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Notícias Nos cinco primeiros meses do ano

Exportações do Agronegócio Paulista crescem 12,8% e superávit alcança US$ 9,42 bilhões

Saldo alcançou US$9,42 bilhões, aumento de 14,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No acumulado de janeiro a maio de 2024, as exportações do agronegócio paulista aumentaram 12,8%, alcançando US$11,76 bilhões, enquanto as importações cresceram 7,3%, totalizando US$2,34 bilhões. Este cenário resultou em um superávit na balança comercial do agronegócio paulista, atingindo US$9,42 bilhões, aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2023.

O levantamento realizado pelo coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Carlos Nabil Ghobril, e os pesquisadores José Alberto Ângelo e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, aponta que a participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado foi de 42,5%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,8%.

Porém, ao se analisar os resultados obtidos no mês de maio de 2024 em comparação com maio de 2023, observa-se que os valores das exportações do agronegócio paulista recuaram 10,2%. A queda no mês de maio deve-se principalmente à diminuição das exportações de soja em grão (-58% em valor e -51% em volume) e açúcar (-15% em valor e -12% em volume). Por outro lado, houve aumentos significativos nos valores das exportações de suco de laranja (25%) e café verde (79%). Essa combinação de variações resultou em um recuo de 13,5% no superávit da balança comercial do agronegócio em maio de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, no acumulado de janeiro a maio de 2024, o saldo da balança comercial do agronegócio paulista permanece positivo (+14,2%).

Apesar desses desafios, o setor agropecuário paulista conseguiu manter um saldo positivo, e teve ainda importante papel na mitigação do déficit comercial do estado já que ao englobar todos os setores da economia paulista as exportações totalizaram US$27,66 bilhões, representando 19,9% do total nacional, enquanto as importações alcançaram US$29,97 bilhões, correspondendo a 29,1% do total nacional. Esses números resultaram em um déficit comercial de US$2,31 bilhões para o estado.

Comparativamente ao mesmo período de 2023, as exportações de todos os setores da economia paulista registraram um leve aumento de 0,2%, enquanto as importações diminuíram 0,8%. Essa dinâmica resultou em uma redução do déficit comercial em 11,8% no saldo da balança comercial paulista nos cinco primeiros meses do ano de 2024.

Foto: José Fernando Ogura

“O agro de São Paulo mais uma vez mostra sua força, impulsionado pelos setores sucroalcooleiro e cafeeiro. A cana e o café são a força motriz dos campos paulistas e a expertise dessas duas cadeias produtivas tem contribuído fortemente para a economia agrícola do Estado. Estamos apostando em políticas públicas assertivas para que os números sejam ainda melhores nos próximos meses”, afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

Principais grupos de produtos exportados pelo agronegócio paulista

De acordo com informações do período de janeiro a maio de 2024, os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram:

1. Grupo Sucroalcooleiro: participação de 37,1% totalizando US$4,37 bilhões, onde o açúcar representou expressivos 90,4% e o álcool etílico (biocombustível), 9,6%.

2. Produtos Florestais: 10,8% de participação com um total de US$1,28 bilhão, sendo 52,5% de celulose e 41,1% de papel.

3. Complexo Soja: 10,7% de participação, registrando um total de US$1,257 bilhão, com a soja em grão representando 82,7% de participação e o farelo de soja, 13,5%.

4. Carnes: 10,7% de participação alcançando um valor de US$1,256 bilhão, com as carnes bovina e de frango representando respectivamente 83,4% e 14,5% desse total.

5. Sucos: 8,3% de participação, alcançando o valor de US$971,10 milhões, tendo o suco de laranja corresponde a 97,6% do grupo.

6. Café: 4,5% de participação, registrando US$526,60 milhões, com participação de 74,0% do café verde e 22,4% do café solúvel.

Esses seis grupos representaram conjuntamente 82,1% das vendas externas setoriais paulistas, evidenciando a relevância e diversificação do agronegócio paulista no mercado nacional e internacional.

Foto: Wenderson Araujo/Trilux

Além disso, na comparação com o mesmo período de 2023, observaram-se importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos do agronegócio paulista. Sobressaem-se aumentos significativos nos grupos complexo sucroalcooleiro (+55,5%), do café (+27,6%), dos sucos (+14,3%), florestais (+12,8%) e de carnes (3,8%); e queda no grupo complexo soja (-43,1%). Essas variações refletem as oscilações tanto de preços como de volumes exportados, indicando a dinâmica do mercado internacional.

Participação do agronegócio de São Paulo no Brasil

No agronegócio, as exportações de São Paulo nos cinco primeiros meses de 2024 representaram 17,5% do total nacional, registrando um aumento de 2,0 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações apresentaram uma queda de 1,4 pontos percentuais, fechando em 29,4%.

Entre os estados, São Paulo figura como o segundo maior estado exportador em valores, com uma participação de 17,5%, ficando atrás apenas de Mato Grosso (19,1%). O estado do Paraná ocupa o terceiro lugar, com 11,3%, seguido por Minas Gerais (9,9%) e Rio Grande do Sul (7,7%). Em conjunto, esses cinco estados respondem por 65,5% das exportações totais do agronegócio brasileiro de janeiro a maio de 2024.

A participação dos grupos do agronegócio paulista no contexto nacional até maio de 2024 mostra-se nos seguintes segmentos, nos quais a participação em valores supera 50% do

Foto: José Crus/Agência Brasil

total nacional: sucos (85,1%), produtos alimentícios diversos (73,1%), demais produtos de origem vegetal (64,6%) e complexo sucroalcooleiro (57,6%).

Balança Comercial Brasileira

O Brasil continua a manter sua posição de relevância no comércio internacional. De janeiro a maio de 2024, o país registrou um superávit de US$35,89 bilhões, com exportações totalizando US$138,81 bilhões e importações atingindo US$102,92 bilhões. Esse resultado representa um aumento de 3,9% no saldo da balança em comparação com o mesmo período de 2023, quando o superávit foi de US$34,54 bilhões.

No âmbito do agronegócio, as exportações brasileiras apresentaram uma leve redução de -0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o valor de US$67,17 bilhões, que representam 48,4% do total nacional. Em contrapartida, as importações aumentaram em 12,4%, totalizando US$7,95 bilhões, refletindo 7,7% do total nacional.

Apesar disso, o saldo da balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$59,22 bilhões no acumulado até maio de 2024, queda de 1,6% em comparação com o mesmo período de 2023.

Esses números mostram a importância do desempenho do agronegócio para a economia brasileira. Enquanto os demais setores da economia registraram déficit de US$23,33 bilhões, com exportações de US$71,64 bilhões e importações de US$94,97 bilhões nos primeiros cinco meses de 2024, o superávit do agronegócio foi fundamental para equilibrar a balança comercial do país.

Fonte: Assessoria Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta)

Notícias Antimicrobianos na agropecuária

Comissão de Agricultura aprova texto que suspende decreto do Pronara

Proposta cita conceitos vagos, falta de critérios técnicos e interferência indevida em políticas agrícolas e incentivos econômicos.

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Foto: Fernando Dias

O projeto que susta os efeitos do Decreto nº 12.538/2025, que instituiu o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), foi aprovado nesta quarta-feira (26) na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Pezenti (MDB-SC), coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O parlamentar argumenta que o Executivo extrapolou seu poder regulamentar ao criar uma política pública nacional sem autorização legislativa específica, envolvendo temas como política agrícola, incentivos econômicos e governança administrativa.

Deputado Pezenti: “O decreto introduz conceitos vagos e ideologicamente marcados, destituídos de base técnico-científica, em afronta ao princípio da segurança jurídica”

“O decreto introduz conceitos vagos e ideologicamente marcados, destituídos de base técnico-científica, em afronta ao princípio da segurança jurídica. Suas disposições interferem diretamente na política agrícola e na ordem econômica, ao impactar custos de produção, incentivos fiscais e instrumentos de crédito rural — temas que exigem disciplina legal”, explicou Pezenti.

De acordo com o autor do PDL 443/2025, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), coordenador da Comissão de Seguro Rural da FPA, o decreto propõe uma estrutura de governança que carece de critérios técnicos para sua implementação, e muitas das ações sugeridas sobrepõem-se a programas já consolidados, como o PARA (Anvisa) e o SINITOX (Fiocruz), criando riscos de duplicidade, aumento de burocracia e uso ineficiente de recursos.

Deputado Rodolfo Nogueira: “Este é um projeto importante para a segurança alimentar e para as garantias do produtor rural”

“Este é um projeto importante para a segurança alimentar e para as garantias do produtor rural. Lembrando que os defensivos agrícolas são insumos essenciais para a proteção das lavouras, e isso traz a garantia do alimento na mesa do povo brasileiro”, finalizou Nogueira.

A proposta segue agora para análise das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Fonte: Assessoria FPA
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Notícias

Parque do Show Rural vira megacanteiro de obras para reforçar estrutura da edição 2026

Melhorias incluem 45 mil m² a mais de estacionamento, novas lanchonetes, pavimentação e estrutura ampliada para expositores.

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O presidente da Coopavel e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) para Assuntos do Agronegócio, Dilvo Grolli, apresentou nesta quarta-feira (26) um panorama das obras em andamento e dos preparativos para a 38ª edição do Show Rural. Um dos maiores eventos técnicos do agronegócio mundial, o Show Rural será realizado de 09 a 13 de fevereiro de 2026. A tradicional missa de abertura está marcada para 11 horas de 08 de fevereiro, na área que abriga o parque desde 1989. “O parque parece um grande canteiro de obras. Inúmeras melhorias estão em curso para oferecer uma experiência única aos visitantes que estarão em Cascavel em busca de novidades para as atividades rurais”, afirmou, destacando o apoio histórico da Acic ao evento.

Presidente da Coopavel e vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) para Assuntos do Agronegócio, Dilvo Grolli: “. Inúmeras melhorias estão em curso para oferecer uma experiência única aos visitantes que estarão em Cascavel em busca de novidades para as atividades rurais” – Fotos: Divulgação/Coopavel

Entre as intervenções estruturais citadas pelo presidente da Coopavel estão a ampliação do prédio da administração, a expansão do hub Espaço Impulso e a ampliação do galpão dedicado ao pequeno produtor. As iniciativas são desenvolvidas em parceria com o Itaipu Parquetec e a Itaipu Binacional.

Uma das principais frentes é a ampliação do estacionamento, que ganhará 45 mil metros quadrados adicionais. Com isso, a capacidade passará de 17 mil para 22 mil veículos e de 400 para mais de 700 ônibus por dia. Uma nova passarela, instalada no interior do antigo estacionamento, fará a ligação direta com o acesso principal do parque.

As obras de mobilidade também incluem a pavimentação asfáltica de mais de 2,5 quilômetros de vias, todas com cinco metros de largura, e a cobertura de 11 quilômetros de ruas, garantindo mais conforto ao público esperado para visitar os 600 expositores já confirmados.

O pacote de melhorias contempla ainda duas novas lanchonetes, novas linhas de buffet no restaurante e a reforma completa dos 28 conjuntos de banheiros. Uma nova área será aberta para expansão de estandes, acomodando expositores que buscam espaços mais amplos.

Grolli reforçou o caráter regional e a representatividade do evento. “O Show Rural é um evento de Cascavel e do Oeste do Paraná, que leva para o mundo o melhor do que somos e do que é o agronegócio brasileiro”, destacou.

A edição de 2026 terá como tema “A força que vem de dentro”. Tanto o acesso ao parque quanto o estacionamento seguirão gratuitos, como tradição do evento.

Fonte: O Presente Rural com Coopavel
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Brasil busca ampliar lista de produtos com sobretaxa nos EUA

País aposta em articulação diplomática, crédito à indústria e agenda estratégica para consolidar presença no mercado americano.

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Foto: Shutterstock

Os impactos do tarifaço, as negociações do Brasil com o governo dos EUA e as medidas para ampliar o acesso dos produtos brasileiros àquele mercado foram temas da participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na abertura da 3ª edição do Encontro Empresarial Brasil–EUA, nesta terça-feira (25).

Alckmin participou remotamente do encontro, que é promovido pela Amcham Brasil em São Paulo. “É diálogo e negociação. O próximo passo é excluir mais produtos e reduzir alíquotas. Vamos acelerar o processo”, afirmou Alckmin.

Nos últimos meses, os Estados Unidos eliminaram tarifas de 238 produtos, incluindo frutas, sucos, cafés e carnes, reduzindo para 22% a fatia das exportações brasileiras ainda sujeitas ao tarifaço, percentual que já foi de 36%. Outros 27% estão na Seção 232, alinhados à tributação global, e 51% entram no país com tarifa zero ou 10%.

Ao comentar as medidas adotadas pelo governo brasileiro, Alckmin destacou o Plano Brasil Soberano, com apoio para empresas impactadas e outras medidas, e ações do governo em áreas que podem ajudar nas negociações para retirada de todos os produtos das tarifas adicionais. “O Brasil não ficou parado diante do tarifaço. Colocamos em campo um plano robusto para proteger as empresas afetadas, com R$ 40 bilhões em crédito, juros menores e garantias ampliadas. Nosso objetivo é assegurar fôlego para quem perdeu mercado e manter a indústria brasileira competitiva”, destacou.

Ele reforçou também a importância das ações de médio e longo prazos, voltadas à inserção do Brasil em setores de alto valor agregado e tecnologias emergentes. “Estamos preparando o Brasil para a nova economia. Avançamos em temas estratégicos como data centers, inteligência artificial, energia renovável e minerais críticos. O programa Redata já está no Congresso e vai atrair investimentos de alto valor agregado para o país”, garantiu.

Diálogo e articulação

A secretária de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Tatiana Prazeres, participou do painel Diálogo com o Governo Brasileiro, realizado logo após a fala do presidente da República em exercício.

Ao lado do embaixador Fernando Pimentel, em um painel moderado pelo CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, a secretária Tatiana destacou que os resultados recentes refletem avanços importantes na relação bilateral e reforçam o papel central do diálogo e da articulação entre governo e setor privado. “Os avanços recentes mostram que o diálogo funciona. Vimos progressos concretos e é fundamental manter essa coordenação entre governo e setor privado para seguirmos ampliando o acesso do Brasil ao mercado americano. A relação Brasil–Estados Unidos é estratégica e exige dedicação permanente, e os resultados reforçam que estamos no caminho certo”, avaliou Tatiana Prazeres.

Ao longo do diálogo, houve debate com as autoridades presentes sobre elementos relevantes para a estratégia negociadora brasileira, reforçando o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos.

Abrão Neto, por sua vez, falou sobre a o papel do setor empresarial na consolidação de posições conjuntas e no fortalecimento da agenda econômica entre Brasil e Estados Unidos. “Este encontro reafirma algo que está na essência da Amcham: o compromisso de aproximar as duas maiores economias das Américas. A relação bilateral é indispensável, não apenas pela história que representa, mas pelo futuro que oferece aos nossos países”, disse.

Fonte: Assessoria MDIC
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