Conectado com

Notícias Opinião

Falta de armazenagem e a venda futura de grãos no Brasil

É preciso analisar a falta de investimentos em armazenagem, pois na maioria absoluta dos casos não há silos para que o produtor deposite seus grãos na hora da colheita

Publicado em

em

Divulgação

Artigo escrito por Cesar da Luz, CEO do Grupo Agro10, especialista em agronegócio

Ao considerarmos a relação entre a falta de estruturas de armazenagem e a venda futura de grãos no Brasil, finalizamos uma série de três artigos publicados desde o início deste ano abordando a necessidade que grande parte dos produtores rurais brasileiros tem de comercializar antecipadamente, parte ou toda sua produção futura de grãos.

O primeiro artigo, com o tema “Soja travada e a revisão da venda futura”, foi publicado em janeiro, em meio às discussões sobre a alta da cotação da soja na hora da entrega da produção do ciclo passado, em comparação com a cotação do produto no momento da venda. No ensaio, mencionamos a insatisfação dos produtores com o ocorrido na última safra pois a cotação da soja na hora da entrega estava praticamente o dobro do valor do produto no momento da venda, com a nítida necessidade de se praticar o equilíbrio nos contratos, algo que teve resistência dos compradores, o que era de se esperar.

No segundo artigo, publicado em maio, intitulado “Venda futura de soja não pode gerar dano ao produtor”, seu título já mostrava o que defendemos, e abordou outros pontos nessa relação entre o produtor e o mercado comprador, nem sempre salutar ao primeiro, pois basta uma rápida análise dos contratos que regem esse negócio, para se perceber que em sua maioria há cláusulas leoninas que favorecem apenas a quem compra, em enorme detrimento a quem vende. Em grande parte dos casos não há qualquer pagamento antecipado, sequer de partes do valor transacionado, ou seja, não se fomenta o produtor, que se obriga a usar recursos próprios ou obter financiamento, dando suas terras como garantias, para depois correr os riscos pertinentes à quem produz à mercê do fator climático e, na hora da colheita, não ter como obter nenhuma vantagem caso a cotação na hora da entrega seja maior do que a cotação do momento da venda. Resta ao produtor apenas fazer a tradição, até por força contratual, e entregar os grãos vendidos antecipadamente, sem que obtenha qualquer benefício extra, a não ser o de garantir que seja dada vasão à sua produção, tão logo ocorra a colheita.

O nosso foco é a necessidade de haver equilíbrio nesta relação entre o produtor de grãos e o mercado comprador, até porque o produtor se encontra no começo da cadeia e não consegue repassar qualquer alta nos custos de produção que vier a ocorrer na safra, como no ciclo produtivo de soja passado, em um quadro ainda mais agravado pela pandemia da Covid-19. Para quem se encontra próximo ao fim da cadeia produtiva, lhe resta a possibilidade de repassar a alta nos custos para os preços do varejo, caso específico do óleo da soja esmagada que agregou valor na industrialização do produto.

Em uma Agricultura de Precisão, enquanto sobra precisão no manejo da lavoura, falta na gestão financeira e administrativa das propriedades rurais, nas quais, boa parte dos produtores precisa dar mais atenção a esse negócio e se proteger melhor, de maneira a evitar que somente ele continue “pagando as contas”, enquanto as riquezas da sua atividade nem sempre acabam ficando na propriedade.

Nesse contexto, uma das razões que tem levado o produtor a se submeter e esse tipo de negociação desfavorável é justamente a falta de condições para investir no setor de armazenagem, pois na maioria absoluta dos casos não há silos para que o produtor deposite seus grãos na hora da colheita.

Ao fazermos essa relação direta entre “a falta de armazenagem e a venda futura de grãos”, apontamos para o grave problema da falta de estruturas de estocagem de grãos no Brasil, pois se discutir contratos de venda futura de grãos é mexer em um tema algo delicado, pois envolve diretos consolidados e jurisprudência estabelecida, e afinal, “cumpra-se o que está no contrato”, “honre a tradição”, “se deu a palavra, a cumpra”, em um ambiente baseado nos costumes de longa data e até mesmo em interesses de grandes grupos, é preciso, então, que se foque nas causas do que transformou uma medida garantidora de custos e de algum lucro ao produtor, além da vasão de sua produção, em mais um motivo de evasão de riquezas do campo.

A intenção é clara, que o produtor analise melhor, que questione os motivos de se ter instalado esse modelo de negócios no campo e, principalmente, o que levou à fragilidade do produtor nessa relação. Até nem se trata de se propor uma revisão contratual, mas de se estabelecer melhores condições no campo, investindo no aumento da capacidade de armazenagem. É disso que estamos falando!

A questão central da armazenagem já é tema de estudos por anos, a ponto de o atual Plano Safra, anunciado dia 22 de junho e que passou a vigorar no dia 1º de julho, ter destinado R$ 4,2 bilhões como linha de crédito do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Nesse sentido, vale destacar que ainda em 2013/14, a Associação Nacional dos Produtores de Soja, a Aprosoja, havia apontado para a necessidade de um crédito destinado à armazenagem à época em torno de R$ 3 bilhões.

Mesmo com os novos investimentos no setor, estima-se que a capacidade de armazenagem chegue a 61% da produção brasileira de grãos, ou seja, ainda insuficiente para resolver o déficit do Brasil quanto à estocagem dos grãos que a nação produz.

Segundo a Pesquisa de Estoques, divulgada no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capacidade de armazenamento agrícola no Brasil, no segundo semestre de 2020, foi de 176,3 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 0,1% em relação ao semestre anterior. Com os investimentos previstos, essa capacidade passará para 181,4 milhões em 2022. Mas a produção de grãos já está estimada em 294,6 milhões de toneladas. Portanto, teremos que conviver ainda por um bom tempo com esse gargalo que é um verdadeiro entrave a quem produz, sem ter onde armazenar seus grãos e esperar o melhor momento de comercialização.

A maior parte da armazenagem de grãos é feita em silos, que respondem por 49,5% da capacidade do país, e depois em armazéns graneleiros e granelizados, que respondem por 37,5% da armazenagem nacional. No semestre analisado pela pesquisa, o volume dos silos chegou a 87,3 milhões de toneladas, um aumento de apenas 0,6% em relação ao primeiro semestre de 2020.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis representam 13% da capacidade total de armazenagem nacional e somaram 22,9 milhões de toneladas, uma queda de 1,6% em relação ao primeiro semestre de 2020.

Entre os estados, Mato Grosso possui a maior capacidade de armazenagem do país, com 43,6 milhões de toneladas, sendo 58,8% do tipo graneleiros e 34% de silos. O Rio Grande do Sul conta com 32,7 milhões de toneladas de capacidade e o Paraná, 32,1 milhões.

É para esse ponto que o olhar do produtor deve se direcionar, afim de evitar que continue plantando sem ser fomentado por parceiros do mercado, ou seja, arcando com os custos de produção com recursos próprios ou mediante financiamentos que às vezes se tornam uma bola de neve e levam ao endividamento do produtor, algo comum no Brasil; correndo riscos durante a safra e na hora de comercializar sua produção, não conseguir obter as vantagens que o campo oportuniza. Precisão na Agricultura é ter esse olhar preciso também nos negócios do agro, após o bom manejo das lavouras e a produtividade que se atingiu no maior produtor mundial de soja que é o nosso País.

Fonte: Assessoria

Notícias

Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Continue Lendo

Notícias

Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

Publicado em

em

Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Continue Lendo

Notícias

Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

Publicado em

em

Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.