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Notícias Levantamento de danos e perdas

FAESP orienta produtores paulistas que foram afetados pelas chuvas

Segundo o presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles, serão reunidos subsídios para verificar a possibilidade de prorrogação ou criação de linhas de crédito emergenciais.

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A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) está orientando os produtores paulistas que foram afetados pelas chuvas das últimas semanas a buscarem os Sindicados Rurais dos seus municípios para relatarem os danos e perdas individuais nas propriedades.

“Esse levantamento das informações, em parceria com o trabalho de campo realizado pelas Casas de Agricultura, irá contribuir para reunir os subsídios necessários para a FAESP elaborar as demandas e verificar a viabilidade de criação ou ampliação de linhas de crédito emergenciais para recuperação da estrutura produtiva e manutenção das atividades”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.

De acordo com Meirelles, o Sindicato Rural também poderá orientar os produtores quanto à prorrogação das operações de crédito, acesso ao Programa de Garantia a Atividade Agropecuária (Proagro) e à cobertura do seguro rural.

Em vista da extensão dos danos apurados no município e extensões de base, a FAESP recomenda ainda que o Sindicato Rural procure a Prefeitura para solicitar a decretação de situação de emergência. “Essa medida é primordial, pois ajudará os produtores em seus pedidos de prorrogação dos contratos de financiamento e poderá viabilizar o acesso a eventuais medidas de apoio publicadas pelo governo federal”, afirma Meirelles.

“Outras propostas podem surgir nessa aproximação com a prefeitura, como a elaboração de um plano emergencial para recuperação das estradas vicinais, reconstrução de pontes e a realização de obras de desassoreamento de córregos e rios”, complementa.

Para os produtores que têm quebra de safra consolidada, a FAESP está compartilhando as seguintes orientações gerais a serem repassadas pelos Sindicatos Rurais:

1 – Produtores que possuem financiamentos de investimento ou custeio em aberto e que terão dificuldade para cumprir com o pagamento, devem formalizar imediatamente a intenção de prorrogar os contratos, antes do vencimento da operação, junto ao banco, com base no Manual de Crédito Rural 2.6.4. Os pedidos devem estar acompanhados de laudo técnico, fotos datadas, eventual decreto de situação de emergência ou calamidade pública que possa auxiliar na comprovação das perdas, além de planilha contendo o demonstrativo de capacidade de pagamento do produtor. A FAESP disponibiliza aos produtores rurais interessados os modelos para solicitação de prorrogação de débito. Com o pedido e a comunicação dos danos ao agente financeiro, deve ser agendada vistoria técnica para a constatação das perdas e complementação do laudo e demais documentos necessários.

2 – No caso de operações de crédito com cobertura pelo Proagro e Proagro Mais, os produtores devem comunicar imediatamente as perdas aos agentes financiadores e colocar suas propriedades à disposição para vistoria de comprovação de perdas, a fim de acionar esse dispositivo contratual. A comunicação fora do prazo implica a perda de direito de cobertura.

3 – Produtores que comercializaram sua safra futura e, eventualmente, não consigam cumprir com o contrato, recomenda-se diálogo com a parte compradora, a fim de buscar entendimento, em conformidade com os instrumentos pactuados. “O Departamento Jurídico da FAESP está à disposição para prestar assessoria técnica, mediante consulta e apresentação dos contratos”, ressalta Meirelles.

4 – Já os produtores que dispõem de seguro rural devem acionar imediatamente a seguradora para comunicar o sinistro e solicitar a vistoria no local. A não comunicação do sinistro no prazo devido pode implicar a perda do direito de indenização.

5 – Adicionalmente, para minimizar os possíveis danos e perdas provocadas pelas chuvas anuais de verão e eventos climáticos adversos futuros, é importante que os produtores busquem orientação técnica na CATI/SAA-SP e capacitação por meio do SENAR-SP, a fim de aprimorar as estratégicas de gestão de riscos e dos processos produtivos, administrativos, comerciais e ambientais de sua propriedade rural”, ressalta o presidente da FAESP/SENAR-SP.

Perdas

A FAESP realizou uma análise preliminar, a partir de um levantamento junto aos Sindicatos Rurais, dos danos e perdas prováveis na produção agropecuária das regiões do Alto Tietê e Vale do Paraíba, cujos municípios foram afetados pelas chuvas excessivas e constantes das últimas semanas.

Foi apurado que o excesso de chuvas prejudicou a colheita, o transporte e a qualidade, principalmente, das hortaliças e folhosas em geral, por contemplar culturas perecíveis e de elevada sensibilidade, além de perdas reportadas na produção do leite.

De uma maneira geral, o solo encharcado e a elevada umidade têm dificultado a locomoção de máquinas, veículos e de trabalhadores para a execução de operações agrícolas (plantio, manejo de pragas, colheita) e comerciais. Muitas estradas vicinais e caminhos internos nas propriedades rurais sofreram estragos pelas chuvas, comprometendo a infraestrutura e em alguns casos até mesmo inviabilizando o escoamento dos produtos e insumos.

Além disso, devido a incidência de doenças e pragas que são favorecidas pelo excesso de umidade, a qualidade dos produtos foi afetada e o custo de manutenção das lavouras tende a aumentar.

Pecuária de leite

No caso da pecuária de leite, embora não haja inicialmente relatos de maiores perdas de produção em Cruzeiro e Pindamonhangaba, as chuvas excessivas no Vale do Paraíba têm dificultado a colheita de milho para produção de silagem, o que irá impactar na qualidade e produtividade da silagem. Os produtores relataram ainda danos diversos na infraestrutura e nas instalações das propriedades. Estima-se um universo de 100 produtores afetados em Pindamonhangaba.

Em Guaratinguetá, a dimensão exata ainda está sendo avaliada, mas os primeiros registros apontam perdas de até 10% na produção de leite. As fortes chuvas provocaram interrupção no fornecimento de energia elétrica, afetando a ordenha e o resfriamento do leite. Além disso, muitas estradas vicinais ficaram intransitáveis em algumas localidades, prejudicando ou mesmo inviabilizando o transporte do leite.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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