Notícias Em 2022
Faturamento da indústria de saúde animal deve crescer 10% no Brasil
Entidade realizou diversas ações que contribuíram com retomada da estabilidade. Setor deve alcançar faturamento de R$ 10 bilhões pela primeira vez na história.
O ano de 2022 foi repleto de desafios que acompanharam as dificuldades da adaptação ao “novo normal” na pós-pandemia. As indústrias tiveram de passar por diversas adaptações e não foi diferente em relação ao segmento de saúde animal. Apesar das adversidades observadas no período, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), há uma estimativa de crescimento de 10% no faturamento do setor neste ano, o que deve elevar as receitas das indústrias a um patamar superior a R$ 10 bilhões pela primeira vez na história.
Algumas questões macroeconômicas impostas pela pandemia, tais como a elevação dos custos dos insumos, considerando os ingredientes ativos, cotados em dólar, até itens menos visíveis aos consumidores, como o isopor, papelão, entre outros, exigiram que as indústrias se adequassem para que esse aumento não fosse repassado na integralidade aos consumidores.
De acordo com o vice-presidente executivo do Sindan, Emílio Salani, o crescimento do segmento está diretamente relacionado à questão da saúde animal, “importante tanto para a manutenção do bem-estar dos nossos pets, hoje considerados verdadeiros membros da família, quanto para manter a sanidade dos animais de produção e a qualidade das proteínas produzidas no Brasil”.
Foram diversos os esforços do Sindicato para contribuir de forma positiva com questões importantes para o desenvolvimento do setor, tais como a sustentabilidade na pecuária, a vacinação regular dos animais de companhia e de produção e o comprometimento com o mercado veterinário por meio da geração de informações relevantes e outras iniciativas voltadas ao bem-estar dos animais.
Outro destaque do ano foi o fortalecimento da campanha Olhos Abertos, que promove o combate à pirataria de medicamentos veterinários e, este ano, foi ampliada das redes sociais para todas as revendas localizadas no Brasil. A campanha deve ganhar ainda mais destaque em 2023, graças à parceria firmada com o Conselho Federal de Medicina Veterinária para a divulgação dos materiais junto aos seus associados.
“Os resultados foram muito além do que poderíamos esperar vivendo um cenário repleto de incertezas. Depois deste ano, temos ainda mais resiliência para seguir buscando o desenvolvimento sustentável do setor de saúde animal, o reconhecimento da sociedade e a melhoria dos negócios de todos os nossos associados”, conclui Salani.
Notícias Em São Paulo
Fiscalização do Mapa fecha fábrica clandestina de fertilizantes em São Roque
Empresa atuava sem registro junto ao Ministério, podendo causar prejuízo aos agricultores. 52,5 toneladas foram apreendidas.
Fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) fecharam uma fábrica clandestina de fertilizantes em São Roque, no interior de São Paulo. A operação ocorreu nos dias 8 e 9 de outubro, com a participação de fiscais da regional de Araraquara. A denúncia foi recebida pela equipe por meio da Ouvidoria do Ministério.
A fábrica não possuía registro de estabelecimento nem de produtos junto ao Mapa, não tinha licença ambiental para operar e não possuía equipamentos adequados para a produção de fertilizantes minerais mistos.
Diante dessas irregularidades, a fiscalização apreendeu 40 toneladas de fertilizantes a granel, usados como matéria-prima, 500 sacas de 25 quilos de produtos já embalados e prontos para comercialização, além de todo o estoque de embalagens e rótulos. A empresa foi interditada e tem um prazo de 30 dias para regularizar sua situação junto aos órgãos competentes.
De acordo com os fiscais do Mapa, além de embalar fertilizantes sem a devida habilitação, havia indícios de fraude, pois as embalagens indicavam se tratar de fertilizantes minerais mistos, quando, na realidade, o produto apreendido era fertilizante mineral simples.
Fertilizantes produzidos sem registro junto ao Mapa não são confiáveis e podem causar prejuízos aos agricultores por apresentarem formulações desequilibradas. Seu uso, como consequência, provoca desequilíbrio fisiológico das plantas. O fato de não ter licença ambiental também indica que a produção pode causar danos ao meio ambiente.
Os fiscais envolvidos com a ação se basearam na lei n. 14.515/22, no decreto federal 4.954/2004, alterado pelo decreto federal 8.384/2014, que regulamenta a lei 6.894 de 15 de dezembro de 1980, além da respectiva legislação complementar.
A Ouvidoria do Mapa funciona por meio da plataforma Fala BR, encontrada no site do Ministério. É um instrumento criado pela Controladoria Geral da União que serve para os clientes do Mapa fazerem denúncias, elogios, solicitações ou enviar sugestões – de forma anônima ou não. Essa ferramenta auxilia muito as ações de fiscalização.
Notícias
Colheita do trigo no Rio Grande do Sul deve superar 4 milhões de toneladas
Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta.
A expectativa para a safra 2023/2024 de trigo é de 4,2 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, em uma área plantada de 1,3 milhão de hectares. Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, esteve presente no ato, representando o governador Eduardo Leite.
O trigo é tradicionalmente a cultura de inverno mais semeada no Rio Grande do Sul. Em 2022, o Estado foi o maior produtor do Brasil, com uma produção histórica de 5,7 milhões de toneladas. Em 2023, o estado do Paraná, com 3,6 milhões de toneladas, superou a produção gaúcha de apenas 2,9 milhões de toneladas, devido ao clima adverso enfrentado no solo gaúcho.
O secretário da Agricultura destacou que Cruz Alta é um grande cenário da triticultura do Estado, com a Fenatrigo sendo realizada no município, e se destaca na produção do cereal. “Ano passado o plantio do trigo apresentou algumas dificuldades, depois de uma grande safra em 2022, e agora espera-se novamente uma boa safra com mais de 4 milhões de toneladas. O trigo é, numa rotação de cultura e plantio de inverno, o cereal mais plantado no Rio Grande do Sul”, afirmou.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), a moagem no Rio Grande do Sul chegou a 2,17 milhões de toneladas no ano de 2023 em 38 moinhos ativos (17% da moagem nacional).
A prefeita de Cruz Alta, Paula Librelotto, destacou o compromisso da gestão municipal com os produtores rurais. “Nosso papel é não atrapalhar quem produz e buscando melhorar as estradas rurais e a segurança rural. Seguiremos na defesa do que é mais precioso, que são as pessoas. Afinal, a comida que está na mesa da cidade vem das mãos de uma família do campo, que é forte e resiliente”, ressaltou.
Notícias Em São Paulo
Safra de trigo paulista será conhecida em última reunião da Câmara Setorial
Números da produção no estado serão apresentados no dia 17 de outubro, em Itaberá.
O setor triticultor paulista volta a se reunir no dia 17 de outubro, na cidade de Itaberá (SP) para conhecer os números da safra de trigo do estado na última reunião da Câmara Setorial de São Paulo. O evento será híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) e o presencial na Cooperativa Castrolanda – Entreposto Itaberá I, às 10h.
Segundo o presidente da Câmara, Nelson Montagna a colheita nos campos do estado já está quase finalizada e, com isso, os números do trigo paulista já estão mais definidos. “Até o momento, estamos com mais de 90% da colheita realizada, o que indica que a safra está praticamente concluída. Embora o início do plantio tenha sido marcado por dificuldades climáticas, como a seca entre abril e maio, o clima se estabilizou posteriormente, sem geadas ou chuvas excessivas, permitindo a normalização da safra”, afirma.
O volume de produção paulista será conhecido a partir do reporte das cooperativas do estado, que apresentaram os números registrados neste ano. Além disso, a reunião também contará com a apresentação do Risk Management Consultant de Trigo na StoneX Brasil, Jonathan Pinheiro, que apresentará a conjuntura mundial e nacional do trigo, além do representante da Cooperativa Castrolanda, Joany A. Simão, que falará da metodologia no beneficiamento de trigo. Montagna também fará uma breve apresentação dos resultados da pesquisa do volume e qualidade do trigo paulista.
“Esperamos uma safra maior do que a projetada na última reunião, quando ainda não tínhamos a certeza quanto ao desenvolvimento das lavouras e o comportamento do clima ao longo do ano. São Paulo tem um potencial muito positivo que indica o crescimento constante da produção do trigo. Essas reuniões auxiliam o setor como um todo a debater os desafios e, juntos, pensar em melhorias e oportunidades para garantir esse desenvolvimento”, finaliza Montagna.