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Faesp pede apoio aos governos federal e estadual para conter entrada da Influenza aviária em São Paulo
Avicultura paulista é a quarta atividade de maior importância no agronegócio do Estado, figura como a maior produtora de ovos comerciais do Brasil, sendo responsável por 29,6% da produção nacional.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) solicitou apoio aos governos estadual e federal para reforçar as medidas de prevenção à entrada da influenza aviária no território paulista. “Os recentes focos da doença reportados na América do Sul estão causando preocupação no setor produtivo. Afinal, trata-se de uma doença exótica no Brasil, uma enfermidade de alta patogenicidade e que, na ocorrência de um surto pode provocar danos significativos à agropecuária paulista e nacional”, alertou o presidente da Faesp, Fábio de Salles Meirelles.
A Faesp enviou ofícios na semana passada ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Henrique Baqueta Fávaro, e ao secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Julio Junqueira de Queiroz, nos quais descreve a ocorrência do surto de influenza aviária e a preocupação dos produtores.
O presidente da Federação ressaltou que a avicultura paulista é a quarta atividade de maior importância no agronegócio do Estado, bem como a maior produtora de ovos comerciais do Brasil, sendo responsável por 29,6% da produção nacional. “Devemos continuar zelando por nossa biosseguridade para manter o status sanitário e patrimônio avícola. Entretanto, em caso de ocorrência da enfermidade no Estado, precisamos estar igualmente preparados com os devidos planos de contingência para minimizar os impactos sanitários e econômicos associados”, destacou o presidente.
Meirelles ressaltou que, em recente publicação, a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) alerta para a detecção de surtos de gripe aviária em dez países da Região das Américas, sendo que três destes fazem fronteira com o Brasil. “A OPAS alerta também para a confirmação do primeiro caso de infecção humana de gripe aviária A(H5) na América do Sul. Estes fatos colocam os países da região em alerta máximo, com especial atenção para o Brasil, visto que o país é um dos principais produtores e exportadores de produtos avícolas no mundo”, completou o presidente.
Meirelles reiterou que a Federação está à disposição para atuar em parceria e levar informações e programas aos produtores rurais, “com vistas a preservar a avicultura paulista e brasileira”.
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Colheita do trigo no Rio Grande do Sul deve superar 4 milhões de toneladas
Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta.
A expectativa para a safra 2023/2024 de trigo é de 4,2 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, em uma área plantada de 1,3 milhão de hectares. Com esse clima de otimismo, a Colheita do Trigo foi aberta oficialmente no último sábado (12) no município de Cruz Alta. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, esteve presente no ato, representando o governador Eduardo Leite.
O trigo é tradicionalmente a cultura de inverno mais semeada no Rio Grande do Sul. Em 2022, o Estado foi o maior produtor do Brasil, com uma produção histórica de 5,7 milhões de toneladas. Em 2023, o estado do Paraná, com 3,6 milhões de toneladas, superou a produção gaúcha de apenas 2,9 milhões de toneladas, devido ao clima adverso enfrentado no solo gaúcho.
O secretário da Agricultura destacou que Cruz Alta é um grande cenário da triticultura do Estado, com a Fenatrigo sendo realizada no município, e se destaca na produção do cereal. “Ano passado o plantio do trigo apresentou algumas dificuldades, depois de uma grande safra em 2022, e agora espera-se novamente uma boa safra com mais de 4 milhões de toneladas. O trigo é, numa rotação de cultura e plantio de inverno, o cereal mais plantado no Rio Grande do Sul”, afirmou.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), a moagem no Rio Grande do Sul chegou a 2,17 milhões de toneladas no ano de 2023 em 38 moinhos ativos (17% da moagem nacional).
A prefeita de Cruz Alta, Paula Librelotto, destacou o compromisso da gestão municipal com os produtores rurais. “Nosso papel é não atrapalhar quem produz e buscando melhorar as estradas rurais e a segurança rural. Seguiremos na defesa do que é mais precioso, que são as pessoas. Afinal, a comida que está na mesa da cidade vem das mãos de uma família do campo, que é forte e resiliente”, ressaltou.
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Safra de trigo paulista será conhecida em última reunião da Câmara Setorial
Números da produção no estado serão apresentados no dia 17 de outubro, em Itaberá.
O setor triticultor paulista volta a se reunir no dia 17 de outubro, na cidade de Itaberá (SP) para conhecer os números da safra de trigo do estado na última reunião da Câmara Setorial de São Paulo. O evento será híbrido, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo) e o presencial na Cooperativa Castrolanda – Entreposto Itaberá I, às 10h.
Segundo o presidente da Câmara, Nelson Montagna a colheita nos campos do estado já está quase finalizada e, com isso, os números do trigo paulista já estão mais definidos. “Até o momento, estamos com mais de 90% da colheita realizada, o que indica que a safra está praticamente concluída. Embora o início do plantio tenha sido marcado por dificuldades climáticas, como a seca entre abril e maio, o clima se estabilizou posteriormente, sem geadas ou chuvas excessivas, permitindo a normalização da safra”, afirma.
O volume de produção paulista será conhecido a partir do reporte das cooperativas do estado, que apresentaram os números registrados neste ano. Além disso, a reunião também contará com a apresentação do Risk Management Consultant de Trigo na StoneX Brasil, Jonathan Pinheiro, que apresentará a conjuntura mundial e nacional do trigo, além do representante da Cooperativa Castrolanda, Joany A. Simão, que falará da metodologia no beneficiamento de trigo. Montagna também fará uma breve apresentação dos resultados da pesquisa do volume e qualidade do trigo paulista.
“Esperamos uma safra maior do que a projetada na última reunião, quando ainda não tínhamos a certeza quanto ao desenvolvimento das lavouras e o comportamento do clima ao longo do ano. São Paulo tem um potencial muito positivo que indica o crescimento constante da produção do trigo. Essas reuniões auxiliam o setor como um todo a debater os desafios e, juntos, pensar em melhorias e oportunidades para garantir esse desenvolvimento”, finaliza Montagna.
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Plano ABC+RS é apresentado durante Simpósio Gaúcho sobre mudanças climáticas
O Plano ABC é a grande política pública que existe no setor agropecuário para mitigação de emissão dos gases do efeito estufa (GEE) e para adaptação às mudanças climáticas.
As contribuições do Plano ABC+RS para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas no setor agropecuário foi o tema de apresentação realizada pelo coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano, Jackson Brilhante, na última sexta-feira (11), durante o Simpósio Gaúcho sobre os Impactos das Mudanças Climáticas na Agricultura.
“O Plano ABC é a grande política pública que existe no setor agropecuário para mitigação de emissão dos gases do efeito estufa (GEE) e para adaptação às mudanças climáticas. Já tem 14 anos de vigência no Brasil e, em sua primeira etapa, de 2010 a 2020, superou em muito as metas de adoção de tecnologias mitigadoras: foram 50 milhões de hectares no país, diante da meta de 30 milhões de hectares”, destacou Jackson. As tecnologias do plano em sua primeira etapa foram o sistema de plantio direto, sistemas de integração, recuperação de pastagens degradadas, florestas plantadas, bioinsumos e manejos de resíduo animal.
O ABC+, segunda etapa do plano que cobre o período de 2022 a 2030, incluiu duas novas tecnologias às demais: terminação intensiva e irrigação. “O foco dessa segunda etapa está mais voltado à adaptação, sem esquecer a mitigação da emissão de GEE. Os fenômenos climáticos vêm acontecendo numa maior frequência e temos que ter sistemas produtivos mais adaptados e resilientes”, complementou o coordenador.
Cada estado elabora planos locais, que convergem ao Plano Nacional. O Rio Grande do Sul, terceiro estado do país a ter metas definidas para o ABC+, apresentou seu plano em 2023, durante o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas.
Entre as metas estipuladas e monitoradas pelo estado para a segunda etapa do ABC+, Jackson destaca a meta para sistemas irrigados, para ampliação em 216 mil hectares de áreas irrigadas até 2030. “Graças às políticas públicas do Rio Grande do Sul para subvenção de projetos de irrigação, muito em função das três estiagens consecutivas que tivemos nos últimos anos, já atingimos mais de 50% dessa meta. Com certa tranquilidade, o estado deve atingir ou até mesmo superá-la até 2030”, avaliou.
RenovAgro
O coordenador apresentou um instrumento financeiro vinculado ao ABC+, oferecido por meio do Plano Safra, que é a linha de crédito chamada RenovAgro. “No Plano Safra 2024-25, para essa linha, foi disponibilizado para todo o Brasil R$ 7,68 bilhões em crédito a juros mais baixos, de 7 a 8,5%, justamente para promover a adoção dessas tecnologias. Além dos juros, essa linha de crédito disponibiliza até R$ 5 milhões por beneficiário, com prazo de carência de até oito anos e prazo para pagamento de até 12 anos”, informou.
Conforme Jackson, o Rio Grande do Sul tem uma participação importante junto ao RenovAgro, tomando de 8 a 10% do volume de crédito disponibilizado pelo Plano Safra para essa linha. “Esse instrumento pode ser aperfeiçoado, para que mais produtores possam acessar. Principalmente, aumentar o volume de recursos, pois a demanda nesta linha é muito alta”, alertou.