram o desenvolvimento do milho e com isso já é possível apontar uma safra menor que a inicialmente esperada”, explica Gervásio.

Boletim Agropecuário

O Deral também divulgou hoje o Boletim de Conjuntura Agropecuária. Além da análise da produção de grãos, o boletim traz informações sobre a produção de tomate. Os números mostram que os cultivos da primeira safra, cujo plantio começou em agosto de 2023, estão com 91% da área de 2,4 mil hectares colhida.

De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, a produção estimada de 138,5 mil toneladas é 10,1% menor que as 154,1 mil projetadas na semeadura. O excesso de chuvas no início da primavera e os bolsões de calor intenso desde o início do ciclo dos plantios contribuíram para esta queda, repercutindo na qualidade do produto final e na volatilidade dos preços praticados.

O boletim também mostra dados sobre a produção de suínos e ovos no Paraná, com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e sobre leite.

Fonte: AEN-PR
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Prazo para o preenchimento da plataforma Contabilizando Resíduos é prorrogado até julho

Entidades privadas também ganharam mais tempo para apresentação de relatório sobre planejamento de logística reversa.

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Foto: Divulgação/AEN

O Governo do Paraná prorrogou por meio da Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 004/2024 publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (27) os prazos para o preenchimento da Plataforma Contabilizando Resíduos, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que se encerrariam domingo (31). Agora, municípios podem preencher o módulo de “Resíduos Sólidos Urbanos – RSU” até 31 de julho de 2024.

Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo também têm até 31 de julho de 2024 para apresentação, de forma individual ou coletiva, do Relatório Comprobatório dos Planos de Logística Reversa. Este relatório deve conter as informações e resultados, tendo como base o ano anterior (janeiro a dezembro) a fim de que seja avaliado e aprovado, e emitido documento que ateste sua aprovação pela Secretaria. A plataforma e os manuais de utilização podem ser acessados no site da Sedest.

O coordenador de Gestão Econômica e Territorial da Sedest, Filipe Dalboni, afirma que havia necessidade de prorrogar o prazo para garantir a qualidade dos dados recebidos. “Aumentamos o prazo para que tivéssemos tempo hábil de fornecer uma formação online para quem está com dificuldades de preenchimento da plataforma, a fim de que possamos obter dados mais fidedignos”, explica.

A formação online ainda não possui data marcada, mas está prevista para ocorrer ainda em abril e buscará trazer informações aos gestores municipais sobre o preenchimento adequado da Plataforma Contabilizando Resíduos – Módulo RSU. Os municípios serão informados do dia da formação por meio do Grupo R-20.

Outros prazos

Dentro deste contexto, a Sedest definiu 31 de outubro de 2024 como o prazo aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens pós-consumo sujeitos à logística reversa submeterem o Plano de Logística Reversa referente ao ano de 2025. A razão desta definição é garantir que os empreendimentos sujeitos à logística reversa entrem no ano de 2025 com seus planos devidamente aprovados.

Para aqueles que que iniciarem suas atividades entre 01/11/2024 e 31/12/2024, será admitida a apresentação de seus respectivos Planos de Logística Reversa dentro deste período.

Dalboni reiterou a importância de municípios e entidades privadas estarem em dia com os prazos legais de preenchimento da Plataforma. “Queremos que os municípios estejam em dia com suas obrigações referentes aos resíduos sólidos urbanos, e lembramos que as empresas que não enviarem suas comprovações poderão ter dificuldade em renovar algumas licenças”, pontua.

Sobre a plataforma

O Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos do Estado do Paraná, a plataforma digital Contabilizando Resíduos, é uma ferramenta de gestão e planejamento sobre os resíduos sólidos do Estado, a qual foi instituída pela Lei Estadual nº 20.607, de 10 de junho de 2021, e teve seus critérios e procedimentos regulamentados pelas Resoluções Conjuntas Sedest/IAT n° 20, de 20 de julho de 2021, e n° 22, de 28 de julho de 2021.

Fonte: AEN-PR
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