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Faesc: 70 anos de proteção da agricultura catarinense

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) completa em 24 de março, 70 anos de fundação e defesa do setor primário barriga-verde

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Lutar por um modelo de proteção e apoio à agricultura semelhante aos países desenvolvidos é uma das inspirações do presidente da mais importante entidade do agronegócio catarinense – a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) – que completa em 24 de março  70 anos de fundação e defesa do setor primário barriga-verde.

José Zeferino Pedrozo comanda uma instituição que congrega 98 Sindicatos Rurais ativos filiados, os quais representam 40 mil produtores da categoria econômica rural. Todos os 295 catarinenses recebem ações de Sindicato e/ou do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC).

Qual o papel que a Faesc cumpriu nesses 70 anos?

José Zeferino Pedrozo  – Em face da natureza da atividade agrícola e pecuária, nosso principal papel foi a defesa política do setor primário da economia barriga-verde e a proteção econômica da classe rural.

Qual seria a situação ideal de apoio do Estado e da sociedade para a agricultura brasileira que a Faesc defende?

Pedrozo – Seria a adoção de um modelo de apoio e proteção semelhante aos países desenvolvidos, onde os artifícios utilizados para assegurar a atividade rentável vão muito além dos subsídios. Nesses países existe uma política com tratamento diferenciado para o setor primário, sob vários outros aspectos. Nestas políticas encontramos impostos menores ou a sua completa isenção, créditos de custeio e investimentos sem limites e com juros compatíveis, decisivos investimentos em infraestrutura de transportes, armazenagem e beneficiamento, atrativos financeiros para investimentos em pesquisa e extensão rural, além de adequados mecanismos de comercialização. As políticas de apoio ao emprego de tecnologia e sustentação de renda praticadas são estáveis, isto é, são conhecidas no longo prazo, o que permite aos produtores planejar suas atividades.

Qual é a real importância social e econômica da agricultura para a sociedade contemporânea?

Pedrozo –  É imensa. Veja que o sucesso das safras agrícolas e a abundante oferta de alimentos foram determinantes para a baixa taxa de inflação que a economia brasileira registrou em 2017. Ao gerar os principais itens da alimentação humana – grãos, leite, frutas e carnes – em volume suficiente para saciar a população, o setor primário brasileiro criou condições macroeconômicas de controle da inflação. Está aí um dos fatores que exaltam a enorme importância da agricultura: alimento barato (abundante) torna a vida das famílias melhor e anima a economia; alimento caro (escasso) gera fome e tensão social, além de desorganizar a economia. Além desse aspecto, a agricultura ainda gera superávits de quase 100 bilhões de dólares na balança comercial, tornando superavitárias as operações do Brasil no comercio exterior. Não fossem as exportações do agronegócio, o saldo das exportações e importações seria deficitário para o País.

Quais são as principais preocupações do produtor rural e do empresário rural, atualmente?

Pedrozo – A evolução resultante da introdução de técnicas aprimoradas, a ausência de salvaguardas contra os subsídios externos, o excessivo liberalismo nas importações, os custos internos e a falta de mecanismos eficientes de apoio ao beneficiamento e à comercialização da produção, somada a um conjunto de outros fatores. Esta situação coloca a produção nacional em desvantagem no concorrido mercado agrícola, com consequências negativas no nível interno de renda e de emprego.

Quais as alternativas para aumento da renda rural?

Pedrozo – Perseverar na capacitação do produtor rural, tarefa que o Senar/SC vem realizando com muito sucesso, ao lado das cooperativas, agroindústrias e outros parceiros; e manter a diversificação de atividades, buscando em todas elas o aumento da produtividade.

Quais os problemas que dificultam o desenvolvimento rural?

Pedrozo – No Brasil e no mundo inteiro, a agricultura é um segmento fragilizado que requer proteção política, econômica e institucional. Em nosso País o setor tornou-se competitivo e conquistou mercados importantes, mas, mesmo assim, requer proteção porque sofre concorrência desleal de outros países que gastam bilhões de dólares em subsídios aos seus agricultores.

Quais são as principais reivindicações da agricultura catarinense?

Pedrozo – O produtor rural quer preço justo para sua produção. Para isso, precisamos trabalhar em duas pontas. Em uma extremidade, ajudá-lo a ser eficiente e competitivo e, para isso, são necessários recursos financeiros das linhas de crédito rural suficientes e no prazo certo, assistência técnica de qualidade, programas de estímulo, tipo troca-troca de sementes, etc. Nesse aspecto, os juros cobrados no Brasil são absurdamente elevados e insuportáveis. De outro lado, precisamos aperfeiçoar os mecanismos de comercialização e de intervenção no mercado, missão que as cooperativas perseguem incessantemente.

Fonte: Assessoria

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Lar Cooperativa lança o programa Jovem Aprendiz Agro

Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar.

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Fotos: Divulgação/Lar

Foi lançado na última quarta-feira (17), o programa Jovem Aprendiz Agro, uma iniciativa idealizada pela Lar Cooperativa destinada exclusivamente para filhos de associados. Um projeto inédito, moldado por vários profissionais com o objetivo de desenvolver habilidades dos jovens, fortalecer laços e promover a sucessão familiar. Uma reunião, com pais e os primeiros 30 jovens selecionados, marcou o lançamento do programa.

“A Lar tem o dever de proporcionar o caminho da educação aos seus associados e funcionários e com esse programa, cumprimos com a legislação brasileira e ao mesmo tempo com o nosso papel de ser uma cooperativa educadora. Uma iniciativa que partiu da Cooperativa, foi aprovada no Ministério do Trabalho e tem tudo para ser um sucesso”, destacou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues em sua fala aos pais e jovens presentes.

Nesta primeira etapa, as inscrições foram limitadas aos municípios de Serranópolis do Iguaçu (PR) e Missal (PR), onde foi selecionado o primeiro grupo composto por 30 jovens entre 14 e 22 anos, que deverão iniciar as atividades no dia 19 de abril. O programa é uma parceria entre a Lar Cooperativa, o Sescoop/PR e o Semear, instituição responsável por aplicar o conteúdo. As aulas serão via internet, com práticas na propriedade de cada participante, sob a supervisão dos pais e remotamente por professores.

“Os jovens terão contrato de trabalho com duração de 23 meses, com todos os direitos que qualquer outro trabalhador possui. Moldamos esse programa para se encaixar com a rotina que já existe na propriedade e com isso buscamos não só uma contribuição para a formação pessoal e profissional, mas também um projeto de vida”, explicou o superintendente Administrativo e Financeiro da Lar, Clédio Marschall, também presente na reunião de lançamento do programa.

Os benefícios profissionais e pessoais são muitos, com disciplinas variadas, que vão desde matemática comercial até empreendedorismo, informática, gestão de custos, mercado agrícola, entre outros. As áreas de Gestão de Pessoas e Assessoria de Ação Educativa da Lar Cooperativa serão responsáveis por monitorar a evolução e o resultado do programa. A expectativa é ampliar o número de participantes, com abertura de vagas inclusive para outros municípios.

A Lar é a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, encerrando o ano de 2023 com mais de 23.500 funcionários. A legislação brasileira diz que 5% do quadro de funcionários de uma empresa deve ser composto por jovens aprendizes, mas atender essa cota se tornou um desafio. Até a primeira quinzena do mês de abril de 2024, a Lar estava com cerca de 300 vagas a serem preenchidas por jovens aprendizes. Essa dificuldade na contratação foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do programa Jovem Aprendiz Agro, que promete impulsionar o futuro do agronegócio.

 

 

Fonte: Assessoria Lar
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Considerada maior feira da avicultura e suinocultura capixaba, Favesu acontece em junho

Evento reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

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Fotos: Divulgação/Favesu

Os preparativos para a 7ª edição da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu) estão em ritmo acelerado. O Centro de Eventos Padre Cleto Caliman (Polentão) é o local escolhido para o evento, que acontece de 05 e 06 de junho, e reunirá produtores, profissionais e especialistas do setor em dois dias de intensa troca de conhecimento, networking e exposição das mais recentes inovações do segmento.

O município de Venda Nova do Imigrante (ES) mais uma vez vai sediar o evento bienal que é organizado pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES).

A programação inclui palestras com conteúdos técnicos e também palestras empresariais, painéis, apresentação de trabalhos científicos e reunião conjuntural, além da Feira de Negócios que reunirá, na área de estandes, grandes empresas nacionais e multinacionais apresentando seus produtos e serviços voltados aos segmentos.

O evento também é momento de avaliações do panorama atual para a avicultura e a suinocultura no contexto dos cenários econômicos brasileiro e mundial. O Presidente da ABCS, Marcelo Lopes e o Presidente da ABPA, Ricardo Santin farão a apresentação de painéis que abordarão os números,os desafios e as perspectivas para os segmentos.

Dentre os temas das palestras técnicas, a Favesu trará assuntos de suma importância na área de avicultura de corte, de postura e suinocultura, ambiência, exportação, influenza aviária, inspeção de produtos de origem animal, lei do autocontrole, modernização, entre outros temas.

Uma programação de alto nível que visa oferecer uma troca de conhecimentos e experiências fundamentais para impulsionar o crescimento e a inovação nos setores.

Mais informações sobre o evento entre em contato pelo telefone (27) 99251-5567.

Fonte: Assessoria Aves/Ases
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Produtores rurais podem renegociar dívidas do crédito rural até dia 31 de maio

Conforme a proposta do Mapa, poderão adiar ou parcelar os débitos os produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte, que sofreram com efeitos climáticos e queda de preços.

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Os produtores rurais que foram afetados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A medida é uma proposta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apoiada pelo Ministério da Fazenda (MF), e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março. O prazo limite para repactuação é até 31 de maio.

Com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A resolução foi necessária diante do fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, reduzindo a produtividade em localidades específicas. Além disso, os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda dos preços diante do cenário global.

“Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O ministro ainda explicou o primeiro passo para acessar a renegociação. “Basta, então, que qualquer produtor, que se enquadre na medida, procure seu agente financeiro com o laudo do seu engenheiro agrônomo, contextualizando a situação. Com isso, será atendido com a prorrogação ou o parcelamento do débito”, reforçou.

Alcance

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

  • soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
  • bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
  • soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
  • soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
  • bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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