Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas

Exportações do agro oscilam entre quedas e crescimentos em maio, com soja em retração e carne bovina em alta

Vendas externo do setor totalizaram US$ 15,1 bilhões, valor 0,4% superior ao mês de abril, contudo, 10,2% abaixo de maio de 2023. O valor total exportado entre janeiro e maio de 2024 foi de US$ 67,3 bilhões, montante 0,2% inferior ao mesmo período do ano passado.

Publicado em

em

Foto: Claudio Neves

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações do agronegócio em maio, totalizando US$ 15,1 bilhões, valor 0,4% superior ao mês de abril, contudo, 10,2% abaixo de maio de 2023. O valor total exportado entre janeiro e maio de 2024 foi de US$ 67,3 bilhões, montante 0,2% inferior ao mesmo período do ano passado.

No complexo soja, o volume exportado de grãos em maio totalizou 13,5 milhões de toneladas, 8,4% menor que o volume embarcado em abril de 2024 e redução de 13,7% em relação a maio de 2023. Além do volume, os preços também caíram no mesmo período. A tonelada do grão desvalorizou 17,6% em relação a maio de 2023.

Para o farelo de soja, a quantidade exportada no mês de maio alcançou 2,1 milhões de toneladas, leve redução de 0,3% em relação ao mês anterior, porém 19% menor que o mesmo período do ano passado. A cotação da tonelada do farelo apresentou queda de 3% frente ao mês de abril de 2024 e 25% ante o mesmo mês do ano passado.

O óleo de soja acompanhou o grão e o farelo tanto na redução do volume quanto na queda dos preços. O volume exportado de óleo foi de 125 mil toneladas em maio, queda de 19% frente ao mês anterior e redução de 61% em relação a maio do ano passado.

Proteínas

Nas proteínas animais, a carne bovina foi o destaque em maio, com a elevação dos volumes exportados. Os embarques do produto avançaram 1,9% frente ao mês anterior e, em relação a maio de 2023, o crescimento foi de 25,9%, totalizando 212 mil toneladas.

Quanto aos preços, houve um recuo de 0,6% em comparação ao mês anterior, mas em relação ao ano passado, a queda foi de 11,6%, com a tonelada sendo vendida, em média, por US$ 4.505.

Nos embarques de carne de frango in natura, a quantidade enviada ao exterior, de 430,3 mil toneladas, foi 4,7% maior em relação a maio de 2023, embora inferior a abril de 2024.

No entanto, o preço médio recuou 1,5% no mês, após uma sequência de três meses em elevação. Para a carne suína in natura, o volume exportado foi de 92 mil toneladas, queda de 5,3% em relação ao mês anterior, porém 0,8% acima do mesmo período do ano passado.

Em relação aos preços, a proteína suína apresentou o pior resultado entre as carnes, com a média de US$ 2.293 por tonelada, queda de 0,4% frente ao mês de abril de 2024 e desvalorização de 11,4% ante maio de 2023.

Complexo sucroenergético

No complexo sucroenergético, o mês de maio foi positivo, com a elevação do volume exportado. O açúcar refinado somou 297 mil toneladas embarcadas, crescimento de 5,9% frente a abril e 22% acima de maio de 2023. Para o VHP, o volume total exportado foi de 2,5 milhões de toneladas, aumento de 56,3% ante abril de 2024 e, em relação ao mesmo período do ano passado, um acréscimo de 16,1%.

Para o etanol, o volume embarcado foi de 136 mil metros cúbicos, alta de 7,1% ante abril e 83,7% acima de maio de 2023. Em relação aos preços do etanol, a média foi de USD 698,8 por metro cúbico, 0,5% superior ao mês anterior, mas 16,9% menores que há um ano.

Milho

Quanto às vendas externas de milho, o volume da safrinha começou a chegar em maiores quantidades aos portos. Em maio, o cereal acumulou 420 mil toneladas embarcadas, elevação de 555,9% sobre o mês anterior e alta de 10,1% em relação a maio de 2023. Já o algodão, acumulou 238 mil toneladas exportadas em maio, redução de 3,7% ante abril, contudo, 253,9% acima do volume exportado no mesmo mês no ano passado. Em relação aos preços, houve queda de 1,1% frente a abril e de 2,2% ante maio de 2023, para USD 1.976,4 por tonelada.

Fonte: Consultoria Agro Itaú BBA

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

Publicado em

em

Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

Publicado em

em

Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.