Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Safra 2021/2022

FAESP prevê crescimento da produção paulista de grãos

Projeção de crescimento foi de 0,75% em relação ao levantamento anterior da Conab e de 19,7% comparando-se com a safra passada.

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

As estimativas para a produção paulista de grãos foram elevadas, segundo o 5º Levantamento da Safra 2021/2022, realizada pela (Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e consolidada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).

Em relação ao 4º levantamento, houve um crescimento de 0,75% na projeção, que passou de 10,27 milhões de toneladas para 10,35 milhões de toneladas. Comparando-se com a safra passada, a estimativa subiu de 8,65 milhões para 10,3 milhões de toneladas, uma alta de 19,7%.

Fonte: Conab (2022). Elaboração: FAESP

A área cultivada deve ser 4,2% superior à da safra passada e o clima mais favorável tende a prover um ganho de 14,87% na produtividade, estimada para 4.140,14 kg/ha neste ciclo. “Apesar de termos dúvida se esse levantamento já capturou o impacto integral da seca na região oeste do Estado, os resultados mostram que a agricultura paulista permanece sólida. Independentemente da conjuntura econômica geral, o setor continua investindo, gerando renda e empregos”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.

Uma boa notícia é que a produção de milho safrinha, cultura mais atingida pelos eventos climáticos adversos da safra passada, sinaliza recuperação por meio da intenção de plantio dos agricultores. São estimadas 2,75 milhões de toneladas para este ciclo, um incremento de 92,7%. Já a área plantada tem um crescimento estimado de 4%, de modo que os resultados positivos decorrem do ganho de produtividade, estimado em 85,3%, equivalente a 4.818kg/ha.

Houve também um aumento de 1,35% nas previsões da soja, em comparação com o 4º levantamento. A projeção passou para 4,56 milhões de toneladas, uma alta de 6% em relação ao volume colhido na safra passada.

Para o arroz, a previsão sofreu leve aumento de 0,5% e agora são esperadas 39,8 mil toneladas, resultado equivalente ao ciclo anterior. Para os demais produtos, as projeções foram mantidas.

Brasil

O 5º Levantamento Safra 2021/2022 feito em todo o Brasil mostrou queda em relação a estimativa anterior, por conta dos impactos da escassez hídrica nas regiões Sul do país e Centro-Sul de Mato Grosso, principalmente sobre os cultivos de milho e soja.
Em comparação com o levantamento anterior, houve redução de 5,7% na estimativa para a produção de grãos. Ainda assim, a previsão de 268,2 milhões de toneladas para a safra 2021/2022 é 5% acima do volume colhido na temporada passada.
Em relação ao levantamento anterior, houve queda nas estimativas para os cultivos de amendoim, feijão e milho primeiras safras e para arroz e soja. A previsão para o amendoim é de uma produção de 690,8 mil toneladas (+17,4% frente aos resultados do ciclo anterior); para o feijão, de 935,5 mil toneladas (-4,2%); para o milho, de 24,4 milhões de toneladas (-1,2%); para o arroz, de 10,5 milhões de toneladas (-10,1%); e para a soja, de 125,47 milhões de toneladas (-9,2%).
O destaque positivo ficou para o algodão e para os cultivos de segunda safra, feijão e milho. A produção de caroço de algodão é avaliada em 3,95 milhões de toneladas, resultando em um incremento de 14,8% em comparação à safra anterior.
Para o feijão segunda safra, são estimadas 1,3 milhão de toneladas (+17,1%) e, para o milho safrinha, a projeção para a colheita é de 86,0 milhões de toneladas (+41,7%), sinalizando recuperação em relação aos baixos resultados da safra 2020/21, que foram causados por impactos climáticos. Ressalta-se, entretanto, que a lavoura de milho safrinha está sendo plantada e o rendimento dependerá do comportamento do clima durante o seu ciclo.

Fonte: FAESP

Colunistas

Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
Continue Lendo

Notícias

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Publicado em

em

Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
Continue Lendo

Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

Publicado em

em

Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
Continue Lendo
IFC

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.