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Exportações do agro mineiro somam 43% em março, mantendo-se à frente da mineração

Resultado do primeiro bimestre de 2025 é o melhor período da série histórica, mantendo o setor à frente das exportações de Minas Gerais.

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Foto: Divulgação/Portos do Paraná

O agro segue com alto desempenho nas exportações de Minas Gerais e à frente da mineração, conforme os resultados divulgados em março. No primeiro bimestre de 2025, o setor manteve uma performance expressiva, representando 43% do total das exportações do estado – um recorde de melhor bimestre da série histórica iniciada em 1997. Foram US$ 2,6 bilhões em receita, com um volume exportado de 1,4 milhão de toneladas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 18% na receita, com 24% de retração no volume.

Foto: Divulgação/Seapa MG

Minas reafirmou sua relevância no cenário nacional chegando à terceira posição entre os principais exportadores, com participação de 11,6% nas vendas totais. O estado superou o Paraná e se destacou como o único, entre os mais bem posicionados, a registrar crescimento na receita das vendas agropecuárias, impulsionado pela valorização das commodities. Ao todo, 150 países compraram produtos mineiros, com destaque para Estados Unidos (14%), China (13%), Alemanha (8%), Bélgica (6%) e Itália (6%).

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, o estado segue como peça-chave na pauta exportadora brasileira pelos volumes e pela diversidade dos produtos, que atraem cada vez mais compradores. “O cenário nos próximos meses vai depender da dinâmica de preços das commodities e da demanda especialmente da China e dos Estados Unidos, mas o fato de novamente superarmos a mineração mostra que esse é um caminho que só tende a crescer”, avalia.

Café, carnes e silvicultura

O carro-chefe das exportações mineiras segue sendo o café. O grão gerou US$ 1,8 bilhão em receita com a venda de 5 milhões de sacas. Esses valores representam um crescimento de 56% no valor e uma leve queda de 6% no volume em relação ao ano anterior. A commodity respondeu por 70% da receita total do agronegócio do estado, reforçando o papel central de Minas Gerais como maior produtor e exportador de café do Brasil.

Fotos: Claudio Neves

As principais carnes exportadas por Minas Gerais mostraram um avanço significativo,  com alta de 20% na receita (US$ 247 milhões) e aumento de 13% no volume enviado. A carne bovina segue como a mais comercializada, com US$ 171 milhões em receita e 36 mil toneladas embarcadas para, principalmente, China, EUA, Chile, Argélia e Rússia – juntos, esses países responderam por 83% das compras, registrando crescimento.

O crescimento da demanda asiática impulsionou as exportações da carne de frango, que chegaram a US$ 61 milhões em receita para um volume de 32 mil toneladas. Os suínos seguem com participação significativa frente aos compradores estrangeiros, registrando vendas de US$ 11 milhões e o embarque de 6 mil toneladas.

O setor de produtos florestais, que abrange celulose, madeira, borracha natural e gomas naturais, apresentou um aumento de 17% na receita, alcançando US$ 197 milhões, enquanto o volume cresceu 18%, totalizando 330 mil toneladas. Celulose e papel registraram altas na receita da ordem de 18% e 80%, respectivamente.

Menor disponibilidade de cana

Por outro lado, houve variações negativas em alguns produtos, causadas pelo clima e por contextos de mercado. O complexo sucroalcooleiro (açúcares e álcool), por exemplo, registrou quedas expressivas de 54% na receita (US$ 176 milhões) e 50% no volume (379 mil toneladas). Esses resultados vieram da menor disponibilidade de cana-de-açúcar para moagem, fruto de uma entressafra prolongada e da concorrência da matéria-prima para a produção de etanol, diante da alta dos combustíveis. Além disso, desafios logísticos e oscilação na demanda externa também influenciaram na retração do setor.

O complexo soja, formado por soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja, também enfrentou recuo significativo. A receita de US$ 84 milhões e o embarque de 199 mil toneladas representaram uma contração de 55% no valor e 48% no volume exportado. A variação é consequência de adversidades climáticas, como a estiagem prolongada em importantes regiões produtoras de Minas Gerais, que reduziram a produtividade.

Fonte: Assessoria Seapa MG

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Brasil explora inovação agrícola na Coreia do Sul

Delegação visita LG e CJ Bio para conhecer tecnologias de bioinsumos e soluções sustentáveis que podem transformar o futuro do agro brasileiro.

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Foto; Divulgação/Mapa

Em missão oficial à Coreia do Sul, a delegação brasileira liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, realizou, na segunda-feira (24), visitas técnicas a fábricas e centros de pesquisa das empresas LG e CJ Bio.

A agenda teve como objetivo aprofundar a cooperação entre os dois países nas áreas de inovação em agrotóxicos, bioinsumos e tecnologias voltadas à agricultura sustentável, com foco no desenvolvimento de produtos mais modernos, seguros e eficientes.

Para o secretário Goulart, as visitas reforçam o interesse mútuo do Brasil e da República da Coreia em ampliar a parceria técnica e comercial no setor agropecuário. “A agricultura brasileira é baseada em inovação. Somos a potência que somos por conta da inovação. Por isso, estreitar relações entre os países é essencial para manter a competitividade do agro”, afirmou.

Compõem a delegação pelo Mapa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, e a coordenadora de Registro, Tatiane Nascimento. Pela Anvisa, participam a gerente-geral de Toxicologia, Cassia Fernandes, a gerente de Avaliação de Segurança Toxicológica, Marina Aguiar, o gerente de Produtos Equivalentes, Juliano Malty e a assessora da Terceira Diretoria, Letícia Filier.

Visita ao parque de inovações da LG

Na LG, a delegação conheceu a estrutura global do grupo, que atua em setores como eletrônicos, telecomunicações, química e soluções para agricultura. A empresa apresentou sua visão de gestão baseada em inovação, sustentabilidade e governança, além dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

A LG também destacou o papel da LG Chem e da FarmHannong, divisão agrícola líder na Coreia em proteção de cultivos, sementes e fertilizantes. A companhia reforçou o interesse em ampliar sua atuação no Brasil e dar continuidade às parcerias com o Mapa e a Anvisa.

CJ Bio apresenta avanços em biotecnologia e soluções sustentáveis

A delegação visitou ainda a CJ Bio, referência mundial em biotecnologia aplicada à agricultura, nutrição e biomateriais. A empresa apresentou seus laboratórios e plataformas de desenvolvimento de microrganismos, fermentação, purificação e produção de bioinsumos.

Foram demonstradas tecnologias voltadas à produção de inoculantes, pesticidas e bioestimulantes, com foco em soluções de baixo impacto ambiental, redução de emissões e recuperação de solos. A CJ Bio também reforçou o interesse em desenvolver produtos biológicos para soja, milho e outras culturas estratégicas para o Brasil.

Fonte: Assessoria Mapa
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Saiba por que fungos e nematoides seguem tirando bilhões do agro

Organismos invisíveis avançam silenciosamente sobre as raízes, derrubam a produtividade e já geram prejuízos acima de R$ 35 bilhões por ano, enquanto a biotecnologia ganha espaço no manejo.

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Foto: Shutterstock

No agronegócio brasileiro, algumas das maiores ameaças à produtividade estão escondidas sob os nossos pés. Fungos e nematoides do solo são organismos microscópicos que, muitas vezes, sem darem sinais aparentes, comprometem as raízes, reduzem a absorção de água e nutrientes e minam o vigor das plantas. Quando os sintomas se tornam visíveis, os prejuízos já estão instalados.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), doenças fúngicas radiculares, como as causadas por RhizoctoniaFusarium e Sclerotium, podem permanecer no solo por longos períodos graças às suas estruturas de resistência, dificultando o controle e impactando culturas como soja, milho, feijão e hortaliças.

Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.

Entre os inimigos invisíveis do solo, os nematoides ocupam lugar de destaque. Esses vermes microscópicos parasitam as raízes, formando galhas ou causando lesões que reduzem a eficiência do sistema radicular. Os reflexos são diretos: menor absorção de nutrientes, estresse hídrico precoce e queda na produtividade.

Pesquisas da Embrapa apontam que áreas infestadas por Pratylenchus brachyurus (nematoide das lesões radiculares) podem ter perdas médias de 21% na soja, o equivalente a 12 sacas por hectare. Além das evidências experimentais, estimativas da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que os prejuízos anuais no agro superam R$ 35 bilhões, sendo cerca de R$ 16,2 bilhões apenas na soja.

O desafio do manejo

O controle de nematoides e doenças fúngicas é particularmente complexo porque não existe uma solução única. A própria Embrapa recomenda o manejo integrado, combinando práticas, como rotação de culturas com espécies não hospedeiras, para reduzir a população de patógenos no solo; o uso de cultivares resistentes, quando disponíveis; adubação equilibrada e correção do solo, que fortalecem as defesas naturais da planta; e o controle biológico, por meio de microrganismos benéficos (bactérias e fungos), que competem com fungos patogênicos e estimulam o crescimento vegetal. Essas práticas, quando aplicadas em conjunto, aumentam a resiliência do sistema produtivo e reduzem a dependência exclusiva de defensivos químicos.

Biotecnologia como aliada

Foto: SAA SP

A biotecnologia vem se consolidando como parceira estratégica do produtor. O uso de bioinsumos, seja via aplicação direta ou tecnologia On Farm, permite ampliar populações de microrganismos benéficos e fortalecer a saúde do solo.

Já desde 2023, dados da Spark Inteligência Estratégica citados pela Embrapa, indicam que o uso de bionematicidas no Brasil ultrapassou o de nematicidas químicos em importantes culturas. Na soja, os produtos biológicos já representavam cerca de 94% do mercado de nematicidas, enquanto no milho esse índice chegava a 100%, consolidando a liderança dos biológicos no controle de nematoides.

Esse movimento continua se ampliando em outras cadeias produtivas. Levantamento da Kynetec mostra que, em 2024, mesmo com a retração de 18% no mercado de defensivos para cana-de-açúcar, os produtos de matriz biológica já respondiam por 7% do total financeiro do setor, com bionematicidas e bioinseticidas representando 75% desse segmento. Esses números confirmam que a biotecnologia deixou de ser apenas uma alternativa e passou a ocupar papel central nas estratégias de manejo do solo e de controle de nematoides no agronegócio brasileiro.

Quando adotamos práticas integradas e combinamos biotecnologia com as recomendações científicas, damos passos importantes para preservar a produtividade e a sustentabilidade do agro. Em um cenário de custos crescentes de insumos, pressão por sustentabilidade e exigência de maior eficiência, deixar de lado esses inimigos invisíveis também significa renunciar margens que fazem diferença no resultado da safra.

A boa notícia é que hoje temos conhecimento científico e tecnologias biológicas robustas para transformar esse desafio em oportunidade. O futuro do agronegócio passa pela capacidade de unir ciência, inovação e sustentabilidade. Não se trata apenas de controlar patógenos, mas de preservar o potencial produtivo de cada hectare, garantindo alimento de qualidade e competitividade para o Brasil no cenário global.

Fonte: Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.
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Notícias 02, 03 e 04 de dezembro

Dia de Campo da C.Vale estreia formato antecipado em dezembro

Mudança busca evitar conflito com a colheita de soja e reforça a participação dos produtores.

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Fotos: Divulgação/C.Vale

Para evitar a coincidência com o início da colheita de soja no Oeste do Paraná, a C.Vale decidiu antecipar seu principal evento técnico. A primeira edição do Dia de Campo no novo formato será realizada nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, no Campo Experimental da cooperativa, em Palotina (PR).

A programação inclui lançamentos de máquinas e implementos com condições diferenciadas de compra, além da apresentação de novilhas leiteiras, gado de corte, caprinos e ovinos. O evento também mostrará resultados de trabalhos técnicos conduzidos no local. Entre as novidades estão concurso de receitas, maior interação com o público, ações ampliadas das empresas parceiras e mais áreas de sombra para quem aguarda o deslocamento nos ônibus internos.

A edição realizada em janeiro de 2025 reuniu 12 mil visitantes nas proximidades do complexo agroindustrial da C.Vale.

Antecipação estratégica

A decisão de mudar o calendário para dezembro ocorreu porque o plantio mais cedo das lavouras vinha aproximando o início da colheita da soja do período tradicional do evento, em meados de janeiro. A sobreposição afetava a participação dos produtores, levando a cooperativa a estabelecer, a partir de 2025, a realização do Dia de Campo sempre no último mês do ano.

Raio X – Dia de Campo 2025/26

147 empresas participantes

45 cultivares de soja

58 híbridos de milho

16 cultivares de mandioca

65 parcelas de agroquímicos

17 parcelas de produtos biológicos

63 parcelas de programas nutricionais

17 parcelas com tratamento de sementes

14 parcelas de tecnologia de aplicação

16 espécies forrageiras

9 parcelas de plantas de cobertura de solo

4 instituições de pesquisa

1 instituição de ensino

4 instituições financeiras

Fonte: Assessoria C.Vale
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