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Exportações do Paraná aceleram com salto de cereais e carnes

Crescimento acima de 100% nas vendas de cereais e altas expressivas em bovinos, suínos e itens industrializados reforçam o dinamismo do comércio exterior paranaense em 2025.

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Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgou nesta quarta-feira (10) o relatório de novembro da balança comercial do Paraná , com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Um dos destaques é que nove mercadorias produzidas no Paraná registraram crescimento importante das exportações de janeiro a novembro de 2025, em comparação a igual intervalo do ano passado.

Nessa lista de produtos, destacam-se os cereais, com elevação das vendas externas de US$ 478 milhões para US$ 1 bilhão, o que resultou em uma alta da ordem de 109%. Em trajetória similar, as exportações estaduais de carne bovina in natura subiram 63%, saltando de US$ 114 milhões, nos onze primeiros meses de 2024, para US$ 187 milhões em 2025.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Além desses dois produtos, foram significativos os aumentos das exportações de carne suína in natura (41,2%), torneiras e válvulas (41%), tratores (38%), automóveis (37%), veículos de carga (34,4%), óleo de soja bruto (34%) e café solúvel (32%), o que evidencia a amplitude do dinamismo das vendas estaduais ao mercado internacional, incluindo desde mercadorias agropecuárias até itens industrializados de alto conteúdo tecnológico.

De acordo com Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, a diversificação das exportações paranaenses é fruto do crescente adensamento da estrutura produtiva local. “Observamos expansão das exportações de determinados produtos do agronegócio concomitante à forte ampliação das vendas de bens que agregam muito valor, como os do segmento automotivo, o que se deve sobremaneira à política estadual de atração de investimentos”, afirma.

O secretário do Planejamento , Ulisses Maia, destaca a ampla pauta de itens exportados, o que torna o comércio exterior paranaense menos vulnerável às oscilações internacionais. “Mesmo diante da elevação das barreiras tarifárias pelos Estados Unidos, alcançamos resultados muito relevantes no âmbito do comércio exterior, o que demonstra a competência dos exportadores do Estado”, diz.

Balanço

De janeiro a novembro o Paraná exportou US$ 21,6 bilhões em produtos, o sexto melhor resultado do Brasil e melhor do Sul. Os principais produtos foram soja em grãos (US$ 4,3 bilhões), carne de frango in natura (US$ 3,2 bilhões), farelo de soja (US$ 1,1 bilhão), açúcar bruto (US$ 1 bilhão) e cereais (US$ 999 milhões).

Os destinos comerciais mais frequentes dos produtos paranaenses foram China (US$ 4,9 bilhões), Argentina (US$ 1,7 bilhão), EUA (US$ 1,1 bilhão) e México (US$ 837 milhões). Um fator adicional é o crescimento do comércio com alguns países, como Argentina (59,5% em relação ao mesmo período do ano passado), Irã (47,7%), Emirados Árabes Unidos (35,9%), Paraguai (6,5%), Chile (2,6%) e Peru (9,1%).

Até novembro, a balança comercial paranaense está com saldo positivo de US$ 2,6 bilhões, fruto de US$ 21,6 bilhões em exportações e US$ 18,8 bilhões em importações (área dominada por fertilizantes, autopeças, óleos e combustíveis, e produtos farmacêuticos).

Fonte: AEN-PR

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GTF recebe Selo Clima Paraná pelo 4º ano e reforça agenda ambiental

Produtora paranaense de carne de frango volta a ser certificada por ações de redução de emissões e práticas de sustentabilidade, em um momento em que o setor intensifica compromissos ambientais.

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Foto: Divulgação/GTF

A GTF, uma das seis maiores empresas produtoras de carne de frango do Brasil e uma das dez maiores exportadoras dessa proteína no país, foi reconhecida, mais uma vez, pelo seu compromisso com a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas. Pelo quarto ano consecutivo, a organização será certificada com o Selo Clima Paraná, iniciativa promovida pelo Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (SEDEST). Neste ano, a empresa foi enquadrada na Categoria B – Mercado Interno, e a cerimônia de outorga aconteceu no Campus da Indústria, em Curitiba (PR), na última terça-feira (2).

Criado em 2015, o Selo Clima Paraná tem como objetivo reconhecer boas práticas ESG, monitorar os resultados ambientais das organizações e incentivar medidas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. A participação é voluntária e ocorre por meio da apresentação da Declaração de Emissão de Gases de Efeito Estufa, conforme previsto na Política Estadual de Mudanças Climáticas (Lei nº 17.133/2012) e regulamentada pela Resolução nº 40/2023.

Recentemente, a GTF também foi premiada, pelo segundo ano consecutivo, com o Selo Ouro ODS, certificação concedida pelo Instituto ODS e acreditada pela Federação Nacional das Associações, Centros e Clubes Unesco do Brasil (BFUCA Unesco).

A conquista do selo consolida a GTF entre as organizações que lideram a transformação sustentável no Brasil. Entre as ações de destaque estão iniciativas focadas no combate à pobreza e à fome, acesso à saúde e à educação de qualidade, igualdade de gênero, oferta de água potável e energia limpa, infraestrutura sustentável, trabalho decente, combate às mudanças climáticas e preservação dos ecossistemas.

“Essa é mais uma conquista que reforça nosso compromisso com as boas práticas de sustentabilidade. A cada ano, buscamos aprimorar nossas ações e elevar nosso padrão de excelência. Esse reconhecimento não é apenas da GTF, é um prêmio que também pertence à sociedade,” destacou Rafael Tortola, CEO da GTF.

Fonte: Assessoria GTF
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Aquecimento global passa pela forma como comemos e pelo que desperdiçamos

Novo movimento internacional, o Food Waste Breakthrough, recoloca o combate ao desperdício de alimentos no centro da agenda climática, conectando redução de metano, segurança alimentar e políticas urbanas em escala global.

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Foto: Freepik

A crise climática frequentemente é discutida a partir de temas como energia, carbono e transição industrial. No entanto, um dos vetores mais potentes e negligenciados da política climática global está dentro de nossas cozinhas, supermercados, restaurantes e aterros sanitários. O desperdício de alimentos, responsável por até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, tornou-se uma das frentes mais críticas e urgentes para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

O novo movimento internacional que emerge dessa urgência é o Food Waste Breakthrough, iniciativa liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e parceiros. Diferentemente do que se poderia supor, ele não cria uma nova meta, mas resgata e acelera um compromisso já firmado em 2015, no âmbito do ODS 12.3: cortar pela metade o desperdício de alimentos até 2030. A novidade está em trazer esse objetivo, antes restrito à agenda de desenvolvimento, para o centro da estratégia climática global, conectando-o diretamente à redução de metano.

A importância desse movimento fica evidente diante do peso do metano como poluente. Ele é 86 vezes mais potente que o dióxido de carbono em um período de 20 anos e, sozinho, responde por até 14% das emissões globais provenientes de alimentos descartados. A projeção é ainda mais alarmante: se nada for feito, o volume de comida desperdiçada no mundo deve dobrar até 2050.

As métricas explicam por que o tema passou a ocupar o centro da agenda climática. Hoje, cerca de 19% dos alimentos produzidos globalmente são desperdiçados na etapa do consumidor, enquanto outros 13% se perdem ainda antes de chegar ao varejo. Paralelamente, 733 milhões de pessoas enfrentam fome. Jogar comida fora enquanto tantas pessoas passam necessidade não é apenas uma ineficiência logística; é um paradoxo ético, econômico e ambiental que não pode mais ser ignorado.

O Food Waste Breakthrough se alinha e fortalece compromissos recentes, como a Declaração dos Sistemas Alimentares da COP28, a Declaração da COP29 para Redução de Metano de Resíduos Orgânicos e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza lançada pelo G20 sob a presidência brasileira. Essas agendas convergem em uma constatação: é impossível resolver a crise climática, mitigar metano e combater a fome sem enfrentar o desperdício em larga escala.

Nesse contexto, o Brasil surge com o protagonista. O país figura entre os líderes do movimento ao lado de Japão e Reino Unido e já conta com cidades em destaque, como Curitiba, Florianópolis e Rio de Janeiro. São localidades que vêm demonstrando que políticas urbanas podem remodelar sistemas alimentares, especialmente em um mundo onde 70% do consumo de alimentos ocorre em áreas urbanas, proporção que deve chegar a 80% até 2050. A relevância das cidades é evidente: em muitos municípios, o principal material aterrado são os resíduos orgânicos e, se a curva atual não mudar, as emissões provenientes da decomposição natural desse volume tendem a dobrar até meados do século.

O Breakthrough estrutura sua ambição em três pilares complementares. O primeiro fortalece capacidade técnica e advocacy, estimulando mudanças de comportamento, circularidade e parcerias entre governos e empresas. O segundo padroniza métodos de medição para embasar políticas e relatórios de impacto. O terceiro conecta financiadores, governos e implementadores para viabilizar projetos de transformação estrutural, um passo essencial para escalar soluções no ritmo necessário.

A urgência científica já está clara. Agora, surge a oportunidade política. O desperdício de alimentos é uma das poucas áreas em que, com ouso correto de dados e tecnologia, é possível gerar impacto rápido, mensurável, economicamente vantajoso e socialmente transformador. Reduzir o desperdício significa diminuir emissões, poupar recursos naturais, aliviar a pressão sobre sistemas de produção e, ao mesmo tempo, ampliar a oferta de alimentos sem aumentar a área plantada. É eficiência sistêmica em sua forma mais pura.

Os próximos anos definirão se a humanidade conseguirá transformar essa consciência em açãocoordenada. O Food Waste Breakthrough nasce justamente para isso: alinhar governos, empresas, organizações da sociedade civil e entidades técnicas em torno de um objetivo comum, transparente e monitorável. Se a ambição for cumprida, o planeta não apenas respirará melhor. Nossa relação com comida, recursos e cidades será profundamente reconfigurada.

O combate ao desperdício de alimentos não é mais um tema adjacente. É uma das estratégias centrais para enfrentar a crise climática econstruir sistemas alimentares resilientes, equitativos e globalmente sustentáveis. A COP30, em Belém, é um marco decisivo nessa trajetória. E a década à nossa frente, possivelmente, a mais importante da história para virar o jogo.

Fonte: Artigo escrito por Marco Perlman, cofundador e CEO da Aravita.
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Frísia realiza distribuição de R$ 7,2 milhões em resultados de produtos agrícolas

Recursos são repassados a 390 cooperados dos estados do Paraná e Tocantins.

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Unidade da Frísia em Dois Irmãos do Tocantins (TO) - Foto: Pedro Ruta Jr.

A Cooperativa Frísia, que em 2025 completou 100 anos de história, irá realizar a distribuição de resultados de produtos agrícolas a 390 cooperados dos estados do Paraná e do Tocantins. O valor de R$ 7,2 milhões é fruto da entrega da produção às unidades da cooperativa, que retorna parcialmente aos cooperados.

Coordenador Comercial Grãos, Felype Brustolin Braga explica que esse valor é diferente das sobras estatutárias que os cooperados recebem anualmente. “A distribuição de resultados de produtos agrícolas, que estamos fazendo agora, não é obrigatória. A Frísia optou por essa realização como um benefício ao cooperado. Nada melhor do que devolver, proporcionalmente, o que os produtores ajudaram a construir”, explica.

Braga conta que não são todos os cooperados agrícolas que recebem essa distribuição, e que o repasse varia de acordo com a cultura, safra entregue e, principalmente, quando encerrada toda a entrega da produção da safra e sua consequente venda e expedição dos armazéns. “O cooperado recebe essa distribuição de acordo com a movimentação do produto entregue na cooperativa. A Frísia só pode fazer esse fechamento quando o cooperado vender toda a produção”, destaca.

O período de distribuição também varia de acordo com a comercialização total da produção. A distribuição de resultados de produtos agrícolas aconteceu constantemente ao longo dos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cooperativa Frísia
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