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Exportações do agronegócio cresceram 20,9% no primeiro semestre de 2021

Estoques mundiais de soja e milho seguem em baixa

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (23), um estudo sobre o comércio exterior do agronegócio brasileiro, além do balanço de oferta e demanda mundial dos principais produtos. De acordo com o Grupo de Conjuntura do Ipea, a balança comercial dos produtos do setor fechou o mês de junho de 2021 com saldo positivo de US﹩ 10,8 bilhões. No acumulado do ano, até junho, o agronegócio exportou US﹩ 61,5 bilhões, ultrapassando o volume comercializado no mesmo período do ano passado – US﹩ 50,9 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 20,9%.

“Os exportadores brasileiros começaram a sentir, em junho, a recuperação parcial dos preços médios das exportações da maior parte dos produtos do agronegócio, com destaque para a carne bovina, a soja e o milho”, avaliou Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea e uma das autoras do estudo. No entanto, o preço médio recebido em junho das commodities analisadas ainda se encontra abaixo das máximas históricas, registradas no início da década passada.

Os preços médios de quase todas as commodities agrícolas sofreram queda nos dois últimos anos. Entretanto, houve forte recuperação nos preços no mercado internacional, a partir do segundo semestre de 2020. No entanto, esta recuperação não tinha sido percebida pelos exportadores brasileiros. A partir do segundo trimestre deste ano, as remunerações em dólar das exportações brasileiras começaram a refletir parte da escalada desta alta dos preços, culminando, em junho, com máximas recentes na maioria dos principais produtos exportados.

O aumento da demanda mundial da soja e do milho vem contribuindo para o crescimento da produção a cada safra, principalmente no Brasil. O que se observa, no entanto, é que os estoques de soja e milho estão cada vez mais baixos. “E boa parte desses estoques se encontra em território chinês”, declara Ana Kreter. Apesar disso, dos dois grãos analisados, a soja é o único na China que os estoques e a produção não atendem à demanda doméstica, o que sinaliza uma boa perspectiva para o produtor rural brasileiro que começa a planejar a safra 2021/2022. O crescimento de vendas das carnes (bovina, suína e de frango), que avançou 25,3% em valor e 17,3% na quantidade no primeiro semestre de 2021 frente a 2020, foi impulsionado pela carne suína. O Brasil vem exportando cada vez mais essa proteína desde 2018, em decorrência da Peste Suína Africana (PSA), que afetou a competitividade em produtores concorrentes.

A soja segue com destaque como o principal produto de exportação brasileira. Só no primeiro semestre de 2021, houve alta de 25,3% no valor, apesar da queda de 2,2% em quantidade. No país, apesar do plantio tardio decorrente do atraso na janela climática ideal, a maior parte da safra já foi colhida. Mesmo assim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam para a possibilidade de um novo recorde de produção nacional na safra 2020/2021 – crescimento de 9,65% e 8,9%, respectivamente – que deverá manter o Brasil como maior produtor e exportador mundial de soja. Brasil, Estados Unidos e Argentina representam, juntos, 90,5% das exportações mundiais do grão.

O milho também vem sofrendo com a queda nos estoques. A quebra de safra no Brasil já começa a se refletir na balança comercial: o país registrou, em junho, queda de 70,8% na quantidade exportada na comparação com junho de 2020. No acumulado do ano, houve crescimento no valor (30,9%) e na quantidade (12,6%). Tanto a Conab quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) preveem queda das exportações para a safra 2020/2021 – 15,5% e 6,3%, respectivamente. Problemas climáticos causaram a quebra na safra tanto no Brasil como na Argentina (os principais exportadores do grão), mas isso não deve comprometer a oferta mundial.

Apesar do agronegócio ser um setor tradicionalmente exportador, as importações avançaram 20,2% no primeiro semestre de 2021, passando de US﹩ 6,2 bilhões para US﹩ 7,5 bilhões. O principal produto importado pelo Brasil foi o trigo, com avanço de 16% no valor, mas queda de 5,1% na quantidade. Na sequência estão os peixes, produtos hortícolas, papel e óleos de dendê ou palma. Juntos, os cinco principais itens são responsáveis por 50% das importações brasileiras no primeiro semestre de 2021.

A China segue como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com 39% das exportações em valor, seguida pela União Europeia (14,5%) e Estados Unidos (6,4%), no primeiro semestre deste ano. Juntos, representam quase 60% do total exportado pelo Brasil. Na comparação com o mesmo período de 2020, a China aumentou as importações em 20,1%, assim como a União Europeia (16,5%) e os Estados Unidos (30,2%).

Fonte: Assessoria

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Qualidade do solo tem impacto na produção de alimentos

As boas práticas de manutenção do solo são ferramentas que o agricultor e pecuarista devem utilizar para prevenir a degradação e combater a erosão, e preservar seu patrimônio, que é o solo.

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Foto: Juliana Sussai

O solo é onde se produz a maior parte dos alimentos, além de fibras, biocombustíveis e matérias-primas. De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste, o solo é base de todos os sistemas de produção vegetal, pecuária e natural. “Além de garantir suporte, os solos garantem uma série de benefícios que são chamados serviços ambientais, que envolvem, por exemplo, a infiltração e armazenamento de água, ciclagem de nutrientes, controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE), sequestro de carbono e manutenção da biodiversidade”, explica Bernardi.

Na segunda-feira (15) foi comemorado o Dia Nacional de Conservação do Solo. A iniciativa busca chamar a atenção das pessoas para a importância da conservação desse recurso natural, não renovável, que tem implicações diretas na produção de alimentos.

A perda da qualidade do solo e das suas funções ecológicas acontece quando este recurso natural entra em processo de degradação causada pela erosão, perda da matéria orgânica e da biodiversidade, compactação, impermeabilização, contaminação, poluição ou salinização. Muitas dessas causas podem ser evitadas, já que são provocadas pela ação humana. “Os prejuízos da erosão não se restringem apenas ao ambiente rural. O meio urbano também está sujeito aos efeitos deletérios. Por exemplo, a erosão leva ao assoreamento dos reservatórios de água, a impermeabilização reduz a infiltração e leva ao agravamento das enchentes, além de que solos degradados produzem menos alimentos e captam menos carbono e outros GEE, interferindo na segurança alimentar e nas mudanças climáticas”, observa o pesquisador, especialista em Fertilidade do Solo e Adubação.

Áreas utilizadas de forma inadequada perdem a fertilidade e a capacidade para a agricultura. Segundo Bernardi, a conservação do solo pode ser comparada à manutenção preventiva de um carro para mantê-lo em funcionamento. “Quando fazemos a manutenção mais próxima das condições originais e ideais, prolongamos a vida útil do veículo. No caso da terra, a manutenção preventiva inclui rotação de culturas, cultivo mínimo ou plantio direto, plantação mais diversificada de espécies, conservação da cobertura morta e permanente e fazer cultivo em nível”, explica.

As boas práticas de manutenção do solo são ferramentas que o agricultor e pecuarista devem utilizar para prevenir a degradação e combater a erosão, e preservar seu patrimônio, que é o solo. Sistemas de produção que adotam tais condutas são chamados de conservacionistas, como, por exemplo, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), um caminho eficiente para a produção sustentável e eficiente de alimentos, garantindo os benefícios ambientais do solo.

O Dia Nacional de Conservação do Solo foi criado em 1989 para lembrar o pai da conservação, o americano Hugh Hammond Bennett, referência em muitos países.

A conservação do solo leva à manutenção de sua qualidade e, ainda, ajuda no alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, como o ODS 2 (acabar com a fome), garantindo a segurança alimentar, ODS 3 (saúde e bem-estar), produzindo alimentos nutritivos e de qualidade, ODS 13 (combate às mudanças climáticas), reduzindo a perda de nutrientes e aumentando o sequestro de carbono e ODS 15 (Vida Terrestre), promovendo a recuperação de solos degradados.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Com investimento de R$ 20,6 milhões, Copel coloca em operação três usinas solares

Em Arapongas (Norte) e Paranacity (Noroeste), as usinas começaram a produzir energia no início do mês de abril, e uma terceira unidade, localizada em Umuarama, no Noroeste, teve entrada em operação na última sexta-feira (12).

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A energia obtida a partir dos raios solares passa a compor com maior expressividade a matriz elétrica utilizada pela Copel em suas operações internas com a entrada em funcionamento de três novas plantas geradoras de energia solar. Em Arapongas (Norte) e Paranacity (Noroeste), as usinas começaram a produzir energia no início do mês de abril, e uma terceira unidade, localizada em Umuarama, no Noroeste, teve entrada em operação na última sexta-feira (12).

Resultado de um investimento de R$ 20,6 milhões, as três unidades têm capacidade equivalente à necessária para abastecer 5 mil residências e fazem parte do esforço da companhia em neutralizar as emissões de gases do efeito estufa até 2030.

Fotos: Divulgação/Copel

A eletricidade gerada por essas unidades irá responder por aproximadamente um terço do consumo da subsidiária de distribuição da empresa, o que equivale a uma economia de R$ 4,5 milhões ao ano. Esta capacidade deve se expandir com novos empreendimentos em fase de projeto e licenciamento, com foco nos pilares de responsabilidade ambiental, social e de governança que norteiam as ações da Copel.

No final de 2023, a empresa já havia colocado em operação seu primeiro sistema de minigeração fotovoltaica para consumo próprio, instalado na Unidade de Transmissão Centro-Sul, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Em Arapongas, no Norte do Estado, a usina solar fica anexa à subestação Nova Aricanduva. A estrutura tem 1,4 MWp de capacidade, distribuído em 2.548 painéis, em uma área de 14 mil m². Em Paranacity, o sistema possui 0,7MWp de potência, em um total de 1.288 painéis, que ocupam uma área de 7 mil m². E a maior das três unidades que chegaram à fase de operação neste mês fica em Umuarama, com 4.704 painéis, em uma área de 31 mil m², totalizando uma potência instalada de 2,6 MWp.

Sistema inovador

Todos os sistemas geram energia em corrente contínua e contam com inversores para converter a energia para corrente alternada. Em seguida a corrente elétrica passa por um transformador, que eleva a tensão de 800 volts para 13,8 mil volts (kV), sendo então conectada à rede elétrica.

A novidade é que, no arranjo construído, será possível fazer o controle de diversos parâmetros que podem potencializar benefícios para o sistema elétrico, como o ajuste remoto do fator de potência, que será colocado em prática pela primeira vez no País em plantas de menor porte. Com o controle externo realizado à distância espera-se potencializar os benefícios da geração distribuída para o sistema elétrico.

“Esta iniciativa é importante do ponto de vista da sustentabilidade, porque estamos aproveitando o espaço não utilizado nestas subestações para gerar energia renovável. Ao mesmo tempo, o projeto tem um caráter inovador, porque nos permitirá monitorar o funcionamento das centrais solares conectadas às subestações e tomar decisões em tempo real”, explica Júlio Shigeaki Omori, superintendente de projetos especiais da Copel.

Fonte: AEN-PR
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Ministério da Agricultura abre inscrições da terceira etapa do Projeto ConSIM

Inscrições para participação no projeto abrem nesta terça-feira (16) e vão até o dia 30 de abril.

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Foto José Fernando Ogura

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou, na segunda-feira (15), a 3ª edição do Projeto de Ampliação de Mercados de Produtos de Origem Animal para Consórcios Públicos de Municípios (ConSIM) que visa aumentar o número de municípios aderidos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, o Sisbi-POA.

Esta será a maior edição de todas, com dois ciclos de oportunidades para a participação dos consórcios públicos municipais atualmente cadastrados no Sistema e-Sisbi e que ainda não obtiveram a integração ao Sisbi-POA.

As inscrições para participação no projeto abrem nesta terça-feira (16) e vão até o dia 30 de abril, por meio de formulário disponível na página do Projeto ConSIM 3. Com a qualificação, os consórcios selecionados receberão o reconhecimento de equivalência ao Sisbi-POA, podendo as agroindústrias de carnes, leite, pescados, ovos, mel e respectivos derivados comercializar seus produtos em todo o território nacional.

Com as edições anteriores, há atualmente 40 consórcios públicos municipais integrantes do Sisbi-POA, já fazendo comércio nacional, representando 793 municípios consorciados. “Com o ConSIM 3, a nossa meta é integrar 100 consórcios públicos municipais ao Sisbi-POA, que representam mais de 1.000 municípios”, explica o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

 Projeto ConSIM
O Mapa tem estimulado a integração ao Sisbi-POA via consórcios intermunicipais por meio do projeto ConSIM. O resultado é maior oferta de produtos de origem animal (carnes, leite, pescados, ovos, mel e derivados) com regularidade sanitária, ou seja, mais alimentos seguro para a população brasileira; desenvolvimento das agroindústrias familiares, de pequeno e médio porte, com valorização de seus produtos; aumento de renda aos produtores; maior oferta de empregos; e desenvolvimento regional.

A 1ª edição do Projeto, que foi um piloto em 2020 a 2021, contou com a participação de 12 consórcios públicos, destes 11 conseguiram obter adesão ao Sisbi-POA, beneficiando uma área de abrangência de 175 municípios em seis estados: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mais de 60 agroindústrias regularizadas.

Na 2ª edição, que encerrou em novembro de 2023, foram integrados 25 consórcios públicos municipais em oito estados: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, abrangendo 485 municípios, com benefícios de regularização ao final do projeto de mais de 130 agroindústrias orientadas por consultores contratados pelo Mapa.

Antes do projeto ConSIM, já haviam sido integrados ao Sisbi-POA quatro consórcios públicos municipais, beneficiando uma área de abrangência de 133 municípios.

Lançamento
Nesta terça-feira (16), o Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária realiza uma live, às 10h30, para orientar e sensibilizar os prefeitos dos municípios consorciados, secretários de agricultura, proprietários e responsáveis técnicos de agroindústrias, veterinários e equipe técnica do consórcio sobre a integração e os benefícios que isso pode gerar para os municípios aderidos.

A transmissão contará com a participação da diretora do Departamento de Suporte e Normas, Judi Nóbrega, e da coordenadora do Suasa, Aline Nunes, respondendo todas as dúvidas.

Fonte: Assessoria Mapa
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