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Fase de transição entre águas e seca é período de decisão para pecuaristas

Estratégias adotadas neste momento influenciarão todo o ciclo da atividade

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(Foto: Arquivo/OP)

A fase de transição entre as águas e a seca é um momento muito importante para a pecuária, já que é neste período que são tomadas decisões que influenciarão todo o ciclo da atividade.

Segundo o médico-veterinário e gerente de Tecnologia e Marketing da Connan, Marcio Bonin, a chave para conquistar bons resultados na pecuária é se planejar. O criador deve ter traçada a sua meta para o ano e, dessa forma, tomar as medidas necessárias de acordo com o objetivo de sua propriedade. “Não se decide no caminho aonde se quer chegar. Na atividade é importante que se tenha um objetivo definido e, a partir dele, se planejar”, destaca.

Por ser uma época de pouca chuva e, consequentemente, de queda na produção e na qualidade das forragens, alguns fatores estratégicos podem auxiliar o pecuarista no momento das decisões.

Para auxiliar neste processo, o médico-veterinário listou algumas dúvidas comuns dos criadores neste momento de transição e que serão fundamentas nas demais fases da pecuária.

Qual o momento certo para troca do suplemento de chuvas pelo de seca?

A decisão deve ser tomada durante o primeiro mês do outono. Do meio da estação para frente, a forragem apresenta grande queda de qualidade e, com a troca do suplemento, é possível voltar a embalar os animais e manter o ritmo de ganho de peso no período das águas.

“Decidindo pela troca nesta fase, o animal continua com bom ganho de peso, mesmo com a menor qualidade de forragem. Poucas fazendas adotam essa estratégia, de efetuar a troca com o pasto ainda verde. A maior parte dos pecuaristas opta pela mudança quando o pasto já está mais seco e com isso o animal desacelera muito o ganho de peso, o que leva a menores índices”, explica Bonin.

É viável suplementar na seca? Esse tratamento influencia no desempenho do animal no próximo período de chuvas?

“Com certeza”, ressalta o gerente. Segundo ele, o pecuarista que suplementa adequadamente consegue aproveitar melhor o início do período das águas.

“O animal que não recebe um suplemento adequado em proteína nesta época de seca acaba registrando uma mudança em seu metabolismo, pois a menor quantidade de comida ingerida obriga o organismo do bovino a se adaptar com uma ingestão menor de calorias por dia, o que ocasiona a redução geral do metabolismo”, explica.

Com essa redução do metabolismo, o animal chega na fase das águas com baixa capacidade de aproveitar o bom alimento e assim expressar o seu melhor potencial em ganho de peso. Desta forma existe um grande prejuízo para o pecuarista, pois o animal vai ganhar muito menos peso do que deveria na melhor fase das pastagens, atrasando o ciclo de produção e tornando mais caro o custo de produção da arroba.

“Por isso reforço a importância do planejamento da propriedade. Sabendo qual é a meta para o ano, fica mais fácil definir os investimentos para cada época. Com os objetivos bem determinados, o pecuarista pode investir melhor na suplementação nas águas e ser mais certeiro na escolha do suplemento que dará ao rebanho no período de seca”, destaca Bonin. 

Quanto devo investir na suplementação de seca e quais critérios devo seguir? 

Para responder esta questão é importante que se tenha o conhecimento do prazo de validade dos animais que estão na fazenda, ou seja, que se conheça a data para o abate, e com isso, definir o quanto investir com suplementação em cada fase.

Bonin ainda acrescenta que é importante conhecer as condições de pastagem da propriedade, para que o cálculo mostre o nível de consumo de suplemento que deve ser adquirido.

“Se a lição de casa foi bem feita no período das águas, o rebanho entrará bem nas secas, dessa forma o investimento em suplemento será mais leve. Mas se os animais não chegam em boas condições na fase com menos chuva, o pecuarista terá que desembolsar mais com suplementação”, pontua.

Será que minha fazenda vai suportar o rebanho atual durante todo o período de seca?

Para responder esta pergunta é necessário que o pecuarista conheça o quanto de pasto possui e quanto ele suportará em termos de quantidade de animais durante a seca. “Voltamos a falar sobre planejamento. O pecuarista que conhece a realidade de sua fazenda consegue ter mais certezas nos momentos de tomada de decisão. Só conhecendo o estoque de pastagem ele vai conseguir determinar se os pastos serão suficientes ou se será necessário partir para outras estratégias, como o confinamento ou mesmo se será necessário vender alguns animais”, enfatiza Bonin. 

Quando devo vedar as pastagens e qual o melhor capim para a seca?

A vedação de pastagem, que consiste em selecionar algumas áreas de pasto da fazenda e impedir, temporariamente, o acesso dos animais deve ser feita em até 60 dias antes do período de corte das chuvas. “É importante destacar que o período de vedação pode variar de acordo com as características de cada fazenda, mas o objetivo é acumular massa para consumo dos animais no período seco”, informa o médico-veterinário.

A escolha do tipo de pastagem depende da definição de qual categoria fará a sua utilização (cria, recria, engorda ou silagem). Outro fator importante é levar em consideração o clima da região e suas particularidades. No Brasil, a Brachiaria é o gênero mais comum e a que oferece mais condições de nutrição para o gado na seca, pois possui boa quantidade de folhas e menos talos.

Até quando consigo terminar a boiada a pasto? Como fazer e quais os principais cuidados? 

Segundo o gerente da Connan, se trabalhar o modelo convencional, com a nutrição da boiada com pasto e suplementação, pode iniciar a terminação dos animais até 90 dias antes do tradicional corte da chuvas.

Para estender a utilização das pastagens para terminação dos animais mesmo em período seco, recomenda-se a técnica da Terminação Intensiva a Pasto (TIP), um modelo vantajoso, pois dá previsibilidade de abate ao pecuarista, possibilitando que se desenvolva um programa nutricional tanto para as águas quanto para as secas, permitindo abater seus diversos lotes com maior homogeneidade. A TIP facilita também a extensão do prazo de abate sem a necessidade de se investir em uma estrutura de confinamento.

“Em ambos os casos é importante a escolha de um suplemento de qualidade e que acrescente nutrientes à alimentação da boiada”, acrescenta Bonin.

A Connan possui em seu portfólio o Termina-Fácil, um núcleo completo com minerais e proteínas, além de uma combinação de aditivos que devem ser misturados com farelos energéticos. Experimentos promovidos pela empresa, em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), mostraram que os animais ganharam mais peso e mais carcaça, apresentando rendimento de ganho em torno de 75%, ou seja, de cada kg de peso vivo ganho pelos animais, 750 g foi em carcaça.

“O tratamento dos animais com o Termina-Fácil permite a deposição de gordura de acabamento e aumento do ganho em carcaça em qualquer época do ano, sem a necessidade de fechar os animais em confinamento, oferecendo economia com uma tecnologia acessível aos pecuaristas”, finaliza Bonin. 

Fonte: Assessoria
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Prazo para atualização obrigatória de rebanhos começa em 1º de maio no Paraná

GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade – bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda.

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Foto: Arnaldo Alves/AEN

A Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2024 começa em 1º de maio e se estenderá até 30 de junho. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda. Aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda).

Os produtores podem fazer a atualização pelo aplicativo Paraná Agro (baixe aqui), pelo site da Adapar ou presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município. A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.

O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio do link www.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanho. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.

Segundo a Gerência de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e 192 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam, aproximadamente, 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.

Área livre

O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2022. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.

O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na OIE. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.

Fonte: AEN-PR
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2º Fórum Nacional do Leite chama atenção para diversidade da cadeia

Programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias.

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Giuliano De Luca/OP Rural

O 2º Fórum Nacional do Leite, em Brasília, se torna o ponto de encontro para uma conversa crucial sobre o futuro da indústria leiteira. Entre terça 16) e quarta-feira (17), a Embrapa abre suas portas para este evento que promete não apenas debater, mas ser um catalisador de respostas para uma transformação positiva no setor leiteiro brasileiro.

Apesar dos desafios enfrentados, o setor leiteiro continua sendo uma peça fundamental da economia, presente em mais de 90% dos municípios do Brasil e empregando milhões de pessoas. O leite, um alimento indispensável desde o nascimento, representa mais do que apenas um produto, é um símbolo da história e cultura alimentar.

A Abraleite, liderando o evento, espera reunir uma variedade de vozes, desde autoridades públicas até produtores locais, para discutir questões como sustentabilidade, gestão, mercado, pesquisa, inovação e comunicação. Maria Antonieta Guazzelli, diretora de Comunicação e Marketing da Abraleite, destaca o engajamento do setor, mesmo em tempos desafiadores.

Porém, a realidade dentro do setor é diversa e complexa. A heterogeneidade reina, desde o volume de produção até o acesso a tecnologias e assistência técnica. Como Maria Antonieta observa, os produtores são verdadeiros heróis, enfrentando uma batalha diária para manter suas operações funcionando.

O programa do fórum inclui palestras sobre temas importantes, como integração da produção de leite com a agricultura, comunicação eficaz, energia renovável e adoção de novas tecnologias. Mas, além das discussões, o verdadeiro objetivo do evento é destacar a necessidade premente de uma cadeia produtiva mais estruturada e uniforme. “A mensagem principal do evento é a necessidade urgente de uma cadeia mais estruturada, com homogeneidade na qualidade, custo e estabilidade da produção de leite. Somente dessa maneira estaremos fortalecidos para elevar o produto a patamares semelhantes ao de commodities como soja e café”, destaca.

Fonte: O Presente Rural
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Declaração de Rebanho 2024 começa nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul; saiba como fazer

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Prazo encerra em 14 de junho.

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Foto: Alf Ribeiro

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. “Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) do Rio Grande do Sul, Rosane Collares.

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros.

No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros.

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. O prazo  encerra em 14 de junho.

Fonte: Assessoria Seapi
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