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FAEP solicita medidas para estimular produção de trigo

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A FAEP encaminhou nesta quinta-feira (14/05) oficio ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA*) solicitando:
1. Revisão dos preços mínimos estabelecidos para a safra 2015 de trigo em condições de cobrir os custos de produção;
2. Liberação oportuna e suficiente de recursos para atender a necessidade de intervenção no mercado com os instrumentos da PGPM;
3. Atualização do Decreto-Lei nº 79/1966, visando definir um cálculo transparente para o estabelecimento dos preços mínimos, com divulgação da metodologia, constando as fórmulas, coeficientes e fatores considerados para amplo conhecimento da sociedade.
4. Divulgação oportuna dos preços mínimos, conforme previsto no Decreto-Lei nº 79/1966, com 60 dias de antecedência ao plantio.
5. Retorno dos estudos para definir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, que não são revisados há três anos. No caso do Paraná, solicita-se a realização de estudo para estabelecimento de um zoneamento agroeconômico e de qualidade industrial visando à segregação qualitativa das cultivares no campo.
O documento baseia-se em dados do MAPA que divulgou, em 11 de maio, reajuste de apenas 4,57% no preço mínimo do trigo pão, de R$ 33,45 para R$ 34,98 por saca de 60 kg, passando a vigorar, para todas as regiões, de julho/2015 a junho/2016. O trigo básico e o doméstico não tiveram reajuste.
Os levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) realizados em janeiro de 2015 para o MAPA em grandes regiões produtoras de trigo do Paraná mostram custo variável em Cascavel de R$ 36,73, Londrina com R$ 37,26 e Ubiratã com R$ 38,22. Logo, o preço mínimo está defasado em relação aos reais custos dos produtores e não cumpre com a função da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) de estimular a produção.
O documento, assinado pelo presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette dia ainda que “Outra questão preocupante é a falta de uma regra transparente na definição dos cálculos dos preços mínimos, pois o Decreto-Lei nº 79/1966 estabelece no Art. 5o  que “os preços mínimos básicos serão definidos pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, levando em conta os diversos fatores que influem nas cotações dos mercados, interno e externo, e os custos de produção, com base em proposta encaminhada ao  MAPA”.
Além disso, o §1o do Art. 5o  estabelece que “os preços mínimos definidos pelo CMN serão publicados por meio de portaria do MAPA, com antecedência de no mínimo 60 (sessenta) dias do início das épocas de plantio”. Porém, o início do plantio de trigo no Paraná ocorreu em 21 de março, conforme a Portaria nº 242, de 20 de novembro de 2014, do Zoneamento Agrícola de Risco Climático do próprio MAPA. “Dessa forma, a divulgação do preço mínimo do trigo foi realizada com quase cinco meses de atraso e quando 30% da área já foi plantada no Paraná, ou seja, não causará nenhum estímulo à produção, pois chegou tardiamente e não cobre os custos”, afirma Ágide.
Vale lembrar que o setor solicitou em novembro de 2014 ao MAPA aumento de 19% no preço mínimo para o trigo tipo 1 da classe pão, R$ 39,92, baseado no custo operacional levantado pela CONAB em março de 2014 para Cascavel, que na oportunidade representava o menor custo dentre os levantados nas diferentes regiões no Paraná, mas mesmo assim não foi atendido.
Considerando o ajuste fiscal do governo federal, os atrasos nos pagamentos para as companhias seguradoras de R$ 690 milhões do seguro rural do ano passado, o orçamento de 2015 para o seguro de trigo reduzido em 32% em relação a 2014 e a redução de recursos no pré-custeio com taxas de juros equalizadas, causam preocupação ao setor quanto a real disponibilidade de recursos para a execução da PGPM.
Se o clima for favorável, o Paraná, líder na produção nacional, deverá colher em torno de quatro milhões de toneladas e a safra nacional de trigo poderá chegar a 7,5 milhões de toneladas.
No entanto, mesmo em período de entressafra, os preços médios recebidos na primeira semana de maio estão ruins, em R$ 34,94, abaixo do custo de produção e do preço mínimo, sendo 18% menores do que os R$ 42,59 recebidos pelos produtores em maio de 2014, conforme dados da SEAB.
Logo, para pagar os custos de produção, em caso de problemas como a falta de liquidez com preços ruins será fundamental o aporte oportuno e suficiente de recursos da Política de Garantia de Preços Mínimos para o escoamento do trigo.
*ofício encaminhado à ministra Kátia Abreu e André Nassar do SPA/MAPA.
 

Fonte: FAEP

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Boi gordo enfrenta semanas de instabilidade e pressão nas cotações

Recuo de até R$ 13/@ reflete um mercado mais sensível antes do período de maior consumo.

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Foto: Ana Maio

A possibilidade de novas medidas protecionistas da China voltou a gerar incerteza no mercado pecuário brasileiro. O país asiático, principal destino da carne bovina do Brasil, estaria avaliando restringir a entrada do produto, mas não há qualquer confirmação oficial até o momento. Mesmo assim, os rumores foram suficientes para pressionar os contratos futuros do boi nas últimas semanas.

As especulações ganharam força no início de novembro, indicando que Pequim poderia retomar o movimento iniciado em 2024, quando alegou excesso de oferta interna para reduzir as importações. A decisão, que inicialmente seria tomada em agosto de 2025, foi adiada para novembro, ampliando a cautela dos agentes e intensificando a queda na curva futura: em duas semanas, os contratos recuaram entre R$ 10 e R$ 13 por arroba.

Foto: Gisele Rosso

Com a China respondendo por cerca de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, qualquer redução nos embarques tende a impactar diretamente os preços do boi gordo, especialmente em um momento de forte ritmo de produção.

Apesar da tensão, o cenário de curto prazo permanece positivo. A demanda doméstica, reforçada pela sazonalidade do fim de ano, e o recente alívio nas barreiras impostas pelos Estados Unidos ajudam a sustentar as cotações. Caso os abates não avancem mais de 10% em novembro e dezembro, a disponibilidade interna deve ficar abaixo da registrada em outubro, movimento que favorece a recuperação dos preços da carne nos próximos 30 dias.

Para 2026, as projeções seguem otimistas para a pecuária brasileira. A expectativa é de menor oferta de animais terminados, custos de produção mais competitivos e demanda externa firme, em um contexto de queda da produção e das exportações de concorrentes, especialmente dos Estados Unidos. A principal atenção fica por conta do preço da reposição, que subiu de forma expressiva e exige valores mais ajustados na venda do boi gordo para assegurar a rentabilidade na terminação.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA Agro
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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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