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Exportações paranaenses crescem 9% no primeiro bimestre de 2023
Enquanto que nos dois primeiros meses de 2022 o Estado vendeu US$ 2.774.587.427 para o Exterior, em 2023 esse valor subiu para US$ 3.024.900.433. Líder, a carne de frango in natura teve incremento de 21,1% no bimestre. China, Estados Unidos, Argentina, Japão, México lideraram os destinos.

O ano de 2023 começou com resultados positivos para as exportações do Paraná. No acumulado de janeiro e fevereiro, o resultado consolidado das vendas para outros países fechou 9% maior do que o mesmo período de 2022. Enquanto que nos dois primeiros meses de 2022 o Estado vendeu US$ 2.774.587.427 para o Exterior, em 2023 esse valor subiu para US$ 3.024.900.433. O levantamento (veja ) é do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) a partir de dados do governo federal publicados nesta terça-feira (7).
Dos cinco produtos mais exportados pelo Paraná nos dois meses, quatro tiveram aumento nas negociações. Líder nas exportações paranaenses, a carne de frango in natura teve incremento de 21,1% no bimestre, subindo de US$ 478.009.022 ano passado para US$ 578.740.823 no período em 2023. Sozinha, a proteína de frango representou 19,1% de todo o volume exportado pelo Estado em janeiro e fevereiro.
O farelo de soja segue como o segundo principal produto enviado ao Exterior, com aumento de 49% nas vendas. A commodity passou de US$ 174.753.576 movimentados no primeiro bimestre do ano passado para US$ 260.396.297 em 2023.
As vendas de cereais e óleo de soja bruto, por sua vez, não só ocuparam a terceira e quarta colocação entre os produtos mais exportados, como tiveram o maior incremento. Com US$ 253.998.362 vendidos em janeiro e fevereiro de 2023, a exportação de cereais aumentou 225,6% em relação aos US$ 78.006.243 nos dois meses de 2022. Já a venda de óleo de soja bruto para fora teve variação ainda maior: 244,5%, passando de US$ 40.494.482 para US$ 139.489.835.
Produtos industrializados
Entre os produtos industrializados, quatro tiveram aumentos expressivos nas exportações: automóveis, máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, veículos de carga e autopeças.
Segundo maior polo automotivo do Brasil, o Paraná exportou US$ 110.167.868 em veículos em janeiro e fevereiro, aumento de 79,5% em relação aos US$ 61.389.936 do mesmo período do ano passado.
As máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração tiveram a melhor evolução nas exportações entre os produtos manufaturados nesse começo de ano. Em janeiro e fevereiro foram US$ 58.861.158 exportados, contra US$ 26.948.956 do período de 2022 – um aumento de 118,4%.
Já as exportações de veículos de cargas e de autopeças aumentaram 38,4% e 33,1%, respectivamente. A venda de veículos de cargas subiu de US$ 41.546.438 no primeiro bimestre de 2022 para US$ 57.489.248 em 2023. No caso das autopeças, as exportações passaram de US$ 32.616.280 para US$ 43.399.519 nesses dois meses de 2023.
Destinos
O Paraná exportou para 190 países em janeiro e fevereiro. O top 10 de maiores compradores do Estado no bimestre é composto por China, Estados Unidos, Argentina, Japão, México, Chile, Holanda, Colômbia, Índia e Paraguai.
A China segue isolada como maior importador do Paraná. O gigante asiático comprou US$ 311.690.368 em janeiro e fevereiro. Na segunda posição, os Estados Unidos compraram US$ 217.746.742 no período. Fechando o pódio dos três maiores compradores de produtos paranaenses vem a Argentina, com um volume negociado muito semelhante ao dos EUA: US$ 217.558.492.
Na quarta colocação vem o Japão, país onde o governador Carlos Massa Ratinho Junior está liderando uma missão de negócios para expandir a exportação de proteína suína e bovina do Estado. A economia japonesa adquiriu até aqui em 2023 o total de US$ 169.337.404, crescimento de 171,2% e que tende a aumentar com as negociações que estão sendo feitas neste mês de março no país pela missão organizada pela Invest Paraná, agência de captação de negócios do Governo.
Novos mercados
Uma demonstração da força da produção paranaense é a conquista de novos mercados. As exportações do Estado tiveram aumentos significativos para países como Bangladesh (aumento de 346,3%, com US$ 51.744.609 movimentados), Iraque (aumento de 436,3%, com movimentação de US$ 22.925.903), Taiwan (aumento de 337,4% e US$ 22.905.819 movimentados) e Malásia (aumento de 679,7%, com movimentação de US$ 19.822.134).
A conquista de novos mercados está no planejamento do Governo do Estado. A Invest Paraná negocia para junho uma missão para Bangladesh, país com o qual o Brasil não tem tradição de relação bilateral. Entre os negócios que podem surgir dessa missão ao país asiático está a exportação de produtos alimentícios, como óleo de soja e açúcar, e a compra de produtos têxteis por empresas paranaenses.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



