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Farsul, Embrapa e ABPA avançam na discussão do projeto de desenvolvimento da agropecuária gaúcha

Objetivo do projeto Duas Safras é ajudar no crescimento e desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul

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Arquivo/OP Rural

O projeto para desenvolvimento da agropecuária gaúcha, uma parceria entre o sistema Farsul (Farsul, Senar-RS e Casa Rural), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Embrapa, deu mais um passo na quarta-feira (24) para sua efetivação. Em reunião virtual que agregou diversas organizações do agro gaúcho, como cooperativas, instituições de representação, empresas públicas de pesquisa e assistência técnica e da iniciativa privada, foram discutidas e apresentadas tecnologias para solucionar o problema que deu origem ao projeto: a escassez da oferta de milho para a indústria de proteína animal, obrigando a importação do produto e, consequentemente, aumentando os custos de produção. Em 2020 a defasagem entre a produção e o consumo de milho no RS foi próxima a 2,15 milhões de toneladas, com as importações do grão correspondendo, caso fosse cultivado no Estado, a uma área próxima a 380 mil hectares.

Essas soluções, apresentadas por quatro Unidades da Embrapa – Clima Temperado (Pelotas, RS), Pecuária Sul (Bagé, RS), Suínos e Aves (Concórdia, SC) e Trigo (Passo Fundo, RS) – vão desde a produção e oportunidades no uso de grãos alternativos ao milho, como cereais de inverno, e a potencialização de cereais de verão, como o próprio milho e arroz, até a integração sustentável da pecuária com lavouras e a intensificação da produção de forrageiras.

O objetivo do projeto Duas Safras é ajudar no crescimento e desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul, a partir da produção agrícola em duas safras e a sincronização entre produção agrícola e pecuária, de modo que o RS volte a crescer, no mínimo, às taxas médias do país em produção de proteína animal. “O desafio é não suprimir ou excluir qualquer grão, mas sim potencializar”, ponderou o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira.

O Rio Grande do Sul possui particularidades climáticas e geográficas dentro do seu próprio território, com potencialidades específicas da metade Sul, que historicamente tem foco na pecuária de corte, arroz irrigado e recentemente a soja, e da metade Norte, com destaque para as lavouras de grãos. No entanto, a safra está focada basicamente no verão, com potencial ainda a ser explorado no inverno. A metade Sul apresenta outra particularidade. Considerada uma nova fronteira agrícola, conta com forte expansão da cultura da soja, que começa a subtrair rapidamente os hectares da pecuária de corte, e por isso a necessidade de integração sustentável das atividades.

Confira algumas das propostas apresentadas como alternativas iniciais já disponíveis para atender os objetivos do projeto.

Cereais de inverno na produção de proteína animal

O analista da Embrapa Trigo, Giovani Faé, apresentou alternativas para o Estado chegar nas duas safras anuais de grãos, trabalhando com sistemas de produção complementares no inverno e verão. “O inverno é a maior fronteira agrícola do Rio Grande do Sul. Apenas 17% das áreas com cultivo de soja são utilizadas para produzir grãos no inverno. Precisamos equilibrar essa proporção”, afirma Faé. Com foco em substituir o milho na indústria de proteína animal, Faé apresentou os resultados de pesquisas que avaliam o uso de cereais de inverno na alimentação de suínos, aves e bovinos. “Pesquisadores da Embrapa Trigo e da Embrapa Suínos e Aves já estabeleceram indicadores agronômicos, econômicos e nutricionais em cereais como trigo, triticale e cevada, que foram disponibilizados ao setor produtivo e agroindustrial”, explicou ele, destacando que já estão previstos novos lançamentos em cultivares desenvolvidas para atender essa demanda de mercado. “Para manter a competitividade da produção de suínos e aves na Região Sul é preciso buscar alternativas de alimento e o RS tem espaço para produzir grãos com o melhor aproveitamento do inverno”, avalia a chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella.

Intensificação Sustentável da Pecuária

O pesquisador e supervisor do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, apresentou alternativas para intensificação sustentável da pecuária. O objetivo principal da proposta é avançar no aumento da capacidade de suporte e produtividade das pastagens, principalmente no período de verão, quando há o cultivo da soja. As ações foram divididas em quatro eixos: rotação de pastos de verão (anuais e perenes) com lavouras de verão; intensificação da produção forrageira dos sistemas pecuários; recuperação de áreas degradadas, principalmente, pelo capim-annoni; e planejamento forrageiro para ter pasto todo o ano, em sistemas integrados ou somente pecuários. Nesse contexto, diversas tecnologias já estão disponíveis, como, por exemplo, cultivares forrageiras adaptadas e produtivas, Método Integrado de Recuperação de Pastagens, aprimoramento dos sistemas de ILP e ILPF, e Pasto sobre Pasto, que trata do aumento da diversidade de plantas forrageiras de ciclos de produção diferentes em uma mesma área. “Temos as tecnologias, sabemos que isso funciona. Precisamos organizar as ações e amplificar isso para o Estado através dessa parceria”, ponderou Montardo.

Terras baixas

O pesquisador da Embrapa Clima Temperado Giovani Theisen destacou três tecnologias, focadas em terras baixas, que podem contribuir no contexto da demanda por milho. Inicialmente, citou o uso do arroz para a alimentação animal, aspecto que tem a vantagem de já se contar com o sistema de produção disponível; também apresentou o sistema sulco-camalhão, método de irrigação e drenagem que tem mostrado excelentes resultados, com alta produtividade, bom custo/benefício e área disponível para expansão; e por fim, o sistema de camalhões de base larga, que é um método simples e barato de drenagem, bem adaptado à integração lavoura-pecuária e ao plantio direto. O pesquisador ainda destacou algumas tecnologias transversais, que várias Unidades têm atuado e podem agir em conjunto nesse momento, como no caso dos sistemas de produção integrados, no manejo de pragas e na oferta do portifólio de forrageiras da Embrapa. “Aliado a isso, temos que pensar em treinamento, divulgações, e parcerias para amplificação dessas tecnologias”, disse.

Pela Embrapa, participaram da reunião, também, os chefes-gerais Fernando Flores Cardoso (Embrapa Pecuária Sul), Janice Zanella (Embrapa Suínos e Aves), Osvaldo Vasconcellos Vieira (Embrapa Trigo) e Roberto Pedroso (Embrapa Clima Temperado), além de outros representantes do corpo técnico das Unidades.

Ação

No encontro, ficaram elencados quatro temas a serem trabalhados dentro da ideia de respeitar as características geográficas e climáticas do Rio Grande do Sul: cereais de inverno, Integração Lavoura Pecuária, cereais de verão e qualidade dos grãos. Cada temática será trabalhada individualmente por um grupo formado por técnicos e pesquisadores dos participantes ao longo do mês do abril. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, reforçou que acredita no programa. “Quando tivermos todos os elementos na mão a ideia é utilizar fortemente o Senar-RS e Sindicatos Rurais na divulgação e qualificação. Não é um programa para este inverno. É só um começo, é um projeto para muitos anos. Um programa de curto, médio e longo prazo”, afirma.

Apoio do Senar e Sindicatos Rurais

O representante do Senar/RS, Eduardo Condorelli, já dispôs a instituição para assistência técnica e suporte à disseminação das informações do projeto aos produtores rurais gaúchos. “No que tange à possibilidade de passar esse conhecimento já acumulado pela Embrapa, a gente tem sim condições de multiplicar essas informações ao produtor na medida que nossos profissionais possam ser orientados”, disse. Os sindicatos rurais também devem ser estratégicos para a transferência das tecnologias.

Fonte: Embrapa

Notícias Fenagra 2024

Maior encontro da agroindústria Feed & Food acontece em São Paulo no mês de junho

Grandes players do setor de pet food, nutrição e reciclagem animal, graxaria, biodiesel, óleos e gorduras participam do evento, que conta também com a realização de congressos técnicos.

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Fotos: Divulgação/Fenagra

A Fenagra – principal Feira Internacional da Agroindústria Feed & Food, Tecnologia e Processamento na América Latina – retorna à cidade de São Paulo, conectando conhecimento e negócios em um só lugar. O evento que, a cada edição, supera a expectativa de expositores, congressistas e visitação, acontecerá dias 05 e 06 de junho, das 10 às 19 horas, no Centro de Convenções do novo Distrito Anhembi, em São Paulo.

Em sua 18ª edição, a Fenagra reunirá, em uma área de 11 mil metros quadrados, mais de 260 expositores, de 17 países, entre fabricantes de maquinários, matérias-primas, insumos, equipamentos para laboratórios e serviços, abrangendo os setores de Biodiesel, Frigoríficos e Graxarias, Nutrição Animal (pet food, Aqua Feed, Animal Feed – aves, suínos e bovinos), Óleos e Gorduras Vegetais, Grãos e Derivados.

A trajetória da feira deu início em 2006, com apenas oito estandes em um hotel na cidade de São Paulo. A cada edição, o evento foi ganhando notoriedade, com passagem pelo interior paulista, nas cidades de Ribeirão Preto, Valinhos e, depois, Campinas, onde foi realizada nos últimos anos, consagrando-se como o maior encontro do mercado de pet food, nutrição animal, reciclagem animal, graxaria, biodiesel, óleos e gorduras, para troca de informação, conhecimento, inovação, tecnologia e investimento.

“Em 2024, a Fenagra inicia uma nova etapa em sua história ao retornar à cidade de São Paulo, em um dos mais tradicionais pavilhões de exposição. Certamente, vamos superar os resultados do ano passado. A expectativa é receber mais de 7 mil visitantes e estima-se cerca de R$ 500 milhões em volume de negócios gerados durante os dois dias de evento”, declara Daniel Geraldes, Diretor da Editora Stilo e idealizador e responsável pela realização da Fenagra.

“A GL events está honrada em receber a Fenagra como primeiro evento a inaugurar o Centro de Convenções do novo Distrito Anhembi. É um marco histórico e memorável para a cidade. Estamos satisfeitos em entregar um novo espaço qualificado para receber diferentes tipos de eventos. O Anhembi é o espaço em que a cultura, a inovação e a diversidade se encontram”, diz Rodolfo Andrade, diretor do Distrito Anhembi.

Paralelamente à feira, acontecerão os tradicionais Congressos Técnicos, promovidos pelas próprias Associações dos setores que representam. Neste ano, serão 11 congressos, 156 palestrantes, vindos também do exterior, que devem atrair cerca de 3.000 participantes.

10º Clana

Pela primeira vez no evento será realizado o 10º Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal (Clana), um dos mais importantes eventos da América Latina, promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA). Esse Congresso acontece a cada quatro anos e, nesta edição, abrangerá o tema ‘Nutrição Animal: o caminho para uma produção competitiva’, incorporando três Congressos para as áreas de Aves, Suínos e Bovinos.

1º Fórum Biodiesel e Bioquerosene Tecnologia e Inovação

Outro destaque será o 1º Fórum Biodiesel e Bioquerosene Tecnologia e Inovação, realizado pela União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), que debaterá tecnologias, inovações, rotas, precificação, qualidade, novidades do mercado, investimentos, financiamentos e temas relacionados ao aproveitamento e eficiência energética.

Demais congressos

Ainda farão parte da programação o Congresso CBNA PET, o Congresso CBNA sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais, o Congresso CBNA Nutrologia, o Congresso Óleos & Gorduras, da SBOG (Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras), o Congresso Brasil Rendering, do Sincobesp (Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores e Subprodutos de Origem Animal), o 8° Diálogo Técnico – Setor de Reciclagem Animal, da ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o Congresso ABISA Sudeste, da Associação Brasileira de Produtos de Higiene & Limpeza e Afins.

Fonte: Assessoria Fenagra
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ABCS protocola ofício no Ministério da Agricultura com contribuição ao Plano Safra 2024/2025

Objetivo é garantir mais suporte ao suinocultor através de linhas de crédito adequadas à realidade dos custos.

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Presidente da ABCS, Marcelo Lopes: "Nossa expectativa é que o Ministério analise as demandas, que estão embasadas com os números do setor e atue para fornecer as condições de crédito favoráveis" - Foto: Divulgação/ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) protocolou, nesta semana, ofício no Ministério da Agricultura e Pecuária, destacando importantes contribuições para o Plano Safra 2024/2025. O documento aborda sugestões fundamentais para o setor suinícola brasileiro, como linha de retenção de matrizes com carência de dois anos e adequação do limite por beneficiário na linha Inovagro.

Em primeiro lugar, a ABCS reforça a necessidade de linhas de suporte específicas para o suinocultor independente. Este segmento enfrenta um cenário desafiador, mesmo com a redução de cotações de insumos desde o segundo semestre do ano anterior, o resultando em quase três anos consecutivos é de prejuízos com os preços comercializados.

Entre os pleitos, a entidade solicita uma linha de retenção de matrizes com carência de dois anos. A ABCS ressalta a complexidade e o longo ciclo de produção da suinocultura, que demanda cerca de 9 meses para se ajustar à demanda do mercado, desde a inseminação da matriz até o abate dos animais. Esta carência de dois anos é justificada pelo ciclo reprodutivo das matrizes, que permanecem em produção por cerca de 5 ciclos, totalizando aproximadamente 24 meses.

Outra demanda relevante é a adequação do limite por beneficiário na linha Inovagro. A ABCS enfatiza a necessidade de constantes investimentos em novas tecnologias para atender às exigências dos mercados consumidores e às normas vigentes, como a IN 113 de dezembro de 2020, que trata do bem-estar animal. No entanto, o limite atual por beneficiário está defasado em relação aos valores das tecnologias disponíveis no mercado, dificultando a contratação de crédito para essas adequações e até mesmo ampliação de granjas em projetos de integração.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, enfatizou a importância do pedido e a necessidade de suporte para os suinocultores brasileiros. “É fundamental que o MAPA compreenda a importância estratégica da suinocultura para a economia nacional e a segurança alimentar do país. Nossa expectativa é que o Ministério analise as demandas, que estão embasadas com os números do setor e atue para fornecer as condições de crédito favoráveis”, explicou.

Fonte: Assessoria ABCS
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Faesc alerta produtores sobre o Plano de Governo para renegociação de parcelas de operações de crédito rural

Além dos produtores de milho, o anúncio do plano para renegociação de parcelas de operações de crédito rural de investimento contempla produtores de soja, pecuária de corte e leite.

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Foto: Divulgação/CNA

O anúncio de que o plano do Governo Federal para renegociação de parcelas de operações de crédito rural de investimento aos produtores de soja, milho, pecuária bovina e leite deve sair nesta semana foi bem-recebido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). A informação foi transmitida pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A expectativa é de que o recurso dessa operação seja retirado da reserva para equalização de juros de novos financiamentos do Plano Safra 2024/25, que está previsto para o segundo semestre.

O ministro informou, ainda, que está tudo estruturado e depende apenas de um voto do Conselho Monetário Nacional (CMN), que não ocorreu na semana passada em razão da espera do resultado do Copom. O índice foi positivo e a taxa básica de juro caiu meio por cento, representando menos despesas de dinheiro público para rolar essa dívida.

O presidente da Faesc e vice-presidente de Finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, e o 1º vice-presidente de secretaria da Faesc, Enori Barbieri, pedem atenção aos produtores sobre a informação destacada pelo ministro em relação ao acesso à prorrogação. A rolagem das parcelas de investimentos é uma alternativa aos produtores que precisam de auxílio em situações de emergência. Para acessar esse benefício, é necessário apresentar o laudo técnico de perdas feito por um profissional da área, comprovantes da situação de emergência de sua cidade e de incapacidade financeira de saldarem seus débitos junto aos agentes financeiros.

Barbieri reforça que para renegociar as dívidas é fundamental que o produtor busque um profissional habilitado para fazer laudo técnico comprovando as perdas ou a dificuldade de comercialização. “Outra medida importante é solicitar junto a sua agência a prorrogação da parcela conforme previsto no MRC 2-6-4. Também é necessário comunicar ao agente financeiro, antes do vencimento da parcela, sobre as perdas de produção e sobre a dificuldade de honrar com seus compromissos”.

O vice-presidente da Faesc orienta, ainda, para que os produtores solicitem um decreto de emergência da Prefeitura confirmando os prejuízos provocados pelo clima. “Isso é essencial para negociar parcelas de dívidas junto ao agente financeiro”.

A Faesc e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vêm alertando há muito tempo sobre a importância da necessidade de prorrogação.

Fonte: Assessoria Faesc
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Imeve Suínos março

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