Avicultura
Exportações de ovos disparam e crescem quase 300%
Com forte demanda dos Estados Unidos, embarques brasileiros alcançam 5,3 mil toneladas e receita salta mais de 350%.

As exportações brasileiras de ovos (incluindo in natura e processados) totalizaram 5.358 toneladas em maio, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 295,8% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 1.354 toneladas.
A receita dos embarques em maio acumula alta de 356,2%, com US$ 13,756 milhões registrados no quinto mês deste ano contra US$ 3,015 milhões no mesmo período do ano passado.
No ano (janeiro a maio), as exportações de ovos totalizaram 18.357 toneladas, volume 165,6% maior em relação às 6.912 toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.
Em receita, a alta nos cinco primeiros meses do ano chegou a US$ 42,100 milhões, saldo 195,8% maior em relação ao registrado no ano anterior, com US$ 14,235 milhões.
Os embarques para os Estados Unidos – principal destino das exportações – cresceram 996% entre janeiro e maio deste ano, totalizando 9.735 toneladas. Em seguida estão o Chile, com 2.354 toneladas (+10,8%), Emirados Árabes Unidos, com 1.422 toneladas (-13,8%), Japão, com 1.422 toneladas (160,9%) e México, com 1.050 toneladas (sem período comparativo.

Presidente da ABPA, Ricardo Santin: “Mesmo com as suspensões decorrentes do foco pontual de Influenza aviária, as vendas seguiram em ritmo elevado, demonstrando a confiança dos mercados na biosseguridade brasileira” – Foto: Giuliano De Luca/OP Rural
No comparativo mensal (maio 2025 x maio 2024), os Estados Unidos registraram crescimento de 1.384%, com 4.166 toneladas exportadas. Foi seguido pelo Chile, com 534 toneladas (-22,3%), México, com 232 toneladas (sem período comparativo), Japão, com 205 toneladas (+132,7%) e Angola, com 102 toneladas (sem período comparativo).
“O setor de ovos tem acumulado forte alta em exportações, em meio à uma reconfiguração do fluxo de embarques que agora passa a ter Estados Unidos, Japão e México, entre os principais destinos dos produtos. Mesmo com as suspensões decorrentes do foco pontual de Influenza aviária, as vendas seguiram em ritmo elevado, demonstrando a confiança dos mercados na biosseguridade brasileira”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Avicultura
Avicultura gaúcha divulga dados preliminares com aves natalinas e reafirma força do setor em 2025
Mesmo diante de adversidades climáticas e sanitárias, Rio Grande do Sul mantém produção robusta, estabilidade de mercado e posição estratégica no cenário nacional.

A avicultura gaúcha volta a demonstrar sua capacidade de superação, organização e protagonismo econômico. Em 2025, o comércio de aves natalinas no Rio Grande do Sul deve movimentar R$ 1,438 bilhão, resultado que representa um crescimento de 2% em relação a 2024, mesmo em um cenário marcado por desafios climáticos e sanitários que exigiram cautela e planejamento do setor.
Levantamento preliminar da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) aponta uma produção estimada de 56,4 mil toneladas de perus e aves natalinas, volume que, embora apresente uma leve retração de 2,4% frente ao ano anterior, confirma a robustez da cadeia produtiva, que adequou estrategicamente sua oferta sem comprometer o desempenho econômico.
Os dados refletem um mercado equilibrado e maduro. O preço do quilo do peru registrou reajuste médio de 4%, oscilando entre R$ 29,00 e R$ 31,00, enquanto as demais aves natalinas apresentaram estabilidade, com variação média de apenas 0,5%. As aves mais tradicionais seguem com preços entre R$ 13 e R$ 14,5 por quilo, mantendo competitividade e acesso ao consumidor.
Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, os números evidenciam a capacidade de resposta do setor frente às adversidades. “A avicultura gaúcha mostrou, mais uma vez, maturidade e responsabilidade produtiva. Adequamos volumes, preservamos mercado e mantivemos estabilidade comercial. Isso demonstra eficiência, planejamento e uma cadeia altamente profissionalizada, capaz de enfrentar crises e lutar por competitividade”, afirma.
Rio Grande do Sul é o segundo exportador nacional de carne de peru
A força do Rio Grande do Sul também se destaca no cenário nacional e internacional. O Estado é o segundo maior exportador de carne de peru do Brasil, com embarques anuais de aproximadamente 22,8 mil toneladas, reforçando sua relevância estratégica para a balança comercial e para o abastecimento global.
No mercado interno, o consumo de carne de peru permanece estável, com 0,297 quilo por habitante ao ano, consolidando o caráter sazonal, porém estratégico, do produto no período natalino.
Segundo a Asgav, o desempenho positivo ocorre apesar do elevado nível de exigência produtiva das aves natalinas, que demandam manejo diferenciado, maior consumo de ração, embalagens especiais, ampliação da capacidade de armazenagem, resfriamento, congelamento, logística dedicada e processos adicionais, como tempero e padronização — fatores que elevam os custos e exigem alto grau de gestão.
Ainda assim, a cadeia avícola gaúcha segue avançando, gerando renda, emprego e desenvolvimento regional. Para José Eduardo dos Santos, o setor reafirma sua relevância estrutural para o Estado. “A avicultura é um pilar da economia gaúcha. Mesmo em anos difíceis, seguimos entregando resultados, garantindo segurança alimentar, empregos e competitividade. Isso é fruto de investimento, tecnologia e, sobretudo, da capacidade do produtor e da indústria gaúcha de se reinventar”, conclui.
Com números consistentes, planejamento e visão de longo prazo, a avicultura do Rio Grande do Sul reafirma em 2025 sua pujança econômica, seu papel estratégico no agronegócio brasileiro e sua capacidade de transformar desafios em resultados.
Avicultura
Frango congelado apresenta oscilações ao longo da semana no mercado interno
Levantamento do Cepea/Esalq indica variações pontuais nas cotações nos últimos dias com leve recuo no fechamento da semana e estabilidade no acumulado mensal.

Os preços do frango congelado no estado de São Paulo apresentaram oscilações pontuais ao longo da última semana, com leve movimento de baixa no fechamento do período, segundo levantamento do Cepea/Esalq.
Na última sexta-feira (12), o produto foi negociado a R$ 8,11 por quilo, registrando queda diária de 0,25%. No acumulado do mês, entretanto, o preço permaneceu estável, sem variação percentual.
Nos dias anteriores, o mercado mostrou pouca movimentação. Em 11 e 10 de dezembro, a cotação ficou em R$ 8,13/kg, sem alterações diárias e com alta mensal de 0,25%. Já no dia 9, o preço também foi de R$ 8,13/kg, com avanço diário de 0,49%, sinalizando uma reação pontual das cotações.
No início da semana, em 08 de dezembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 8,09/kg, com recuo diário de 0,12% e queda mensal de 0,25%.
O comportamento dos preços indica um mercado relativamente equilibrado, com pequenas oscilações diárias e ausência de tendência definida no acumulado do mês, refletindo cautela nas negociações e ajustes pontuais entre oferta e demanda.
Avicultura
Produção brasileira de ovos para consumo desacelera no terceiro trimestre
Levantamento do IBGE e Cepea indica leve queda trimestral na oferta porém aponta recorde histórico no acumulado de 2025 com impacto direto nos preços pagos ao produtor.

Dados do IBGE analisados pelo Cepea mostram que, entre julho e setembro, foram produzidas 1,02 bilhão de dúzias de ovos para consumo, queda de 1,4% frente ao trimestre anterior, mas alta de 2,5% na comparação com igual intervalo de 2024.
No acumulado do ano, a produção nacional soma 3,04 bilhões de dúzias, volume recorde para o período de toda a série histórica do Instituto, iniciada em 2012. Assim, pesquisadores do Cepea explicam que, mesmo com a leve retração na quantidade produzida, os valores dos ovos seguiram enfraquecidos ao longo do terceiro trimestre.
De acordo com levantamentos do Centro de Pesquisas, entre julho e setembro, a média dos ovos brancos tipo extra, a retirar (FOB) em Bastos (SP), foi de R$ 149,15/caixa com 30 dúzias, queda de 14% em termos reais (dados deflacionados pelo IGP-DI de nov/25), em relação ao trimestre anterior.
Para os ovos vermelhos, houve desvalorização real de 16% em igual comparativo, à média de R$ 164,45/cx na região paulista.



