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Exportador de carne bovina do Brasil vê recorde em 2020 apesar de coronavírus
Em 2020, o maior exportador global da proteína poderá embarcar mais de 2 milhões de toneladas
As exportações brasileiras de carne bovina devem superar o recorde registrado em 2019 e gerar 8 bilhões de dólares em divisas neste ano, mesmo diante da crise do coronavírus, disse na quinta-feira (07) o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.
Em 2020, o maior exportador global da proteína poderá embarcar mais de 2 milhões de toneladas, 130 mil a mais que no ano passado, quando o volume já havia crescido 12,4% ante 2018, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abiec.
Segundo ele, quando acabar a pandemia, os países que tiverem as cadeias mais organizadas, como o Brasil, vão ter a chance de aumentar sua participação em mercados globais. Durante participação em videoconferência, Camardelli destacou que o país não conta com nenhuma unidade produtiva paralisada na área de bovinos, em função da Covid-19.
O executivo ressaltou que a China segue como principal destino dos embarques de carne bovina. Em 2019, os chineses responderam por 26,7% das compras (494 mil toneladas) e faturamento de 2,67 bilhões de dólares, segundo dados da Abiec.
Ele ainda destacou que o mercado norte-americano foi reaberto para os exportadores brasileiros da proteína in natura em fevereiro deste ano e melhora a competitividade da cadeia. “Frigoríficos (do Brasil) que ainda não alcançaram a China podem acessar os EUA”, afirmou.
Apesar das condições sanitárias do Brasil que favorecem as exportações, Camardelli admitiu que o país ainda não atinge cerca de 40% dos mercados importadores, compostos majoritariamente por países que consomem carne gourmet e pagam os melhores preços. “Queremos participar de países como Japão, Coreia do Sul, México e Canadá, e com isto ampliar cada vez mais nossa participação nos mercados mundiais.”
Aves e suínos
Também por meio de videoconferência, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirmou que o cenário continua promissor para as exportações de frango e suínos, mesmo em meio ao cenário de crise causado pela pandemia do coronavírus.
“Passamos a pandemia com sanidade animal impecável, até os EUA perderam uma fatia grande por problemas internos”, disse Turra, em referência aos frigoríficos que foram fechados temporariamente nos EUA devido ao contágio da Covid-19 entre os funcionários.
No Brasil, o caso mais grave foi detectado em uma unidade de aves da JBS em Passo Fundo (RS), que teve as atividades retomadas nesta semana após um período de suspensão. Lá, mais de 60 funcionários testaram positivo para o vírus.
Quanto ao acesso aos mercados, Turra também destacou os chineses como principais compradores tanto de aves quanto de suínos. “China é importadora de 17% do que exportamos de aves e 47% do que exportamos em suínos”.
As importações totais de carnes pela China nos quatro primeiros meses de 2020 avançaram 82% na comparação anual, para 3,03 milhões de toneladas, informou a Administração Geral de Alfândegas do país asiático na quinta-feira (07).
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.