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Falta de sol pode paralisar o desenvolvimento do milho safrinha no Paraná

Quebra na produtividade está na faixa de 14% na Regional do Deral de Toledo. Cerca de 75% das lavouras estão na fase de frutificação e 25% em maturação

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Passada a fase de estiagem, foi a vez da chuva e agora do frio deixar os agricultores da região Oeste do Paraná apreensivos quanto ao desenvolvimento do milho safrinha. Isso porque uma quebra de 14% já está confirmada na área de abrangência do Departamento de Economia Rural (Deral) de Toledo, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, Jean Marie Ferrarini, o principal fator que causou esta quebra foi o período de estiagem que durou em torno de 40 dias no mês de abril, o que comprometeu o crescimento do milho safrinha. Ela menciona que neste momento a falta de sol pode ocasionar a paralisação do desenvolvimento da cultura, gerando uma nova redução na produtividade. “Com uma área de 423.325 hectares, a nossa previsão era colher 2,5 milhões de toneladas, o que foi revisado para 2,48 milhões de toneladas. As lavouras preenchidas com trigo somam 30.620 hectares e por enquanto não há estimativa de quebra por se tratar de uma cultura de inverno”, ressalta.

Em Marechal Rondon, 24,5 mil hectares estão cultivados com milho safrinha, cuja estimativa inicial era colher 5,8 mil toneladas, o que foi atualizado para próximo de cinco mil toneladas a partir da quebra preliminar de 14%. Apenas mil hectares estão ocupados por trigo, o que perfaz cerca de 4% da área.

Nova redução

Jean Marie adianta que o clima intercalado por chuva e frio vai resultar em uma nova redução de produtividade, porém, o índice será avaliado na época da colheita, que ocorrerá entre julho e agosto. “É imprevisível analisar o rendimento do milho safrinha durante o inverno. Neste momento não é mais nem tanto o frio, mas, sim, esse clima de falta de sol e nebulosidade que paralisa o desenvolvimento da cultura”, salienta. “Mais para frente vai dificultar um pouco o amadurecimento do grão, o que provavelmente vai gerar uma perda que será computada ao fim da colheita, que será concentrada em agosto”, esclarece.

Segundo ela, os 20 dias de atraso no plantio do milho, que em seguida foram marcados por muito sol e calor, contribuíram para um desenvolvimento um pouco mais rápido do que o esperado, podendo favorecer em parte no momento da colheita. “Entretanto, novas perdas possivelmente vão ocorrer em virtude de chuvas mais fortes, do milho que caiu e não reagiu, assim como de doenças observadas pela falta de sol e umidade”, menciona.

A especialista informa que em torno de 75% da cultura se encontra na fase de frutificação e 25% está em fase de maturação. “Este frio mais rigoroso se mostra prejudicial ao milho por se tratar de uma cultura de verão, mas pior do que o frio seria ficar chovendo e sem sol ou uma geada muito intensa. O ideal é que o sol reapareça já que na fase de frutificação e maturação não há mais necessidade de chuva, até porque no inverno tem umidade no ar, então é fundamental ter sol para concluir o desenvolvimento”, destaca.

Diminuição do potencial

De acordo com o engenheiro agrônomo Genésio Seidel, na área de atuação da Cooperativa Agroindustrial Copagril, igualmente a ampla maioria das lavouras cultivadas com milho safrinha estão na fase de frutificação devido ao atraso no plantio ocasionado pela primeira safra deste ano. “Muitas áreas foram semeadas no fim de fevereiro e nos primeiros dias de março, por isso estão em frutificação, no entanto, há lavouras na fase de maturação”, reforça.

Em relação à produtividade, ele pontua que há maior variação quando o milho safrinha é semeado no início do ano, pois entre janeiro e fevereiro os dias têm duração mais longa. “Aliado a isso, é necessário o produtor rural optar por materiais com potencial mais alto, diminuindo o risco de ser atingido pela geada e, consequentemente, ter melhor resultado na hora da colheita”, enaltece. “No fim de fevereiro os dias vão encurtando e o produtor diminui o investimento nessas áreas até por saber que o potencial reduz devido à época de plantio e do risco de geada, então alguns agricultores optam por materiais com potencial menor, diminuem a aplicação em adubação, de forma que a perda de potencial se apresenta natural quando existem essas condições”, complementa.

Diferenciais

Seidel pondera que, por outro lado, em visitas realizadas a campo são observadas lavouras com bom desempenho. “Nós verificamos diferenciais, como, por exemplo, no caso dos produtores que fizeram bom investimento e escolheram materiais com melhor potencial produtivo. Quem decidiu por uma adubação boa e que em algum momento fez cobertura com nitrogênio, ureia, sulfato de amônia, cuidou das doenças e aplicou fungicida, está com as lavouras em um estágio satisfatório”, pontua.

Ele comenta que, apesar do plantio tardio e mesmo com a diminuição, o potencial produtivo ainda é considerado bom. “Na seca havia uma expectativa de perda maior, mas o milho tem potencial de recuperação muito grande com as chuvas, então aquilo que se previa a campo não se constata em todos os locais”, enfatiza.

Paralisação

Inicialmente, foi a estiagem que teimava em encerrar. Depois, veio a chuva. Agora as temperaturas oscilando de amenas a frias, intercaladas com chuva, trazem à luz a possibilidade de redução no desenvolvimento da cultura. “A paralisação torna o ciclo do milho safrinha prolongado, de modo que o risco de perda existe, pois leva mais tempo para evoluir. Só a partir da colheita para saber se isso vai acontecer e avaliar quanto pode representar”, expõe Seidel.

Embora existam esses fatores como época do plantio, seca, chuva, frio e falta de sol, o agrônomo diz que ainda há expectativa de produções boas, o que deve variar de 200 a 250 sacas por alqueire dependendo do investimento do produtor. “O x da questão para o bom desempenho na produtividade está relacionado aos investimentos e cuidados do agricultor com a sua lavoura”, reforça.

Fonte: O Presente

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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